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Fundamentos
de
Rede

Prof.ª Consuelo Ramos de Almeida


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Fundamentos de Rede

Introdução a Redes de Computadores

Introdução

Trabalhar em rede evita redundâncias minimiza tempo de dedicação e facilita o


compartilhamento de informações. Esses são alguns dos diversos benefícios que uma
rede de computadores pode proporcionar a um ambiente de trabalho.
Para entender uma rede, precisamos conhecer alguns conceitos, fundamentos e regras
mundiais, além da sua implantação e funcionamento.

Conteúdo da aula

• O que é rede?
• Histórico
• Tipos de redes
• Hardware de Redes
• Comunicação de Dados

O que são Redes de Computadores?

Uma rede consiste de dois ou mais computadores ligados entre si através de cabos para
que possam compartilhar recursos.

Rede de Computadores' é: Uma rede de computadores é um conjunto de dois ou


mais dispositivos (também chamados de nós) que usam um conjunto de regras
(protocolo) em comum para compartilhar recursos (hardware, troca de
mensagens) entre si, através de uma rede.

HISTÓRICO

No início dos anos 70, existiam somente os grandes computadores que ficavam em
salas isoladas. Essa época ficou conhecida como a era dos mainframes.
A rede consistia apenas de terminais (teclado e vídeo) que eram compartilhados por
vários usuários que podiam apenas consultar os dados de forma restrita por programas
executados no computador. Além do acesso restrito, somente as grandes empresas
tinham esse tipo de rede.

Nesta época a maioria dos mainframes era de marca IBM.

O surgimento dos mini computadores


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Por volta de 1974, disseminaram-se os computadores menores denominados de mini


computadores, possibilitando a descentralização do processo de alimentação de dados e
impressão das informações.
A tecnologia começou a ficar mais acessível, porém esses equipamentos trabalhavam
isoladamente ou com atualizações em lotes, o que caracterizava uma rede de
processamento Batch.
Com o tempo perceberam que este processo não era mais eficaz para atender as
necessidades da empresa, resultava em duplicação de informações, recursos e não
favorecia a padronização e o gerenciamento da rede.

Os microcomputadores espalham a informática ao dia-a-dia das pessoas

Nos anos 80, surgiram os microcomputadores PC (Personal Computer) com a


especificação aberta, permitindo a quem quisesse a fabricação de microcomputadores
compatíveis de tal forma que o preço tornou-se acessível até as pessoas físicas.

O PC era um equipamento de uso individual, porém utilizavam diferentes


especificações de hardware e software. Essas diferenças causaram diversas
incompatibilidades, redundância de informações e tornou difícil a comunicação entre
redes.

Surgiram então as redes locais (LANS), PCs conectados uns aos outros, compartilhando
periféricos e usando uma tecnologia comum.
Quando as LANS não eram mais suficientes surgiram as (MANs) como redes de longa
distância em uma área metropolitana.

Atualmente temos a Internet (www - World Wide Web) que é a rede que mais se
aproxima da visão de uma rede global, crescendo dia a dia tanto em termos de usuários
como de serviços.

O problema de compartilhar recursos


Em um escritório era comum encontrarmos vários computadores (PC - Personal
Computer), com apenas uma impressora conectada a um deles. Nesta situação, era
necessário gravar os dados em um disquete para levá-los para o PC com a impressora ou
desconectar o cabo da impressora de um PC e conectá-lo a outro. Ambas as soluções
apresentavam problemas operacionais, e geravam atrasos.

Uma solução limitada


Foi desenvolvido um equipamento chamado de Compartilhador de Impressoras,
na qual era possível conectar até 8 PCs e duas impressoras. Através dele, era
estabelecida uma conexão automática entre o PC que quer imprimir e uma
impressora que se mantém até o fim da impressão.
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Mas além de ser uma solução limitada, havia a necessidade de compartilhamento


de outros recursos, como scanner, leitor de CD-Rom, fax-modem etc.

Uma solução completa


A rede surgiu como uma solução para todas estas necessidades de
compartilhamento. Desde impressoras aos mais diversos periféricos, sendo
apenas necessário a implementação de uma interface de rede.

Uma solução mais que completa


A rede de computadores além de resolver o problema de compartilhamento,
permitiu a criação de um mundo virtual em que as pessoas se comunicam,
trabalham cooperativamente, trocam informações e mantém laços de amizade
independente da distância física.

TIPOS DE REDES

Distinguem-se diferentes tipos de redes (privadas) de acordo com a sua dimensão (em
termos de número de máquinas), a sua velocidade de transferência de dados e a sua
extensão. As redes privadas são redes que pertencem a uma mesma organização.

Segundo a Extensão Geográfica

Consideram-se geralmente SEIS categorias de redes:

• LAN (local area network)


• MAN (metropolitan area network)
• WAN (wide area network)
• WLAN (local area network)
• WMAN (metropolitan area network)
• WWAN (wide area network)

Existem dois outros tipos de redes: o TAN (Tiny Area Network) idêntico ao LAN mas
menos vasto (2 a 3 máquinas) e o CAN (Campus Area Network), idênticos ao MAN
(com uma banda concorrida máxima entre todos os LAN da rede).

Os LAN

LAN significa Local Area Network (em português Rede Local). Trata-se de um
conjunto de computadores que pertencem a uma mesma organização e que estão ligados
entre eles numa pequena área geográfica por uma rede, frequentemente através de uma
mesma tecnologia (a mais usada é a Ethernet).

Uma rede local representa uma rede na sua forma mais simples. A velocidade de
transferência de dados de uma rede local pode variar entre 10 Mbps (para uma rede
ethernet, por exemplo) e 1 Gbps (em FDDI ou Gigabit Ethernet por exemplo). A
dimensão de uma rede local pode atingir até 100 ou mesmo 1000 utilizadores.
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Alargando o contexto da definição aos serviços oferecidos pela rede local, é possível
distinguir dois modos de funcionamento:

• Num ambiente de “igual para igual” (em inglês peer to peer), no qual não há um
computador central e cada computador tem um papel similar
• Num ambiente “cliente/servidor”, no qual um computador central fornece
serviços rede aos utilizadores.

Os MAN

Os MAN (Metropolitan Area Network, ou redes metropolitanas) interligam vários LAN


geograficamente próximos (no máximo, a algumas dezenas de quilómetros) com débitos
importantes. Assim, um MAN permite a dois nós distantes comunicar como se fizessem
parte de uma mesma rede local.

Um MAN é formado por comutadores ou switchs interligados por relações de elevado


débito (em geral em fibra óptica).

Os WAN

Um WAN (Wide Area Network ou rede vasta) interconecta vários LANs através de
grandes distâncias geográficas.

Os débitos disponíveis num WAN resultam de uma arbitragem com o custo das ligações
(que aumenta com a distância) e podem ser fracos.

Os WAN funcionam graças a switchs que permitem “escolher” o trajecto mais


adequado para atingir um nó da rede.

O mais conhecido dos WAN é a Internet.

Os WLAN

Wireless LAN ou WLAN (Wireless Local Area Network) é uma rede local que usa
ondas de rádio para fazer uma conexão Internet ou entre uma rede, ao contrário da rede
fixa ADSL ou conexão-TV, que geralmente usa cabos. WLAN já é muito importante
como opção de conexão em muitas áreas de negócio. Inicialmente os WLANs assim
distante do público em geral foi instalado nas universidades, nos aeroportos, e em outros
lugares públicos principais. A diminuição dos custos do equipamento de WLAN trouxe-
o também a muitos particulares.

Os WMAN

É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WLAN, isto é, cobre cidades inteiras
ou grandes regiões metropolitanas e centros urbanos.

A wman é uma rede sem fio que tem um alcance de dezenas de quilometro.
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Podendo interligar, por exemplo, diversos escritórios regionais, ou diversos setores de


um campos universitários, sem a necessidade de uma estrutura baseada em fibra óptica
que elevaria o custo da rede

Os WWAN

É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WAN, isto é, pode cobrir diversos
países atingindo milhares de quilômetros de distancia. Para que isso seja possível existe
a necessidade de utilização de antenas potentes para retransmissão do sinal.

Um exemplo de WWAN se refere a rede de celulares que cobre as diversas regiões do


globo. A distância alcançada é limitada apenas pela tecnologia de transmissão utilizada,
uma vez que o nível do sinal vai depender dos equipamentos de transmissão e recepção.

Por cobrir grandes distancias ela é mais propensa a perdas de sinais por causa dos ruídos
e condições climáticas

Segundo a topologia

Topologias

A topologia de rede descreve como é o layout de uma rede de computadores através da


qual há o tráfego de informações, e também como os dispositivos estão conectados a
ela.

Há várias formas nas quais se pode organizar a interligação entre cada um dos nós
(computadores) da rede. Topologias podem ser descritas fisicamente e logicamente. A
topologia física é a verdadeira aparência ou layout da rede, enquanto que a lógica
descreve o fluxo dos dados através da rede.

Temos 4 topologias básicas:

• Barramento (Bus)
• Anel (Ring)
• Estrela (Star)
• Mista

Barramento

Rede em barramento é uma topologia de rede em que todos os computadores são


ligados em um mesmo barramento físico de dados. Apesar de os dados não passarem
por dentro de cada um dos nós, apenas uma máquina pode “escrever” no barramento
num dado momento. Todas as outras “escutam” e recolhem para si os dados destinados
a elas. Quando um computador estiver a transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e
se outro computador tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é
preciso reiniciar a transmissão.
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Essa topologia utiliza cabos coaxiais. Para cada barramento existe um único cabo, que
vai de uma ponta a outra. O cabo é seccionado em cada local onde um micro será
inserido na rede. Com o seccionamento do cabo formam-se duas pontas e cada uma
delas recebe um conector BNC. No micro é colocado um "T" conectado à placa que
junta as duas pontas. Embora ainda existam algumas instalações de rede que utilizam
esse modelo, é uma tecnologia obsoleta. Existe uma forma um pouco mais complexa
dessa topologia, denominada barramento distribuído, no qual o mesmo começa em um
local chamado raiz e se expande aos demais ramos (Ligados a um conector). A
diferença entre este tipo de barramento e o barramento simples é que, neste caso a rede
pode ter mais de dois pontos terminais.

Anel

A topologia de rede em anel consiste em estações conectadas através de um circuito


fechado, em série, formando um circuito fechado (anel). O anel não interliga as estações
diretamente, mas consiste de uma série de repetidores ligados por um meio físico, sendo
cada estação ligada a estes repetidores. É uma configuração em desuso.

Redes em anel são capazes de transmitir e receber dados em configuração unidirecional;


o projeto dos repetidores é mais simples e torna menos sofisticados os protocolos de
comunicação que asseguram a entrega da mensagem corretamente e em seqüência ao
destino, pois sendo unidirecionais evita o problema do roteamento.

Nesta topologia cada estação está conectada a apenas duas outras estações, quando
todas estão ativas. Uma desvantagem é que se, por acaso apenas uma das máquinas
falhar, toda a rede pode ser comprometida, já que a informação só trafega em uma
direção.

Em termos práticos, nessas redes a fiação, que geralmente é realizada com cabos
coaxiais, possui conectores BNC em formato de "T", onde uma das pontas se encaixa na
placa de rede; uma é a origem do cabo vinda da máquina anterior e a outra será o
prosseguimento para a máquina seguinte.

Estrela

Na topologia de rede designada por rede em estrela, toda a informação deve passar
obrigatoriamente por uma estação central inteligente, que deve conectar cada estação da
rede e distribuir o tráfego para que uma estação não receba, indevidamente, dados
destinados às outras. É neste aspecto que esta topologia difere da topologia barramento:
uma rede local que use um hub não é considerada como estrela, pois o tráfego que entra
pela porta do hub é destinado a todas as outras portas. Porém, uma rede que usa
switches, apenas os dados destinados àquele nós são enviados a ele.

As redes em estrela, que são as mais comuns hoje em dia, utilizam cabos de par
trançado e uma switch como ponto central da rede. O hub se encarrega de retransmitir
todos os dados para todas as estações, mas com a vantagem de tornar mais fácil a
localização dos problemas, já que se um dos cabos, uma das portas do hub ou uma das
placas de rede estiver com problemas, apenas o PC ligado ao componente defeituoso
ficará fora da rede, ao contrário do que ocorre nas redes 10Base2, onde um mal contato
em qualquer um dos conectores derruba a rede inteira.
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Claro que esta topologia se aplica apenas a pequenas redes, já que os hubs costumam ter
apenas 8 ou 16 portas. Em redes maiores é utilizada a topologia de árvore, onde temos
vários hubs interligados entre si por switches ou routers. Em inglês é usado também o
termo Star Bus, ou estrela em barramento, já que a topologia mistura características das
topologias de estrela e barramento.

