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Cuidados Básicos a Criança

Hospitalizada

Profª Maria Fernanda Cabral Kourrouski


Admissão da Criança no Hospital
 Momento crítico

 Experiência estressante para a criança e os


pais

 Ruptura dos vínculos afetivos com a família e


com o ambiente em que vive
Como a criança entende a
hospitalização?
 Castigo/ punição

 Abandono por parte dos pais

 Medos e fantasias relacionado ao hospital


Como é o comportamento da criança
frente a hospitalização?

 Reações emocionais intensas, como choro,


agressividade, inapetência, entre outros.

 Aceitação – crianças com condições crônicas

 Infantilização
Admissão da criança na unidade
hospitalar
 Assistência integral a criança
 Assistência integral a família
 Criar um clima de confiança entre a família e
a equipe de enfermagem

Segurança da família na equipe


Diminuir a ansiedade
Minimizar o estresse
Qual o papel do enfermeiro?
 Expressar compreensão
 Reconhecer as necessidades da criança e da
família
 Respeito
 Conhecimento da patologia, tratamento e
dos cuidados específicos de enfermagem
 Favorecer a adaptação da criança e família ao
ambiente hospitalar
Qual o papel do enfermeiro?

 Conhecimento do processo de crescimento e


desenvolvimento infantil

 Ter conhecimento da dinâmica familiar


Informações aos pais e criança
 Informações sobre a hospitalização, ambiente
hospitalar e procedimentos que a criança
poderá ser submetida
 Apresentar a unidade
 Rotinas da unidade
 Ressaltar a importância da presença dos pais e
da participação no cuidado
 Trazer brinquedos e objetos pessoais de casa
Processo de enfermagem
 Histórico de enfermagem:
a)Informações sobre a vida da criança:
- Nome, apelido
- Escolaridade da criança
- Pessoa que cuida
- Pessoa significativa
- Escolaridade e ocupação dos pais
- Irmãos
- Mudanças na dinâmica familiar
Processo de enfermagem
 Histórico de enfermagem:
b) Experiências de doença e hospitalização:
- Doenças anteriores
- Hospitalizações anteriores
- Conhecimento da criança e dos pais frente a
doença atual
- Reações da criança frente a doença e
hospitalização
- Medos da criança
- Reações da criança quando fica nervosa/irritada
- Como consolar
Processo de enfermagem
 Histórico de enfermagem:
c) Hábitos da criança:
- Brincadeira e lazer
- Alimentação
- Sono e repouso
- Higiene
- Eliminações fisiológicas
- Vivência espiritual
O que a hospitalização gera na
criança?
 Descontinuidade na satisfação das
necessidade biológicas, psicológicas e sociais.

Papel da enfermeira em relação aos


pais
 Escuta ativa – compreensão da situação do
filho e discutir os sentimentos.
 Quando os pais são atendidos participam
mais do cuidado e facilitam a atuação da
enfermagem
Problemas da família durante a
hospitalização da criança
 Sentimentos de culpa e ansiedade
 Causas de ansiedade:
- Falta de informação sobre o diagnóstico e
procedimentos
- Medo
- Falta de informação ou compreensão das
regras e rotinas hospitalares
O que fazer para minimizar os problemas da
família durante a hospitalização da criança

 Demonstrar compreensão

 Dar apoio

 Explicar a real causa da doença


Cuidados de enfermagem durante a
hospitalização
 Necessidade de higiene e repouso

 Controle de peso

 Sinais vitais

 Avaliação da dor
Necessidade de higiene e repouso

 Banho:
• Objetivo: limpeza da pele
redução da colonização microbiana
conforto
estética
• Tipos de banho: banheira, chuveiro e leito.
• Cabe ao enfermeiro prescrever, indicando o
tipo de banho, o horário de acordo com o
estado geral da criança, procurando respeitar
hábitos e costumes.
Necessidade de higiene e repouso

 Higiene oral
 Unhas
 Troca de fralda : pesar fralda e ver aspecto
das eliminações fisiológicas
 Atentar para dermatite de fralda
Necessidade de higiene e repouso

 Repouso: o sono varia de acordo com a idade


da criança.
Idade Horas de sono
RN 17 – 19
1 mês 15 - 17
6 meses 14
1 ano 13
2 anos 12 – 13
3-5 anos 12
6-9 anos 11 - 13
10-14 anos 9 – 10
15 anos 8–9
Controle de peso

