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O que é norma jurídica¿

Norma é uma regra de conduta, podendo ser jurídica, moral, técnica, etc. Norma jurídica é uma regra de
conduta imposta, admitida ou reconhecida pelo ordenamento jurídico. Norma e lei são usadas comumente
como expressões equivalentes, mas norma abrange na verdade também o costume e os princípios gerais do
direito. Há quem distinga norma de lei: a lei seria o ato que atesta a existência da norma que o direito vem
reconhecer como de fato existente, ou das formas da norma. O art. 2º da Lei de Introdução ao C. Civ. alemão
diz: "Lei, no sentido do C. Civ. e desta lei, é toda norma de direito". Os autores franceses quase não empregam
a expressão norma jurídica, preferindo falar em regra de direito. A classificação das normas jurídicas apresenta
uma grande variedade entre os autores: primárias, secundárias, gerais, individualizadas, fundamentais,
derivadas, legisladas, consuetudinárias, jurisprudenciais, nacionais, internacionais, locais, de vigência
determinada ou indeterminada, de direito público ou privado, substanciais, adjetivas, imperativas, supletivas,
de ordem pública, repressivas, preventivas, executivas, restitutivas, rescisórias, extintivas, constitucionais,
federais, estaduais, municipais, ordinárias, complementares, negociais, de eqüidade, positivas, de organização,
de comportamento, instrumentais, preceptivas, proibitivas, permissivas, particulares, autônomas, rígidas,
elásticas, formais, materiais, construtivas, técnicas, etc. Duguit fez uma famosa distinção: regra de direito
normativa ou norma jurídica propriamente dita, que determina uma ação ou abstenção, e regras de direito
construtivas ou técnicas, que asseguram a aplicação das regras normativas. V. natureza da norma jurídica.
Todos os ramos do direito apresentam normas próprias. Assim é que se fala em norma civil, constitucional,
administrativa, tributária, comercial, processual, penal, internacional, trabalhista, etc.

Função norma jurídica

Três são as principais posições dos estudiosos nesta matéria: a absoluta, em que se considera o poder como
um valor absoluto do qual são deduzidos todos os outros, sendo jurídica toda norma promulgada pelo poder
estatal; a relativa, para a qual a norma jurídica tem sempre uma validez individual e concreta, já que não se
conhecerá jamais a essência da justiça, e como o direito não pode ficar ao sabor das opiniões e interesses
individuais, é necessário a intervenção do poder público para estabelecer o que é o direito, o que é o jurídico
em cada momento; a transformista, que, partindo do pressuposto de ser o direito um permanente
compromisso entre liberdade e segurança, não o considera como a expressão de um valor absoluto ou de um
saber jurídico verificável em cada hipótese concreta, mas como um produto de prudente combinação de fatores
sócio-científicos, fáticos e axiológicos, circunstanciais, conveniências e oportunidades, que não fazem da norma
jurídica um modelo definitivo. Para esta última posição, a norma jurídica é em si mesma um fator de
transformação social, porque provoca novas normas que surgem de acordo com a mudança dos fatos e valores,
através de um processo histórico-dialético, como explica a teoria tridimensional do direito (V.). B. - Pablo Lopez
Blanco, La ontologia juridica de Miguel Reale. Saraiva ed. S. Pau, 1975.

Destinatários da norma e jurisdicionalização da vida

Se a regra fosse sempre um comando, os destinatários teriam sempre de existir. A


própria lei se refere a “pretensos” destinatários da norma. Na Lei de Introdução ao
Código Civil Brasileiro, art. 5º, o destinatário da norma é o juiz: Na aplicação da lei, o
juiz atenderá os fins sociais do direito e às exigências do bem comum.

Segundo a tese da Escola do Direito Livre: nenhuma solução é atingida sem a


intervenção do juiz.

A crítica a essa "jurisdicionalização da vida" e à Escola do Direito Livre sustenta que o


processo judiciário é um “estado patológico” da relação jurídica. Na maioria das vezes
os particulares resolvem o caso sem a intervenção do juiz.

