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c POR OJR BENTES

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O ensino da leitura está num meio de contradições onde o grande prejudicado é o
cidadão quando na verdade deveria ser o centro das atenções.

Hoje, dado o papel fundamental da escola e da escolarização no letramento, na


aprendizagem e no desenvolvimento do indivíduo, enquanto cidadão ativo, ninguém admite
que o professor, figura central nesse processo, não assuma o seu papel. Entretanto, esse papel
se reduz muitas vezes ao de fornecedor de estímulos para elucidação de automatismo dentro
das mais pobres concepções behavioristas.

Sabemos, que o bom leitor é aquele que lê muito e que aprende a gostar de ler, e
concordamos em que o caminho p/ chegar a um bom leitor consiste em ler muito. Entretanto,
insiste-se na escola, na utilização de apenas um tipo de texto, o texto didático, assim expondo
o indivíduo ao que há de mais inconsistente, incoerente e incompreensível em matéria de
textos.

Aprender a ler não requer nenhum talento especial por parte do aprendiz. Assim todo
indivíduo que aprendeu a falar tem, também, em si, desenvolvida a capacidade para aprender
a ler e mais que isso desenvolver ao máximo o processo da leitura.

Pode acontecer que um indivíduo decida que não vale a pena o esforço dessa
aprendizagem. Ressaltamos varias razoes. Uma delas pode ser uma falta de motivo para
aprender a ler, tal como esta prática é concebida.

O indivíduo aprende a ler simplesmente tomando destas universas instâncias de


condutas observáveis de leitura e de escrita, fazendo abstrações complexas e generalizando a
partir delas. O efeito da escola é maior ou menor segundo ajude ou estorve nesses processos
naturais de pensamento e aprendizagem.

O professor mediador da leitura é interprete de um mundo repleto de aventuras que


ajuda aos indivíduos alargarem as fronteiras do seu próprio mundo. Com incentivo ele
descobre, que a leitura lhe permite viver experiências diferentes de seu cotidiano; a trama do
texto faz-lhe experimentar sentimentos de alegria, tristeza, medo, angústia, encantamento
com essas leituras, o adulto ao chegar na escola já tem despertado o desejo de ler, que é o
suporte necessário do aprender a ler; previamente à entrada no ambiente escolar,
socialmente, a necessidade de ler e uma concepção sobre a leitura são constituídas.

O ensino tradicional obrigou as crianças a reaprender a produzir os sons da fala,


pensando que, se eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num
sistema alfabético, ou seja, a ênfase colocada pelo método na subordinação da escrita em
relação a fala pode inclusive confirmar para algumas crianças e adolescentes a inutilidade do
sistema de representação escrito.

Se as crianças podem falar tudo o que escrevem; se a escrita aparece com um mero
substituto ou um registro de sua fala, para que dispender esforço para aprender? Logo as
crianças que aprenderam que ler pode si tornar um ato prazeroso pensando que vão aprender
a ler e a escrever a fim de resolver situações específicas em que a leitura ou a escrita está
envolvida, essas crianças são submetidas pela escola a uma análise da escrita.

Acima de tudo, ler significa refletir, pensar estar a favor ou contra, comentar, trocar
opinião, posicionar-se enfim, exercer desde sempre a cidadania.

Sabemos que o sistema escolar é concebido de tal forma que se pratica,


implicitamente, a seletividade social. Os indivíduos das camadas populares que vão à escola
com menos conhecimento da norma padrão e com menos oportunidades anteriores de se
envolver em diversos usos da leitura e escrita, não encontram na escola atividades que lhes
proporcionem esse conhecimento. Em conseqüência fracassam em proporções muito maiores
na alfabetização do que aqueles indivíduos que já dominam um dialeto mais próximo da
norma padrão e já tiveram oportunidades de encontrar a leitura e a escrita. Renovar a prática
pedagógica, estimulando a leitura prazerosa, eis um grande desafio.

Temos no presente estudo com o objetivo geral: ressaltar a importância da


continuidade e o desenvolvimento de aprendizagem da leitura, tendo em vista torná-la um
ato prazeros no contexto alfabetizador.

