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1.1 - INTRODUÇÃO
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WAGNER ANTONIO BIFFE
Os solos, na sua grande maioria, não são homogêneos, mas formados por
diversas camadas de resistividade e profundidade diferentes. Essas camadas, devido
à formação geológica, são em geral horizontais e paralelas à superfície do solo.
Existem casos em que as camadas apresentam inclinadas e até verticais,
devido a falha geológica. Entretanto, os estudos apresentados para pesquisa do perfil
do solo as consideram aproximadamente horizontais, uma vez que outros casos são
menos típicos, principalmente no exato local da instalação da subestação, daí a
necessidade de introduzir o modelo de estratificação da resistividade do solo.
São diversos os métodos existentes para se estratificar o solo, ou seja, definir
as camadas, sua profundidade e resistividade respectivas.
Dos mais conhecidos podemos citar o método de Pirson, Yokogawa, Tagg e
ainda o Simplificado.
Somente para ilustrar, os métodos de Pirson e de Tagg são basicamente
analíticos e embora menos rápidos, por sua natureza apresentam maior grau de
precisão. O método Yokogawa utiliza procedimentos gráficos e seu grau de precisão
pode ser considerado satisfatório:
Já o método simplificado permite a estratificação do solo em apenas duas
camadas e só oferece resultados precisos para determinados tipos de solo.
Como resultado da variação da resistividade das camadas do solo, tem-se a
variação da dispersão de corrente. A figura 1.5.1 apresenta o comportamento dos
fluxos de dispersão de correntes em um solo heterogêneo, em torno do aterramento.
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- em estrela;
- quadriculados, formando uma malha de terra.
0 tipo de sistema de aterramento a ser adotado depende da importância do
sistema de energia elétrica envolvido, do local e do custo. 0 sistema mais eficiente é,
evidentemente, a malha de terra.
1.9 - ATERRAMENTO
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f) Todo condutor isolado, cabo multipolar utilizado como condutor PEN, deve ser
identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser
usada a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis.
Já na indústria e no setor elétrico, uma análise apurada e crítica deve ser feita
nos equipamentos a serem aterrados, para se obter a melhor segurança possível.
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Exemplo 1.10.5: Sistema IT - A fonte não esta aterrada (I) ou aterrada por
uma impedância considerável e a massa do equipamento da carga tem terra próprio
(T).
2.1 - INTRODUÇÃO
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Cita-se, por exemplo, a localização otimizada de uma subestação, que deve ser
definida levando em consideração os seguintes itens:
• Centro geométrico de cargas;
• Local com terreno disponível;
• Terreno acessível economicamente;
• Local seguro às inundações;
• Não comprometer a segurança da população.
O local escolhido para as medições deverá ser sempre longe de áreas sujeitas
a interferências, tais como: torres metálicas de transmissão e respectivos contrapesos,
pontos de aterramento do sistema com neutro aterrado, torres de telecomunicação,
solos com condutores ou canalizações metálicas, cercas aterradas, etc.
Portanto, definida a localização da subestação, fica definido o local da malha
de terra.
Já na distribuição de energia elétrica, os aterramentos situam-se nos locais da
instalação dos equipamentos tais como: transformador, religador, seccionalizador,
regulador de tensão, chaves, etc. No sistema de distribuição com neutro multi-
aterrado, o aterramento será feito ao longo da linha a distâncias relativamente
constantes.
O local do aterramento fica condicionado ao sistema de energia elétrica, ou,
mais precisamente, aos elementos importantes do sistema.
Escolhido preliminarmente o local, devem ser analisados novos itens, tais
como:
• Estabilidade da pedologia do terreno;
• Possibilidade de inundações a longo prazo;
• Medições locais.
Havendo algum problema que possa comprometer o adequado perfil esperado
do sistema de aterramento, deve-se, então, escolher outro local.
Observações:
a) Os eletrodos deverão ser cravados aproximadamente 20 cm no solo, ou até que
apresentem resistência mecânica de cravação aceitáveis que defina uma resistência
ôhmica de contato .
b) Os eletrodos deverão estar sempre alinhados.
c) As distâncias entre os eletrodos deverão ser sempre iguais.
d) Os eletrodos deverão estar isentos de óxidos ou gorduras.
e) Para um determinado espaçamento entre eletrodos, ajustar o potenciômetro e o
multiplicador do megger até que o galvanômetro do aparelho indique "zero", com o
equipamento ligado.
