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A ESCOLA SUECA

HISTÓRIA

Não nos é possível determinar, com exatidão, as origens da ginástica, pois, desde que o
homem surgiu na face da Terra, vem praticando exercícios. Evidentemente, a atividade física
variava e adquiria características próprias de povo para povo, de civilização para civilização,
sob a influência de diversos fatores como, por exemplo, situação geográfica e política.

Como civilização, foram os gregos os primeiros a usarem um sistema organizado de


atividade física, no qual buscavam um desenvolvimento total das potencialidades físicas e
intelectuais, visando, por meio disto, melhor capacitação do cidadão para desempenhar seus
deveres como homem da sociedade. Gravações antigas encontradas na China, Pérsia e Egito
descrevem, algumas com palavras, outras com figuras, que os movimentos básicos da ginástica
eram praticados de forma empírica nesses locais. Muitos exercícios tinham a finalidade de
preparar os soldados para a guerra.

A palavra GINÁSTICA tem origem no vocábulo grego GYMNOS, que significa “nu”,
refletindo a forma com que os gregos praticavam exercícios físicos. Literalmente, a ginástica
significa “arte desnuda”.

Após os gregos, o período mais importante foi a era romana. Dentro das atividades
físicas, os romanos, por serem um povo guerreiro e conquistador, utilizavam-se da atividade
física como preparação dos seus soldados, voltados para a conquista militar. O importante nesta
fase é que duas provas de ginástica artística disputadas até hoje parecem ter sua origem no
treinamento físico romano: o salto sobre o cavalo e o cavalo com alças. A diferença maior é que
os aparelhos eram de madeira com a forma de cavalos reais, e os soldados deles se utilizavam
para aprimorar suas habilidades de cavaleiros.

Na Idade Média, alguns exercícios eram praticados com o intuito de entretenimento. Foi
no Renascimento, com idéias de renovar o vigor físico e a saúde, que surgiu o magnífico livro
entitulado: “Arte Ginástica”, escrito por Mercurialis (1530/1606), famoso médico italiano, hoje
conhecido como um dos precursores da ginástica moderna. Ainda nesta época persistiam
também os objetivos militaristas, para a segurança dos senhores feudais e suas terras.

Após a Idade Média, desenvolveram-se sistemas de educação física, buscando suprir as


necessidades de seus povos. A ginástica artística, como é praticada hoje, teve seu início nos fins
do século XVIII, por causa do renascimento da prática da educação física nos meios escolares.
Os líderes deste movimento, que buscava inserir aulas de ginástica nas escolas eram: JEAN-
BERNARD BASEDOW (1723/1790), fundador de um ginásio na Alemanha, JOHANN-
CRISTOPH GUTS MUTHS (1759/1839), autor de “Gymnastic fur Jugend” e GERHARDE
VIETH (1763/1836) na Alemanha; e JOHANN PESTALOZZI (1746/1827) na Suíça.

Os líderes, porém, que mais influenciaram a ginástica artística foram, sem dúvida, o
alemão Jahn e o sueco Ling. FRIEDRICH LUDWIG JAHN (1778/1852) nasceu em Lanz, NAS
CERCANIAS DE Lenzen, uma aldeia de Brandemburgo (norte da Alemanha), e serviu o
exército prussiano. Em 1811, criou uma escola de ginástica perto de Berlim. Ele é conhecido
como o “Pai da Ginástica” (Turnvater), porque iniciou um movimento de união (“verein”) da
ginástica (“turn”), o qual denominou “Turnverein” (Sociedade da Ginástica). Jahn foi o
idealizador da barra fixa, das barras paralelas, cavalo com alças, trave de equilíbrio, aparelhos
de salto sobre o cavalo e subida em corda lisa.

