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Síntese teóricas das aulas da disciplina de

ΨC Introdução à Psicologia
D

Correntes Teóricas da Psicologia: PERSPECTIVA PSICANALÍTICA


Desenvolvimento do Funcionamento Mental e Organização/Estrutura de
Personalidade1
© Celeste Duque 2

CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA MENTAL

em Joseph Breuer:
• Grupo Psicóticos
– Maníaco-depressivos
– Demência precoce
– Esquizofrenia
• Grupo Neuróticos
– Neurose Fóbica
– Neurose Obsessiva
– Neurose Histérica

em Sigmund Freud:
• Psicoses (delirantes ou sub-delirantes)
– Têm as seguintes características: doença crónica, progressiva e irreversível.
• Neuroses
– Neurose Histérica ou Fóbica
– Neurose Obsessiva
– Neurose Ansiosa (não tem um objecto; não se liga a nada de específico)

DOENÇA MENTAL
A doença mental, em Freud, é encarada como uma defesa mental, é uma defesa
contra os estímulos desagradáveis.

Em Psicanálise:
• A doença é uma defesa. Quanto mais grave a doença maior a defesa e mais grave
o problema, a lesão que está por trás.

1
Não se trata de um artigo, contem tão somente a síntese teórica dos Slides apresentados em PowerPoint
(Novembro 2005) no âmbito da disciplina de Introdução à Psicologia, 1º Ciclo – 1º Ano, nos Cursos Bietápicos
de: Análises Clínicas e Saúde Pública, Dietética, Radiologia, Terapêutica da Fala – 1º Semestre – 2005-2006..
2
Ex- docente universitária; Psicóloga Clínica, Formadora, Executive Coach e Student Mentor & Coach.

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• O aparelho psíquico quando não está bem lança um alerta que é a ansiedade:
• a pessoa sente-se mal, mas não sabe porquê.

• Ansiedade é a doença infecto-contagiosa mais grave:


– à Escala Mundial, 400 milhões de pessoas sofrem de distúrbios ansiosos;
– nos EUA, 1 em cada 10 sofre de ansiedade vivida de forma patológica.

A ansiedade pode ser:


• Um sinal de sofrimento psíquico;
• Ou absolutamente necessária (comparável ao instinto de sobrevivência, frente ao
perigo vou reagir: fujo!)
– Tratar a ansiedade implica tratar o sintoma, para tal é necessário desbloquear
esse sentimento que não deixa o indivíduo pensar clara e racionalmente,
quando se consegue efectuar a introspecção o problema muitas vezes fica
solucionado.

SEXUALIDADE NA CRIANÇA
A descoberta, por Freud, da sexualidade na criança, desde que nasce, leva à
descoberta das zonas erógenas.
O desenvolvimento libidal da criança passa por quatro grandes fases:
– Fase Oral;
– Fase Anal;
(Fase Edipiana, elabora-se em duas etapas: )
– Fase Fálica
– Fase Genital.

FUNCIONAMENTO MENTAL
Pode-se definir a Fase libidinal como a etapa do desenvolvimento da criança que se
caracteriza por:
• uma organização, mais ou menos, acentuada na libido sob o primado da zona
erógena e,
• pela predominância de uma modalidade de relação de objecto.

Em que existe uma Sucessão temporal de etapas para se ter acesso ao objecto
libidinal, o indivíduo passa sucessivamente pelo:

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– Auto-erotismo,
– Narcisismo (a libido está dispersa passa por uma operação mental, a ser
investida no próprio corpo);
– Escolha de Objecto, (quando o indivíduo consegue investir parte dessa
energia para a relação com os outros) tem dois momentos.
• Escolha homossexual
• Escolha heterossexual.

O funcionamento mental
• Passa de energia primária (auto investimento) para
• Energia secundária (investida na relação de objecto).
• O núcleo do narcisismo é a auto-estima.
• Sempre que desaparece um objecto a energia nele investida volta para trás − o
sujeito vai deprimir.

Outra perspectiva conduz a reconhecer diferentes etapas na evolução que resulta no


primado do princípio da realidade (1911) sobre o princípio do prazer e que regem o
funcionamento mental.
Este último, com inspiração no “princípio do prazer da acção” de Gustav Fechner (de
quem Freud era admirador), que defendia que os nossos actos são determinados pelo
prazer ou desprazer proporcionados na actualidade pela representação da acção a
realizar ou pelas suas consequências.