Dentre os objetivos específicos citamos: a) Destacar o papel do professor na aprendizagem


prazerosa da leitura; b) Sugerir a partir de um referencial teórico, estratégias para despertar
nos alunos o prazer no ato de ler.

- A LINGUAGEM E A IDÉIA DE MUNDO

Como cada indivíduo é o centro do seu próprio mundo, é através da linguagem que
colocamos em contato os nossos mundos. O mundo é um conjunto de coisas, de seres reais e
abstratos que existem no exterior e que os assimilamos e os introjetamos através das palavras.
O limite do nosso mundo vai até o limite das coisas que sabemos que existem, e mais que isso,
que estabelecemos um código, ou seja, uma palavra, para identifica-las. È por isso que, por
exemplo, para um índio sul-americano, um ornitorrinco, não faz parte do seu mundo, o mesmo
se sucede para um nativo australiano cujo boto amazônico não faz parte do mundo dele. Ainda
é por este mesmo motivo que em História é muito difícil fazer o aluno entender por que para
os europeus no século XIV, a América não fazia parte do ͞mundo͟. E logo vem a pergunta:
Professor a América já não estava aqui e os índios também, eles já não existiam? Como não
fazia parte do mundo?

A linguagem é o meio pelo qual nos seres humanos estabelecemos um contato com a
subjetividade dos outros. Por isso que tendemos a dizer que, cada um é o centrodo seu
próprio mundo, que cada pessoa é um mundo diferente, portanto ler é interpretar o mundo
do outro através da linguagem, é através dela que vemos o mundo dos outros, que mostramos
aos outros o nosso mundo interior. Quando lemos estamos indo ao pensamento do outro
buscando todos os significados. Quando estamos diante de um livro, as letras nos fazem
imergir no mundo do autor, não há nem um espaço rígido e nem um tempo fixo para esta
atividade. O hoje pode ser o século XVI ou a Pré-história, o aqui pode ser o Alaska ou o Saara.
Ler, é ler o pensamento do outro é entrar no quarto do outro na sala de estar, é literalmente
invasão de privacidade. As palavras, os gestos, a escrita revelam a nossa intimidade. Mostrar
para os outros o meu eu, é algo muito complexo, nós seres humanos tendemos a defender o
nosso mundo, quando não nos é conveniente dissimulamos, trocamos as palavras, usamos
sinônimos, usamos códigos que só aqueles que fazem parte do nosso grupo conseguem
decifrar

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- O PROCESSO DA LEITURA

É preciso compreender, o que é o processo da leitura.

Ler, entendido como a capacidade de extrair significações de símbolos lingüísticos


arbitrários e visuais, colocados ou produzidos no papel, na pedra ou em qualquer outra
substância. Tende a demonstrar que a leitura é a capacidade de extrair significação de chegar
ao significado, que esta por trás do significante, de qualquer tipo de representação visual, e
que por si reflete o mundo interior de cada indivíduo.

Compreendemos embasados em JONSHON e MYKLEBUST (1964, p.31) que ͞ler é associar


os símbolos impressos ou escritos graficamente (que são percebidos e integrados pela visão)
como símbolos auditivos conferindo-lhes um significado.͟ que a partir daí são introjetados
pelo cérebro. No momento da significação ocorre uma simbiose entre o mundo daquele que
produziu o texto e o mundo daquele que lê.

Qual a diferença entre falar e ler? Por que os alunos não são levados a refletir sobre isso?

Falar é pronunciar sons correlatos, ou não, com as idéias internas do mundo de quem
pensa, ler é internalizar um pensamento, uma idéia.

É interessante que a maiora dos alunos que teêm um baixo nível de desevolvimento de
leitura teêm o hábito de só ler em voz alta, não conseguindo ler em voz baixa e que quando
eles aprendem eles passam a dizer que é uma coisa estranha, por que facilmente eles se
perdem na leitura. Sempre os faço uma pergunta intrigante para eles: qual a função da vígula?
A resposta é imediata: para fazer uma pausa na leitura, e lhes pergunto em seguida: Como
fazer esta pausa numa leitura silenciosa, se a idéia que eles foram levados a acreditar era que
a vírgula era uma interrupição do som, da pronúncia, então lhe explico que a vírgula é uma
pausa ou uma quebra no pensamento ou seja no raciocínio.