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V2 = ρI 1 + 1
− 1
− 1 (2.5.1)
4π a a 2 +( 2 p )2 2a ( 2 a )2 +( 2 p )2
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O potencial no ponto 3 é :
V3 = ρI 1 + 1
− 1a − 1 (2.5.2)
4π 2 a ( 2a )2 + ( 2 p ) a2 + (2 p)
ρI 1 2 2
V23 = V2 −V3 = + − (2.5.3)
4π a a 2 + (2 p)
2
( 2a ) 2 + ( 2 p ) 2
V23 ρ 1 2 2
R= = + − (2.5.4)
I 4π a a 2 + ( 2 p)
2
( 2a ) 2 + ( 2 p ) 2
4πaR
ρ=
2a 2a
[ Ω.m]
1+ − (2.5.5)
a + ( 2 p) ( 2a ) + ( 2 p)
2 2 2 2
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ρM (a j ) = ∑ ρi (a j )
1 n j =1, q
∀ i =1, n
(2.6.1)
n i =1
Onde:
ρM ( a j ) ⇒ Resistividade média para o respectivo espaçamento aj
i =1, n
ρi (a j ) − ρM (a j ) ∀ (2.6.2)
j =1, q
ρi ( a j ) − ρ M ( a j ) i =1, n
* 100 ≥ 50% ∀ (2.6.3)
ρM (a j ) j =1, q
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3 – ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO
3.1- INTRODUÇÃO
∇2 * V = 0 (3.2.1)
V = Potencial na primeira camada do solo
Iρ1 1 ∞
Kn
Vp = + 2∑ (3.2.2)
2π r n =1 r 2 + ( 2nh )
2
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Onde:
Vp = É o potencial de um ponto p qualquer da primeira camada em relação ao
infinito.
ρ 1 = Resistividade da primeira camada
h = Profundidade da primeira camada
r = Distância do ponto p à fonte de corrente A
K = Coeficiente de reflexão, definido por:
ρ 2 − ρ1
K= (3.2.3)
ρ 2 + ρ1
− 1 ≤ K ≤ +1 (3.2.4)
Iρ1 1 ∞
Kn Iρ 1 ∞
Kn
VB = + 2∑ − 1 + 2∑ (3.2.5)
2π a n =1 a 2 + ( 2nh ) 2 2π 2a n =1 ( 2a ) 2 2
+ ( 2nh )
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∞
Iρ1 1 ∞
Vc = I2ρπ1 21a + 2∑ Kn
−
2π a + 2 ∑ Kn
(3.2.6)
( 2 a ) +( 2 nh ) 2 ( a ) +( 2 nh ) 2
n =1 n =1
VBC = VB - VC
∞
1 + 4∑
Iρ 1
VB C = 2π a
Kn
− Kn
(3.2.7)
n=1
1+ ( 2 n ah ) 2 4+ ( 2 n ha )2
∞
2π a VB C
I = ρ 1 1 + 4 ∑ Kn
− Kn
n=1
1+ ( 2 n ha ) 2 4 + ( 2 n ah ) 2
A relação VBC/I representa o valor da resistência elétrica lida no aparelho
Megger do esquema apresentado. Assim, então:
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∞
2π aR = ρ 1 1 + 4∑ Kn
− Kn
n=1
1+ ( 2 n ha ) 2 4+ ( 2 n ah ) 2
∞
ρ (a)
= 1 + 4∑ Kn
− Kn
(3.2.8)
n=1
1+ ( 2 n ha ) 2 4+ ( 2 n ha )2
ρ1
cobrindo toda a sua faixa de variação. As curvas traçadas para K variando na faixa
negativa, isto é, curva ρ (a) x a descendente, figura 3.4.1a, estão apresentada na
figura 3.4.2.
Já as curvas obtidas da expressão 3.2.8 para a curva ρ (a) x a segundo, figura
3.4.1b, isto é, para K variando na faixa positiva, são mostradas na figura 3.4.3.
Figura 3.4.1: curvas ρ (a) x a descendente e ascendente
Com base na família de curvas teóricas das figuras 3.4.2 e 3.4.3, é possível
estabelecer um método que faz o casamento da curva ρ (a) x a, medida por Wenner,
com uma determinada curva particular. Esta curva particular é caracterizada pelos
respectivos valores de ρ 1, K e h. Assim, estes valores são encontrados e a
estratificação esta estabelecida.
A seguir são apresentados os passos relativos ao procedimento deste método:
2º passo: Prolongar a curva ρ (a) x a até cortar o eixo das ordenadas do gráfico.
Neste ponto, é lido diretamente o valor de ρ 1, isto é, a resistividade da
primeira camada. Para viabilizar este passo, recomenda-se fazer várias
leituras pelo método de Wenner para pequenos espaçamentos. Isto se
justifica porque a penetração desta corrente dá-se predominantemente na
primeira camada.
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7º passo: Plota-se a curva K x h dos valores obtidos da tabela gerada no sexto passo.
10º passo: A interseção das duas curvas K x h num dado ponto resultará nos valores
reais de K e h, e a estratificação estará definida.
