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Faculdade de Letras
Aluno: Wolney Marques Borges
Matéria: Leitura e produção textual
Professor: Francisco Diniz
Resenha de texto:
Por que (não) ensinar Gramática na escola
Autor: Sírio Possenti
1- O papel da escola é ensinar língua padrão: ele afirma que a escola deve ensinar o
português padrão, ou, talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja
aprendido. (POSSENTI, pag.17) Aborda que o aluno não deve ser tratado como
uma tabua rasa e que o professor deve entender a importância de trabalhar a forma
padrão para que o mesmo possa ser favorecido no âmbito cultural e que esse
trabalho deve ser colocado visando que o aluno não chegue ao panorama de ter 8
anos de escola e não ser capaz de escrever diversos tipos de textos e de compreender
os mesmos.
2- Damos aulas de que a quem? : nesse sub tópico ele aborta a questão que temos
diversas formas de aprender e critica as concepções de ensino mecanicista, que
seria, na verdade, um exercício de adestramento por repetição e que esse tipo de
trabalho por não possuir clareza acaba por se tornar defasado, ocasionando assim o
ensino daquilo que o aluno já sabe, pois o professor não se interessa em conhecer o
repertorio do mesmo.
3- Não a línguas fáceis ou difíceis: Ele aborda que não existe língua fácil, ou no mais
comum, primitiva e nos mostra que mesmo uma língua de um povo supostamente
simples e primitivo pode ser tão complexa como as línguas de povos civilizados e
evoluídos, chegando a dizer que: “Afirmar que há línguas primitivas é um equivoco
equivalente a afirmar que a Lua é um planeta, que o Sol gira ao redor da terra, que
as estrelas estão fixas em uma abóbada.” (POSSENTI, Pag. 26). E conclui que essas
especulações sobre línguas primitivas e civilizadas tem origens preconceituosas e
não linguísticas.
4- Todos os que falam sabem falar: aqui ele aponta o que seria, realmente, falar certo
ou errado, errado seria falar uma língua de acordo com as regras de outra, fazendo
com que assim, não possa ser realmente compreendido, já no contexto de certo ele
demonstra que dentro de uma mesma língua, podemos falar de formas diferentes e
usando dialetos ou expressões incomuns, mais que mesmo assim, o sentido e as
regras estariam certos, por tanto seria compreensível e por definição correto.
5- Não existem línguas uniformes: uma mesma língua possui varias formas diferentes
e isso se dá pelo reflexo da variedade social, por que em toda sociedade existem
divisores sociais, que podem ser apresentados na forma de fatores geográficos, de
classes, de idade, de sexo, de etnia, de profissão etc. Por tanto nenhuma língua pode
ser uniforme, pois não existe apenas um grupo na sociedade, sendo assim cada
grupo teria suas variações e isso permite que a mesma língua possua vários dialetos.
7- Falamos mais corretamente do que pensamos: aqui ele questiona a visão da correção
e do apontamento de erros em indivíduos tanto dentro quanto fora da escola, ele nos
mostra que apontamos não necessariamente os supostos erros, mais sim aquilo que
para nosso grupo social seria estranho ou incomum e a partir dai, nos leva a uma
analise pedagógica do fato, nos mostrando que não devemos contas os erros de
nossos alunos, mais sim classifica-los, para que assim possamos determinar qual o
verdadeiro problema ou erro que o mesmo estaria cometendo, e ainda faz um
questionamento, sobre a forma que impomos isso ao aluno, retirando pontos por
cada erro, sendo que não lhe damos pontos por cada acerto.
10-Ensinar língua ou ensinar gramática? : aqui Possenti faz uma relação de língua e
gramatica, nos apontando que a língua não precisa, necessariamente, possuir uma
gramatica para ser ensinada ou usada, e nos dá exemplos das civilizações antigas
tanto “primitivas” quanto “civilizadas”, onde nos mostra a Grécia como exemplo
maior, pois na época de Ésquilo e Platão não existia gramatica, e continua nos
apontando fatores que determinariam isso, que a língua existe mesmo sem a
gramatica e que a mesma serviria apenas para que possamos entender a língua de
forma mais especifica e descritiva, nos mostrando sua essência.