Neste âmbito compreendemos que a complexidade da leitura é o resultado da


combinação de inúmeras aptidões que traduzem a hierarquia do desenvolvimento da
linguagem, desde o nascimento até a fase adulta.

A leitura envolve uma correlação entre um sinal visual e por conseguinte e um sinal
auditivo, ao mesmo tempo em que constitui uma reconstrução de significados, de d
i éias, de
um sentimento e de impressões sensoriais, é neste sentido que ler extrapola decodificar letra,
e se amplia tornando-se uma capacidade de perceber o todo; cores formas e tudo que estiver
envolvido da decodificação.

Em outros termos a primeira concepção do que entendemos por leitura é uma conexão
entre a linguagem falada e as formas escritas de linguagem, isto é, uma tradução das letras
impressas em equivalentes sonoros e em significados, algo que com o decorrer do tempo
deve ser aperfeiçoado.

Trata-se de um uma primeira etapa do processo cognitivo, em que ao mesmo tempo em


que se lê (decodificação visual) se dá um duplo reconhecimento: auditivo e outro significativo
ou semântico, que com o transcorrer da vida deve ser melhorado e ampliado.

Para aprender a ler a criança necessita decodificar as letras impressas utilizando uma
etapa do processo cognitivo que permite traduzi-las em termos de linguagem falada e em
termos de significações lingüísticas.

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    pois a leitura é um veículo de aprendizagem, o meio mais estruturado de atingir
conhecimento das diversas áreas do saber. O aluno, ao executar a atividade da leitura, passa a
conhecer e compreender as realizações humanas registradas de uma outra forma, através de
um código lingüístico e a aprender com se davam às relações humanas de outros lugares e
épocas, podendo, portanto, compartilhar o mundo do outro.

Nos seres humanos temos dois bons motivos para estudarmos em uma sala de aula:
aprendermos mais coisas em menos tempo, estes dois motivos se juntam para entendermos o
motivo existencial da educação formal, que é o de vivermos por mais tempo, então podemos
dizer que ler é existencial para nos seres humanos.

Compreende-se que aprender a ler no sentido amplo é possívele muito natural para todos
os seres inteligentes, e se entendermos o termo inteligente como sendo o de gente que
intelecta, chegamos a conclusão que todos nos seres humanos somos inteligentes desde que
nascemos, e que se nascemos sem nenhum defeito congênito somos seres inteligentes
normais, basta partir da realidade da criança e de seu pequeno mundo e convidá-la a falar a
respeito. Naturalmente será necessário obter a sua adesão e fazer com que ela se abra, se
solte. A fala que brotará dos seus lábios, será sua leitura de mundo. O seu meio de expressão
pode variar: a música, o canto, a dança, a expressão corporal, a mímica, o desenho, a pintura.
Uma vez que a leitura decodificadora dos signos lingüísticos padronizada por um povo é
introduzida no seu mundo, a criança terá, por certo, a sua leitura da realidade cada vez mais
ampliada conforme a metodologia de ensino aplicada.

Tenho uma vaga lembrança de um dia em que eu deixei de teimar com os adultos e decidi
que iria fala. Certa vez passei o dia inteiro sem me alimentar e quando foi a noite não
conseguia dormir de dor, meus pais por cansaço dormiram, sem me dar atenção, pela manhã
ao encontrar minha mãe pronunciei a seguinte frase: ͞mida͟. Certamente isto deve ter
acontecido comigo em relação à leitura. Certo dia por um motivo existencial decidi que iria ser
igual aos outros seres humanos e pronto, aprendi a ler.

ʹ COMO OS ADULTOS PODEM APRENDER A GOSTAR DE LER

Descreve-se que a criança introduz no seu mundo cognitivo o fantástico, do conto de


fadas, quando ainda é muito pequena, bem antes de entrar na escola. Com o passar do tempo
serve de estimulante para sua vida escolar.
A criança descobre esse mundo da leitura a partir do momento que ler através de rótulos,
placas, avisos luminosos, outdoors, propagandas na TV, ou seja, reconhecendo e
decodificando as palavras, e descobre que a leitura é uma convenção dos adultos e que se ela
deseja participar do mundo dos adultos, o quanto antes ela aprender melhor será para ela, no
sentido da aventura, de um novo mundo a ser descoberto. Esse tipo de perspectiva da leitura
desperta curiosidade no jovem leitor, através dela ele pode entrar em uma porta, como aquela
do guarda-roupa, que dá acesso a um mundo imaginário e fabuloso, servindo de super
estimulo.