Abstração

O abstrato opõe-se ao concreto. Eventos futuros:

Quando se fala da abstração como característica da regra jurídica quer-se


normalmente dizer que os fatos e as situações previstas pela regra não hão de estar já
verificados; são fatos ou situações que de futuro se prevê que sobrevenham. (Ascensão)
Se determinarmos que se registrem “todas as armas já adquiridas” há generalidade mas
não abstração; se determinarmos que se registrem “todas as armas quando adquiridas”
há generalidade e abstração.

A abstração não é uma característica da regra jurídica porque:

 A hipótese abrange fatos ou situações, e estas últimas não são eventos, mas
estados que já podem se verificar.
 Há regras jurídicas retroativas, que não tem qualquer abstração (ex. sucessão de
leis).
 O preceito contratual, que não é regra jurídica (ver item 287), tem abstração e
não generalidade.

No Direito a “abstração” só existe como sinônimo (incorreto) de “generalidade”.

A imperatividade é uma característica essencial, pois a norma, para ser cumprida e observada por todos,
deverá ser imperativa, ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da
vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida.

A coercibilidade, por fim, pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles
que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica,
desetimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o resultado do
efetivo descumprimento. Pode-se dizer que a Ordem Jurídica também estimula o cumprimento da
norma, que se dá pelas sanções premiais. Essas sanções seriam a concessão de um benefício ao
indivíduo que respeitou determinada norma.

Como deve ser contruida uma nomra jurídica

o ordenamento jurídico não é, portanto, um sistema jurídico de normas igualmente


ordenadas, colocadas lado a lado, mas um ordenamento escalonado de várias camadas
de normas jurídicas”[2].

Em virtude dessa estrutura escalonada, é possível qualificar as regras jurídicas como


superiores (quando elas conferem validade a outras) e inferiores (quando elas recebem
sua validade de outras normas). As normas jurídicas, portanto, não são superiores ou
inferiores em si mesmas, mas superiores ou inferiores umas em relação às outras. Por
exemplo, a constituição é superior às leis, que são inferiores à constituição mas
superiores aos contratos. Já os contratos são inferiores às leis mas superiores às
sentenças judiciais que lhe dão cumprimento. Assim, com exceção da constituição (que
sendo a norma mais alta do direito positivo não possui no ordenamento jurídico
nenhuma regra superior) e das regras mais específicas da base do sistema (que não
conferem validade a outras normas, mas apenas a atos que lhe dão execução), as normas
são simultaneamente superiores a algumas regras e inferiores a outras.

Para facilitar a compreensão dessa estrutura escalonada do ordenamento jurídico é


bastante comum utilizar a metáfora da pirâmide. Por vezes chega-se mesmo chamar
essa estrutura do ordenamento de pirâmide de Kelsen, mas a metáfora da pirâmide, além
de ser anterior à Teoria Pura do Direito (pois remonta ao menos à Jurisprudência dos
conceitos de Puchta), em momento algum é utilizada pelo próprio Kelsen. De qualquer
forma é didaticamente útil a afirmação de que as normas jurídicas se organizam tal
como se fossem dispostas em uma pirâmide formada por uma série de estratos. No topo,
encontram-se as normas de maior hierarquia e generalidade e cada escalão inferior é
formado por normas mais específicas e de menor grau hierárquico. Construída essa
estrutura, podemos falar em normas superiores e normas inferiores, sendo que a
validade da norma inferior é sempre derivada da validade da norma superior

o ordenamento jurídico não é, portanto, um sistema jurídico de normas igualmente


ordenadas, colocadas lado a lado, mas um ordenamento escalonado de várias camadas
de normas jurídicas”[2].