PRINCÍPIO DA REALIDADE VS. PRINCÍPIO DO PRAZER


• Princípio do Prazer
– A actividade psíquica no seu conjunto tem por objectivo evitar o desprazer e
proporcionar prazer.
– Na medida em que o desprazer está ligado ao aumento das quantidades de
excitação e o prazer à sua redução o princípio do prazer é um princípio
económico.

• Princípio da Realidade
– Do ponto de vista económico, corresponde à transformação da energia livre
em energia ligada;
– Do ponto de vista tópico, caracteriza basicamente o sistema pré-
consciente/consciente;
– Do ponto de vista dinâmico, este teria a sua intervenção num certo tipo de
energia pulsional a qual se encontra muito ligada ao serviço do Ego.

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Quando Freud enuncia explicitamente os princípios da realidade e do prazer, como


os princípios do funcionamento psíquico, fá-lo baseando-se na hipótese que:
• as pulsões, inicialmente procuram descarregar-se, satisfazer-se pelos caminhos
mais curtos. E, que
• progressivamente, vão fazendo a aprendizagem da realidade, que é a única que
lhes permite atingir, através dos desvios e dos adiamentos necessários, a tão
procurada satisfação.

Quando Freud elabora o princípio do funcionamento mental baseado nestes dois


princípios, tenta explicar fenómenos qualitativos, que não se podem observar, tais
como: linguagem interna, recordação imagem, sonho e alucinação.

FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL


Fase Oral
• Prazer situa-se ao nível da boca, e é retirado a partir da sucção do seio materno.
Karl Abraham irá subdividi-la em duas:
– Passivo-receptiva: a criança limita-se a chupar e engolir o leite;
– Activo-sádica: deriva da necessidade de destruir os alimentos para os
incorporar.

Fase Anal
• Descoberta das sensações cinestésicas (e.g., carícias que a mãe faz quando muda a
fralda ao bebé);
• Prazer proporcionado pelos esfíncteres: Prazer Anal;
• Prazer obtido a partir da retenção/ expulsão das fezes: quando brinca com os
outros − fase Anal-Sádica (Prazer anal);

Fase Edipiana:
• Fase Fálica
Caracteriza-se por:
– uma unificação das pulsões parciais sob o primado dos órgãos genitais;
– Só se conhece um único órgão sexual, o sexo masculino (Falo ou falso pénis);
– E a oposição de sexos equivale à posição fálico-castrado (Inveja do pénis;
Complexo de Castração)
– Surge por volta dos 2-4 anos;

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– É o culminar do declínio do Complexo de Édipo, o complexo de castração é


aqui predominante. (Freud, S., 1923, “A Organização Genital Infantil”)

Fase ou Organização Genital


Caracteriza-se por:
– Organização das pulsões parciais sob o primado das zonas genitais;
– Tem dois períodos: Período fálico e Organização genital, propriamente dita.

• separados pelo período da latência, que vai dos 5-6 anos até ao início da
puberdade: em que se verifica uma diminuição das actividades sexuais,
dessexualização das relações de objecto e dos sentimentos, o aparecimento
de sentimentos como: o pudor, a repugnância e aspirações morais e
estéticas.

– Período fálico (ou organização genital infantil);


– Organização Genital, é com a idade pubertária que as pulsões parciais se
unificam e hierarquizam definitivamente, que o prazer ligado às zonas
erógenas não genitais se transforma “preliminar do orgasmo”.

EPIFENÓMENOS
• Freud descobriu os seguintes epifenómenos, entre muitos outros:
– o maior número de corpúsculos tácteis e de papilas encontram-se língua e
nos lábios (mucosa inferior)
– os sonhos são: a realização alucinatória de um desejo. Mais tarde, chega à
conclusão que o sonho:
• Não só é a realização alucinatória de um desejo, como é um desejo da infância.

TEORIA DOS INSTINTOS


Instinto Libidinal tende para o prazer e bem-estar e cuja energia é de origem sexual.
• A razão da vida são os instintos animais (reprodução, fome) aos quais estaria
ligada uma energia.

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A líbido, energia sexual, estaria ligada aos instintos de reprodução.


