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TERATOLOGIA
Há algumas décadas se descobriu os defeitos congênitos por drogas e vírus. Estima-se que 7 a
10% dos defeitos congênitos humanos resultem da ação perturbadora de drogas, vírus e de
outros fatores ambientais. As causas de defeitos ao nascimento ou anomalias congênitas são
frequentemente divididas em: - Fatores genéticos, como anormalidades cromossômicas -
Fatores ambientais, como drogas e vírus
Entretanto, muitas anomalias congênitas comuns são causadas por fatores genéticos e
ambientais atuando em conjunto herança multifatorial. Em 50 a 60% das anomalias congênitas,
a etiologia é desconhecida. As anomalias podem ser únicas ou múltiplas e de grande ou
pequeno significado clínico. Pequenas anomalias estão presentes em 14% dos recém-nascidos.
Algumas dessas pequenas anomalias chamam a atenção para outras anomalias maiores que
podem estar presentes neste mesmo ser. Exemplo disso é a presença de uma única artéria
umbilical, alerta o médico da possível presença de anomalias cardiovasculares e renais.
Grandes defeitos do desenvolvimento são muito mais comuns nos embriões iniciais, contudo; a
maioria deles é abortado espontaneamente durante as seis primeiras semanas do
desenvolvimento. Anomalias cromossômicas estão presentes em 50 a 60% dos conceptos
abortados espontaneamente.
Anomalias causadas por fatores genéticos Numericamente, os fatores genéticos são as causas
mais comuns de anomalias congênitas. Mecanismos complexos como a mitose e a meiose
podem, ocasionalmente, funcionar mal. Muitos destes embriões iniciais anormais não sofrem o
processo de clivagem normal e não se tornam blastocistos. Dois tipos de alterações ocorrem
nos complementos cromossômicos: numéricas e alterações. As alterações podem afetar os
cromossomas sexuais e ou os autossomas os cromosomas que não os sexuais.
TRISSOMIA DOS AUTOSSOMAS Quando três cromossomas estão presentes em vez do par
usual, a anormalidade constitui uma trissomia. As trissomias são as anormalidades numéricas
mais comuns dos cromossomas. A causa deste erro numérico é a não - disjuncão meiótica dos
cromossomas o que resulta em um gameta com 24 cromossomas em vez de 23, e
subsequentemente, em um zigoto com 47 cromossomas. A trissomia dos autossomas está
associada a três síndromes principais:
TERATOGÊNESE POR DROGAS Alcool: O consumo de álcool, tanto moderado quanto alto,
durante o início da gravidez pode levar a alterações do crescimento e da morfogênese do feto.
Quanto maior a ingestão maior os efeitos no feto de retardo mental, microcefalia, nariz curto,
lábio superior fino, hipoplasia do maxilar, e outras. Hoje em dia, acredita-se que o abuso do
álcool pela mãe é a causa mais comum de retardamento mental.
TERATOGÊNESE POR DROGAS Ácido retinóico: É teratogênica em doses muito baixas em seres
humanos. É usada no tratamento de acne cística grave. O período crítico para a exposição
parece ser da terceira á quinta semana. É alto o índice de aborto espontâneo e de defeitos
congênitos após exposição ao ácido retinóico. As anomalias observadas com maior frequencia é
fenda palatina, anomalias cardiovasculares, defeitos de tubo neural e micrognatia.
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Malformação Congênita consiste em um termo, de uso recorrente, usado para descrever
defeitos do desenvolvimento presentes na ocasião do nascimento. Estas malformações podem
ser estruturais, funcionais, metabólicas, comportamentais ou hereditárias.
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Monossomia. Cerca de 99% dos embriões com ausência de um cromossomo sexual abortam
espontaneamente. Apenas 1% de monossomia do X em embriões femininos sobrevive e
desenvolve características da Síndrome de Turner.
Dos autossômicos compatíveis com a sobrevivência pós-natal, a trissomia está associada a três
síndromes . A primeira e a mais comum é a trissomia do 21 ou Síndrome de Down, seguida
pela trissomia do 18 e a trissomia do 13, que são menos comum.
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Os fatores ambientais causam cerca de 7 a 10% das malformações congênitas, porem, não
parecem capazes de provocar anomalias antes que se tenha iniciado a diferenciação; mas, sua
ação precoce pode levar a morte do embrião.