Ao contar histórias o silêncio se instala diante de ouvidos curiosos e os olhos que ficam
atentos para não perder nenhuma palavra. O contador traz para perto dos leitores, histórias
nunca antes reveladas, por serem contadas oralmente.

A partir daí a leitura passa a ser vista como uma fonte de prazer, onde emoção e
participação estão sempre presentes. Ficou estabelecida uma comunicação entre leitor e
leitura. Esta leitura fala mais próxima aos ouvidos dos leitores.

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momento, quando a criança ainda não é fluente no prazer de ouvir, histórias em companhia de
amigos. Se em casa a criança não tiver usufruído a experiência de ver pais e familiares
entretidos na leitura, se pertencer a um ambiente onde absolutamente não há esse hábito,
nasce a possibilidade de uma rejeição ao ato da leitura.

Os adulos podem tornar-se bons leitores quando passarem a estar engajados em situações
onde a linguagem escrita a elas apresentada seja utilizada de forma significativa, ou seja,
através de materiais de leitura que eles possam relacionar com sua experiência e
conhecimento prévio, da mesma forma que aprendem a falar convivendo com pessoas que
utilizam uma linguagem significativa.

Neste âmbito, quando um adulto não encontra utilidade na leitura, o professor deve fornecer-
lhe outros exemplos. Quando um adulto não se interessa pela leitura, é o professor quem deve
criar situações mais envolventes. O próprio interesse e o envolvimento do professor com a
leitura servem como modelo indispensável, pois, ninguém ensina bem um adulto a gostar de
ler se não se é um bom leitor.

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Segundo Rocco, a leitura é uma atividade permanente da condição humana, uma
habilidade a ser adquirida desde cedo e treinada em suas várias formas. Lê-se para entender e
conhecer. Lê-se por prazer e curiosidade. Lê-se para aprender e ficar informado. Lê-se para
questionar e resolver problemas.

Sendo a mais geral das habilidades, a leitura acaba determinando o sucesso ou fracasso na
vida escolar. O mau domínio da leitura cria dificuldades para a escrita nas aulas de Português e
também nas de Matemática, pois a compreensão do texto é indispensável para entender o
enunciado dos problemas. E nas ciências humanas e exatas, para poder interpretar textos e
conceitos. Nem todos os jovens serão leitores habituais para o resto da vida, mas todos
deverão estar aptos a ingressar no mundo do trabalho e a exercer plenamente a cidadania o
que requer muita leitura e interpretação de textos.

Propõe-se que no mundo da leitura são muitas e diferentes as circunstâncias existentes e


por isso as pessoas produzem suas leituras de modo diversificado. Todas as formas de ler são
relevantes, devendo ser contempladas.

São muitos os gestos de leitura e diferentes os textos que circulam nas instituições e
grupos sociais. Obras teóricas, menos e mais complexas, juntam-se, em estantes de
residências e até em bibliotecas escolares, a manuais didáticos. Textos literários refinados
acabam convivendo com escritas voltadas ao puro entretenimento. Versões simplificadas de
obras que lhe deram vida. Alem de revistas, quadrinhos, jornais, os textos que aparecem na
mídia eletrônica estreitam mais e mais laços com os produtos tradicionais.

O mundo da leitura tem muitas facetas e para ampliar os limites do próprio conhecimento
faz-se necessário buscar diversão e descontração para chegar ao prazer do texto. Prazer que
resulta de um trabalho intenso, em diferentes níveis, que se instaura entre o leitor e sua
experiência ou conhecimento de mundo. A partir desse conhecimento de mundo o leitor vai
adquirindo hábitos e fazendo com que desenvolva leituras diversas.

Esse intercâmbio de leitura e conhecimento é fundamental para um aprendizado


qualificado.