Em virtude dessa estrutura escalonada, é possível qualificar as regras jurídicas como


superiores (quando elas conferem validade a outras) e inferiores (quando elas recebem
sua validade de outras normas). As normas jurídicas, portanto, não são superiores ou
inferiores em si mesmas, mas superiores ou inferiores umas em relação às outras. Por
exemplo, a constituição é superior às leis, que são inferiores à constituição mas
superiores aos contratos. Já os contratos são inferiores às leis mas superiores às
sentenças judiciais que lhe dão cumprimento. Assim, com exceção da constituição (que
sendo a norma mais alta do direito positivo não possui no ordenamento jurídico
nenhuma regra superior) e das regras mais específicas da base do sistema (que não
conferem validade a outras normas, mas apenas a atos que lhe dão execução), as normas
são simultaneamente superiores a algumas regras e inferiores a outras.

Para facilitar a compreensão dessa estrutura escalonada do ordenamento jurídico é


bastante comum utilizar a metáfora da pirâmide. Por vezes chega-se mesmo chamar
essa estrutura do ordenamento de pirâmide de Kelsen, mas a metáfora da pirâmide, além
de ser anterior à Teoria Pura do Direito (pois remonta ao menos à Jurisprudência dos
conceitos de Puchta), em momento algum é utilizada pelo próprio Kelsen. De qualquer
forma é didaticamente útil a afirmação de que as normas jurídicas se organizam tal
como se fossem dispostas em uma pirâmide formada por uma série de estratos. No topo,
encontram-se as normas de maior hierarquia e generalidade e cada escalão inferior é
formado por normas mais específicas e de menor grau hierárquico. Construída essa
estrutura, podemos falar em normas superiores e normas inferiores, sendo que a
validade da norma inferior é sempre derivada da validade da norma superior

o ordenamento jurídico não é, portanto, um sistema jurídico de normas igualmente


ordenadas, colocadas lado a lado, mas um ordenamento escalonado de várias camadas
de normas jurídicas”[2].

Em virtude dessa estrutura escalonada, é possível qualificar as regras jurídicas como


superiores (quando elas conferem validade a outras) e inferiores (quando elas recebem
sua validade de outras normas). As normas jurídicas, portanto, não são superiores ou
inferiores em si mesmas, mas superiores ou inferiores umas em relação às outras. Por
exemplo, a constituição é superior às leis, que são inferiores à constituição mas
superiores aos contratos. Já os contratos são inferiores às leis mas superiores às
sentenças judiciais que lhe dão cumprimento. Assim, com exceção da constituição (que
sendo a norma mais alta do direito positivo não possui no ordenamento jurídico
nenhuma regra superior) e das regras mais específicas da base do sistema (que não
conferem validade a outras normas, mas apenas a atos que lhe dão execução), as normas
são simultaneamente superiores a algumas regras e inferiores a outras.

Para facilitar a compreensão dessa estrutura escalonada do ordenamento jurídico é


bastante comum utilizar a metáfora da pirâmide. Por vezes chega-se mesmo chamar
essa estrutura do ordenamento de pirâmide de Kelsen, mas a metáfora da pirâmide, além
de ser anterior à Teoria Pura do Direito (pois remonta ao menos à Jurisprudência dos
conceitos de Puchta), em momento algum é utilizada pelo próprio Kelsen. De qualquer
forma é didaticamente útil a afirmação de que as normas jurídicas se organizam tal
como se fossem dispostas em uma pirâmide formada por uma série de estratos. No topo,
encontram-se as normas de maior hierarquia e generalidade e cada escalão inferior é
formado por normas mais específicas e de menor grau hierárquico. Construída essa
estrutura, podemos falar em normas superiores e normas inferiores, sendo que a
validade da norma inferior é sempre derivada da validade da norma superior

http://www.arcos.org.br/livros/hermeneutica-juridica/capitulo-v-neopositivismo-juridico/2-a-
teoria-pura-do-direito/aa

pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jurídica –

www.elfez.com.br/elfez/Normajuridica2.html -

pt.wikipedia.org/wiki/Regra_jurídica –

www.jurisway.org.br

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