– Os impulsos libidinais não são pulsões eróticas.
– As pulsões são a representação mental de um instinto (e são lidos ao nível do
cérebro)
– A energia da líbido vai servir para investir nos objectos (representação mental
dos outros).

TEORIAS TOPOGRÁFICAS DA MENTE

1ª Tópica (1900)
Inicialmente Freud irá considerar:
• Sistema inconsciente (de onde tudo parte)
• Sistema Pré-consciente (serve de memória)
Sistema consciente (encarado como um leitor da realidade)

• As ideias desagradáveis podem combinar-se entre si para chegarem à consciência.


• As ideias desagradáveis podem, de livre vontade, serem enviadas para o
inconsciente, onde ficam armazenadas.
• A intemporalidade do Inconsciente, pode, na patologia, propiciar a compulsão a
repetir.

• Consciente (faz a leitura do real e transmite ao)

• Pré-Consciente (que se constitui como o fiel depositário: a memória)


• Inconsciente (onde está o reprimido, tudo o que é recalcado)

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B.R. Pcs Cs
Estímulos de intensidade
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ΨC insuficiente (Fracos ou sub-
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Estímulos de intensidade
suficiente (Fortes ou
liminares)
Representação Gráfica da 1ª Tópica de Freud
Entre o inconsciente (Ics) e o
consciente (Cs) barreira de Outra Barreira entre o
repressão (B.R.) Pré-Consciente (Pcs) e o
consciente (Cs)

Ics Pcs Cs

• Inconsciente (como causa das doenças mentais; onde se situam ideias não
acessíveis à memória);
• Pré-Consciente (é o querer recordar algo e ser capaz de o fazer);
• Consciente (todas as outras coisas imediatas que estão no campo da consciência).

• A fome vai aparecer porque as células vão apresentar falta de oxigénio ou de


glicose, a partir de determinado momento a força destes sinais vai ser de uma tal
intensidade que vai atravessar a barreira, chegando assim à consciência.
• Estímulos podem ser fortes (intensidade suficiente) ou fracos (intensidade
insuficiente)

• A existência de ideias incapazes de passarem do inconsciente, incapazes de se


ligarem a representações vai originar o aparecimento de doenças
psicossomáticas (que são o recalcar de uma fantasia)
• O orgânico tem importância para o psíquico (inconsciente é o ponto de
confluência do orgânico com o psíquico)

Por exemplo, ao nível psicossomático:


– úlcera duodenal (equivale a fome de afecto – é o que lhe está na origem).
Incapaz de fantasiar que alguém possa gostar dele, não vai procurá-la, e vai
consome-se a si próprio.

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– O que se passa é que na sua cabeça:


Afecto = alimento, logo tem o sentimento de fome

• Uma criança de tenra idade por não saber responder verbalmente aos problemas
mais difíceis vai fazê-lo fisicamente, isto é, a um estímulo físico vai responder
agindo fisicamente. Em vez de pensar age:
– Por exemplo, pode desenvolver uma alergia, isto porque o folheto que forma a
pele é o mesmo que forma o cérebro.

• Carácter primário da defesa assinala-se clinicamente pelo seu aspecto


compulsivo.
• Este tipo de funcionamento mental, é particularmente evidenciado pelo sonho,
cujos mecanismos são:
– O deslocamento pelo qual a uma representação muitas vezes
aparentemente insignificante podem ser atribuídos a outro e, por outro
lado,
– A condensação numa representação única podem confluir todos os
significados trazidos pelas cadeias associativas que ali se vêm cruzar.
• A super-determinação do sintoma oferece outro exemplo deste modo de
funcionamento próprio do inconsciente.

2ª Tópica (1920)
A 2ª Tópica distingue três instâncias:
• Id
• Ego
• Super-Ego

• Id: Pólo pulsional da personalidade (local de confluência do orgânico com o


inconsciente psíquico);
• Ego: instância que se constitui como representante dos interesses da
totalidade da pessoa e que, como tal, é investida de líbido narcísica
(capacidade de agir no Inconsciente e no Pré-consciente);
• Super-Ego: instância que julga e critica, constituída pela interiorização das
exigências e interdições parentais.