O mecanismo exato que as drogas, produtos químicos e outros fatores ambientais interferem
no desenvolvimento embrionário e induzem a anormalidades ainda são obscuros. Vários
estudos mostram que algumas influências hereditárias e ambientais podem afetar o
desenvolvimento embrionário, alterando processos fundamentais como o compartimento
intracelular, a superfície da célula, a matiz extracelular e o ambiente fetal; mas ainda não existe
uma hipótese básica que explique os mecanismos subjacentes.
Foi sugerido que a resposta celular inicial pode assumir mais de uma forma ( genética,
molecular, bioquímica, biofísica ), resultando em diferentes seqüências de mudanças celulares (
morte celular, biossíntese de substratos reduzida, movimentos morfogenéticos deficientes e
quebra mecânica ). Esses tipos variados de lesão patológica poderia levar ao defeito final (
anomalias do desenvolvimento, distúrbios funcionais ) por uma via comum.
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A despeito dos avisos de que fumar cigarros é prejudicial para o feto, mais de 25% das
mulheres fumam durante a gravidez. O consumo de cigarros pela mãe constitui causa bem
estabelecida de retardo do crescimento intra-uterino. Para mulheres, cujo consumo diário é
igual ou superior a 20 cigarros, o risco de se ter um parto prematuro é duas vezes maior que
para as não-fumantes.
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Esta é uma droga bastante popular, pois está presente em várias bebidas de grande consumo,
como café, chás, bebidas a base de cola, produtos achocolatados e em algumas drogas. A
cafeína não é conhecida como um teratógeno humano, mas não há nenhuma certeza que o seu
consumo em excesso não prejudique o embrião. Portanto, durante a gestação deve ser evitado
o uso excessivo de café, chá e produtos que contenha cafeína.
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O alcoolismo, afeta 1 a 2% das mulheres em idade fértil. Os filhos de mães alcoólatras
mostram um padrão característico de defeitos, incluindo deficiência de crescimento, retardo
mental e outras malformações pré e pós-natal. Microcefalia, fendas palpebrais curtas, hipoplasia
maxilar, nariz curto, lábio superior fino, anomalias articulares e insuficiência cardíaca congênita.
A esse conjunto de sintomas atribui-se a Síndrome Alcoólica Fetal, presente em 2 por 1.000
nascidos vivos.
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Crianças nascidas de mães cuja dieta principal durante a gravidez era a base de peixe,
contendo níveis anormais de mercúrio orgânico adquirem a Doença de Minamata Fetal,
exibindo distúrbios neurológicos e comportamentais semelhantes ao da paralisia cerebral.
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Ao longo da vida pré-natal, o embrião e o feto são ameaçados por uma infinidade de
microorganismos. Na maioria dos casos, há resistência aos ataques; em alguns, ocorre aborto
ou parto de natimorto; em outros caso, as crianças nascem com malformações ou
enfermidades congênitas.
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O CMV, constitui a infecção viral mais comum no feto humano. Como a doença parece ser fatal
quando infecta o embrião, a maioria das gravidezes termina em aborto espontâneo quando a
infecção ocorre no primeiro trimestre. Quando ocorre em um período mais tarde, a infecção
pode resultar em retardo do crescimento intra-uterino, microftalmia, cegueira, microcefalia,
retardamento mental, surdez e paralisia cerebral.
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Tem sido relatado que a infecção por HSV no início da gravidez triplica a taxa de abortos e que
a infecção após a vigésima semana está associada a uma taxa mais alta de prematuridade.
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A varicela e o herpes zoster são causados pelo mesmo vírus, o varicela-zóster. Há fortes
evidências que a infecção materna por varicela durante os quatro primeiros meses de gestação
causa malformações congênitas, como lesões na pele, atrofia muscular, hipoplasia do membro,
dedos da mão rudimentares e retardamento mental.
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Muitas malformações congênitas comuns exibem distribuição familiar consistente com herança
multifatorial. A herança multifatorial pode ser determinada pela combinação de fatores
genéticos e ambientais.
O lábio leporino, a fenda palatina e defeitos no tubo neural são exemplos de malformações
causadas por herança multifatorial.
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Conclui-se que as malformações congênitas, são anormalidades que ocorrem durante o período
pré-natal e são causadas por fatores genéticos e fatores ambientais. Drogas como o álcool e a
cocaína, produtos químicos, como o mercúrio orgânico e agentes infecciosos como o vírus do
herpes simples e varicela, são teratógenos potentes que levam a sérias malformações. Logo, o
acompanhamento médico durante a gestação, a prática de atividade física sem excessos, a
dieta alimentar e não consumir drogas como bebida alcoólica e cigarros, são cuidados
essenciais durante a gestação e que diminuem consideravelmente o risco de malformações
congênitas humanas.