Exemplo 3.4.1
ρ 1=700 Ω .m
ρ ( a1 )
5º passo: Como K é negativo e com o valor ρ1 = 0,5 9 3 levado na família de
h
curvas teóricas da figura 3.4.2, procede-se a leitura dos respectivos K e a .
ρ ( a1 )
a1 = 4m ρ1 = 0,5 9 3
h
K a
h[m]
-0,1 - -
-0,2 - -
-0,3 0,263 1,052
-0,4 0,423 1,692
-0,5 0,547 2,188
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a2 = 6m
ρ (a2) = 294 Ω .m
ρ ( a2 )
ρ1 = 294
70 0 = 0,42
Constrói-se a Tabela 3.4.3.
ρ ( a1 )
a1 = 6m ρ1 = 0,4 2 0
h
K a
h[m]
-0,1 - -
-0,2 - -
-0,3 - -
-0,4 - -
-0,5 0,305 1,830
-0,6 0,421 2,526
-0,7 0,488 2,928
-0,8 0,558 3,348
-0,9 0,619 3,714
-1,0 0,663 3,978
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9º passo: A Figura 3.4.5 apresenta o traçado das duas curvas K x h obtidas da Tabela
3.4.2 e 3.4.3.
10º passo: A interseção ocorre em:
K = -0,616
h = 2,574 m
Usando a equação 3.2.3, obtém-se o valor de ρ 2.
ρ 2 = 166,36 Ω .m
A figura 3.4.6 mostra o solo estratificado em duas camadas.
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∞
ρ (a) = ρ 1 1 + 4∑ Kn
− Kn
(3.5.1)
n=1
1+ ( 2 n ha )2 4+ ( 2 n ah )2
2
q ∞
∑i=1 ρ (ai ) m e d id o− ρ 1 1 + 4∑n=1 Kn
− K h 2
n
Minimizar (3.5.2)
1+ ( 2 n ah ) 2
i
4+ ( 2 n a )
i
As variáveis são ρ 1, K e h.
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• Método do Gradiente;
• Método do Gradiente Conjugado;
• Método de Newton;
• Método Quase-Newton;
• Método de Direção Aleatória;
• Método de Hooke e Jeeves;
• Método do Poliedro Flexível;
• etc.
Exemplo 3.5.1
Este método oferecerá resultados variáveis somente quando o solo puder ser
considerado estratificável em duas camadas e a curva ρ (a) x a tiver uma das formas
típicas indicadas na figura 3.6.1 abaixo, com uma considerável tendência de
saturação assintótica nos extremos e paralela ao eixo das abscissas.
A assíntota para pequenos espaçamentos é típica da contribuição da primeira
camada do solo. Já para espaçamentos maiores, tem-se a penetração da corrente na
segunda camada, e sua assíntota caracteriza nitidamente um solo distinto.
Pela análise das curvas ρ (a) x a da figura 3.6.1, fica caracterizado pelo
prolongamento e assíntota, os valores de ρ 1 e ρ 2. Portanto, neste solo específico,
com os dois valores obtidos, fica definido de acordo com a expressão 3.2.8 o valor
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∞
= M ( a =h ) = 1 + 4 ∑
ρ( a =h ) Kn
− Kn
(3.6.1)
ρ1
n =1
1+( 2 n ) 2
4 +( 2 n ) 2
Portanto, deste modo, basta levar o valor de ρ (a=h) na curva ρ (a) x a e obter o
valor de "a", isto é, "h". Assim, fica obtida a profundidade da primeira camada.
Esta é a filosofia deste método, para tanto, deve-se obter a curva M(a=h) versus
K, através da expressão 3.6.1. Esta curva está na figura 3.6.3.
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1º passo: Traçar a curva ρ (a) x a, obtida pela medição em campo usando o método
de Wenner.
2º passo: Prolongar a curva ρ (a) x a até interceptar o eixo das ordenadas e determi-
nar o valor de ρ 1, isto é, da resistividade da primeira camada do solo.
3º passo: Traçar a assíntota no final da curva ρ (a) x a e prolongá-la até o eixo das
ordenadas, o que indicará o valor da resistividade ρ 1, da segunda camada do
solo.
4º passo: Calcular o coeficiente de reflexão K, através da expressão 3.2.3, isto é:
ρ2
−1
K= ρ1
ρ2
ρ1
+1
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Exemplo 3.6.1
12 361
16 276
22 230
32 210
Tabela 3.6.1: Dados de campo
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Um solo com várias camadas apresenta uma curva ρ (a) x a ondulada, com
trechos ascendentes e descendentes, conforme mostrado na figura 3.7.1.
• Método de Pirson;
• Método Gráfico de Yokogawa.
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fica evidenciado que o solo de várias camadas pode ser analisado como uma
seqüência de curvas de solo equivalentes a duas camadas.