Mista

Em uma topologia híbrida, duas ou mais topologias são combinadas, isso serve para que
possam ser aproveitadas as vantagens de outras redes sem a necessidade de mudar a
rede já existente por completo, exemplo pode se combinar as topologias em estrela e de
barramento para se tirar vantagem das duas.

Segundo a Função do Computador

Os computadores na rede podem ter a função de cliente ou de servidor. O computador é


servidor quando disponibiliza recursos na rede.
Podemos classificar as redes em:
• Ponto a Ponto
• Baseado em Servidor

Vamos conhecê-las com mais detalhes.

Ponto a Ponto
Vem do termo em inglês Peer to Peer e é utilizado para denominar uma rede em que
todos os computadores podem ter a função de cliente ou de servidor. Cada computador
na rede tem a sua autonomia, podendo compartilhar os recursos que possui e nesse caso
atua como um servidor. Pode também acessar os recursos de outros computadores na
rede, atuando como cliente.
Vantagens e Desvantagens de uma rede Ponto-a-Ponto:
• Usada em redes pequenas (normalmente até 10 micros);
• Baixo Custo;
• Fácil implementação;
• Baixa segurança;
• Sistema simples de cabeamento;
• Micros funcionam normalmente sem estarem conectados a rede;
• Micros instalados em um mesmo ambiente de trabalho;
• Não existe um administrador de rede;
• Não existem micros servidores;
• A rede terá problemas para crescer de tamanho.

Baseado em Servidor
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É utilizado para denominar uma rede que possui computadores dedicados a tarefas
específicas. Inicialmente os servidores de rede executavam apenas tarefas de
compartilhamento de dados e impressora, permitindo que seus clientes utilizassem esses
recursos, mas foram surgindo novas tarefas como fax, comunicação e banco de dados,
de forma que apenas um computador não conseguia executar todas as tarefas. Com esta
evolução foi necessário dividir as tarefas em vários computadores, surgindo os
servidores de arquivo, impressão, comunicação e banco de dados.

Vantagens e Desvantagens de uma Rede Ciente/Servidor:


• Usada normalmente em redes com mais de 10 micros ou redes pequenas que
necessitam de alto grau de segurança;
• Custo maior que as redes ponto-a-ponto;
• Maior desempenho do que as redes ponto-a-ponto;
• Implementação necessita de especialistas;
• Alta segurança;
• Configuração e manutenção na rede é feita de forma centralizada;
• Existência de servidores, que são micros capazes de oferecer recursos aos
demais micros da rede.

Segundo o Meio de Transmissão

A rede de transmissão ou rede de transporte de informações (voz, dados e sinais) é


composta dos sistemas de transmissão através dos quais são realizadas as interconexões
entre as centrais de comutação ou entre redes de computdores.

Os sistemas de transmissão utilizam meios para o envio das informações, estes meios
podem ser de dois tipos: meios físicos, por exemplo, cabo coaxial e fibra óptica, e meios
não-físicos, o espaço livre. Pode-se conceituar meio de transmissão como todo suporte
que transporta as informações entre os terminais telefônicos, desde a origem (central
telefônica na origem da chamada) até o destino (central telefônica no destino da
chamada) e vice-versa. Como suporte à transmissão temos: telefone, linha de assinante,
percurso interno nas centrais telefônicas, linhas físicas, multiplex, rádio, atmosfera e
vácuo.

Meio físico

Redes por cabo é um tipo de rede que se caracteriza pela adoção de cabos como meio
de comunicação, atualmente é utilizada em empresas e em domicílios.

As redes por cabo podem ser alimentadas tanto por cabos metálicos quanto por fibras
ópticas. Atualmente, as fibras chegam com mais facilidade a empresas e condomínios
tecnológicos. A próxima fase, que se espera que aconteça logo, é baratear a transmissão
por fibra e expandir esta rede levando a transmissão de dados, sons e imagens com mais
qualidade e rapidez.

Rede de Cabo coaxial


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O cabo coaxial é um tipo de cabo condutor usado para transmitir sinais. Este tipo de
cabo é constituído por diversas camdas concêntricas deconsutores e isilantes, daí o
nome coaxial.

O cabo coaxial é constituído por um fio de cobre condutor revestido por um material
isolante e rodeado duma blindagem. Este meio permite transmissões até frequências
muito elevadas e isto para longas distâncias.

Rede de Cabo Par Trançado

O caberamento por par trançado (Twisted pair) é um tipo de cabo que tem um feixe
de dois fios no qual eles são entrançados um ao redor do outro para cancelar as
interferências eletromagnéticas de fontes externas e interferências mútuas (linha cruzada
ou, em inglês, crosstalk) entre cabos vizinhos. A taxa de giro (normalmente definida em
termos de giros por metro) é parte da especificação de certo tipo de cabo. Quanto maior
o número de giros, mais o ruído são cancelados. Foi um sistema originalmente
produzido para transmissão telefônica analógica que utilizou o sistema de transmissão
por par de fios. Aproveita-se esta tecnologia que já é tradicional por causa do seu tempo
de uso e do grande número de linhas instaladas.

A matéria-prima fundamental utilizada para a fabricação destes cabos é o cobre, por


oferecer ótima condutividade e baixo custo, portanto deve-se analisar com bastante
cuidado a segurança contra descargas elétricas. Um acidente com descarga elétrica em
qualquer ponto da rede pode comprometer toda a rede.

Nos anos 90 era muito comum encontrar rede de computadores usando cabo coaxial de
50 Ohms. Isso se dava pelo fato de ser uma rede mais fácil de ser instalada, pois o cabo
era parecido com o cabo de antena de televisão e poderia ser instalado em qualquer
local sem problemas com interferências. Com o avanço das redes de computadores,
aumentando sua taxa de transferência, o cabo coaxial começou a ser substituído pelo
cabo par trançado. As principais vantagens de uso do cabo par trançado são: uma maior
taxa de transferência de arquivos, baixo custo do cabo e baixo custo de manutenção de
rede.

As taxas usadas nas redes com o cabo par trançado são:

• 10 Mbps (Ethernet);
• 100 Mbps (Fast Ethernet)ou
• 1000 Mbps (Gigabit Ethernet).

Os cabos par trançado são muito comuns em equipamentos para internet banda larga
como ADSL E CATV para ligar a placa de rede nos Hubs, Switch ou Roteadores. Estes
equipamentos geralmente são instalados em redes domésticas através do cabo UTP
Categoria 5.

A qualidade da linha de transmissão que utiliza o par de fios depende, basicamente, da


qualidade dos condutores empregados, bitola dos fios (quanto maior a bitola, menor a
resistência ôhmica por quilômetro), técnicas usadas para a transmissão dos dados
através da linha e proteção dos componentes da linha para evitar a indução nos
condutores.
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A indução ocorre devido a alguma interferência elétrica externa ocasionada por


centelhamentos, harmônicos, osciladores, motores ou geradores elétricos, mau contato
ou contato acidental com outras linhas de transmissão que não estejam isoladas
corretamente ou até mesmo tempestades elétricas ou proximidades com linhas de alta
tensão.

Existem três tipos de cabos Par trançado:

• Unshielded Twisted Pair - UTP ou Par Trançado sem Blindagem: é o mais


usado atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais
devido ao fácil manuseio, instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100
Mbps com a utilização do cabo CAT 5e; é o mais barato para distâncias de até
100 metros; Para distâncias maiores emprega-se cabos de fibra óptica. Sua
estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de
PVC. Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser instalado
próximo a equipamentos que possam gerar campos magnéticos (fios de rede
elétrica, motores, inversores de frequência) e também não podem ficar em
ambientes comHumidade.

• Shield Twisted Pair - STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem):
É semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a
malha metálica. É recomendado para ambientes com interferência
eletromagnética acentuada. Por causa de sua blindagem possui um custo mais
elevado. Caso o ambiente possua umidade, grande interferência eletromagnética,
distâncias acima de 100 metros ou exposto diretamente ao sol ainda é
aconselhável o uso de cabos de fibra óptica.

• Screened Twisted Pair - ScTP também referenciado como FTP (Foil Twisted
Pair), os cabos são cobertos pelo mesmo composto do UTP categoria 5 Plenum,
para este tipo de cabo, no entanto, uma película de metal é enrolada sobre cada
par trançado, melhorando a resposta ao EMI, embora exija maiores cuidados
quanto ao aterramento para garantir eficácia frente às interferências.

Categoria

Os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA-568-B e são divididos em


9 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os números
maiores indicam fios com diâmetros menores, veja abaixo um resumo simplificado dos
cabos UTP.

• Categoria do cabo 1 (CAT1): Consiste em um cabo blindado com dois pares


trançados compostos por fios 26 AWG. São utilizados por equipamentos de
telecomunicação e rádio. Foi usado nas primeiras redes Token-ring mas não é
aconselhável para uma rede par trançado.

(CAT1 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

• Categoria do cabo 2 (CAT2): É formado por pares de fios blindados (para voz)
e pares de fios não blindados (para dados). Também foi projetado para antigas
redes Token-ring E ARCnet chegando a velocidade de 4 Mbps.
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(CAT2 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

• Categoria do cabo 3 (CAT3): É um cabo não blindado (UTP) usado para dados
de até 10Mbits com a capacidade de banda de até 16 MHz. Foi muito usado nas
redes Ethernet criadas nos anos noventa (10BASET). Ele ainda pode ser usado
para VOIP, rede de telefonia e redes de comunicação 10BASET e 100BASET4.

(CAT3 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

• Categoria do cabo 4 (CAT4): É um cabo par trançado não blindado (UTP) que
pode ser utilizado para transmitir dados a uma frequência de até 20 MHz e dados
a 20 Mbps. Foi usado em redes que podem atuar com taxa de transmissão de até
20Mbps como token ring, 10BASET e 100BASET4. Não é mais utilizado pois
foi substituido pelos cabos CAT5 e CAT5e.

(CAT4 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

• Categoria do cabo 5 (CAT5): usado em redes fast ethernet em frequências de


até 100 MHz com uma taxa de 100 Mbps.

(CAT5 não é mais recomendado pela TIA/EIA).

• Categoria do cabo 5e (CAT5e): é uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado


para frequências até 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet. Ela foi
criada com a nova revisão da norma EIA/TIA-568-B.

(CAT5e é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

• Categoria do cabo 6 (CAT6): definido pela norma ANSI EIA/TIA-568-B -2.1


possui bitola 24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em
redes gigabit ethernet a velocidade de 1.000 Mbps.

(CAT6 é recomendado pela norma EIA/TIA-568-B).

• Categoria: CAT 6a: é uma melhoria dos cabos CAT6. O a de CAT6a significa
augmented (ampliado). Os cabos dessa categoria suportam até 500 MHz e
podem ter até 55 metros no caso da rede ser de 10.000 Mbps, caso contrario
podem ter até 100 metros. Para que os cabos CAT 6a sofressem menos
interferências os pares de fios são separados uns dos outros, o que aumentou o
seu tamanho e os tornou menos flexíveis. Essa categoria de cabos tem os seus
conectores específicos que ajudam à evitar interferências.

• Categoria 7 (CAT7): foi criado para permitir a criação de rede 10 gigabit


Ethernet de 100m usando fio de cobre (apesar de atualmente esse tipo de rede
esteja sendo usado pela rede CAT6).

As cores dos fios são:

• Laranja e branco
• Laranja
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• Verde e branco
• Azul
• Azul e branco
• Verde
• Castanho (ou marrom) e branco
• Castanho (ou marrom)

É importante que a sequência de cores seja respeitada ao se montar um cabo. Caso


contrário, pode haver perda parcial ou total de pacotes, principalmente em cabos de
mais de 3 metros.

A norma EIA/TIA-568-B prevê duas montagens para os cabos, denominadas T568A e


T568B. A montagem T568A usa a sequência branco e verde, verde, branco e laranja,
azul, branco e azul, laranja, branco e castanho, castanho.