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Anormalidades Numéricas:
Trissomia dos Autossomas: A causa usual deste erro de número(três cromossomos estão
presentes em vez do par usual), é a não-disjunção meiótica dos cromossomos, resultando em
um gameta com 24 em vez de 23 cromossomos. Está associado a três síndromes principais:
Trissomia do 21 ou Síndroma de Down; Trissomia do 18 ou Síndrome de Edwards; Trissomia do
13 ou Síndrome de Patau.
A Trissomia dos Autossomas ocorre com freqüência crescente com o aumento da idade da mãe.
-)5!*-@A#$!'.:'&%-# (no Brasil grafa-se congênita) podem ser definidas como "todo
defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia
morfológica estrutural presente no nascimento devido à causa genética ambiental ou mista"
(OPAS, 1984) Essa definição abrange todos os desvios em relação à forma, tamanho, posição,
número e coloração de uma ou mais partes capazes de ser averiguadas macroscopicamente ao
nascimento e/ou, segundo Freire-Maia (Freire-Maia, 1976), decorrente de condição morfológica
congênita ainda que por ser discreta não tenha sido verificada na ocasião em que a criança
nasceu.
A expressão " Anomálade ou Parádrome " não corresponde exatamente à sua tradução
referente aos desvios de uma rota prevista. A expressão Ơanomaliasơ (desvio da norma) que
tem sido usada como sinônimo de malformação, refere-se mais exatamente a um grupo de
malformações ocasionadas por um defeito primário em um campo de desenvolvimento
embrionário ou processo dismorfogenético ocasionado por um fator etiológico intrínseco ao
processo de desenvolvimento distinguindo-se das "Rupturas" ou "Seqüências" do que alguns
dismorfologistas reservam o termo Malformação, Malformação secundária ou ressaltam o seu
caráter primordial (Smith,1985) (Opitz,1984)
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As anomalias podem sim, ser únicas ou múltiplas, estar associadas ou não, ser conseqüência de
um processo de desenvolvimento alterado (seqüências) ou ser tão freqüentes a manifestação
do conjunto de anomalias que mesmo ignorando-se as razões da sua associação (co-etiologia)
são reconhecidas como síndromes e estudadas clinicamente como tal. A principal distinção de
Síndromes para Seqüências são as evidências de que nesse último caso trata-se de
malformações secundárias (Disrupções ou rupturas) quebras ou interferências em um processo
originalmente normal como por exemplo membros que se desenvolveriam normalmente mas
em função de alterações vasculares ou nervosas tiveram seu curso de desenvolvimento alterado
(Smith,1985; Opiz,1984). Nas síndromes acredita-se que as múltiplas anomalias são
independentes em vez de seqüenciais, embora tenham uma única causa básica.( Smith,1985)
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POTENCIALIDADE X DIFERENCIAÇÃO
mitóticas).
um processo reversível.
Indução
outra.
3. O sinal pode passar de célula para célula, pelas junções tipo fenda: poros protéicos
especializados que constituem canais diretos de comunicação entre os citoplasmas de células
adjacentes, através dos quais pequenas moléculas podem passar.
Sinal de indução
Fatores de transcrição;
Moléculas sinalizadoras;
Receptores moleculares;
Fatores de transcrição
Proteínas que possuem domínios (regiões) que se ligam ao DNA da região promotora ou
iniciadora de genes específicos. Ativam o gene e dão início à sua transcrição, gerando RNA
mensageiro.
Moléculas sinalizadoras
Moléculas Receptoras
Sinal de transdução
Matriz Extracelular
As proteínas da matriz extracelular (EMP) são macromoléculas secretadas que servem como
arcabouço para todos os tecidos e órgãos. Incluem: Colágenos, fibrilinas, proteoglicans e
grandes glicoproteínas como fibronectina, laminina e tenascina.É constituída por um complexo,
em proporções variáveis, de inúmeras
proteínas e polissacarídeos que se organizam formando uma rede, em parte responsável pela
grande diversidade morfológica, funcional e patológica dos diferentes tecidos.
Genes do desenvolvimento
São agrupados em dois grandes grupos: Genes maternos e Genes zigóticos. Os genes
maternos estão presentes nas células foliculares que envolvem o ovócito, são transcritos em
RNA mensageiro que são transferidos ao
citoplasma do ovócito.
Podem ser anomalias isoladas, ou podem constituir uma das mais de 4000