Considerando o primeiro trecho como um solo de duas camadas, obtém-se
ρ 1, ρ 2, h1. Ao analisar-se o segundo trecho, deve-se primeiramente determinar uma
resistividade equivalente, vista pela terceira camada. Assim, procura-se obter a
resistividade ρ 3 e a profundidade da camada equivalente. E assim sucessivamente,
seguindo a mesma lógica.
A seguir apresenta-se os passos a serem seguidos na metodologia adotada e
proposta por Pirson:
dρ
5º passo: Para o segundo trecho, achar o ponto de transição (at) onde a é
da
d 2ρ
máxima, isto é, onde
da2
= 0 . Este ponto da transição está localizado onde a
curva muda a sua concavidade.
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h2 = d1 + d2 = 3 at
2
(3.8.1)
Onde
d1 + d 2
ρ 21 = d1 d 2 (3.8.2)
+
ρ1 ρ 2
h2 = d1 + d2
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Volta-se ao sétimo passo para obter novos valores de ρ 3 e h3. Após, então,
repete-se a partir do sexto passo, todo o processo para os outros trechos sucessores.
Exemplo 3.8.1
dρ
da = 0.
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ρ 2 = 21.575 Ω .m
h
K a1 H[m]
0,2 0,23 0,23
0,3 0,46 0,46
0,4 0,60 0,60
0,5 0,72 0,72
0,6 0,81 0,81
0,7 0,89 0,89
0,8 0,98 0,98
ρ1
a1 = 2m ρ ( a1 ) = 0,5475
h
K a1 h[m]
0,2 - -
0,3 0,05 0,10
0,4 0,28 0,56
0,5 0,40 0,80
0,6 0,49 0,98
0,7 0,57 1,14
0,8 0,65 1,30
h2 = d1 + d2 = 23 a t
h2 = 0,64 + d2 = 3 • 8
2
h2 = 5,4 m
d2 = 4,76 m
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ρ 21 = 0, 64+ 4 , 7 6
0 , 64 4 , 76 0
+
860 0 21, 575
Para:
a1 = 8m, obtém-se ρ (a1) = 11.058 Ω .m
a1 = 16m, obtém-se ρ (a1) = 5.026 Ω .m
Efetuando-se o traçado das duas curvas K x h, as mesmas interceptam-se no
ponto,
h2 = 5, 64m
K = -0, 71
ρ ( a1 )
a1 = 8m
ρ 12
= 0,6 0 4
h
K a1 h[m]
-0,3 0,280 2,240
-0,4 0,452 3,616
-0,5 0,560 4,480
-0,6 0,642 5,136
-0,7 0,720 5,760
-0,8 0,780 6,240
-0,9 0,826 6,600
ρ ( a1 )
a1 = 16m
ρ 12
= 0,2 7 4 6
h
K a1 h[m]
-0,3 - -
-0,4 - -
-0,5 - -
-0,6 0,20 3,20 55
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Assim,
ρ 3 = ρ 21 11+− KK
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[ ]
∞
lo g ρ (a)
ρ1 = lo g1 + 4∑ Kn
− Kn
(3.9.1)
n=1
1+ ( 2 n ha )2 4+ ( 2 n ah )2
ρ (a)
das figuras 3.4.2 e 3.5.3 traçadas juntas. Os valores de ρ 1 estão na ordenada do
h
gráfico 3.9.1, na abscissa estão os valores de a e as curvas dos respectivos K estão
ρ
indicadas pelo seu correspondente ρ2 .
1
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ρ (a)
Portanto, no ponto da curva ρ (a) x a que coincide com a ordenada ρ1 = 1
ρ (a) h
curva ρ (a) x a, o ponto ρ = 1 e a = 1, isto é, o pólo 01, esteja na posição sobre
1
a curva ρ (a) x a de tal forma que a medição do valor deste ponto pelo método de
Wenner, cobriria totalmente a primeira camada, isto é, já produz a solução da
estratificação procurada.
No ponto estabelecido do pólo O1, basta efetuar a leitura de ρ (a) e "a", onde:
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ρ2
Coloca-se sobre o gráfico ρ (a) x a, a curva ρ da Curva Auxiliar que tenha
1
ρ
a mesma relação ρ2 obtida pelo casamento da curva ρ (a) x a com a Curva Padrão.
1
ρ (a)
Com o pólo de origem ( ρ
1
= 1 e ah = 1 ) da Curva Padrão mantido sobre a
ρ
Curva Auxiliar ρ2 , procura-se ajustar o melhor casamento entre o segundo trecho
1
da
curva ρ (a) x a com a da Curva Padrão. Isto feito, demarca-se no gráfico ρ (a) x a o
pólo O2.
Neste pólo O2, lê-se:
ρ3
Com a relação obtida do casamento, obtém-se o ρ 3 . E assim
ρ 12
sucessivamente.