V ʹ CRIANDO O HÁBITO DA LEITURA

Os indivíduos precisam de liberdade para se tornarem leitores. Essa foi a principal lição
aprendida pelas professoras da 3ª série do Colégio Evangélico Augusto Pestana, de Ijuí, no Rio
Grande do Sul. Duas atitudes fizeram toda a diferença: pela primeira vez os alunos foram
troçados por iniciativas mais criativas͟. Revista Nova Escola.

Compreende-se que a criança começa a analisar e aprender quando a liberdade passa a


ser componente fundamental e indispensável na sua vida e conseqüentemente tornar-se-á um
leitor crítico: capaz de raciocinar suas idéias.

Tomando como exemplo: os alunos da 3ª série do Colégio Evangélico Augusto Pestana, de


Ijuí, mudaram a maneira de levar aos alunos o gosto, o hábito pela leitura, levando-os à
biblioteca, incentivando-os a inventar histórias e personagens e a debater os livros em classe,
tudo com liberdade e escolha, começaram a descobrir o hábito e perceberam que estavam
plantando leitores em solo fértil. Uma nova forma de encaminhar as atividades de leitura fez
da sala de aula um ambiente natural e propiciou um interesse maior.

As crianças foram separadas em duplas e escrevendo palavras-chave sobre o assunto, com


plantas, animais, casa, ar, água, poluição, atmosfera, solo. Reciclagem, lixo e ecologia.

Procuraram livros na biblioteca de escola que tivessem ligação com as palavras anotadas.
Demonstravam um grande prazer na atividade, talvez porque estivessem se sentindo, pela
primeira vez responsáveis pela escolha.

As duplas trocaram idéias e optaram pela dramatização e os jovens leitores incorporaram


personagens. Foram avaliados com sucesso e esse foi o primeiro passo.

O passo seguinte foi a escolha de autores como Ziraldo e Ruth Rocha e cada classe ficou
com um deles.

Os alunos adoraram a idéia e passaram a ler outros livros desses autores e outros. Serviu
como experiência e estimulante de leitura, onde os focos narrativos, as histórias, os textos
produzidos por fatores essenciais.

À medida que a leitura for trabalhada é o que vai fazer a diferença, porque os alunos
gostam de escolhas próprias. E o fato do trabalho ter sido desenvolvido a partir do momento
que foram à biblioteca incentivou os alunos a outras visitas, oportunizando-os a livre escolha
de leitura.

Trabalhando dessa forma os alunos perderam o receio de escrever. Afinal já tinham o mais
importante, o personagem.

VI ʹ SITUAÇÕES ESTIMULADORAS DE LEITURA


Como professor pode ensinar a gostar de ler? Para essa tarefa deve-se colocar a liberdade
como princípio, ou seja, transformando a leitura numa atividade livre.

O material deve ser selecionado obedecendo a uma gradação e seqüência, de acordo com
a faixa etária, o gosto e a preferência dos alunos. Junto com a faixa etária e
independentemente dela, cumpre levar em consideração o desenvolvimento mental dos
alunos. Para facilitar o interesse, a aceitação, o prazer pela leitura, cumpre não esquecer a
correlação com o real, o contexto sócio cultual em que vivem.

Além disso, o material deve ser variado, com objetivos que vão fazer sentido (textos para
compreensão) a busca de informações ou instruções a seguir.

O conteúdo deve espraiar-se por assuntos variados e atividades múltiplas.

A forma deve diversificar-se no maior número de gêneros possíveis, desde que a


organização textual não impeça o acesso. As variedades de linguagem devem estar ao alcance
dos jovens leitores, tanto no vocabulário como na gramática. É preciso, porém, que aos
poucos, cada texto acrescente algo ao mundo dos alunos.

Neste contexto, os professores nada mais são do que incentivadores e mediadores de


leituras.

Selecionados os livros e/ou textos, convém que o professor os releia e reanalise uma vez
mais. Como critérios norteadores da escolha, aconselha-se evitar; textos que vinculem erros
científicos; textos exclusivamente moralistas e textos eivados de preconceitos raciais e/ou
religiosos.

Ressalta-se ainda de acordo com, NUNES, (1996,p:), que em vez de livros fáceis, adote
obras engraçadas, dramáticas, envolventes. De autores consagrados. Não se assuste se elas
tiverem muitas páginas ou um vocabulário novo para os alunos.

