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Cloud Computing: conceitos, oportunidades e desafios da

nova computação

Bruno Carvalho dos Santos 1 , Francisco Gerson Amorim de Meneses1


1
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus Parnaíba
brunotrock@yahoo.com.br, franciscogerson10@gmail.com

RESUMO

Cloud Computing ou Computação em Nuvens diz respeito ao estudo de um modelo de


computação onde produtos e serviços residem em grandes servidores virtuais, bem
como todo o aparato tecnológico de infra-estrutura e segurança garantindo a sua
utilização. Este estudo esclarece as principais dúvidas a respeito da Computação em
Nuvens através de uma análise simplificada de sua estrutura, dando ênfase às questões
do nosso cotidiano e as que poderão fazer parte de nossas vidas em um futuro bem
próximo. Chegando a uma conclusão deste novo modelo na qual pode ser o futuro da
Tecnologia da Informação, revendo e revolucionando vários conceitos da computação
clássica.

Palavras-chave: Cloud Computing; Computação; Servidores; Tecnologia da


Informação.

ABSTRACT

Cloud Computing in relation to the study of a model of computing where products and
services reside in large virtual servers, the entire apparatus of technological
infrastructure security and ensuring their use. This study explains the main questions
regarding the Computer in clouds through a brief analysis of its structure, emphasizing
the issues of our daily life and which may be part of our lives in a very close future.
Coming to a conclusion of this new model which may be the future of Information
Technology, revolutionizing and reviewing various concepts of classical computing.

Keywords: Cloud Computing; Computing; Servers; Information of Technology;


1. INTRODUÇÃO

Cloud Computing ou Computação em Nuvens é a virtualização de produtos e


serviços computacionais, ou seja, é uma maneira de armazenar todas as informações em
servidores virtuais chamados de “nuvem”, onde há uma tendência mundial para este
modelo não necessitando de máquinas velozes com um grande potencial de hardware e
sim de um simples computador conectado à internet para rodar todos os aplicativos.
Hoje, há grandes empresas investindo nesta tecnologia para oferecerem esses
serviços a seus clientes, como a gigante Google. Sem percebermos, já estamos fazendo
parte dessa história, basta ter um Gmail ou uma conta no Orkut, onde “guardam-se”
dados nesses servidores virtuais, uma mensagem, e- mail, fotos, etc., você já está
usufruindo da grande nuvem. São parques computacionais armazenando todas as
informações particulares de usuários no mundo, sendo esses produtos e serviços
disponibilizados gratuitamente em sua maioria. Na realidade, uma simples troca está
sendo feita, na qual dispõem-se de serviços e tem-se espaço para guardar informações.
Em contrapartida, são coletados os dados do usuário para um futuro uso comercial.
Neste estudo, pretende-se estabelecer os principais fundamentos da
Computação em Nuvens, conteúdo disponíveis, pontos negativos, positivos e aspectos
de infra-estrutura e segurança.

2. FUNDAMENTOS

Computação em Nuvens surgiu da necessidade de se compartilhar ferramentas


computacionais pela interligação dos sistemas, utilizando-se a internet como principal
meio de comunicação, em um aspecto semelhante às nuvens do céu. Ao invés de se ter
toda essa estrutura localmente, em um cená rio onde o usuário fica preso àquele
hardware, com este modelo pode-se em qualquer lugar acessar conteúdos, assim, o
grande diferencial do mesmo dar-se pelo acesso às informações de qualquer hora e
lugar.
Dentro desse contexto, os computadores pessoais, terão apenas um chip
conectado à rede mundial, simplesmente para colher dados na nuvem e traze- los,
existindo a possibilidade de todo o processamento ocorrer no servidor virtual, sendo os
pc’s simples terminais “burros”, ou seja, máquinas sem processamento, servindo apenas
para mostrar as requisições dos usuários.
Diante de todo esse processo, há um custo muito elevando nas corporações
“nuvens”, para serem investidos em TI. Aspectos como: segurança de dados, política de
controle, espaço de armazenamento, além da necessidade de filtrar redundâncias e
inconsistências, tudo isso visando prover um ambiente no qual possa oferecer o melhor
serviço, evitando informações caindo em mãos erradas e quantidades significativas de
lixo eletrônico.