Até o momento procurou-se apenas justificar a filosofia baseada neste
método. A resolução da estratificação é puramente gráfica usando translado de
curvas, portanto, é difícil traduzir com plenitude a exemplificação do método.
Colocando-se em ordem de rotina, passa-se a descrever o método:
ρ
até obter o melhor casamento possível, isto se dá na relação ρ2 .
1
ρ (a)
4º passo: Demarca-se ao gráfico da curva ρ (a) x a, o ponto de origem ( ρ
1
= 1e
h
a = 1 ) da Curva Padrão, obtendo-se assim o pólo 0 .
1
ρ2
6° passo: Calcula-se ρ 2 pela relação ρ obtida no terceiro passo.
1
ρ
Auxiliar com relação ρ2 obtida no terceiro passo, sobre o gráfico da curva ρ (a) x
1
a.
ρ2
8º passo: Transladando-se o gráfico ρ (a) x a, de modo que a Curva Auxiliar ρ ,
1
ρ2
trecho da curva ρ (a) x a com a da Curva Padrão, isto se dá numa nova relação ρ
1
ρ3
denominada agora de ρ 2 .
1
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Exemplo 3.9.1
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4 – MANEIRAS DE ATERRAMENTO
4.1 - INTRODUÇÃO:
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Uma das formas mais simples de aterramento é uma única haste enterrada no
solo.
R1h a ste = ρa
2π L ln( 4dL ) Ω (4.2.1)
S ca n to n e ira
d=2 π
(4.2.2)
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R1h a s te
2 < R2h a s te< R1h a s t e (4.4.1)
hm
2
2
ρa
Rhm = 4πL ln (eb2hm−+(Lb ) −−eL ) 2 (4.4.2)
hm hm
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1
Req =
1 1 1 1 (4.4.3)
+ + + ... +
R1 R2 R3 Rn
Req
K = (4.4.4)
R1haste
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100Ω , a distância de base do poste aos conjuntos de elementos remotos não deverá
exceder 30 m, objetivando limitar a impedância do aterramento para a descarga de
surtos.
A figura 4.7.1 mostra um aterramento em forma de anel que pode ser usado
aproveitando o buraco feito para a colocação do poste.
ρa 4r 2
Ranel = * ln (Ω ) (4.7.1)
π r
2
dp
80
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ρ 2L
R= * ln −1 (4.7.2)
πL r
ρ 2L
R= ln −1 (4.7.3)
πL
2 pr
ρ 2L
Rmutua = ln −1 (4.7.4)
πL s * s'
s’ = ( 2 p)2 + s2
81
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ρ 1 + sen θ / 2
Rmútua = ln (4.7.5)
πL sen θ / 2
- para N condutores:
πm
1 + sen
ρ N
N −1
2L
Rmútua = ln − 1 + ∑ ln
πm
(4.7.6)
NπL 2 pr fio m =1
sen
N
5.1 – INTRODUÇÃO:
82
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83
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a) Bentonita
Bentonita é um material argiloso que tem as seguintes propriedades:
• Absorve facilmente a água;
• Retém a umidade;
• Boa condutora de eletricidade;
• Baixa resistividade (l, 2 a 4 Ω .m);
84
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b) Earthron
Earthron é um materia1 líquido de lignosulfato (principal componente da
polpa da madeira) mais um agente geleificador e sais inorgânicos. Suas principais
propriedades são:
• Não é solúvel em água;
• Não é corrosivo, devido à substância gel que anula a ação do ácido da madeira;
• Seu efeito é de longa duração
• É de fácil aplicação no solo;
• É quimicamente estável;
• Retém umidade.
c) Gel
O Gel é constituído de uma mistura de diversos sais que, em presença da
água, formam o agente ativo do tratamento. Suas propriedades são:
• Quimicamente estável;
• Não é solúvel em água;
• Higroscópico;
• Não é corrosivo;
• Não é atacado pelos ácidos contidos no solo;
• Seu efeito é de longa duração.
R = K t • 2ρπaL ln 4dL
86
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87
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Figura 5.5.3: Variação da resistência de terra, com o tempo, de hastes em solos tratados e não tratados adjacentes
Pode-se observar que pela figura 5.5.3, o tratamento químico vai perdendo o
seu efeito. Recomenda-se fazer novo tratamento após algum tempo.
88
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89
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6 – RESISTIVIDADE APARENTE
91
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6.1 – INTRODUÇÃO
Um solo com várias camadas apresenta resistividade diferente para cada tipo
de sistema de aterramento.
A passagem da corrente elétrica do sistema de aterramento para o solo
depende:
• Da composição do solo com suas respectivas camadas;
• Da geometria do sistema de aterramento;
• Do tamanho do sistema de aterramento.