A montagem T568B usa a sequência branco e laranja, laranja, branco e verde, azul,
branco e azul, verde, branco e castanho, castanho.

As duas montagens são totalmente equivalentes em termos de desempenho, cabendo ao


montador escolher uma delas como padrão para sua instalação. É boa prática que todos
os cabos dentro de uma instalação sigam o mesmo padrão de montagem.

Um cabo cujas duas pontas usam a mesma montagem é denominado Direto (cabo), e
serve para ligar estações de trabalho e roteadores a switches ou hubs. Um cabo em que
cada ponta é usado uma das montagens é denominado Crossover, e serve para ligar
equipamentos do mesmo tipo entre si.

Existem cabos com diferentes representações destes códigos de cores.

• O fio com a cor branca pode ser a cor mais clara (verde-claro, azul-claro,
laranja-claro, castanho-claro);
• Fio branco com uma lista de cor;
• Fio completamente branco. Neste caso é necessário ter atenção aos cabos que
estão entrelaçados;
• Fio dourado representando o fio "branco e castanho".

Existem também limites de comprimentos para esse tipo de cabo. Quando o cabo é
usado para transmissão de dados em Ethernet, Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet, o
limite para o enlace (distância entre os equipamentos nas duas pontas do cabo) é de no
máximo 100 metros. Caso seja necessário interligar equipamentos a distâncias maiores,
é preciso usar repetidores, ou instalar uma ponte de rede ou switch no meio do caminho,
de forma que cada enlace tenha no máximo 100 metros.

A norma EIA/TIA-568-B prevê ainda que os cabos UTP sejam divididos em "sólidos"
(os condutores são formados de um único filamento) e "flexíveis". O cabo "sólido" deve
ser usado para instalações estáticas, onde não há movimentação do cabo. O cabo
"flexível" deve ser usado para as pontas da instalação, onde há movimentações
constantes do cabo. Como o cabo "flexível" tem características elétricas diferentes das
do cabo "sólido", há a recomendação de que seja usado no máximo 10 metros de cabo
flexível num enlace. Caso seja necessário usar cabos flexíveis numa distância maior, o
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tamanho do enlace deve ser diminuído proporcionalmente, para evitar perda de sinal
(p.ex., com 20 metros de cabo flexível, o tamanho máximo do enlace desce para 90
metros).

Outras aplicações que não a transmissão de dados em Ethernet, Fast Ethernet ou Gigabit
Ethernet podem ter limites diferentes para o tamanho máximo do cabo

Rede de Cabo de fibra óptica

A fibra ótica (português brasileiro) ou fibra óptica (português europeu) é um pedaço de vidro ou de
materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz. Tal filamento pode apresentar
diâmetros variáveis, dependendo da aplicação, indo desde diâmetros ínfimos, da ordem
de micrômetros (mais finos que um fio de cabelo) até vários milímetros.

A fibra ótica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany. Dentre os
diferentes métodos de fabricação de fibra ótica existentes, os mais conhecidos são
MCVD, VAD e OVD.

Funcionamento

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente do


material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e,
pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra por meio de
reflexões sucessivas.

A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo e o revestimento. No núcleo, ocorre a


transmissão da luz propriamente dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível
graças a uma diferença de índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que
o núcleo possui sempre um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao
ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fenômeno da reflexão total.

As fibras óticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas electromagnéticas


(como a luz) uma vez que são transparentes e podem ser agrupadas em cabos. Estas
fibras são feitas de plástico ou de vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve menos
as ondas electromagnéticas. As ondas electromagnéticas mais utilizadas são as
correspondentes à gama da luz infravermelha.

O meio de transmissão por fibra ótica é chamado de "guiado", porque as ondas


eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita ondas
omnidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado de "não-
guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra ótica
proporciona o alcance de taxas de transmissão (velocidades) elevadíssimas, da ordem de
dez elevado à nona potência a dez elevado à décima potência, de bits por segundo (cerca
de 40Gbps), com baixa taxa de atenuação por quilômetro. Mas a velocidade de
transmissão total possível ainda não foi alcançada pelas tecnologias existentes. Como a
luz se propaga no interior de um meio físico, sofrendo ainda o fenômeno de reflexão,
ela não consegue alcançar a velocidade de propagação no vácuo, que é de
300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída consideravelmente.
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Cabos fibra ótica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois continentes
separados pelo oceano é um projecto monumental. É preciso instalar um cabo com
milhares de quilómetros de extensão sob o mar, atravessando fossas e montanhas
submarinas. Nos anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo fibra ótica
intercontinental desse tipo, instalado em 1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas
telefônicas simultâneas, usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos
aumentou. Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200
milhões de circuitos telefônicos.

Para transmitir dados pela fibra ótica, é necessário equipamentos especiais, que contém
um componente fotoemissor, que pode ser um diodo emissor de luz (LED) ou um diodo
laser. O fotoemissor converte sinais elétricos em pulsos de luz que representam os
valores digitais binários (0 e 1). Tecnologias como WDM (CWDM e DWDM) fazem a
multiplexação de várias comprimentos de onda em um único pulso de luz chegando a
taxas de transmissão de 1,6 Terabits/s em um único par de fibras.

Vantagens

Em Virtude das suas características, as fibras óticas apresentam muitas vantagens sobre
os sistemas eléctricos:

• Dimensões Reduzidas
• Capacidade para transportar grandes quantidades de informação ( Dezenas de
milhares de conversações num par de Fibra);
• Atenuação muito baixa, que permite grandes espaçamentos entre repetidores,
com distância entre repetidores superiores a algumas centenas de quilômetros.
• Imunidade às interferências electromagnéticas;
• Matéria-prima muito abundante.

Desvantagens

• Custo ainda elevado de compra e manutenção;


• Fragilidade das fibras óticas sem encapsulamento;
• Dificuldade de conexões das fibras óticas;
• Acopladores tipo T com perdas muito grandes;
• Impossibilidade de alimentação remota de repetidores;
• Falta de padronização dos componentes ópticos.

Aplicações

Uma característica importante que torna a fibra ótica indispensável em muitas


aplicações é o fato de não ser suscetível à interferência eletromagnética, pela razão de
que não transmite pulsos elétricos, como ocorre com outros meios de transmissão que
empregam os fios metálicos, como o cobre. Podemos encontrar aplicações do uso de
fibra ótica na medicina (endoscopias por exemplo) como também em telecomunicações
(principalmente internet) em substituição aos fios de cobre.

Tipos de fibras

As fibras óticas podem ser basicamente de dois modos:


16

• Monomodo:
o Permite o uso de apenas um sinal de luz pela fibra.
o Dimensões menores que os outros tipos de fibras.
o Maior banda passante por ter menor dispersão.
o Geralmente é usado laser como fonte de geração de sinal.
• Multimodo:
o Permite o uso de fontes luminosas de baixa ocorrência tais como LEDs
(mais baratas).
o Diâmetros grandes facilitam o acoplamento de fontes luminosas e
requerem pouca precisão nos conectores.
o Muito usado para curtas distâncias pelo preço e facilidade de
implementação pois a longa distância tem muita perda.

Rede sem fios

Uma rede sem fio refere-se a uma rede de computadores sem a necessidade do uso de
cabos – sejam eles telefônicos, coaxiais ou ópticos – por meio de equipamentos que
usam radiofrequência (comunicação via ondas de rádio) ou comunicação via
infravermelho, como em dispositivos compatíveis com IrDA. É conhecido também pelo
anglicismo wireless.

O uso da tecnologia vai desde transceptores de rádio como walkie-talkies até satélites
artificais no espaço. Seu uso mais comum é em redes de computadores, servindo como
meio de acesso à Internet através de locais remotos como um escritório, um bar, um
aeroporto, um parque, ou até mesmo em casa, etc.

HARDWARE DE REDE

Hardware de rede refere-se tipicamente ao equipamento que facilita o uso de uma rede
de computadores. Geralmente, isto inclui roteadores, switches, pontos de acesso sem
fio, adaptadores de rede e outros hardwares relacionados.

O tipo mais comum de hardware de rede hoje em uso são os adaptadores de rede
Ethernet, ajudados em grande parte por sua inclusão-padrão na maioria dos sistemas
informáticos modernos. Todavia, redes sem fio tem se tornado cada vez mais populares,
especialmente para dispositivos portáteis.

Outros equipamentos prevalecentes no campo do hardware de rede são aqueles


utilizados em datacenters (tais como servidores de arquivos, servidores de bancos de
dados, dispositivos de armazenamento, serviços de rede (tais como DNS, DHCP, e-mail
etc) bem como outros dispositivos específicos de rede tais como provimento de
conteúdo.

Outros dispositivos diversos que poderiam ser considerados hardware de rede incluem
telefones celulares, PDAs, impressoras e mesmo máquinas de café modernas (e outros
dispositivos conectados na Internet). A medida que a tecnologia avança e redes
baseadas no protocolo IP são integradas na infraestrutura de edifícios e em utilidades
domésticas, o hardware de rede torna-se onipresente devido ao número crescente de
pontos de rede possíveis.
17

Elementos de Cabeamento:

• Cabo coaxial
• Cabo de fibra óptica
• Cabo de par trançado
• Repetidor: é um equipamento utilizado para interligação de redes idênticas, pois
eles amplificam e regeneram eletricamente os sinais transmitidos no meio físico.

Um repetidor atua na camada física (Modelo OSI). Ele recebe todos os pacotes
de cada uma das redes que interliga e os repete nas demais redes sem realizar
qualquer tipo de tratamento sobre os mesmos. Não se podem usar muitos deste
dispositivos em uma rede local, pois degeneram o sinal no domínio digital e
causam problemas de sincronismo entre as interfaces de rede.
Repetidores são utilizados para estender a transmissão de ondas de rádio, por
exemplo, redes wireless, wimax e telefonia celular. ele tem como sua principal
função aumentar uma conexão de rede exemplo: digamos que eu tenho uma rede
wireless na minha cidade e quero distribuir para outra cidade o repetidor é um
otimo equipamento ele é o responssavel pelo sinal que pode sair de uma cidade
para outra podemdo assim mehorar muito o meu sinal!

• Transceptor: é um dispositivo que combina um transmissor e um receptor


utilizando componentes de circuito comuns para ambas funções num só
aparelho. Se esses componentes não forem comuns, esse aparelho designa-se
transmissor-receptor. A palavra transceptor é uma palavra-valise que resulta da
fusão das palavras transmissor e receptor, tendo o termo surgido por volta da
Segunda Guerra Mundial. São dispositivos similares os transpondedores, os
transverters e os repetidores.

Um transceptor, em redes de dados informáticas, converte um tipo de sinal, ou


um conector, em outro. Por exemplo, para conectar uma interface AUI de 15
pinos a um conector RJ45 ou para converter sinais elétricos em sinais ópticos.
Ele é considerado um dispositivo da camada 1 (camada física), porque só
considera os bits e não as informações de endereço ou protocolos de níveis
superiores. Dado que determinados elementos do transceptor se utilizam tanto
para a transmissão como para a recepção, a comunicação que provê um
transceptor só pode ser semi-duplex, o que significa que pode enviar sinais entre
dois terminais em ambos os sentidos, mas não simultaneamente.

Estação de trabalho

Estação de trabalho (do inglês Workstation) era o nome genérico dado a computadores
situados, em termos de potência de cálculo, entre o computador pessoal e o computador
de grande porte, ou mainframe. Algumas destas máquinas eram vocacionadas para
aplicações com requisitos gráficos acima da média, podendo então ser referidas como
Estação gráfica ou Estação gráfica de trabalho (Graphical workstation).

No início da década de 1980, os pioneiros nesta área foram Apollo Computer e Sun
Microsystems, que criaram estações de trabalho rodando UNIX em plataformas
baseadas no microprocessador 68000 da Motorola.
18

Hoje, devido ao poder de processamento muito maior dos PCs comuns, o termo às
vezes é usado como sinônimo de computador pessoal.

Placa de rede

Uma placa de rede (também chamada adaptador de rede ou NIC) é um dispositivo de


hardware responsável pela comunicação entre os computadores em uma rede.

A placa de rede é o hardware que permite aos computadores conversarem entre si


através da rede. Sua função é controlar todo o envio e recebimento de dados através da
rede. Cada arquitetura de rede exige um tipo específico de placa de rede; sendo as
arquiteturas mais comuns a rede em anel Token Ring e a tipo Ethernet.