3. O QUE ENCONTRAMOS NA GRANDE NUVEM?

Devido a uma favorável demanda composta de flexibilidade e dinamismo de


acesso, onde pessoas não ficariam presas a uma determinada máquina, surge a
necessidade tanto de softwares e serviços sendo disponibilizados em qualquer lugar do
mundo, a maioria deles, código aberto, onde pode-se fazer alterações conforme a
precisão da demanda.
Hoje no meio acadêmico encontra-se vários produtos incorporados neste
modelo, como softwares com código aberto, sendo testados na computação em nuvem.
Tem-se o conhecimento do projeto Eucalyptus (http://eucalyptus.cs.ucsb.edu/),
desenvolvido pela universidade da California e o Enomalism,
(http://www.enomaly.com) ambos livre. Estes projetos têm a finalidade puramente
exploratórios, onde pesquisadores trabalham diretamente na tecnologia em nuvem, fato
difícil de se fazer onde as tecnologias são fechadas e proprietárias. Outros produtos que
merecem destaque, são os sistemas Google, como Google docs, Google Pages, na qual
você faz sua própria página na web, todos gratuitos, e muitos são encontrados para
facilitar e fazer parte da vida cotidiana.
Uma tentativa de colocar tudo na nuvem, surge a partir de uma brincadeira mas
com intuito acadêmico o eyeOS (www.eyeos.org), também open source, um sistema
operacional que vem quebrando todos os conceitos da computação clássica. Este já está
na sua terceira versão e todos podem utilizar a título de pesquisa e aquisição de
conhecimento.
Acha-se também serviços diversos como a disposição de espaços para o
acúmulo de dados, ferramentas administrativas e gerenciais, tradutores on- line,
entretenimento e os próprios parques computacionais afim de armazenamento
corporativos. É a própria nuvem destinada como serviço mundial.
4. TEMPESTADE NAS NUVENS

Considerando os pontos vistos os quais descrevem a Computação em Nuvens e


seus objetivos, há sempre o temor de como se dá o armazenamento e o tráfego dessas
informações, havendo um receio dessas cair em mãos impróprias.
Um outro fator considerado é o destaque obtido dessas corporações “nuvens”,
onde serão detentoras de uma quantidade enorme de informações. Devido a isso, serão
visadas por pessoas mal intencionadas utilizando-se, ou não, de pestes virtuais,
comprometendo assim, a qualidade da “nuvem”.
O risco de uma grande pane é possível devido a vários fatores, algumas deles
são: o grande volume de tráfego e requisições simultaneamente, inviabilizando o acesso
ao sistema; outros fatores são aplicativos imaturos, sem consistência e com falhas de
segurança dentre outras.
Surge então a necessidade de grandes investimentos em TI, visando a
segurança para o controle do fluxo e armazenamento destes conteúdos, evitando brechas
de segurança e controlando o acesso a pessoas mal intencionadas.
Existem casos ocorridos nos produtos da Google, em que pessoas já perderam
suas contas virtuais por razão de defeitos do próprio sistema, sendo obrigadas a
responderem um exigente e exausto questionário para uma tentativa de recuperação das
mesmas. Algumas obtiveram sucesso na recuperação e outras não. Tal formulário é
submetido a uma revisão da empresa para saber se realmente aquele usuário é o
verdadeiro dono da conta.