− Id: parte intermédia que faz a ligação entre o orgânico e o simbólico

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− Recebe os estímulos orgânicos transformando-os em psíquicos. Surge então


o pré-consciente e a outra estrutura do psiquismo será o consciente
(memória)
− Os estímulos podem ser:
 liminares (provocam directamente a reacção, ex. Resposta perante a
agressão)
 sub-liminares (suficientemente forte para provocar resposta
psíquica)

Esta concepção não só coloca em jogo as relações entre as três instâncias,


• Como, por um lado, diferencia, nas instâncias, formações mais específicas (e.g.,
Ideal do Ego);
– Logo, intervêm relações inter-sistémicas e relações intra-sistémicas.
• Por outro lado, confere especial importância às relações de dependência,
existentes entre os diversos sistemas
– e.g., descobrir no Ego, ou nas suas actividades adaptativas, a satisfação de
reivindicações pulsionais.

Nesta tópica pode-se afirmar que o Super-ego se comporta de forma sádica para com
o Ego.
• Esta teoria aproxima-se mais da forma fantasmática como o sujeito se concebe,
ou talvez mais exacto, seja dizer, como ele se constrói.

Representação Espacial da 2ª Tópica

Ego
Cs
Memória
Pcs

Su O Super Ego tem uma face


per que está voltada para o
Id -E Consciente e outra para o
go Inconsciente.

Esta nova concepção vai herdar:


• A famosa barreira da repressão;
• A introjecção de todas as regras sociais;
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• Complexo de Édipo.

Complexo de Édipo
Pode ser definido como o:
• conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança experimenta
relativamente aos pais:
− Vivido pela positiva, desejo de morte do rival, personagem do mesmo
sexo, e desejo sexual pelo personagem do sexo oposto;
− Vivido pela negativa, amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio
ciumento pelo progenitor do sexo oposto.

FUNCIONAMENTO MENTAL – DO PONTO DE VISTA TÓPICO:


• O processo primário caracteriza o sistema inconsciente, e
• O processo secundário o pré-consciente e consciente.

PROCESSO PRIMÁRIO VS. SECUNDÁRIO


Do ponto de vista económico-dinâmico:
• No processo primário a energia psíquica escoa-se livremente, passando sem
barreiras de uma representação para outra, segundo os mecanismos de
deslocamento e de condensação.
– Tende a reinvestir plenamente as representações ligadas às vivências de
satisfação constitutivas do desejo (alucinação primitiva)
• No processo secundário a energia psíquica começa por estar “ligada” antes de se
escoar de forma controlada.;
– as representações são investidas de uma maneira mais estável;
– a satisfação é adiada, permitindo assim experiências mentais que põem à
prova os diferentes caminhos possíveis da satisfação.

PROCESSO PRIMÁRIO
• O carácter primário de defesa assinala-se clinicamente pelo seu aspecto
compulsivo.
• E, em termos económicos, pelo facto de a energia posta em jogo, procurar
descarregar-se de forma total, imediata e pelos caminhos mais curtos.

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• Um tipo de funcionamento mental, particularmente evidenciado pelo sonho,


cujos mecanismos são o deslocamento, a condensação e a super-determinação.
• O deslocamento, pelo qual a uma representação, muitas vezes, aparentemente
insignificante, podem ser atribuídos todo o valor psíquico, o significado e a
intensidade originalmente atribuídos a outra.
• A condensação numa representação única podem confluir todos os
significados trazidos pelas cadeias associativas que ali se vêm cruzar.
• A super-determinação do sintoma oferece outro exemplo deste modo de
funcionamento próprio do inconsciente.

MECANISMOS DE DEFESA
• Foi igualmente o modelo do sonho que levou Freud a postular que a finalidade
do processo inconsciente era estabelecer pelos caminhos mais curtos uma
identidade de percepção, o que equivale a dizer, uma reprodução na modalidade
alucinatória, as representações a que a vivência da satisfação original conferiu um
valor privilegiado.

• É em oposição a esse modo de funcionamento mental (primário) que podem ser


descritas como processos secundários funções classicamente descritas em
psicologia como o pensamento da vigília, a atenção, o juízo, o raciocínio, a acção
controlada.

• O processo secundário desempenha uma função reguladora tornada possível pela


constituição do Ego, cujo principal papel consiste em inibir o processo primário;
• Mas nem todos os processos em que intervém o Ego devem ser, por esse facto, ser
considerados como processos secundários!