Além da arquitetura usada, as placas de rede à venda no mercado diferenciam-se


também pela taxa de transmissão, cabos de rede suportados e barramento utilizado (On-
Board, PCI, ISA ou Externa via USB). As placas de rede para Notebooks podem ser on-
board ou PCMCIA.

Quanto à taxa de transmissão, temos placas Ethernet de 10 Mbps / 100 Mbps / 1000
Mbps e placas Token Ring de 4 Mbps e 16 Mbps. Como vimos no trecho anterior,
devemos utilizar cabos adequados à velocidade da placa de rede. Usando placas
Ethernet de 10 Mbps, por exemplo, devemos utilizar cabos de par trançado de categoria
3 ou 5, ou então cabos coaxiais. Usando uma placa de 100 Mbps o requisito mínimo a
nível de cabeamento são cabos de par trançado blindados nível 5. No caso de redes
Token Ring, os requisitos são cabos de par trançado categoria 2 (recomendável o uso de
cabos categoria 3) para placas de rede de 4 Mbps, e cabos de par trançado blindado
categoria 4 para placas de 16 Mbps. Devido às exigências de uma topologia em estrela
das redes Token Ring, nenhuma placa de rede Token Ring suporta o uso de cabos
coaxiais.

Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum em placas
Ethernet, é a existência de dois encaixes, uma para cabos de par trançado e outro para
cabos coaxiais. Muitas placas mais antigas, também trazem encaixes para cabos
coaxiais do tipo grosso (10Base5), conector com um encaixe bastante parecido com o
conector para joysticks da placa de som. E também existem vários tipos.

Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo são chamadas placas combo.
A existência de 2 ou 3 conectores serve apenas para assegurar a compatibilidade da
placa com vários cabos de rede diferentes. Naturalmente, você só poderá utilizar um
conector de cada vez.

Concentrador (hub)

Hub (do Inglês, "transmitir") ou Radiodifusão é o processo pelo qual se transmite ou


difunde determinada informação, tendo como principal característica que a mesma
informação está sendo enviada para muitos receptores ao mesmo tempo. Este termo é
utilizado em rádio, telecomunicações e em informática.

A Televisão aberta e o rádio possuem suas difusões através de broadcast, onde uma ou
mais antenas de transmissão enviam o sinal televisivo (ou, radiodifusor) através de
19

ondas eletromagnéticas e qualquer aparelho de TV (ou, rádio) que conseguir captar


poderá sintonizar o sinal.

Em informática, o broadcast é utilizado em hubs (concentradores) ligados em redes


LAN,MAN, WAN e TAN.

Em Redes de computadores, um endereço de broadcast é um endereço IP (e o seu


endereço é sempre o último possível na rede) que permite que a informação seja enviada
para todas as maquinas de uma LAN, MAN, WAN e TANS, redes de computadores e
sub-redes. A RFC (Request for comments), RFC 919 é a RFC padrão que trata deste
assunto.

Uma de suas aplicações é no controle de tráfego de dados de várias redes, quando uma
máquina (computador) ligada à rede envia informações para o hub, e se o mesmo estiver
ocupado transmitindo outras informações, o pacote de dados é retornado a máquina
requisitante com um pedido de espera, até que ele termine a operação. Esta mesma
informação é enviada a todas as máquinas interligadas a este hub e aceita somente por
um computador pré-endereçado, os demais ecos retornam ao hub, e à máquina geradora
do pedido (caracterizando redundância)..Se caso ele for feed,caracteriza-se como"gg" e
"rmk".

Comutador (switch)

Um comutador ou switch é um dispositivo utilizado em redes de computadores para


reencaminhar módulos (frames) entre os diversos nós. Possuem portas, assim como os
concentradores (hubs) e a principal diferença entre um comutador e um concentrador, é
que o comutador segmenta a rede internamente, sendo que a cada porta corresponde um
domínio de colisão diferente, o que significa que não haverá colisões entre os pacotes de
segmentos diferentes — ao contrário dos concentradores, cujas portas partilham o
mesmo domínio de colisão. Outra importante diferença está relacionada à gestão da
rede, com um Switch gerenciável, podemos criar VLANS, deste modo a rede gerida
será divida em menores segmentos.

Os comutadores operam semelhantemente a um sistema telefónico com linhas privadas.


Neste sistema, quando uma pessoa liga para outra, a central telefónica conecta-as numa
linha dedicada, possibilitando um maior número de conversações simultâneas.

Um comutador opera na camada duas (2) (camada de enlace), encaminhando os pacotes


de acordo com o endereço MAC de destino, e é destinado a redes locais para
segmentação. Porém, atualmente existem comutadores que operam em conjunto na
camada 3 (camada de rede), herdando algumas propriedades dos roteadores (routers).

Os comutadores não propagam domínios Cut Through - O comutador envia o quadro


logo após ler o endereço MAC de destino do quadro. Este método não averigua o valor
da soma de verificação.

Fragment Free - Este método tenta utilizar os benefícios dos métodos "Store and
Forward" e "Cut Through". O "Fragment Free" verifica os primeiros 64 bytes do
quadro, onde as informações de endereçamento estão armazenadas.
20

Adaptative Switching - Este método faz o uso dos outros três métodos.

Diferenças entre Switches Layer 2 e Layer 3.

Switches layer 2 utilizam o MAC-Address guardado na tabela para passar a


informação, enquanto que o Switch Layer 3 utiliza os endereços IP para fazer o
mesmo.

Roteador (router)

Roteador (estrangeirismo do inglês router, ou encaminhador) é um equipamento


usado para fazer a comutação de protocolos, a comunicação entre diferentes redes de
computadores provendo a comunicação entre computadores distantes entre si.

Roteadores são dispositivos que operam na camada 3 do modelo OSI de referência. A


principal característica desses equipamentos é selecionar a rota mais apropriada para
encaminhar os pacotes recebidos. Ou seja, escolher o melhor caminho disponível na
rede para um determinado destino.

Os roteadores utilizam tabelas de rotas para decidir sobre o encaminhamento de cada


pacote de dados recebido. Eles preenchem e fazem a manutenção dessas tabelas
executando processos e protocolos de atualização de rotas, especificando os endereços e
domínios de roteamento, atribuindo e controlando métricas de roteamento. O
administrador pode fazer a configuração estática das rotas para a propagação dos
pacotes ou pode configurar o roteador para que este atualize sua tabela de rotas através
de processos dinâmicos e automáticos.

Os roteadores encaminham os pacotes baseando-se nas informações contidas na tabela


de roteamento. O problema de configurar rotas estaticas é que, toda vez que houver
alteração na rede que possa vir a afetar essa rota, o administrador deve refazer a
configuração manualmente. Já a obtenção de rotas dinamicamente é diferente. Depois
que o administrador fizer a configuração através de comandos para iniciar o roteamento
dinâmico, o conhecimento das rotas será automaticamente atualizado sempre que novas
informações forem recebidas através da rede. Essa atualização é feita com a troca de
informações entre roteadores vizinhos em uma rede.

São protocolos que servem para trocar informações de construção de uma tabela de
roteamento. É importante ressaltar a diferença entre protocolo de roteamento e
protocolo roteável. Protocolo roteável é aquele que fornece informação adequada em
seu endereçamento de rede para que seus pacotes sejam roteados, como o TCP/IP e o
IPX. Protocolo de roteamento possui mecanismos para o compartilhamento de
informações de rotas entre os dispositivos de roteamento de uma rede, permitindo o
roteamento dos pacotes de um protocolo roteado. Exemplo de protocolo de roteamento:
RIP, OSPF, IGRP , BGP, EGP, etc.

Entre meados da década de 1970 e a década de 1980, microcomputadores eram usados


para fornecer roteamento. Apesar de computadores pessoais poderem ser usados como
roteadores, os equipamentos dedicados ao roteamento são atualmente bastante
especializados, geralmente com hardware extra para acelerar suas funções como envio
de pacotes e encriptação IPSEC.
21

Roteadores modernos de grande porte assemelham-se a centrais telefônicas, cuja


tecnologias atualmente estão sendo convergidas, e que no futuro os roteadores podem
até mesmo substituir por completo.

Um roteador que conecta um cliente à Internet é chamado roteador de ponta. Um


roteador que serve exclusivamente para transmitir dados entre outros roteadores (por
exemplo, em um provedor de acesso) é chamado um roteador núcleo. Um roteador é
usado normalmente para conectar pelo menos duas redes de computadores, mas existe
uma variação especial usada para encaminhar pacotes em uma VLAN. Nesse caso,
todos os pontos de rede conectados pertencem à mesma rede.

Modem

A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador. Ele é um


dispositivo eletrônico que modula um sinal digital em uma onda analógica, pronta a ser
transmitida pela linha telefônica, e que demodula o sinal analógico e o reconverte para o
formato digital original. Utilizado para conexão à Internet, BBS, ou a outro computador.

O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de


modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro modem
reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem estar
trabalhando de acordo com os mesmos padrões, que especificam, entre outras coisas, a
velocidade de transmissão (bps, baud, nível e algoritmo de compressão de dados,
protocolo, etc).

O prefixo Fax se deve ao fato de que o dispositivo pode ser utilizado para receber e
enviar fac-símile.

Os primeiro modens analógicos eram externos. Conectados através das interfaces


paralelas, onde a velocidade de transmissão eram de 300 bps (bits por segundo) e
operavam em dois sinais diferentes, um tom alto que representava bit 1, enquanto o tom
baixo representava o bit 0.

Basicamente, existem modems para o acesso discado e banda larga.

Os modems para acesso discado geralmente são instalados internamente no computador


(em slots PCI) ou ligados em uma porta serial, enquanto os modems para acesso em
banda larga podem ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os modems ADSL diferem dos
modems para acesso discado porque não precisam converter o sinal de digital para
analógico e de análogico para digital porque o sinal é transmitido sempre em digital
(ADSL - Asymmetric Digital Subscriber Line). O exemplo mais familiar é uma banda
de voz modem que transforma os dados digitais de um computador pessoal em
modulados sinais elétricos na freqüência de voz do alcance de um telefone canal. Estes
sinais podem ser transmitidos através de linhas telefônicas e demodulado por outro
modem no lado do receptor para recuperar os dados digitais. Os modems são geralmente
classificados pela quantidade de dados que pode enviar em um determinado unidade de
tempo , normalmente medido em bits por segundo (bit / s ou bps). Eles também podem
ser classificados pela taxa de símbolos medido em bauds , o número de vezes que o
modem muda o estado do sinal por segundo. Por exemplo, o ITU V.21 padrão utilizado-
shift keying freqüência de áudio, tons aka, para transportar 300 bits / s usando 300 baud,
22

enquanto o padrão ITU V.22 original permitia 1.200 bit / s com 600 baud usando
modulação de fase .

Porta de Ligação (gateway)

Gateway, ou porta de ligação, é uma máquina intermediária geralmente destinada a


interligar redes, separar domínios de colisão, ou mesmo traduzir protocolos. Exemplos
de gateway podem ser os routers (ou roteadores) e firewalls, já que ambos servem de
intermediários entre o utilizador e a rede. Um proxy também pode ser interpretado como
um gateway (embora em outro nível, aquele da camada em que opera), já que serve de
intermediário também.

Depreende-se assim que o gateway tenha acesso ao exterior por meio de linhas de
transmissão de maior débito, para que não constitua um estrangulamento entre a rede
exterior e a rede local. E, neste ponto de vista, estará dotado também de medidas de
segurança contra invasões externas, como a utilização de protocolos codificados.

Cabe igualmente ao gateway traduzir e adaptar os pacotes originários da rede local para
que estes possam atingir o destinatário, mas também traduzir as respostas e devolvê-las
ao par local da comunicação. Assim, é freqüente a utilização de protocolos de tradução
de endereços, como o NAT — que é uma das implementações de gateway mais simples.

Note-se, porém, que o gateway opera em camadas baixas do Modelo OSI e que não
pode, por isso, interpretar os dados entre aplicações (camadas superiores). No entanto,
por meio do uso de heurísticas e outros métodos de detecção de ataques, o gateway
pode incorporar alguns mecanismos de defesa. Esta funcionalidade pode ser
complementada com um firewall.

