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Engenharia ferroviária

Corte da via

Fonte: Brina, Helvécio Lapertosa. Estradas de Ferro. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de
Janeiro, 1979, 1982

A ilustração mostra, em corte transversal, como deveria ser uma via férrea,
segundo Brina:

Infraestrutura

é constituída pela terraplenagem e todas as obras situadas abaixo do greide de


terraplenagem. A superfície final da terraplenagem chama-se leito ou plataforma da
estrada. A camada superior do aterro (1 metro) recebe uma compactação mais
forte.

Superestrutura

é constituída pela via permanente — o lastro, os dormentes e os trilhos. O autor


também inclui aí o sublastro que, "embora ligado intimamente às camadas finais da
infraestrutura, tem características especiais que justificam a sua inclusão como
parte da superestrutura ferroviária".

Funções do sublastro: aumentar a capacidade de suporte da plataforma; evitar a


penetração do lastro na plataforma; aumentar a resistência do leito à erosão e à
penetração da água; permitir relativa elasticidade ao apoio do lastro para que a via
permanente não seja rígida. Sendo mais barato do que o material do lastro, o
sublastro torna-se uma medida de economia na construção e manutenção da
superestrutura. Os cálculos do autor sugerem uma espessura de 20 cm para a
camada do sublastro.

Funções do lastro: distribuir sobre a plataforma (sublastro) os esforços da


movimentação sobre a via, produzindo menor taxa de trabalho na plataforma;
formar um suporte até certo ponto elástico; suprimir as irregularidades da
plataforma, formando uma superfície contínua e uniforme para os dormentes e
trilhos; impedir os deslocamentos dos dormentes; facilitar a drenagem da
superestrutura. Os cálculos exemplificados sugerem uma espessura de 25 cm para
a camada do lastro.

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