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Nome
Prof. -
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Engenharia Mecânica (EME - )
02/10/09
RESUMO
A utilização de fontes renováveis de energia tem estado em pautas em todos os níveis da sociedade,
e a cada dia elas estão sendo inventadas e aprimoradas para a utilização de fontes
“limpas” de energia. Os incentivos de governos e instituições internacionais têm feito
com que haja uma “corrida às tecnologias limpas”, para garantir não só a
estabilidade de muitas economias quando do fim do petróleo, mas também para tentar
reverter ou mesmo parar as complicações climáticas com crescentes desastres naturais
em todo o globo. Isto faz com que nós, futuros profissionais de engenharia sejamos a
“energia” necessária para desenvolver estas tecnologias e devemos a cada dia estar
habituados a entendê-las para melhor contribuir com o seu desenvolvimento. Dentre
estas energias, a Energia Eólica tem se destacado pela sua alta capacidade de
produção de energia elétrica com um custo/benefício bom não só economicamente,
mas também quanto aos impactos ambientais com a sua instalação que é simples.
Desta forma, veremos neste trabalho os prós e contras da utilização da energia eólica,
assim como os diversos equipamentos utilizados para transformar a energia do vento
em energia mecânica e esta em energia elétrica.
1 INTRODUÇÃO
Para entendermos a utilização da energia eólica, temos que antes conhecer os motivos que a
tornam uma “Energia Limpa” a após isso descobrir se a mesma é viável economicamente ou não,
pois mesmo que seja viável ecologicamente o fator custo pode pesar e muito quando da sua
concepção, se o seu rendimento não satisfizer os custos. Com a utilização da internet, vemos que a
energia eólica pode ser usada para uma série de aplicações, seja para inserção da energia fornecida
na rede elétrica, seja para ser armazenada em baterias ou menos para a utilização “in natura” em
moinhos de vento, a energia eólica é dimensionada conforme a aplicação e a disponibilidade de
vento. Estes fatores serão estudados com ênfase para termos uma base solida da sua concepção e
funcionamento.
2
3 PRINCÍPIOS BÁSICOS
A geração de energia mais simples possível tem três partes fundamentais, de acordo com o
site http://ambiente.hsw.uol.com.br/energia-eolica.htm:
1 - Pás do rotor: as pás são, basicamente, as velas do sistema. Em sua forma mais
simples, atuam como barreiras para o vento. Quando o vento força as pás a se mover,
transfere parte de sua energia para o rotor;
2 - Eixo: o eixo da turbina eólica é conectado ao cubo do rotor. Quando o rotor gira,
o eixo gira junto. Desse modo, o rotor transfere sua energia mecânica rotacional para o
eixo, que está conectado a um gerador elétrico na outra extremidade;
3 - Gerador: um gerador simples consiste em ímãs e um condutor. O condutor é um
fio enrolado na forma de bobina. Dentro do gerador, o eixo se conecta a um conjunto de
imãs permanentes que circunda a bobina e quando o eixo gira, estará induzindo tensão no
condutor. Quando o rotor gira o eixo, este gira o conjunto de imãs que, por sua vez, gera
tensão na bobina que produz tensão elétrica, pois ocorre uma diferença de potencial
elétrico devido à indução eletromagnética (disponível em
http://ambiente.hsw.uol.com.br/energia-eolica.htm, acessado em 10/10/2009).
Abaixo está uma descrição detalhada de cada um dos componentes de uma turbina eólica de
eixo horizontal, de acordo com o site http://www.ufjf.br/ppee/files/2008/12/211037.pdf.
AS PÁS E A AERODINÂMICA
As pás das modernas turbinas de geração de energia eólica são fabricadas em fibra de
carbono, que são matérias primas que provém da pirólise de materiais carbonáceos que produzem
filamentos de alta resistência mecânica usados para os mais diversos fins. A pirólise é a uma ruptura
da estrutura molecular original de um determinado composto pela ação do calor em um ambiente
com pouco ou nenhum oxigênio que ocorre pela ação de altas temperaturas. A fibra de carbono
possui propriedades que a torna perfeita para a aplicação em pás de geração de energia eólica, pois
não enferruja e tem excepcional resistência ao ambiente altamente agressivo, além da alta inércia
química e resistência às intempéries. Outro fator extremamente importante é que a fibra de carbono
não é condutora de corrente elétrica e por esse motivo não está sujeira a descargas elétricas quando
em operação.
As pás da turbina são parecidas com asas de avião, pois usam um desenho de aerofólio, onde
uma das superfícies da pá é um pouco arredondada, enquanto a outra é relativamente plana. O vento
se desloca sobre a face arredondada e a favor da pá precisa se mover mais rápido para atingir a
outra extremidade da pá a tempo de encontrar o vento que se desloca ao longo da face plana e
contra a pá, provocando um efeito conhecido como "empuxo. Como no desenho de uma asa de
avião, uma alta relação de empuxo/arrasto é essencial no projeto de uma pá de turbina eficiente. As
pás da turbina são torcidas, de modo que elas possam sempre apresentar um ângulo que tire
vantagem da relação ideal da força de empuxo/arrasto.
Diâmetro do Geração de
rotor (metros) potência (kW)
10 25
17 100
27 225
33 300
40 500
44 600
48 750
54 1000
64 1500
72 2000
80 2500
TABELA 01: Tamanho do rotor e geração máxima de potência.
DISPONÍVEL EM: http://ambiente.hsw.uol.com.br/energia-eolica.htm, acessado em 10/10/2009.
para desalinhá-las com o vento, ele as altera para gerar perda de eficiência aerodinâmica
(disponível em http://ambiente.hsw.uol.com.br/energia-eolica.htm, acessado em
10/10/2009).
Como visto a velocidade da pá não pode ser muito grande para não gerar falhas estruturais
na torre e na própria pá, podendo estas falhas resultar na queda da torre em ultimo caso.
O FATOR ECONÔMICO
investimento para uma grande turbina eólica, ou seja, o tempo necessário para gerar eletricidade
suficiente para compensar a energia consumida na construção e instalação da turbina, é de cerca de
três a oito meses, de acordo com a Associação Americana de Energia Eólica.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje a energia eólica tem um forte incentivo governamental, mas pode caminhar com as
suas próprias pernas podendo ser competitiva com as demais fontes de geração. Alguns países da
União Européia como a Alemanha e o Reino Unido já estabeleceram metas para a utilização da
energia eólica para algo em torno de 10% do seu consumo. Isto é um potencial que nós ainda
estamos muito longe de atingir, pois hoje a potência instalada no Brasil é de 250 MW, representado
ínfimos 0,25% da energia consumida no país. O potencial econômico por trás dessa energia tem
despertado interesse de muitas empresas e países, a exemplo da Dinamarca, que já produz 20% da
energia consumido no país através da força dos ventos. De acordo com cálculos do Ministério de
Minas e Energia feito em 2005, o potencial da energia eólica no Brasil é de 150 GW. Para efeitos de
comparação, a Usina de Itaipu produz 14 GW de energia. Todo este potencial está ai de graça
somente esperando para ser explorado.
6. REFERÊNCIAS