Ponte (bridge)

Bridge ou ponte é o termo utilizado em informática para designar um dispositivo que


liga duas ou mais redes informáticas que usam protocolos distintos ou iguais ou dois
segmentos da mesma rede que usam o mesmo protocolo, por exemplo, ethernet ou
token ring. Bridges servem para interligar duas redes, como por exemplo ligação de
uma rede de um edificio com outro.Uma bridge é um segmento livre entre rede, entre o
servidor e o cliente(tunel), possibilitando a cada usuário ter sua senha independente.

Uma bridge ignora os protocolos utilizados nos dois segmentos que liga, já que opera a
um nível muito baixo do modelo OSI (nível 2); somente envia dados de acordo com o
endereço do pacote. Este endereço não é o endereço IP (internet protocol), mas o MAC
(media access control) que é único para cada placa de rede. Os únicos dados que são
permitidos atravessar uma bridge são dados destinados a endereços válidos no outro
lado da ponte. Desta forma é possível utilizar uma bridge para manter um segmento da
rede livre dos dados que pertencem a outro segmento.

É freqüente serem confundidos os conceitos de bridge e concentrador (ou hub); uma


das diferenças, como já enunciado, é que o pacote é enviado unicamente para o
destinatário, enquanto que o hub envia o pacote em broadcast.

Endereços MAC
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As pontes têm, internamente, uma memória que armazena os endereços MAC de todos
os computadores da rede, a partir dos endereços de origem dos frames. Com base nessas
informações é criada uma tabela na qual identifica cada computador e o seu local nos
segmentos de rede. Quando a ponte recebe o quadro do endereço de destino é
comparado com a tabela existente, se reconhecer o endereço ela encaminhará o
quadro(frame)a esse endereço, caso contrário para todos os endereços da rede. Uma
bridge é estabelecida entre conexão com o provedor de serviços ao contrario de um
roteador que faz um rota com um unico ip dividindo a banda entre os computadores. Ele
é menos utilizado devido a autenticação ser feita no pc,seu uso se limita a um
computador.O mais conhecido é o US Robotics 8500

Servidor

Em informática, um servidor é um sistema de computação que fornece serviços a uma


rede de computadores. Esses serviços podem ser de natureza diversa, como por
exemplo, arquivos e correio eletrônico. Os computadores que acessam os serviços de
um servidor são chamados clientes. As redes que utilizam servidores são do tipo cliente-
servidor, utilizadas em redes de médio e grande porte (com muitas máquinas) e em
redes onde a questão da segurança desempenha um papel de grande importância. O
termo servidor é largamente aplicado a computadores completos, embora um servidor
possa equivaler a um software ou a partes de um sistema computacional, ou até mesmo
a uma máquina que não seja necessariamente um computador.

A história dos servidores tem, obviamente, a ver com as redes de computadores. Redes
permitiam a comunicação entre diversos computadores, e, com o crescimento destas,
surgiu a idéia de dedicar alguns computadores para prestar algum serviço à rede,
enquanto outros se utilizariam destes serviços. Os servidores ficariam responsáveis pela
primeira função.

Com o advento das redes, foi crescendo a necessidade das redes terem servidores e
minicomputadores, o que acabou contribuindo para a diminuição do uso dos
mainframes.

O crescimento das empresas de redes e o crescimento do uso da Internet entre


profissionais e usuários comuns foi o grande impulso para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de tecnologias para servidores.

• Servidor de arquivos
• Servidor de comunicações
• Servidor de disco
• Servidor de impressão
• Servidor de bluetooth

NORMAS DE PADRONIZAÇÃO DE REDES

As principais entidades de padronização na área de redes de computadores são:

• ISO - International Organization for Standardization. Principal entidade de


padronização internacional.
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• IEC - International Electrotechnical Commision.


• ITU-T - International Telecomunications Union. Antigo CCITT (Comité
Consultantif International Télégraphique et Téléphonique).
• IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers. O IEEE submete
propostas de padrões OSI através da ANSI.

Associações Nacionais ligadas à ISO

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


• ANSI - American National Standards Institute
• BSI - British Standards Institute
• DIN - Deutsches Institut for Normung

HISTÓRICO

• Empresas passaram a estabelecer padrões proprietários de cabeamento.


• Inicio de 1985 é solicitada uma norma.
• Em 1991 sai à primeira norma.

Em 1991, a EIA/TIA propôs a primeira versão da norma de padronização de fios e


cabos para telecomunicações em prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568 com
os objetivos de:
1. Implementar um padrão genérico de cabeamento de telecomunicações a ser
seguido por fornecedores diferentes;
2. Estruturar um sistema de cabeamento intra e inter predial, com produtos de
fornecedores distintos;
3. Estabelecer critérios técnicos de desempenho para sistemas distintos de
cabeamento.
Após o reconhecimento pelo ANSI (American National Standards Institute), as normas
passaram a se chamar ANSI/EIA/TIA-568.

NORMA BRASILEIRA NBR 147565

No brasil, durante a década de 1990, os sistemas de cabeamento estruturado utilizavam


apenas as normas internacionais ANSI/EIA/TIA-568 (Comercial Building
Telecommunications Cabling standard). Em 2000 a ABNT publicou a norma NBR
147565 – procedimentos básicos para elaboração de projetos de cabeamento de
telecomunicações para rede interna estruturada. Esta norma tem como objetivo
estabelecer os critérios mínimos para elaboração de projetos de redes interna
estruturada.

As normas estabelece os requisitos mínimos para cabeamento de telecomunicações em


um ambiente corporativo: topologia, distancia, parâmetros de meios que determinam o
desempenho e a topologia de conectores e pinos que asseguram a interoperabilidade e a
vida útil do sistema de cabeamento.
25

Por que a Padronização?

• Solucionar problemas tais como crescimento populacional.


• Alteração de layout dos usuários.
• Evolução de tecnologias emergentes rumo a aplicações com taxas de transmissão
maiores.
• Minimização de falhas nos cabos ou nas conexões.

Benefícios da padronização

É possível citar alguns benefícios proporcionados pela padronização existente nos


sistemas de cabeamento estruturado e que não se verificam nos sistemas de cabeamento
não estruturado:
• Flexibilidade: O sistema estruturado permite mudanças de layout e aplicações, sem
necessidade de mudar todo o cabeamento.
• Facilidade de Administração: As mudanças de aplicações, manutenção e expansão
são feitas por simples trocas de cabos de manobra ou pequenas modificações na
infra-estrutura, com a instalação de poucos equipamentos adicionais.
• Vida útil: O cabeamento estruturado possui, tipicamente, a maior expectativa de
vida em uma rede, algo em torno de 10 a 15 anos. O cabeamento estruturado
permite a maximização dessa vida útil porque permite a utilização de uma mesma
infra-estrutura para o transporte de várias tecnologias de comunicação
simultaneamente e também por prever a implementação de tecnologias futuras,
diferentes das utilizadas no período da instalação.
• Controle de Falhas: Falhas em determinados ramos do cabeamento não afetam o
restante da rede.
• Custo e Retorno sobre o Investimento (ROI- Return Of Investment): O Sistema
de Cabeamento Estruturado Consiste em cerca de 2% a 5% do investimento no
projeto de uma rede. Levando em conta a vida útil do sistema, é um investimento de
prazo de vida muito longo, o que o torna altamente vantajoso.

NORMAS

• ANSI/EIA/TIA 568
o Criada em 1995.
o Revisada em 2001.
Objetivo:
• Fornecer um padrão para o projeto e a instalação de sistemas de cabeamento.
• Oferecer uma ótima relação custo/benefício construção bem como nas mudanças.

• EIA/TIA 569
o Criada em 1998.
26

o Especificar práticas de projetos e construções de infra-estrutura dentro e


entre edifícios.
Três conceitos fundamentais:
1. Edifícios são dinâmicos;
2. Os sistemas de telecomunicações dos edifícios são dinâmicos;
3. Telecomunicações são mais do que simples voz e dados.

• EIA/TIA 606
Três conceitos fundamentais:
• Identificação;
• Link;
• Registros.
Todos os elementos dos sistemas devem ser identificados.

• Identificações devem ter link entre elas.


• Registrar estas identificações e estes link’s, com o propósito de ter estes
registros em mãos.

• EIA/TIA 607
• Define padrões para o projeto e instalações de sistemas de aterramento.

Regras básicas:
• Necessidade de se ter um único potencial de terra para todos os
aterramentos.

CATEGORIAS DE CABOS

Categoria 1 e 2:
• Usados no passado em instalação telefônicas;
• Cabos de categoria 2 chegaram a ser usados em redes ARCNET de 2.5Mbs e
redes TOKEN RING de 4 Mbs.
• Não são adequados para uso em redes ETHERNET.

Categoria 3
• Primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente para uso
em redes.
• Certificado para sinalização de até 16MHz , o que permite seu uso no padrão 10
BASE-T-10Mbs.
• Existiu o padrão 100 BASE-T4-100Mbs. Pouco usado devido não ser suportado
por todas as placas de rede.
• Continuam sendo usados em instalações telefônicas.

Categoria 4
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• Certificada para sinalização de até 20MHz.


• Utilizada em redes TOKEN RING de 16 Mbs.
• Podiam ser utilizados em redes ETHERNET em substituição aos cabos
categoria 3.
• Não é mais fabricado.

Categoria 5 e 5e.
• Requisito mínimo para redes 10 BASE-TX E 1000 BASE-T – 100 e 1000 Mbs.
• Suportam freqüências de até 100MHz.
• Substituídos pelos cabos categoria 5e.

Categoria 6
• Desenvolvida para ser usada no padrão Gigabit ETHERNET.
• Alcance continua sendo de apenas 100 metros.
• Suportam freqüências de até 250MHz.

Categoria 6a
• Permitir o uso de cabos de até 10 metros em redes 10G.
• “a” de “augmented”, ou ampliado.
• Eles suportam freqüências de até 50MHz.
• Uso de um separador para reduzir interferências entre pares de cabos.
• Conectores diferentes (RJ45 cat 6ª – fios entram em zigue-zague e os 5e entram
em paralelo).

Categoria 7 (todos blindados)


• Padrão de 10Gbs.
• Estagio inicial de desenvolvimento.
• Conectores TERA desenvolvidos pela SIEMON.

SISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO


• Divisão da estrutura em elementos principais em conjunto com a parte
administrativa e de infra-estrutura.
• Envolve as normas:
o ANSI/EIA/TIA-568ª/B (Votada para cabeamento);
o ANSI/EIA/TIA-606 (Voltada para a parte administrativa);
o ANSI/EIA/TIA-569(Voltada para infra-estrutura);

COMPOSIÇÃO

1. Cabeamento Horizontal;
2. Cabeamento Vertical;
3. Área de Trabalho;
4. Armário de Telecomunicação;
28

5. Sala de Equipamentos;
6. Facilidades de Entrada;
7. Certificação;
8. Infra-estrutura;
9. Documentação.

Cabeamento Horizontal
• Utilização de cabos par trançados (UTP).
• Máximo de 5 metros para os Patch-Cords e máximo de 90 metros entre o
armário de telecomunicação e ponto de telecomunicação.
• Maior parcela de custos e de atividade na rede secundária.

Cabeamento Vertical (BACKBONE)


• Utilização de cabos UTP e/ou cabos fibra ópticas.
• Variação no comprimento máximo na rede primária.
• Verificar quantidades de área de trabalho tipos de serviços disponíveis e nível de
desempenho desejado.

Área de Trabalho
• Instalação mínima de dois pontos de telecomunicações em uma área de 10
metros quadrados.
• Avaliação de loca de instalação dos pontos.
• Cuidado na utilização de adaptadores.

Armário de Telecomunicação
• Topologia estrela;
• Interconexão: ligação entre os cabos do patch-panel e elementos ativos.
• Cross-Conect: Cabos e equipamentos terminados em patch-pane.

Sala de Equipamentos
• Equipamentos principais e componentes da rede local.
• Equipamentos relacionados ao backbone e de comunicação as operadoras de
telecomunicações.
• Acesso restrito.

Facilidades de Entrada
• Conexão entre instalações externas e sistemas de cabo local.
• Instalações de diversos tipos de equipamentos e dispositivos.
• Aterramento deve seguir as normas.

Certificação
• 60% das panes de redes têm como origem o mau funcionamento do sistema de
cabeamento.
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• Utilização de equipamentos para medir a performance do cabeamento.


