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APL 2.

APL 2.1

Esta actividade prático-laboratorial tem como objectivos:

 Efectuar uma destilação fraccionada de uma mistura de três componentes


 Traçar um gráfico de temperatura em função do volume de destilado, para destilação realizada
 Interpretar o gráfico, identificando a composição da mistura em % V/V (percentagem em volu-
me)

Os dados obtidos com o cumprimento dos objectivos supracitados permitirão dar resposta às questões-
problema:

POR QUE RAZÃO É POSSÍVEL OBTER DO PETRÓLEO FRACÇÕES DISTINTAS, ATRAVÉS


DE UMA DESTILAÇÃO FRACCIONADA?

COMO SE PODERÁ DETERMINAR A COMPOSIÇÃO QUANTITATIVA DE UMA MISTURA


DE TRÊS COMPONENTES?

O M A T E R I A L U T I L I Z A D O E N C O N T R A - S E E N U N C I A D O N A P Á G I N A 12 6 D O M A N U A L (2 º V O L U M E ).

O P R O C E D I M E N T O E F E C T U A D O N E S T A A C T I V I D A D E E N C O N T R A - S E D E S C R I T O N A P Á G I N A 12 7 D O
M A N U A L (2 º V O L U M E )

Volume (cm3) Temperatura (°C)


0 16
1 34
2 36
3 40
4 50
5 55
7,5 56

Química 12º ano


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10 56
13 56,5
15 57,5
20 58
24 61
29 60
32 62
34 60
36 63
39 64
40 63
43 66
44 64,5
46 68
49 70
50 72
52 73

A partir da tabela acima representada, pudemos traçar o gráfico seguidamente apresentado:

100

90

80

70
Temperatura (°C)

60

50 3
57 cm , 74,5°C
3
40 70 cm , 83°C
H2O (vestígios) +
30 acetona H2O + acetona
(vestígios)
20

10

0
7,5
0
2
4

43

78
13
20
29
34
39

46
50
57

63
64
65
71
73
58,5
60,5
61,5

75,5

VOLUME DE DESTILADO (CM3)

EXPLICA A RAZÃO DA ADIÇÃO DA PORCELANA POROSA OU PÉROLAS DE VIDRO À


MISTURA A DESTILAR

A porcelana porosa - ou, neste caso, as pérolas de vidro – actuam no balão volumétrico como regulado-

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res de ebulição, isto é, controlam a energia libertada neste processo, impedindo que este ocorra de for-
me pouco regular e uniforme, tornando a destilação mais eficiente.

INDICA O MODO DE PROCEDER PARA EVITAR QUE O DESTILADO SE PERCA POR EVA-
PORAÇÃO

Para que não ocorram perdas de destilado por evaporação, após a sua separação da restante mistura,
deve-se revestir a passagem entre a alonga e a proveta com Parafilm®, isolando, assim, essa zona da
montagem.

POR QUE RAZÃO SE DEVE REVESTIR A COLUNA DE FRACCIONAMENTO COM FOLHAS


DE ALUMÍNIO?

Ao sofrerem aquecimento, todas as substâncias emitem energia sob a forma de radiação, neste caso
infravermelha (IV). Ora, perdendo energia, arrefecem. Sendo que as folhas de alumínio têm um grande
poder reflector (logo, um poder de absorção reduzido), minimizam as perdas de calor causadas por
emissão de radiação.

INDICA AS FRASES R E S A CUMPRIR DURANTE O PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL,


TENDO EM CONTA OS COMPONENTES DA MISTURA.

Acetona (ou propanona – C3H6O)

R 1 1 : Facilmente inflamável S 1 6 : Conservar longe de fontes de ignição -


S 2 : Manter fora do alcance das crianças Não fumar
S 9 : Manter o recipiente num lugar bem venti- S 2 3 : Não respirar o vapor/gás/fumo/aerossol
lado S 3 3 : Evitar a acumulação de cargas electros-
táticas
Etanol (ou álcool etílico – C2H5OH)

R 1 1 : Facilmente inflamável S 7 : Manter o recipiente bem fechado


S 2 : Manter fora do alcance das crianças S 1 6 : Conservar longe de fontes de ignição -
Não fumar

Butan-1-ol (C4H3O)

R 1 0 : Inflamável S 2 6 : Em caso de contacto com os olhos lavar


R 2 2 : Nocivo por ingestão imediata e abundantemente com água e cha-
R 4 1 : Risco de lesões oculares graves mar um especialista
R 6 7 : Pode provocar sonolência e vertigens, S 3 7 / 3 9 : Usar luvas adequadas e protecção
por inalação dos vapores. para os olhos/cara.
S 1 3 : Manter afastado de comidas e bebidas, S 4 6 : Em caso de ingestão consultar imedia-
incluindo as dos animais. tamente um médico e mostrar o rótulo ou a
embalagem.

No final desta actividade concluímos, através da diferença entre os volumes iniciais de cada composto e
os volumes obtidos, que os diferentes compostos a separar ainda se encontravam ainda misturados,
pelo que os resultados obtidos não foram os esperados.

Uma possível causa do fracasso desta experiência residirá no fraco estado dos reguladores de ebulição,

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que provocava a ocorrência de ebulições tumultuosas e, portanto, variações bruscas de temperatura


que afectavam todo o processo. Além disso, também a proveta utilizada para a recolha do volume desti-
lado não foi adequada ao volume obtido, pelo que também comprometeu a eficácia da destilação frac-
cionada.

A eficácia da separação dos componentes da mistura através de uma destilação depende de:

 Diferença da pressão de vapor dos componentes


 Entalpia de vaporização dos componentes
 Número de pratos teóricos da coluna de fraccionamento
 Velocidade à qual a destilação se processa.

Uma coluna de fraccionamento pode ser avaliada quanto à sua eficácia em termos de pratos teóricos, e
é feita analisando-se as curvas de destilação, construídas num gráfico da temperatura de ebulição da
mistura em função do volume do destilado obtido, como efectuado nesta actividade prática.

Também os vários componentes do petróleo bruto, como os componentes da mistura a destilar nesta
actividade, têm tamanhos, pesos e temperaturas de ebulição diferente, que precisam de ser separados,
o que pode ser feito facilmente separados por destilação fraccionada a pressão reduzida, obtendo-se
assim produtos como gasóleo, querosene, gasolina e naftas.

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