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A primeira obra literária portuguesa de que se tem notícia data de 1189: a
cantiga "A RIBEIRINHA", de autoria de Paio Soares de Taveirós, uma cantiga
de amor em homenagem a Maria Paes Ribeiro; como os poetas não podiam
revelar o nome das suas amadas nas cantigas de amor e como a homenageada
era casada, o autor dessa cantiga se inspirou no sobrenome da amada para
nomear sua obra.
É das palavras TROVA e TROVADOR ( poeta nobre que faz trovas) que
deriva o nome mais comum que se dá a toda Literatura Portuguesa elaborada
na Idade Média: TROVADORISMO.
- o homem revela seu amor platônico, pois tal amor não pode ser correspondido
pela amada, já que ela é casada, ou mais rica que ele, etc, ou seja, existe pelo
menos um obstáculo impossível de ser superado para que o amor entre ambos
se concretize;
- diante da impossibilidade de que seu amor seja correspondido pela amada, o
eu-lírico diz se contentar pelo menos em ver a amada e, caso nem isso seja
possível, ele prefere morrer;
A informação mais curiosa que se tem a respeito das cantigas de amigo,
porém, é a de que elas são elaboradas por homens . Ao que parece, eles
penetram e entendem a alma feminina tanto quanto ou, às vezes, até mais que
certas mulheres.
3. Os "Cancioneiros"
Os heróis medievais não têm a força física exagerada dos heróis da
Antigüidade, mas são sempre jovens, belos e elegantes. Suas amadas são
sempre "as mais belas do reino". A maioria das novelas de cavalaria
portuguesas são traduções ou adaptações de novelas francesas ou inglesas.
Dependendo de quem é o herói principal da novela, ela faz parte de um
dos seguintes CICLOS:
A Igreja católica era uma das principais instituições da Idade Média.Sua influência se
exercia sobre todos os se tores da sociedade, estava presente em cada costume e em
cada ato da vida dos cristãos. Regulamentava as relações entre as pessoas
(casamentos, doações de feudos...), definia o que devia ser feito em cada hora: tempo
de orações, de jejum, de guerra e de paz. A mentalidade do homem era totalmente
dominada pela religião. Aqueles que se afastassem de suas normas sofreriam
punições: penitências, exigência de peregrinações e excomunhão. Com o surgimento
de novas religiões e o enfraquecimento da Igreja, foi criada a Inquisição, um tribunal
religioso que julgava e condenava os acusados de heresias, aqueles que não seguiam
os preceitos cristãos . Sendo tão rica e temida a Igreja detinha também grande poder
político: os papas interferiam na política dos reis e imperadores, muitas vezes
criando conflitos entre uns e outros.
Organização da Igreja
A direção da Igreja católica pertencia ao papa e aos bispos. Cada bispo administrava
um território denominado diocese. Os bispos eram auxiliados nessa tarefa
pelos cónegos.
As dioceses eram formadas por várias paróquias, e cada uma delas tinha um padre
(chamado pároco) para administrá-la.
A Igreja, portanto, estava organizada como um verdadeiro Estado, mais poderoso
até que os reinos medievais. Até hoje a Igreja é organizada praticamente da mesma
forma.
O poder da Igreja na Idade Média
A Igreja foi a instituição mais poderosa da sociedade medieval do Ocidente. As
magníficas catedrais construídas na Europa nos séculos XII e XIII são sinais
impressionantes desse poder.
Naquela época não existiam usinas, fábricas, bancos nem máquinas. O importante
era a terra. A riqueza era medida pela quantidade de terra que alguém possuía. A
Igreja chegou a ser proprietária de dois terços das terras de toda a Europa. Era uma
instituição poderosíssima, a "grande senhora feudal". Alguns mosteiros medievais
eram verdadeiros feudos, enormes e com numerosos servos.
Todos os bispos eram proprietários de terras. Aliás, ser bispo era um grande negócio
na Idade Média. Veja o que diz um bispo do século IX:
"Para ordenar um padre, cobrarei em ouro; para ordenar um diácono, cobrarei um
monte de prata (...). Para chegar a bispo, paguei bom ouro, mas agora hei de rechear
a bolsa".
Essa mentalidade demonstra como os membros da Igreja na Idade Média se
deixaram seduzir pelos bens materiais. Arcebispos, bispos e abades eram os
equivalentes aos duques, barões e condes e em geral viviam no luxo.
Novelas de Cavalaria
CANTIGAS DE AMIGO
CANTIGAS DE AMOR