• Tem como objetivo o ganho de tempo e maior rapidez nos processos.

Certificação (medição)
• Wire Map = Cat. 5,5e, 6.
• Lenght = Cat. 5,5e, 6.
• Attenuation = Cat. 5,5e, 6.
• Next = Cat. 5,5e, 6.
• Return Loss = Cat. 5e, 6.
• Elfext = Cat. 5e, 6.
• Delay = Cat. 5e, 6.
• Delay Skew = Cat. 5e, 6.
• Alien Crosstalk = Cat. 6.

Infra-estrutura
• Racks, eletrodutos, eletrocalhas, pisos falsos.
• Encaminhamento dos cabos (Conectorização).
• Rede lógica x Rede Elétrica.

Identificação de componentes:
• Obrigatória para passivos e recomendada par ativos.
• Máximo de nove caracteres alfanuméricos.
• Etiquetas de identificação devem ser legível, duradouras e praticas.

Documentação
Necessária para manutenção, expansões ou reformas.
Devem constar:
• Descrição funcional da rede lógica.
• Documentação da instalação física da rede.
• Termo de garantia.

Descrição funcional da Rede lógica:


• Padrões técnicos adotados.
• Quantidade de pontos.
• Diagrama esquemático da rede.
• Analise de redundância;
• Legenda dos equipamentos e cabeamentos.

Documentação da instalação física da rede:


• Lista de equipamentos e materiais.
• Planta-baixa.
• Relatórios de testes.
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• Mapa de interconexão dos componentes ativos e passivos

Termo de garantia
• Descrever os limites e a duração da garantia para cada componente.
• Declaração de desempenho assegurado para aplicações na rede física.
• Restrições para outras aplicações.

COMUNICAÇÃO DE DADOS

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

1. Geração de uma idéia na origem.


2. Descrição da idéia por um conjunto de símbolos.
3. Codificação dos símbolos em uma forma propícia a transmissão em meio físico.
4. Transmissão dos símbolos ao destino.
5. Decodificação e reprodução dos símbolos.
6. Recriação da idéia original.

INFORMAÇÃO E SINAL

Informações – associadas a idéias ou dados manipulados pelos agentes que as criam,


manipulam e processam.

Sinais – Correspondem à materialização específica dessas informações utilizadas no


momento da transmissão. Nada mais são do que ondas que se propagam através de
algum meio físico.

SINAIS ANALÓGICO E DIGITAL

Os termos analógico e digital correspondem à variação contínua ou discreta,


respectivamente, dos sinais.

Sinais analógicos – Variam continuamente com o tempo. Um velocímetro analógico de


ponteiros, um termômetro analógico de mercúrio, uma balança analógica de molas, são
exemplos de sinais lidos de forma direta sem passar por qualquer decodificação
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complexa, pois as variáveis são observadas diretamente. Para entender o termo


analógico, é útil contrastá-lo com o termo digital.

Na electrónica ou eletrônica digital, a informação foi convertida para bits, enquanto na


eletrônica analógica a informação é tratada sem essa conversão.

Sendo assim, entre zero e o valor máximo, o sinal analógico passa por todos os valores
intermediários possíveis (infinitos), enquanto o sinal digital só pode assumir um número
pré-determinado (finito) de valores.

Como exemplos de meios que registam sinais analógicos, temos:

• Gravação de som
o Sistemas mecânicos
 Disco de vinil
o Sistemas magnéticos
 Fio (obsoleto)
 Fita
 Cassette
 Cartucho (em inglês Cartridge - obsoleto)

• Gravação de imagem
o Sistemas foto-químicos
 Fotografia em película (clássica)
 Filme em película (clássico)
o Sistemas magnéticos
 Fita magnética (Quadruplex)
 Cassette (U-Matic, Beta, VHS, VHS-C, S-VHS, S-VHS-C,
Video8, Hi8)

O instrumento analógico consiste num painel com uma escala e um ponteiro que desliza
de forma a se verificar a posição deste sobre aquela. Num galvanômetro, por exemplo, a
deflexão do ponteiro sobre uma escala fornece a leitura direta de grandezas físicas,
como tensão elétrica, ou força eletromotriz, intensidade de corrente elétrica, resistência
elétrica, entre outras.

Sinais digitais – Variam discretamente com o tempo, ocupando valores (ou níveis) bem
definidos durante intervalos de tempo fixos. É um sinal com valores discretos
(descontínuos) no tempo e em amplitude. Isso significa que um sinal digital só é
definido para determinados instantes de tempo, e que o conjunto de valores que pode
assumir é finito.

Um sinal digital não varia continuamente ao longo do tempo, apenas pode assumir dois
valores, digamos 0 ou 1; é essencialmente uma representação codificada da informação
original. Um exemplo de sinal digital é a sequência de altas e baixas voltagens
produzida durante uma chamada telefónica digital.
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BANDA
• Banda - intervalo entre duas frequências.

• Largura de Banda.
o Diferença entre a maior e a menor frequência da banda do sinal-tamanho
da banda passante.

BANDA PASSANTE

Banda Passante é normalmente usado para especificar a quantidade de [dados] que


podem ser enviados em um [canal de comunicação].

Banda Passante é o conjunto contínuo de valores de frequência que podem ser


assumidos por um sinal elétrico sem que este seja atenuado ao passar por um filtro.
Informalmente, diz-se são as frequências que "passam" pelo filtro.

O conceito de banda passante ou largura de banda vem do início dos estudos dos sinais
e das técnicas de transmissão analógicas. Ela caracteriza a capacidade de transmissão de
um meio físico e as exigências do sinal para garantir a qualidade da informação. O hertz
mede a quantidade de ciclos de um determinado sinal por segundo que é equivalente a
frequência. Os sinais que representam informações como voz, dados e imagem são
representados por um conjunto de frequências de amplitudes diferentes, cuja soma
produz a forma do sinal original. Ao analisar um determinado canal de comunicações,
este atenua de maneira diferente cada frequência que compõe o sinal transmitido. Para
conservar as características do mesmo, deve-se determinar qual a faixa de frequências
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onde a atenuação possui uma pequena variação. Assim quando a amplitude das
frequências começar a cair pela metade, esta faixa será a banda-passante do canal.

Frequência é uma grandeza física ondulatória que indica o número de ocorrências de


um evento (ciclos, voltas, oscilações, etc) em um determinado intervalo de tempo.

Banda passante de alguns sinais

Banda passante dos meios de transmissão


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FONTES DE DISTORÇÃO DE SINAIS

A Distorção, em Sistemas de Comunicação, pode ser entendida como uma ação que tem
como objetivo modificar as componentes (frequência, fase e amplitude) originais de um
sinal.

A Distorção pode ser causada por fatores de origem interna (Banda passante do canal
limitada), como já fora discutido, e externa. Abordaremos aqui alguns destes fatores,
tais como: Ruídos, Atenuação e Ecos.

Ruídos

O Ruído pode ser definido como todo e qualquer tipo de interferência externa que
exercida sobre um sinal com fim a distorcê-lo;

Ruído térmico – é provocado pelo atrito dos elétrons nos condutores, também chamado
ruído branco. O Ruído Térmico é aquele que é provocado pela agitação dos elétrons nos
condutores metálicos e podem ser encontrado em todos os dispositivos eletrônicos.
Este tipo de ruído tem como característica estar presente em todo o espectro de
frequência e, por esta razão, também é conhecido como ruído branco.
Sua intensidade será maior tanto quanto maior for a temperatura sobre o meio de
transmissão.

Ruído de intermodulação – ocorre quando sinais de frequências diferentes


compartilham o mesmo meio físico. O Ruído de Intermodulação ocorre quando sinais
de diferentes frequências compartilham o mesmo meio físico (multiplexação em
frequência);

Este fenômeno pode gerar um sinal em uma dada faixa de frequência que por ventura
interfira na transmissão de um outro sinal da mesma faixa;

Isto pode acontecer devido a componentes defeituosos ou por causa de sinais com
potência muito alta.

Crosstalk – interferência que ocorre entre condutores próximos que induzem sinais
mutuamente (linha cruzada). O Crosstalk é um ruído que é causado pela interferência
entre canais de comunicação vizinhos. O sinal que é transmitido em um meio gera uma
perturbação sobre um outro que esteja em suas proximidades;
35

Este tipo de ruído será maior tanto quanto forem maiores as proximidades entre os
condutores, a amplitude dos sinais e as frequências dos mesmos;

Um exemplo deste tipo de ruído é o de “linha cruzada” ocorrido em sistemas de


telecomunicações, onde uma ligação é interferida por uma conversa de terceiros.

Ruído impulsivo – pulso irregular com grande amplitude, não determinístico,


provocado por diversas fontes. O Ruído Impulsivo é oriundo de fontes externas que
provocam um pulso de energia muito intenso e, em geral, de curta duração;

Trata-se de um tipo de ruído não contínuo, com grandes amplitudes e de difícil


prevenção;

Este ruído pode ser provocado por diversos tipos de fontes, desde distúrbios elétricos
externos a falhas em equipamentos. Até mesmo o fato de se retirar uma lâmpada ligada
pode causar tal fenômeno;

Normalmente ele é pouco danoso a uma transmissão analógica (ex: corte temporário em
uma transmissão de voz). Em transmissão digital, ele é o maior causador de erros.

Atenuação – degradação na potência de um sinal devido a distância percorrida no meio


físico. A atenuação se dá devido a perdas de energia por calor e radiação. A Atenuação
é uma diminuição da potência do sinal ao longo de seu percurso. Esta diminuição dá-se
de forma logarítmica e normalmente é expressa na forma de decibéis por unidade de
comprimento;

Esta perda, ou dissipação de energia, ocorre sobre a forma de calor (efeito Joule em
meios metálicos) e radiação. Para ambos os casos, esta perda será maior quanto maiores
forem às frequências em que se transmite o sinal;

A atenuação pode ser facilmente solucionada em sistemas de comunicação digital com a


inserção de repetidores que tem a função de regenerar o sinal originalmente transmitido;

A distância entre os repetidores deve atender às especificações de cada meio de


transmissão para que a atenuação não seja excessiva.

Ecos – ocorrem devido a mudança na impedância em uma linha de transmissão, parte


do sinal é refletido e parte transmitido. Este é um tipo de perturbação que é causado pela
descontinuidade de impedância em meio de transmissão. Esta descontinuidade faz com
que parte do sinal seja refletido no sentido contrário ao de transmissão causando
interferência sobre os próximos sinais a serem transmitidos;

Este tipo de problema pode ser mascarado com a utilização de dispositivos canceladores
de eco;

Em sistemas telefônicos este tipo de interferência é bastante desagradável quando


percebido em intervalos maiores de dezenas de milissegundos.
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Colisões: Duas estações transmitindo ao mesmo tempo. Uma Colisão acontece quando
dois bits de dois computadores diferentes, que estão se comunicando, estão em um meio
compartilhado ao mesmo tempo.

No caso dos meios de cobre, as voltagens dos dois sinais binários se somam e causam
um terceiro nível de voltagem. Essa variação de voltagem não é permitida em um
sistema binário, que entende apenas dois níveis de voltagem. Os bits são corrompidos
(destruídos).

Série de Fourier: representação de um sinal como uma soma de senóides e cosenóides


(de frequências múltiplas inteiras da fundamental)

l g(t) = 0.5 a0 + S an sen(2pnft) + S bn cos(2pnft)

O matemático Francês Jean Fourier provou no século XIX que qualquer sinal periódico
expresso por uma função do tempo g(t) e com período T, pode ser considerado como
uma soma de senos e cossenos de diversas frequências, chamada de Série de Fourier,
representada da seguinte forma:

Onde f é a frequência fundamental do sinal, os demais sinais em outras frequências


múltiplas da fundamental são chamadas de componentes do sinal. Assim um sinal de
período T terá suas componentes centradas em 0, f, 2 f, 3f, sendo f a frequência
fundamental do sinal;

O resultado é que um sinal pode ser representado de 2 formas: no domínio do tempo e


no domínio da frequência a partir de suas harmônicas, representada pelas suas
componentes de amplitude an e bn

Sinal Resultante com diferente número de Harmônicos


37

Pode-se concluir que para a reprodução fiel do sinal original necessita-se que os vários
harmônicos sejam recuperados.