5. A NÚVEM DE CÓDIGO ABERTO

Devido a um enorme volume de serviços gratuitos na Computação em Nuvem,


só é possível graças a uma estrutura open source, ou seja, softwares com código aberto
para todos usufruírem. Empresas detentoras de programas proprietários querendo
adequar-se neste modelo, pelo menos por enquanto, terão de disponibilizar versões de
código aberto em seus produtos para uma tentativa de familiarizar sua própria nuvem.
Uma grande vantagem deste processo é a modificação, correção e adaptação do código
aberto conforme a necessidade e própria demanda da empresa adotante. Esta tecnologia
aberta, já está sendo usado em várias implementações de computação em nuvem,
tornando mais barato os custos operacionais e reduzindo a dependência dos provedores
de nuvem, porém proporcionando serviços de qualidade a um custo baixíssimo para o
consumidor. Mas é possível encaixar o lado proprietário, onde empresas podem
contratar tal software pago e disponibilizar em sua nuvem gratuitamente, onde a
utilização do mesmo, será de acordo com os termos contratuais do fornecedor,
adquirindo coleta de dados dos seus usuários, maior popularização de sua nuvem, etc.

6. INFRA ESTRUTURA NECESSÁRIA

Com a evolução deste modelo, é capaz de temos máquinas com o mínimo de


equipamento possível: uma placa- mãe, processador, RAM e pouca quantidade de
espaço na memória persistente, rodando apenas um sistema operacional e um browser
conectado à internet. Basta isso para nós usufruirmos normalmente como hoje, mas todo
o processo nas nuvens. Outra vantagem proporcionada por este projeto é a ausência de
travamentos no desktop, onde tudo será feito através de grandes servidores de
aplicativos, ocorrendo distribuição de dados em toda a nuvem, continuando a execução
de uma solicitação.
Sendo a evolução dos sistemas operacionais em nuvens, poderá possibilitar
ainda mais a simplificação de computadores físicos conectados no sistema, na qual
necessita-se de um simples programa para acessar o browser, chegando até a nuvem
desejada. Com esta redução de componentes nos computadores, poderá ocorrer quedas
significativas no preço dos mesmos, facilitando o seu uso e a própria manutenção.

7. CONCLUSÃO

O estudo do modelo Computação nas Nuvens do lado acadêmico leva ao


mundo uma maneira mais prática de acessar todos os dados em qualquer lugar, basta ter
um computador conectado na internet, quebrando muitos conceitos clássicos da
informática.
Hoje as empresas especializadas na área, estão se enquadrando cada vez mais a
este modelo esperando a uma futura demanda, na qual torna-se muito lucrativo
armazenar informações do mundo inteiro. Por ser uma adaptação prematura, encontra-se
panes em sistemas deixando muitos usuários desconfiados do serviço ofertado. Mas isso
não é motivo de reprovar radicalmente este modelo, onde todos os sistemas são dotados
de erros, mas o melhor a fazer, ainda é o velho backup para a tranqüilidade de todos,
simplesmente fazer um espelhamento de sua nuvem em seu desktop, enquanto passa
toda esta tempestade.
Para esta realidade chegar ao alcance de todos, tem-se o investimento
maciçamente, além de segurança e Tecnologia da Informação, em velocidade de
provedores e internet para processamentos de aplicativos, na qual alcançar até as nuvens
precisa-se de muita rapidez, para no mínimo chegar a uma velocidade de execução de
aplicativos em desktop, onde surgirão produtos com alto índice de processamento.
É importante salientar a qualidade da internet, pois ainda é o veículo principal
de acesso a nuvem, onde uma web com baixa qualidade, todo esse conceito ficará sem
utlidade. Mas em proporção dos fatos, a banda larga está aumentando cada vez mais a
sua tecnologia para suprir a tendência mundial, melhorando assim a velocidade de
acesso a dados, para dar conforto e rapidez a seus usuários.

8. REFERÊNCIAS

Revista Espírito Livre – http://revistaespiritolivre.org


Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/cloud_computing
Revista Info – WWW.info.abril.com.br
Goole - www.google.com.br
Revista Veja Especial – Edição 2078

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