Livros muito simplificados e bobos são pobres de temática e de linguagem, não ocorrendo
o envolvimento do aluno.

Além do trabalho realizado em classe deve-se explicar aos alunos que eles devem ter em
casa hábito de ler para os filhos, amigos e mesmo os pais e mesmo de contar histórias já lidas
para eles.

Compreende-se que ler é fundamental para poder ensinar a ler. Dentre outros meios
pode-se ajudar a estimular a leitura como: contar histórias, incentivar a criação e o uso de
bibliotecas e cantinhos de leitura na sala de aula, porque na verdade não se forma um leitor
em escola sem livros.
Quando se oferece mais que uma opção de leitura deixando por exemplo o aluno escolher
o que ele quer ler, ou seja, com o rodízio de livros ou até mesmo se um colega indica, os
outros vão querer da mesma forma deixando o aluno livre para que ele leve o tempo que
quiser para ler.

Conscientizar-se que a idéia de que o aluno só ler se tiver de fazer provas, exercícios de
interpretação de textos ou se preencher fichas que vem dos próprios livros, desista da idéia e
em vez de fazer provas, incentivar a classe a escrever pequenos textos comentando as leituras
é uma opção que resultados maiores serão obtidos.

PRÁTICA:

1 ʹ Leitura de exploração ʹ preguiçosa

1.1 Observar as figuras e imaginar do que se trata o texto

Ler os tópicos e as legendas e relacionar com os textos.

Ler o parágrafo em que estiverem as palavras grifadas: em itálico, negrito e sublinhadas.

2 ʹ Leitura compartilhada: O professor lê e os alunos fazem a pontuação.

Com a sala de aula dividia ao meio o professor faz as equipes alternarem a leitura e a
pontuação.

O professor divide a sala por fila e alterna a leitura e a pontuação com a fila.

Se for possível o professor divide a sala em filas para elas alternarem a leitura e a
pontuação.

3 ʹ Inverter ʹ Primeiro a leitura compartilhada, depois a leitura preguiçosa.

OBS. O professor escolhe um guia para a leitura, este faz a pontuação e a leitura continua
por fila, depois da última fila, o guia lê e a turma faz a pontuação, o professor deve fazer a
avaliação desde.

4 ʹ Ditado ʹ O professor lê e os alunos copiam. Deve-se exigir o máximo de atenção, os


alunos não podem pedir para repetir, nem perguntar: O que? Para não atrapalha a
concentração, o professor oriente que se deve ter o máximo de atenção, e que eles
copiem as primeiras palavras que ouvirem, sem tentar memorizar todo o trecho. O
professor deve trabalhar no início com períodos curtos, o ideal é que o primeiro de nove a
quinze palavras, e assim ir aumentando o tamanho do período, da seguinte forma.

4.1 Ditado 3x3

4.2 Ditado 5x5

4.3 Ditado 10x10

4.4 Ditado 15x15

5 ʹ Super ditado
5.1 O professor lerá um texto que tenha de 45 a 60 palavras, pausadamente, de um texto que
os alunos já tenham estudado., pedindo que eles anotem aleatoriamente, após a leitura,
os trechos que eles acharam mais interessantes ou que façam mais sentido para eles, o
professor dará um tempo de 10 minutos, para que eles anotem e conversem entre si, o
professor dividirá a turma em equipes, por exemplo de 15, depois de 10, de 5 e de 3
alunos.

5.2 O professor fará o mesmo, agora com um texto de um capítulo novo.

5.3 O professor fará o mesmo das outras duas fazes, agora, individualmente por aluno.

6 - Avaliação

6.1 Avaliação pesquisada em circulo.

6.2 Avaliação pesquisada resolução do exercício do capítulo.

7 ʹ Apresentação de equipes.

VII ʹ CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos países desenvolvidos, os novos meios incrementam a leitura, enquanto que nos países em
desenvolvimento ela entra em crise. Sua aprendizagem se deteriora e o hábito de ler diminui.
Eis um desafio urgente para o professor: como estimular a leitura diante de tantos obstáculos?