Isto na prática significa que para a recuperação fiel de um sinal deve ser possível a
transmissão de vários múltiplos de frequências através do canal utilizado, o que nem
sempre é viável.

A história das séries de Fourier ilustra como a solução de um problema físico acaba
gerando novas fronteiras na matemática. Fourier foi levado a desenvolver suas séries ao
estudar a propagação de calor em corpos sólidos. Admitindo que essa propagação
deveria se dar por ondas de calor e levando em conta que a forma mais simples de uma
onda é uma função senoidal, Fourier mostrou que qualquer função, por mais complicada
que seja, pode ser decomposta como uma soma de senos e cossenos.

MODULAÇÃO

Modulação é a técnica onde as características da portadora (sinal que é modulado) são


modificadas com a finalidade de transmitir informações, utilizada em transmissão e em
modems. É o processo pelo qual se modificam as características de uma onda de rádio
ou elétrica, de forma que as alterações representem informações significativas para o ser
humano ou para uma máquina.

Os sinais elétricos digitais possuem a forma de uma onda quadrada e são colocados
numa onda portadora analógica que possui a forma de uma onda senoidal variável. Esse
processo de colocar o sinal digital na onda portadora analógica se chama modulação e é
feito pelo modem transmissor. O modem receptor faz o processo inverso, chamado
demodulação, que retira o sinal digital da onda portadora recebida e entrega ao
computador receptor.

Os sinais de informação nem sempre podem ser transmitidos diretamente no meio em


que irão se propagar. Isso se deve ao fato de sua faixa de frequência nem sempre ser
adequada ao meio físico.

A modulação é uma técnica que permite modificar um sinal de características


conhecidas, de forma que ele seja capaz de carregar informações.

Tipicamente, este sinal de características conhecidas é chamado de portadora e o sinal


resultante (que vai ser colocado no meio físico pelo emissor) é conhecido por sinal
modulado.
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Existem dois tipos de modulação: analógica e digital. A modulação pode alterar a


amplitude da onda (modulação em amplitude AM), ou sua frequência (modulação em
frequência FM), ou sua fase (modulação por deslocamento de fase), ou ainda combinar
várias dessas alterações. Modulando um ou mais desses parâmetros, isto é, variando-os
convenientemente, pode-se transmitir uma informação como o áudio e o vídeo.

Modulação analógica.

Também classificada como modulação de onda contínua, na qual a portadora é uma


onda cosenoidal, e o sinal modulante é um sinal analógico ou contínuo. As técnicas de
modulação para sinais analógicos mais utilizadas são a Modulação em Amplitude - AM,
Modulação em Freqüência - FM e Modulação em Fase - PM.

Técnicas de Modulação

Todas as técnicas de modulação envolvem o deslocamento do sinal original, doravante


denominado sinal modulador, de sua faixa de frequências original para uma outra faixa.
39

O valor desse deslocamento corresponderá frequência de uma onda denominada


portadora.
Existem três técnicas básicas de modulação:
• Modulação por Amplitude (Amplitude Modulation —AM).
• Modulação por Freqüência (Frequency Modulation —FM).
• Modulação por Fase (Phase Modulation —PM).

No caso específico do sinal modulador ser um sinal digital, essas técnicas tomam as
seguintes denominações:
• Modulação por Chaveamento da Amplitude (Amplitude Shift Keying ASK).
• Modulação por Chaveamento da Freqüência (Frequency Shift KeyingFSK).
• Modulação por Chaveamento de Fase (Phase Shift Keying —PS K).

As principais funcionalidades de Modulação são:

Permitir o compartilhamento do espectro de frequência com outros sinais do mesmo


tipo;

Permitir que o sinal seja transportado para um outra faixa de frequência possibilitando a
redução do tamanho dos equipamentos receptores transmissores;

Amplitude: é uma medida escalar não negativa da magnitude de oscilação de uma


onda, ou seja, é valor quantitativo de um sinal em um determinado instante de tempo.

"Amplitude Modulada é a variação da intensidade de saída de RF (Rádio Frequência)


do transmissor a uma velocidade de áudio". A tensão de saída do radiotransmissor tem
uma variação que oscila para cima e para baixo de seu valor nominal de acordo com a
frequência de áudio.

Modulação em amplitude - ou simplesmente AM (do inglês Amplitude Modulation -


Modulação de Amplitude): a amplitude da portadora de um transmissor é variada de
acordo como o sinal em função do sinal de interesse, que é o sinal modulador. A
frequência e a fase da portadora são mantidas constantes. Um sinal AM é muito sujeito
a estática e a outras interferências elétricas.

Se fosse desejado transmitir ondas com frequências equivalentes às frequências de voz


(na ordem de alguns kHz), seriam necessárias antenas de proporções gigantescas
(alguns quilômetros de comprimento). Por este motivo, foi necessário encontrar alguma
forma de transmitir as informações usando ondas de alta frequência.

A solução foi justamente modular as ondas de alta frequência de modo que a


informação a ser transmitida esteja contida nestas ondas e possam ser transmitidas
eficientemente pelo ar. Esta informação poderia ser eventualmente recuperada num
receptor através de um processo de demodulação.

Outra necessidade atendida pela modulação de ondas foi a necessidade de se


compartilhar um meio de transmissão, no caso o ar, entre um número de transmissores.
Para alcançar este objetivo, basta usar a mensagem para modular ondas de frequências
diferentes. Desta forma, o receptor pode "selecionar" uma frequência para demodular
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retirando assim a informação apenas de um transmissor. Isto é exatamente o que


fazemos quando selecionamos uma estação de rádio ou um canal de televisão.

Período (frequência): O período de um sinal diz respeito ao seu comprimento de onda,


ou seja, é tempo necessário para que a onda estabeleça um ciclo completo.

Modulação em freqüência (FM): altera a frequência da portadora de acordo com a


informação a ser transmitida. Em FM, ao contrário da AM, a amplitude da portadora é
mantida constante, mas sua frequência é alterada conforme variações no sinal enviado.
Essa forma de modulação foi desenvolvida pelo engenheiro americano. Edwin H.
Armstrong em um esforço para superar interferências que afetam a recepção de rádio
AM. A FM é menos suscetível que a AM a certos tipos de interferência, como a causada
por temporais e por correntes elétricas fortuitas de equipamentos e outras fontes
relacionadas. Esses ruídos afetam a amplitude da onda de rádio, mas não sua frequência,
assim um sinal de FM permanece virtualmente inalterado. FM é melhor que AM para
transmissão de som estereofônico, sinais de áudio de televisão e retransmissão de
telefonemas interurbanos por microondas. O total de largura de banda necessário para
transmitir um sinal de FM é maior que para AM, o que é um limite para alguns
sistemas.

Fase: A fase é o valor da componente de ângulo do sinal, em um determinado instante


de tempo, medido em graus.

Modulação em fase (Phase Modulation - PM): varia a fase da portadora de acordo


com os dados a serem transmitidos. Ao ser modulada, uma portadora, originalmente
uma frequência única, transforma-se em uma faixa de frequências em torno da
portadora, a chamada banda de modulação. A largura dessa banda depende do modo e
do tipo de modulação usado. Essa forma de modulação é frequentemente considerada
uma variação da FM. Em vez da frequência da onda portadora, a fase da portadora é que
muda.

Modulação Digital.

A modulação digital é usada quando se está interessado em transmitir uma forma de


onda ou mensagem, que faz parte de um conjunto finito de valores discretos
representando um código.
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A principal diferença entre os sistemas de comunicação de dados digitais e analógicos


(dados contínuos), é que no primeiro caso, ocorre a transmissão e detecção de uma
dentre um número finito de formas de onda conhecidas, enquanto nos sistemas
analógicos há um número infinitamente grande de mensagens cujas formas de onda
correspondentes não são todas conhecidas.

As principais técnicas de modulação para sinais digitais são:

Por chaveamento:

Modulação em amplitude por chaveamento (ASK - Amplitude Shift-Keying): altera


a amplitude da onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. A
modulação em amplitude troca a frequência baixa do sinal binário, para uma frequência
alta como é a frequência da portadora.

Modulação em frequência por chaveamento (FSK - Frequency Shift-Keying):


processo de modulação que consiste na variação da frequência da onda portadora em
função do sinal digital a ser transmitido. Esse tipo de modulação pode ser considerado
equivalente a modulação em FM para sinais analógicos.

Modulação em fase por chaveamento (PSK - Phase Shift- Keying): processo pelo
qual se altera a fase da onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido.
Por pulso:
Nesta técnica uma amostra da forma de onda é tomada a intervalos regulares. Há uma
variedade de esquemas de modulação por pulso: modulação em amplitude de pulso
(PAM), modulação em código de pulso (PCM), modulação em frequência de pulso
(PFM), modulação de posição de pulso (PPM) e modulação por largura de pulso
(PWM).

MULTIPLEXAÇÃO

A multiplexação consiste na operação de transmitir várias comunicações diferentes ao


mesmo tempo através de um único canal físico. O dispositivo que afeta este tipo de
operação chama-se multiplexador (multiplexer ou apenas mux). Existem diferentes
modos de efetuar a multiplexação, nomeadamente:

Multiplexação por Divisão de Frequência (FDM - Frequency Division Multiplexing);


o espectro de frequências é dividido em diversas faixas, uma para cada transmissão ou
comunicação distinta.
Exemplo: Rádio AM, TV, Celular, TV a Cabo.

Multiplexação por Divisão de Tempo (TDM - Time Division Multiplexing); o tempo


de transmissão de um canal é dividido em pequenas fracções de tempo (iguais ou de
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acordo com uma proporção estatística), atribuindo-se uma fração a cada uma das várias
transmissões que estão a decorrer ao mesmo tempo.

Multiplexação por Divisão de Onda de Luz (WDM); Através da técnica de


multiplexação por WDM, cada canal TDM ou FDM, com vários canais associados pode
ser transmitido por uma determinada cor de luz. Esta luz não está dentro do espectro
visível de luz, mas sim dentro do infravermelho.

Então canal de luz comporta-se como uma onda portadora, com comprimento de luz
diferente, podendo transmitir vários canais TDM ou FDM por comprimento de onda.

A multiplexação por WDM não é usada em redes do tipo LAN, apenas em sistema de
telefonia, CATV e telecomunicações intercontinentais.

Nestes sistemas, as taxas de transmissão necessitam de sistemas ópticos complexos,


que tornam-se economicamente inviáveis para as redes locais - LAN's.

Técnicas de Transmissão

Baseband ou banda base onde é utilizada toda a capacidade de comunicação do canal


para transmitir um único sinal digital. O sinal faz uso de toda a banda disponível. Esta
técnica é a mais utilizada em redes locais (LAN).

Banda básica (baseband) – o sinal é colocado na rede sem multiplexação. Ocupa todo
o espectro de frequência do meio.
• Sinal é colocado no meio sem qualquer tipo de modulação.
• Não necessita de modens.
• Possibilita a transmissão em alta velocidade.
• Não adequada para transmissões em longa distância.
• Não adequada para locais sujeitos a ruídos.

Broadband ou banda larga onde são transportados vários canais de informação em um


único cabo, mas o sinal tem que ser analógico. Os sinais analógicos são contínuos e
discretos e fluem na forma de ondas eletromagnéticas ou ópticas, enquanto que os sinais
digitais contêm apenas dois estados discretos. As empresas de TV a cabo utilizam esta
técnica.

Banda larga (broadband) – utiliza técnicas de multiplexação. O meio é dividido em


vários canais.

Nas redes em banda larga, cada canal pode ser utilizado para transportar qualquer tipo
de sinal: analógico, digital, imagem ou som.

Os canais podem ser dedicados, chaveados, ponto-a-ponto ou multiponto.

Chaveamento: define como uma mensagem é transferida da entrada de um roteador


para um de seus canais de saída (eg. circuito ou pacote); e

Numa transmissão ponto-a-ponto, as mensagens são transmitidas de um ponto


(emissor) para outro ponto (receptor). Estas comunicações podem ocorrer de forma
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sequencial entre computadores ligados em rede. Nestes casos o receptor de uma


mensagem pode não ser o seu destinatário, mas apenas um ponto de passagem de
mensagem; então, esta terá de ser reenviada para o próximo nó da rede, no sentido do
seu destinatário final. Esta forma de comunicação verifica-se em muitas redes de
computadores, sobretudo WAN, como é o caso da Internet.