• No processo secundário é a identidade de pensamento que é procurada.


• Segundo Freud, “o pensamento deve seguir pelos caminhos de ligação entre as
representações sem se deixar iludir pela sua intensidade”
• Logo, o processo secundário é uma modificação do processo primário.

A oposição entre processo primário e secundário é correlativa da oposição entre


princípio do prazer e princípio da realidade.

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DEFINIÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA


• Conjunto de operações que visam reduzir, suprimir qualquer modificação
susceptível de colocar em risco a integridade e constância do indivíduo
biopsicológico. Na medida em que o Ego se constitui como instância que encarna
esta constância e que procura mantê-la, logo, pode ser descrito como o sujeito e o
objecto destas operações.
• O processo defensivo especifica-se em mecanismos de defesa mais ou menos
integrados no Ego.
• O Ego é a região da personalidade, o “espaço” que pretende ser protegido de
qualquer perturbação (e.g., conflitos entre desejos opostos).

• E.g., Psiconeurose de defesa, o que aqui se acentua é sempre a ideia de


inconciliabilidade de uma representação com o Ego;
– Os diferentes modos de defesa consistem nas diferentes formas de tratar esta
representação.
– A defesa toma frequentemente um aspecto compulsivo e opera, pelo menos
parcialmente, de forma inconsciente; é marcada e infiltrada por aquilo em que
incide a pulsão.

TEORIA DOS INSTINTOS


• Freud defende que o prazer é a total ausência de tensões.
• Os Interesses do Eu vão agir sobre o princípio do prazer.
• A líbido ligada ao princípio do prazer é a energia psíquica relacionada com o
próprio corpo ou com a relação de objecto.

CONCEITO DE SELF
• O Ego vai intervir em todas as circunstâncias.
• Ego  eu psíquico,
• Eu  eu físico.
• Self  Ego + Eu

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• O objecto é sempre uma representação mental ou psíquica das pessoas que


cuidam (pai, mãe ou outros).
• Os maus objectos estão frequentemente na origem de tumores, cancros.
• Toda a área da comunicação da mãe com o bebé, é muito importante para se
chegar à vida psíquica; é algo muito intuitivo, muito inato.
• Importância das fantasias da mãe relativamente ao seu bebé, quando este está
para nascer.
• O principal alimento dos seres humanos é o afecto.

TEORIA ECONÓMICA
• A pessoa vai reprimindo as coisas desagradáveis (sai mais barato em termos
energéticos);
• É muito menor a quantidade de energia gasta em reprimir do que em executar
algo que é desagradável, que é penoso de fazer.

O funcionamento mental gasta energia:


• As quantidades de energia ligadas às representações são as Catexes;
• A Catexe vai ser gasta nos Engrama e nos Traços Mnésicos.
• Quando estas representações são reprimidas e vão para o Inconsciente, fala-se em
Pré-Catexe

Engrama
• Cada uma das ideias que percorre o cérebro vai ficar marcada; é a memória
que fica no percurso, esta é de feita por substâncias químicas, deixa uma
gradação, toda uma ideia, todo um percurso.
Traço mnésico
• Quando fica apenas parte de algo que se passou; apenas parte da ideia.

• Facilmente se percebe, agora, que é sempre necessária uma determinada


quantidade de energia para que se possa “relembrar”, para se “gravar”.

TEORIA DOS INSTINTOS


• Instinto libidinal − que tende para o prazer e bem-estar cuja energia é de origem
sexual.

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• Esta energia aplicar-se-ia a todo o processo psíquico.

Posteriormente, Freud vai reconsiderar que existem:


Princípios de interesse do Eu
• A base de tudo isto é o inconsciente o pré-consciente e o consciente.
• Em que aqui o consciente não passaria de um leitor do real.

Compulsão a repetir
− Por sua vez o inconsciente tem a qualidade da intemporalidade, o que
consequentemente, leva a que o indivíduo tendo aprendido a responder
aos estímulos de uma determinada forma, quando confrontado com as
mesmas situações vai fazê-lo de acordo com o que aprendeu.

Energia da líbido
– Vai servir para investir os objectos (representação psíquica dos outros)
– Se houver fixação dessa energia para reprimir determinadas ideias, verifica-se
um empobrecimento, não se pode investir a outros níveis, logo há um
empobrecimento afectivo.

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