ρ a Resistividade aparente
f(g) Função que depende da geometria do sistema e da forma de colocação no
solo
R(aterramento) = ρ a f (g)
R(aterramento) = ρ h f (g)
93
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L1 + L2
ρa = L1 L2 (6.2.1)
+
ρ1 ρ 2
Exemplo 6.2.1
ρa = 2
2 + 5+ 3
+ 5+ 3
= 1 8 5,1 8Ω .m
500 200 120
94
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R1hastet = 18 5,18
2π .1 0
(
ln 1 54.1.100− 3 )
R1 haste = 23,19 Ω
d1 + d 2 + d3 + .....+ d n
ρ eq = d1 d 2 d3
+ + + .....+ ρ n
d (6.3.1)
ρ1 ρ 2 ρ 3 n
95
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Exemplo 6.3.1
ρa = 1+ 6 + 1
1 + 6 + 1 = 2 4 7Ω .m
200 500 65
deq = 8m
96
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α= r
de q ( 6.4.1)
Onde:
r Raio do anel equivalente do sistema de aterramento considerada.
( n − 1)
r= 2 .e (6.4.2)
Onde:
n Número de hastes cravadas verticalmente no solo.
e Espaçamento entre as hastes.
b) Outras configurações.
r= A
D
(6.4.3)
Onde:
A Área abrangida pelo aterramento.
D Maior dimensão do aterramento.
97
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Para solo de duas camadas, este coeficiente é definido pela relação entre a
resistividade da última camada e a resistividade da primeira camada equivalente.
ρ n+1
β= ρ eq (6.5.1)
ρa
N= ρ eq (6.6.1)
Assim, então:
ρ a=N.ρ eq (6.6.2)
98
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Exemplo 6.6.1
( 7 − 1)
r= 2 * 3 = 9m
9
α = = 1,1 2 5
8
β= 96
247
= 0,3 8 9
Exemplo 6.6.2
ρ eq = 2
9
+ 3+ 4
3 00 4 5 0 1 0 0
ρ eq = 168,75 Ω .m
100
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f (g) = R
ρa = 25
1 6 8, 7 5 = 0,1 4 8
Da tabela A.11 do apêndice A, pode-se constatar que o maior coeficiente de
ρ a menor ou igual a 0,148 é 0,140.
ρ n+1
β= ρ eq = 20
168, 75
= 0,119
( n − 1) e ( 3− 1)
r= 2 = 2 .3 = 3m
α= r
de q = 93 = 0,3 3 3
f (g) = R
ρa = 25
1 5 1,8 7 5 = 0,1 65
O maior coeficiente de ρ a menor ou igual a 0,165 é 0,140
Req = 0,140 ρ a { 3 hastes, e = 3m}
Os valores são iguais convergiu
Req = 0,140 ρ a = 0,140 . 151,875 = 21,263 Ω 101
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7 - MALHA DE ATERRAMENTO
7.1 - INTRODUÇÃO
102
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103
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a
Na = +1 ⇒ ( nº inteiro) condutores do lado a. ( 7.3.2.1)
ea
b
Nb = +1 ⇒ ( nº inteiro) condutores do lado b. (7.3.2.2)
eb
Lcabo = a * N b + b * N a (7.3.2.3)
1 θ −θ a
I = 226 ,53 * S cobre ln m + 1 (7.3.3.1)
t defeito 234 + θ a
CM / AMPÈRE
Cabo somente ou Juntas soldadas Juntas
t(s)
solda exotérmica soldas convencionais cavilhadas
30 40 50 65
4 14 20 24
1 7 10 12
0,5 5 6,5 8,5
105
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ρ a * K m * K i * I malha
Vmalha = (7.3.4.1)
Ltotal
COEFICIENTE Km:
1 e2
Km = * ln (7.3.4.2)
2π 4π * h * d * ( n − 1)
COEFICIENTE Ki:
106
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COEFICIENTE KS:
1 1 1 ln ( 0,655n − 0,327 )
Ks = + + (7.3.4.5)
π 2π e + h e
107
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COEFICIENTE KC:
ρ a * K c * K i * I malha
Vcerca = (7.3.4.6)
Lmalha
Kc =
1
ln
[
( h 2 + x 2 ) * h 2 + ( e + x ) 2 ] + 2 * ln 2e + x * 3e + x ( N − 1) e + x
2π h * d * ( h2 + e2 )
2e 3e
( N − 1) e
(7.4.7)
onde: x – distância (m) da periferia da malha ao ponto considerado (pessoa);
N – Máximo (Na, Nb)
108
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ρa * K p * K i * I malha
V psM = (7.3.5.1)
Ltotal
Kp =
1 1
* +
1 1
(
+ * 1 − 0,5 N −2
π 2π e + h e
) (7.3.5.2)
109
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ρa * K p * K i * I malha
V psM = (7.3.5.3)
Lcabo + 1,15 Lhastes
0 valor de VpsM deve ser comparado com o valor da tensão de passo máxima
que o organismo humano deve suportar, para verificar se o seu valor está abaixo do
limite.