PEHR HENRICK LING (1776/1839) introduziu seu sistema de educação física na


Suécia. Preconizava o objetivo de dar exercícios físicos para um número maior de praticantes
(massificação), a começar pelas escolas. Ling é considerado o “Pai da Escola Sueca”, em
virtude de seu sistema baseado nos estudos de anatomia e fisiologia, que buscavam fins mais
terapeuticos. A escola sueca exerceu grande influência nos demais países da Europa Ocidental e
Central. Ling fez ressaltar a grande importância de se dar pontos de apoio para o corpo humano,
para que ele pudesse exercitar-se e não usá-lo como instrumento.

Outras escolas apareceram, e tiveram grande influência na ginástica artística. Na escola


suíça, fundada por PHOCION CLIAS (1782/1854), muito parecida com a escola alemã, a
ginástica enraizou-se profundamente, e até hoje vemos a grande importância da Federação Suíça
de Ginástica. Nas tradicionais festas nacionais da Suíça, já se viam provas de atletismo e
ginástica. Clias emigrou para a França, e levou consigo a invenção do trapézio e a
responsabilidade do ensino da ginástica naquele país. Lá, ele encontrou a escola francesa de
ginástica, graças ao trabalho de FRANCISCO AMOROS Y ONDEANO (1769/1849), espanhol,
naturalizado francês (o fundador da ginástica na França). No seu “Manual de Educação e
Moral”, Amoros idealizou uma nomeclatura completa para os alunos e professores sobre
anatomia, fisiologia, música e um método adaptável à ginástica civil, industrial, militar e
médica. Amoros foi um grande admirador de Pestalozzi (1746/1827) e, como tal, via na
ginástica poderoso instrumento pedagógico e um meio de observação psicológica dos alunos.
Após Amoros, Napoleon Laisné introduziu, em 1869, a ginástica nas escolas de Paris. Na sua
obra “Ginástica Prática”, fez ressaltar uma nomeclatura precisa de todos os exercícios realizados
com ou sem implementos, e criou normas pedagógicas para que a ginástica pudesse atender a
todos, meninos, jovens e adultos.

Outra escola que merece destaque é a da Tchecoslováquia. Seu criador foi o atleta,
famoso naquele país, MIROSLAV TYRS (1862/?). Para Tyrs, saúde, força e beleza eram três
palavras que reuniam o seu ideal, em matéria de educação. Com este trabalho conseguiu
sensibilizar o povo tcheco, e com isso levou a população a fazer demonstrações com até
200.000 participantes.

O período seguinte, compreendido entre 1875 e 1935, corresponde à divulgação das


escolas pelo mundo e sua implantação na Europa Ocidental e Central. E foi ali, no seio das
sociedades ginásticas, que nasceram os primeiros educadores físicos. Já havia surgido na França
a mais antiga das federações: a UNIÃO DE SOCIEDADE GINÁSTICA FRANCESA (1833),
que é antecessora da atual Federação Francesa de Ginástica. Em 1875 iniciou-se, ainda na
França, a construção de ginásios próprios para a prática da ginástica. Em 1881 surgiu a FIG
(Federación Internacionale de Gymnastique), fundada na cidade de Chiasso, na Suíça. Deste
modo, a partir de então conseguiu-se reunir um número cada vez maior de países importantes e
comandar, assim, os Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais.

Convém ressaltar que, até este ano, o Brasil não havia participado de nenhuma
Olimpíada. Porém, com a recente criação da C.B.G. (Confederação Brasileira de Ginástica) o
Brasil foi convidado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e pela F.I.G. a participar das
próximas Olimpíadas (Moscou), com um ginasta e uma ginasta. No Brasil a ginástica teve início
com a colonização alemã, em 1824, no Rio Grande do Sul, sendo utilizada como forma de lazer.
As primeiras competições tiveram início em 1896, no mesmo estado. Em 1938 a 2ª Guerra
Mundial deu fim a essas competições, que só vieram a reerguer-se anos mais tarde. Destacamos,
entre as considerações históricas os pontos:

- 1881 (Suíça) - Criação do Comitê Permanente das Federações Européias de Ginástica, que, a
partir de 1921, passou a se chamar FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA (FIG)

Referência:

http://www.birafitness.com/ginastica_olimpica/historia.htm

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