Ler é um meio para encontrar resposta de que necessitamos ou um lazer, mais do que ensinar
a leitura o necessário é colocar em funcionamento um comportamento ativo, de construção
inteligente da sua própria dignidade e cidadania, de significação, motivada por um projeto
consciente e deliberado, e isso desde o próprio início das aulas e mesmo depois que elas saiam
da escola.

É nesse contexto que defendemos que, só podemos ensinar o processo ensino-aprender a


partir de objetivosos sociais bem definidos, concebidos para serem lidos e assimilados e não
simplesmente para ensinar a leitura, citando como exemplo os jornais, os outdoors, os mapas
rodoviários, os poemas, os álbuns, todos os objetos de real leitura, de real prazer.

Para que o professor possa efetivar a termo o processo de aquisição do hábito de ler com
prazer, recomendamos uma avaliação constante, observando e registrando todas as relações
dos alunos em relação aos textos lidos.
Concordamos com BARBOSA (1991, p.142), que o mais importante é que o jovem leitor
progrida na leitura e que encontre prazer e sentido, podem ser verdadeiros parceiros para
compreender o que é o ato de ler.

Consideramos oportuno enfatizar que as dicas de leitura no presente trabalho ressaltadas não
se pretendem acabadas, apenas pretende ajudar os interessados no tema supracitado a terem
um referencial teórico e metodológico de apoio à melhoria da prática educativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JONHSON, De MYKLEBUST, H. Learning Disabilities: Education Principles and Practices. Ed.


Grune e Stratton: N. York. 2a. Ed., 1964.

NUNES, Lygia Bojunga, Livro Objeto do Desejo, 1996, 33p.

VARGAS, Suzana. Leitura: Uma aprendizagem de Prazer. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993, 61
p.

PROPOSTA DE LEITURAMENTO - Prática

1 ʹ Leitura de exploração ʹ preguiçosa

6.3 Observar as figuras e imaginar do que se trata o texto

Ler os tópicos e as legendas e relacionar com os textos.

Ler o parágrafo em que estiverem as palavras grifadas: em itálico, negrito e sublinhadas.


7 ʹ Leitura compartilhada: O professor lê e os alunos fazem a pontuação.

Com a sala de aula dividia ao meio o professor faz as equipes alternarem a leitura e a
pontuação.

O professor divide a sala por fila e alterna a leitura e a pontuação com a fila.

Se for possível o professor divide a sala em filas para elas alternarem a leitura e a
pontuação.

8 ʹ Inverter ʹ Primeiro a leitura compartilhada, depois a leitura preguiçosa.

OBS. O professor escolhe um guia para a leitura, este faz a pontuação e a leitura continua
por fila, depois da última fila, o guia lê e a turma faz a pontuação, o professor deve fazer a
avaliação desde.

9 ʹ Ditado ʹ O professor lê e os alunos copiam. Deve-se exigir o máximo de atenção, os


alunos não podem pedir para repetir, nem perguntar: O que? Para não atrapalha a
concentração, o professor oriente que se deve ter o máximo de atenção, e que eles
copiem as primeiras palavras que ouvirem, sem tentar memorizar todo o trecho. O
professor deve trabalhar no início com períodos curtos, o ideal é que o primeiro de nove a
quinze palavras, e assim ir aumentando o tamanho do período, da seguinte forma.

9.1 Ditado 3x3

9.2 Ditado 5x5

9.3 Ditado 10x10

9.4 Ditado 15x15

10 ʹ Super ditado

10.1 O professor lerá um texto que tenha de 45 a 60 palavras, pausadamente, de um texto


que os alunos já tenham estudado., pedindo que eles anotem aleatoriamente, após a
leitura, os trechos que eles acharam mais interessantes ou que façam mais sentido para
eles, o professor dará um tempo de 10 minutos, para que eles anotem e conversem entre
si, o professor dividirá a turma em equipes, por exemplo de 15, depois de 10, de 5 e de 3
alunos.

10.2 O professor fará o mesmo, agora com um texto de um capítulo novo.

10.3 O professor fará o mesmo das outras duas fazes, agora, individualmente por aluno.

11 - Avaliação

11.1 Avaliação pesquisada em círculo.

11.2 Avaliação pesquisada resolução do exercício do capítulo.

7 ʹ Apresentação de equipes.

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