110
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8.1 – INTRODUÇÃO
Se o choque elétrico for devido ao contato direto com a tensão da rede, todas
as manifestações podem ocorrer.
Para os choques elétricos devido à tensão de toque e passo imposta pelo
sistema de aterramento durante o defeito na rede elétrica, a manifestação mais
importante a ser considerada é a Fibrilação Ventricular do Coração.
A pressão arterial caí a zero, isto é, o sangue está parado no corpo. Este
estado é conhecido por Morte Aparente.
A fibrilação ventricular é irreversível espontaneamente, se nenhuma
providência for tomada dentro de quatro minutos, os danos cerebrais são113
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Tabela 8.3.2: Valores do fator de corrente do coração (F) para diferentes trajetos da corrente
Assim, por exemplo, uma corrente de 200 mA de mão a mão tem o mesmo
efeito que uma corrente de 0.4 x 200 = 80 mA da mão esquerda aos pés.
A norma NB-3 nos mostra que a proteção contra choques elétricos podem ser
divididos em dois grupos: proteção ativa e proteção passiva.
A proteção passiva consiste na limitação da corrente elétrica que pode
atravessar o corpo humano ou impedir o acesso de pessoas a partes vivas. São
medidas que prevêem a interrupção de circuitos com falta.
A proteção ativa consiste na utilização de métodos e dispositivos que
proporcionam o seccionamento automático de um circuito, sempre que vierem a
ocorrer faltas que possam trazer perigo para o operador ou usuário.
A tabela abaixo apresenta uma classificação de métodos de proteção contra
choques elétricos prescritos pela NB-3.
115
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0,116
I choque =
t
sendo:
0.03 s < t < 3 s
Ichoque - corrente (A) pelo corpo humano, limite para não causar fibrilação; 116
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Rc
Vtoque = ( Rch + ) * I choque (8.4.1)
2
Onde:
Rch - resistência do corpo humano considerada 1000 Ω ;
Rc – resistência de contato que pode ser considerada igual a 3 ρs
(resistividade superficial do solo), de acordo com a recomendação da IEEE – 80;
Ichoque - corrente de choque pelo corpo humano;
R1 e R2 – Resistências dos trechos de terra considerados.
117
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O potencial de toque máximo permissível entre a mão e o pé, para não causar
fibrilação ventricular, é produzido pela corrente limite de Dalziel. Assim, da
expressão 8.4.2, obtém-se:
116 + 0.174 ρs
Vtoquemáxim o = (8.4.3)
t
118
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Onde:
R1, R2, R3 – são as resistências dos trechos de terra considerados
116 + 6 ρs
V passo max imo = (8.5.3)
t
119
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121
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122
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1 ∞
K n
C s ( hs , K ) = 1 +2∑ (8.7.1)
0.96 n =1
2
hs
1 +2 n
0.08
Onde:
hs – Profundidade (espessura) da brita (m)
ρa − ρs
K =
ρa + ρs
ρa - Resistividade aparente da malha, sem considerar a brita
ρs = ρbrita - Resistividade da brita
0.116
Vtoque max imo = [1000 +1.5C s ( hs , K ) ρs ] (8.7.2)
t
0.116
V passo max imo = [1000 + 6C s ( hs , K ) ρs ] (8.7.3)
t
9.1 – INTRODUÇÃO
124
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Rs o l o= ρ s o l osl (9.3.1)
125
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126
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V( x )
R( x ) = I
(9.4.1)
127
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V pa ta m a r
RA = I
(9.4.2)
Utiliza-se uma fonte de tensão alternada ajustável, que poderá ser um gerador
portátil a gasolina, um voltímetro C.A. e um amperímetro C.A. ligados conforme o
desenho abaixo:
R= V
I
128
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PROCEDIMENTOS
• Alinhamento do sistema de aterramento principal com as hastes de potencial e
auxiliar;
129
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X = 6,1,8%. D
• Não devem ser feitas medições sob condições atmosféricas adversas, tendo-se em
vista a possibilidade de ocorrência de raios;
• Não tocar na haste e na fiação;
• Não deixar que animais ou pessoas estranhas se aproximem do local;
• Utilizar calçados e luvas de isolação para executar as medições;
• O terra a ser medido deve estar desconectado do sistema elétrico.
131
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10.1 – INTRODUÇÃO
• Heterogeneidade de metais;
• Heterogeneidade de eletrólitos;
• Ação de correntes dispersas.