Os canais ponto-a-ponto podem ser simplex, half-duplex ou full-duplex.

Quanto aos sentidos em que a informação pode ser transmitida através de um canal
entre emissores e receptores, as transmissões de dados podem ser de 3 tipos:

Simplex - Neste caso, as transmissões podem ser feitas apenas num só sentido, de um
dispositivo emissor para um ou mais dispositivos receptores; é o que se passa, por
exemplo, numa emissão de rádio ou televisão; em redes de computadores, normalmente,
as transmissões não são desse tipo.

Half-Duplex - Nesta modalidade, uma transmissão pode ser feita nos dois sentidos, mas
alternadamente, isto é, ora num sentido ora no outro, e não nos dois sentidos ao mesmo
tempo; este tipo de transmissão é bem exemplificado pelas comunicações entre
computadores (quando um transmite o outro escuta e reciprocamente); ocorre em muitas
situações na comunicação entre computadores.

Full-Duplex - Neste caso, as transmissões podem ser feitas nos dois sentidos em
simultâneo, ou seja, um dispositivo pode transmitir informação ao mesmo tempo que
pode também recebe-la; um exemplo típico destas transmissões são as comunicações
telefónicas; também são possíveis entre computadores, desde que o meio de transmissão
utilizado contenha pelo menos dois canais, um para cada sentido do fluxo dos dados.

ARQUITETURAS DE REDES

Arquitetura de rede conjuntos hierárquicos de Protocolos de comunicação. É a coleção


de regras lógicas que estabelece a comunicação entre os computadores interligados
fisicamente em uma rede.

As primeiras arquiteturas de rede foram desenvolvidas por fabricantes de equipamentos,


os quais desenvolviam soluções para interconexão apenas de seus produtos, sem se
preocuparem com a compatibilidade de comunicação com equipamentos de outros
fabricantes. Assim o fizeram, por exemplo, a IBM (International Business Machines
Corporation) ao anunciar sua arquitetura de rede SNA (System Network Architecture), e
a DEC (Digital Equipament Corporation) com sua DNA (Digital Network
Architecture). Essas arquiteturas são denominadas proprietárias.

Desse modo, computadores de fabricantes diferentes não podiam se comunicar,


impondo uma grande limitação aos consumidores, pois ficam “amarrados” aos produtos
de um único fabricante, caso queira que seus equipamentos se comuniquem.

Torna-se evidente a necessidade de um conjunto de regras que permitam a comunicação


ou interconexão entre dois sistemas quaisquer, sem considerar seu fabricante. Surgem as
arquiteturas para interconexão de sistemas abertos: a Arquitetura Internet,
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desenvolvida por pesquisadores patrocinados pelo Departamento de Defesa dos Estados


Unidos, e a Arquitetura OSI (Open Systems Interconnection) desenvolvida pela
comunidade internacional sob a coordenação da ISSO (International Standards
Organization).

• Organizações de padronização
 Modelos de referência
• Modelo OSI
• Arquitetura IEEE 802
• Arquitetura TCP/IP
• Comparação entre os modelos

• Conjunto de regras para interligar equipamentos.


• Grandes fabricantes com soluções proprietárias para a interconexão de seus
equipamentos:

• IBM - System Network Architecture (SNA)


• DEC - Digital Network Architecture (DNA)

• É preciso interligar essas soluções proprietárias.

Motivações

• Preservação de investimentos - segurança de continuidade e de integração com


tecnologias novas.

• Mais fabricantes – Mercado mais competitivo, preço menor e maior qualidade.

Organizações de padronização
• Determinam normas e padrões para a indústria.
• Internacional:
o ISO (International Standards Organization)
o ITU-T (International Telecommunications Union

• Nacionais:
• ANSI (EUA)
• EIA (indústria eletrônica)
• TIA (indústria de telecomunicações)
• IEEE (engenheiros elétricos e eletrônicos)
• ABNT (Brasil)
• BSI (Inglaterra)
• DIN (Alemanha)

Modelos de referência

• Modelo OSI
• Open Systems Interconnection – ISO 7498 RM-OSI/ISO
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• Arquitetura IEEE 802


• Implementação para as camadas inferiores.
• Padrão ISO.

• Arquitetura TCP/IP
• Desenvolvido pela DARPA (órgão do Departamento de Defesa dos EUA).
• Padrão de fato.
• Arquitetura baseada no modelo de inter-redes.

Arquitectura de rede é como se designa um conjunto de camadas e protocolos de rede.


A especificação de uma arquitectura deve conter informações suficientes para permitir
que um implementador desenvolva o programa ou construa o hardware de cada camada,
de forma que ela obedeça corretamente ao protocolo adequado.

• Arcnet:
• Ethernet: é uma tecnologia de interconexão para redes locais baseada no envio
de pacotes.
• Token ring
• FDDI
• ISDN
• Frame Relay
• ATM
• X25
• SENAC
• DSL

A tarefa de permitir a comunicação entre aplicações executando em máquinas distintas


envolve uma série de detalhes que devem ser cuidadosamente observados para que esta
comunicação ocorra de maneira precisa, segura e livre de erros. Por exemplo, detalhes
de sinalização dos bits para envio através dos meios de transmissão; detecção e correção
de erros de transmissão (pois a maioria dos meios de transmissão são passíveis de
interferências); roteamento das mensagens, desde sua origem até o seu destino, podendo
passar por várias redes intermediárias; métodos de endereçamento tanto de hosts quanto
de aplicações; cuidar da sintaxe e semântica da informação, de modo que quando uma
aplicação transmite um dado do tipo inteiro, a aplicação destino possa entendê-lo como
do tipo inteiro; etc.

Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes de computadores são


estruturadas em camadas ou níveis, onde cada camada desempenha uma função
específica dentro do objetivo maior que é a tarefa de comunicação. As camadas são
construídas umas sobre as outras e cada camada oferece seus serviços para as camadas
superiores, protegendo estas dos detalhes de como os serviços oferecidos são de fato
implementados.

O Modelo ISO/OSI

Os fabricantes só ofereciam Sistemas Proprietários


46

Em meados dos anos 70, havia no mercado poucos fabricantes de computadores e a


IBM o dominava com os seus mainframes e seus sistemas proprietários. A rede da IBM
somente conectava equipamentos IBM, para o produto de outro fabricante conectar-se à
rede IBM era necessária a simulação de um equipamento IBM.

Com a necessidade de descentralização do processamento surgiram, como solução, os


mini computadores e mais fabricantes entraram no mercado. A ligação desses mini
computadores em rede foi tornando-se cada vez mais necessária, mas cada fabricante
tinha a sua solução proprietária e só comunicavam entre si. Não havia
interoperabilidade entre os fabricantes.

A exigência do mercado – Interoperabilidade

Era necessária a especificação de um padrão de direito por meio de um organismo


internacional de padronização. No início dos anos 80, o ISO (International Organization
for Standardization) lançou o modelo de referência OSI (Open System Interconnect),
para a interoperabilidade entre sistemas. O governo dos USA emitiu o GOSIP
(Government Open System Interconection Profile), no qual especificava que todas as
compras de informática do governo americano deveriam obedecer ao Modelo OSI,
fazendo com que os fabricantes desenvolvessem produtos nesse modelo,
proporcionando a interoperabilidade entre os fabricantes. As especificações do modelo
OSI é um padrão aberto, ou seja, está disponível para todos os interessados.

O Modelo em Camadas Independentes

O modelo OSI define 7 camadas e cada uma é responsável por um grupo de serviços.
Cada camada se comunica apenas com a próxima camada inferior e superior de forma
padronizada, possibilitando a implementação independente dos serviços em cada uma
dela. As camadas agem como se estivessem comunicando com a sua camada associada
no outro computador. Um fornecedor pode especializar-se em um serviço de uma
camada e facilmente integrar com os serviços das outras camadas formando a solução
necessária.

Camada 1 - Física

É a camada de mais baixo nível. Ela define as especificações elétricas, mecânicas e


funcionais para ativar, manter e desativar a ligação física entre dois computadores em
rede. Especifica as características físicas como o tipo de cabo, a codificação dos sinais,
conectores e limitações de distância e velocidade.
É responsável pela transmissão de bits de um computador para outro através de um
meio físico, transformando os bits em impulsos elétricos ou ópticos para que possam
trafegar no cabo de rede.

Camada 2 - Enlace
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É a interface entre a camada física e a camada de rede. Transforma os pacotes em


frames e coloca o Header de Enlace ou vice-versa. O Header de Enlace contém
informações para que o pacote chegue ao destino e sejam restaurados os pacotes
originais, além de definir as características da rede e do protocolo.
• O endereço físico é como os equipamentos são endereçados na camada 2 -
enlace.
• A topologia da rede é como os equipamentos são fisicamente conectados em
forma de um barramento, anel ou estrela.
• A notificação de erro alerta as camadas superiores à ocorrência de um erro de
transmissão.
• O sequenciamento de frames reordena os frames transmitidos fora da sequência.
• O controle de fluxo mantém a transmissão em um nível de tráfego que o receptor
consegue manipular.

Camada 3 - Rede

Endereça mensagens, traduz endereços lógicos e nomes em endereços físicos. Executa o


roteamento, determinando qual o melhor percurso do computador de origem ao
computador de destino, baseado nas condições de rede, prioridade do serviço e outros
fatores.
Gerencia o tráfego da rede, controlando os congestionamentos de dados, transferência
de pacotes e problemas de roteamento. Quando necessário, quebra os segmentos de
dados em pacotes menores para transmiti-los pela rede e reagrupa os pacotes ao chegar
ao destino.

Camada 4 – Transporte

Fornece um serviço de transporte confiável de dados que é transparente para as camadas


superiores: sessão, apresentação e aplicação.
Essa camada assegura que os dados entregues estejam livres de erros, em sequência e
sem perdas ou duplicações. Recoloca as mensagens em segmentos, dividindo
mensagens longas em vários segmentos menores ou agrupando mensagens pequenas em
um segmento, para que sejam eficientemente transmitidos na rede.

Camada 5 - Sessão

Estabelece, gerencia e encerra sessões de comunicação, que consiste de requisições e


respostas do serviço entre duas aplicações localizadas em dois computadores em rede.
No diálogo para estabelecer a sessão são acordadas as características da comunicação
como: qual lado transmite, quando, durante quanto tempo e assim por diante.
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Essa camada fornece a sincronização das tarefas dos usuários, colocando pontos de
controle de fluxo de dados para que em caso de falhas de comunicação na rede, somente
os dados posteriores ao último ponto de controle terão que ser retransmitidos.

Camada 6 - Apresentação

Fornece as funções de formato dos dados como o tipo de codificação e conversão de


dados, incluindo compressão / descompressão e criptografia/ descriptografia.
Os dados são representados por formatos adequados para cada tipo de dado ou
aplicação. Por isso temos vários formatos utilizados para texto, imagem, sons e vídeo
que podem ser convertidos conforme são transmitidos de um computador para outro
dentro da rede.

Exemplo: temos computadores que trabalham com o sistema de representação de texto


denominado de EBCDIC e outros que trabalham com ASCII, esta camada faz a
conversão de EBCDIC para ASCII e vice versa, conforme necessário. O mesmo
acontece com os padrões de imagem gráfica como GIF (Graphics Interchange Format),
JPEG (Joint Photographic Expert Group) e TIFF (Tagget Image File Format).

A camada 7 – Aplicação

É a camada mais alta e atua como uma janela para processos do aplicativo que acessam
os serviços da rede. Representa os serviços de suporte direto ao aplicativo do usuário,
como os serviços de transferência de arquivo (FTP File Transfer Protocol, FTAM File
Transfer, Access and Management), acesso ao correio eletrônico (SMTP Simple Mail
Transfer Protocol), e demais serviços de rede.

Esta camada oferece à aplicação, o acesso geral aos serviços de rede, permitindo o
acesso às funções de comunicação, de controle do fluxo e de recuperação de erros ao
nível do aplicativo.

Resumo

A Rede é a ligação de computadores para compartilhar recursos e interligar os usuários.


O Modelo ISO/OSI é um modelo de referência para a interoperabilidade de sistemas.
Definem sete camadas independentes, cada camada comunica-se somente com as
camadas inferior e superior e age como se estivesse comunicando com a camada
equivalente no outro sistema.
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