134
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137
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139
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10.9 – CONSIDERAÇÕES
140
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11.1 – INTRODUÇÃO
141
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Esse foi o primeiro tipo de aterramento adotado para os EES’s. Nesse caso, tanto
a carcaça dos equipamentos eletrônico sensíveis como a barra de sinal eletrônico
são aterradas na malha de terra do sistema de força, ou mais especificamente na
malha de terra da subestação, quando se tratar de instalações elétricas industriais
e comerciais de médio e grande portes.
b) Desvantagens
• Diferença de potencial entre as barras de terra de referência do sinal eletrônico,
fazendo circular uma corrente no condutor que interliga as mesmas. Essa
diferença de tensão é denominada potencial de modo comum.
• Possibilidade de alteração de potencial da barra de terra de referencia de sinal
eletrônico, provocando funcionamento inadequado do equipamento. Isto pode
ocorrer durante curto-circuitos fase-terra, nesse caso, a referência de sinal poderia
ser alterada. Elevação de potencial na malha de terra quando submetida a
corrente de alta freqüência.
144
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b) Desvantagens :
• O equipamento sensível está sempre sujeito a um acoplamento capacitivo,
quando qualquer um dos sistemas de aterramento for submetido a uma corrente de
alta freqüência.
• A malha de terra do equipamento sensível está sempre sujeito a um acoplamento
resistivo, quando o sistema de aterramento de força for submetido a uma corrente
elétrica.
• Arranjo do aterramento é proibido por diversos documentos normativos, em
virtude da segurança pessoal comprometida.
145
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147
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Apêndice A
Tabela A.1:
Tabela A.2:
149
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Tabela A.3:
L = 2m d = 1” R1haste = 0.458 ρa
Espaçamento 2m 3m 4m 5m
Número Req ( Ω K Req ( Ω) K Req ( Ω K Req ( Ω K
de haste ) ) )
2 .264 ρa 0.577 .254 ρa 0.554 .248 ρa 0.542 .244 ρa 0.534
3 .192 ρa 0.420 .180 ρa 0.394 .174 ρa 0.380 .170 ρa 0.371
4 .153 ρa 0.335 .142 ρa 0.309 .135 ρa 0.296 .131 ρa 0.287
5 .129 ρa 0.281 .117 ρa 0.257 .111 ρa 0.243 .108 ρa 0.235
6 .111 ρa 0.243 .101 ρa 0.220 .095 ρa 0.207 .091 ρa 0.200
7 .099 ρa 0.215 .088 ρa 0.193 .083 ρa 0.181 .080 ρa 0.174
8 .089 ρa 0.194 .079 ρa 0.173 .074 ρa 0.161 .071 ρa 0.154
9 .081 ρa 0.176 .071 ρa 0.156 .067 ρa 0.145 .064 ρa 0.139
10 .074 ρa 0.162 .065 ρa 0.143 .061 ρa 0.133 .058 ρa 0.126
11 .069 ρa 0.150 .060 ρa 0.132 .056 ρa 0.122 .053 ρa 0.116
12 .064 ρa 0.140 .056 ρa 0.122 .052 ρa 0.113 .049 ρa 0.107
13 .060 ρa 0.131 .052 ρa 0.114 .048 ρa 0.105 .046 ρa 0.100
14 .057 ρa 0.124 .049 ρa 0.107 .045 ρa 0.099 .043 ρa 0.093
15 .053 ρa 0.117 .046 ρa 0.101 .043 ρa 0.093 .040 ρa 0.088
Tabela A.4:
150
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Tabela A.5:
Tabela A.6:
151
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Tabela A.7:
Tabela A.8:
152
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Tabela A.9:
Tabela A.10:
153
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Tabela A.11
Tabela A.12
154
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Apêndice B
COEFICIENTE KM
n – Numero de condutores
Nota: estas curvas foram calculadas para cabo 2 AWG e h = 0,60 m
Para valores diferentes destes, vide tabela B.1 (Apêndice B)
COEFICIENTE Ks (h = 0,4 m)
COEFICIENTE Ks (h = 0,6 m)
COEFICIENTE Ks (h = 0,8 m)
COEFICIENTE Ks (h = 1,0 m)
Nota: estas curva foram calculadas para cabo 2 AWG ( h = 0,6m), para bitolas diferentes vide tabela B.2 (Apêndice B)
Nota: estas curva foram calculadas para cabo 2 AWG ( h = 0,6m), para bitolas diferentes vide tabela B.2 (Apêndice B)
Nota: estas curva foram calculadas para cabo 2 AWG ( h = 0,6m), para bitolas diferentes vide tabela B.2 (Apêndice B)
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FATOR DE CORREÇÃO DO KM
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FATOR DE CORREÇÃO DO KC
BIBLIOGRAFIA
• NBR – 5410
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO, EDIÇÃO
ATUALIZADA.
• NBR – 5419
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFÉRICA,
EDIÇÃO ATUALIZADA
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