 Avaliar estado nutricional

 Cálculo para dosagem de medicação

 Deve ser realizado diarimente


Sinais vitais

 Informações fundamentais para manutenção


ou estabelecimento de terapias.
 Refletem as funções orgânicas e
desequilíbrios dessas funções de origem física
ou psíquica
 Devem ser realizadas pelo menos a cada 6
horas
 Cabe a enfermeira avaliar e prescrever o
intervalo dos SSVV
Sinais vitais

 Algumas situações de momento podem


alterar esses valores, como clima, vestimenta,
exercícios físicos, agitação (choro, dor, etc).

 Os controles iniciam-se pela FR, FC, T e PA.


Frequência respiratória

 Deve ser verificada por 1 minuto.


Idade FR
Prematuro 50
Lactente 30 – 40
1 ano 25 – 30
Pré-escolar 20 – 25
Escolar e adolescente 20

 Rítmico ou arrítmico; eupnéico ou dispnéico;


taquinéico ou bradipnéico; apnéia,
expansibilidade pulmonar.
 Ausculta pulmonar.
Frequência Cardiáca

 Escolha entre a frequência cardíaca e o pulso


vai depender da idade da criança.
 RN e lactente – FC
 Crianças maiores – pulso
 Pulso: avaliar frequência, ritmo, elasticidade e
amplitude.
 Ausculta cardíaca: presença de bulhas, ritmo
e sopros.
Frequência Cardiáca

IDADE PULSAÇÃO MÉDIA NORMAL

RECÉM- NATO 70-170 120

11 MESES 80-160 120

2 ANOS 80-130 110

4 ANOS 80-120 100

6 ANOS 75-115 100

8 ANOS 70-110 90

10 ANOS 70-110 90

ADOLESCENTES 60-110 +70-65


Temperatura

 Altera-se com maior rapidez do que no adulto


devido imaturidade do sistema
termorregulador no 1º ano de vida.
 Temperatura axilar – 7 minutos
 Atentar para o braço onde não haja infusões
de grandes volumes de líquido não aquecidos
ou processos inflamatórios.
Pressão arterial

 Pressão arterial não invasiva e pressão


arterial invasiva.
 Na criança a PA está relacionada a idade,
peso e altura
 Varia de acordo com o membro utilizado,
tamanho do manguito, choro, rebeldia ao
exame e exercício físico.
 Normalmente é realizado apenas em crianças
com problemas específicos
Pressão arterial

 Largura tem que ser equivalente a 40% da


circunferência do braço ou perna e o
comprimento o dobro da largura.
 Manguito deve ser bem ajustado ao braço.
Pressão arterial
IDADE MÉDIA VALORES- SÍSTOLE/DIÁSTOLE

0-3 MESES 75/50MMHG

3 MESES-6 MESES 85/65 MMHG

6 MESES-9 MESES 85/65 MMHG

9 MESES-12 MESES 90/70 MMHG

1 ANOS-3 ANOS 90/65 MMHG

3 ANOS-5 ANOS 95/60 MMHG

5 ANOS-7 ANOS 95/60 MMHG

7 ANOS- 9 ANOS 95/60 MMHG

9 ANOS- 11 ANOS 100/60 MMHG

11 ANOS- 13 ANOS 105/65 MMHG

13 ANOS- 14 ANOS 110/70 MMHG


Avaliação da dor em pediatria

 Dor: experiência sensorial e emocional desagradável


que é associada a lesões reais ou potenciais.
 A dor é subjetiva e está relacionada a experiências
traumáticas.
 A dor varia de acordo com a intensidade, duração,
localização e desconforto.
 A dor na criança é modificada por fatores
emocionais, familiares, culturais, ambientais e
desenvolvimento.
 Avaliação da dor: choro, expressão facial, reações
fisiológicas e comportamento angustiante.
Avaliação da dor em pediatria

 A seleção do método deve ser baseada na


fase de desenvolvimento em que a criança se
encontra.
 Quatro métodos de medicação da dor em pediatria:
fisiológica, comportamentais, auto-relato e
multidimensional.
Avaliação da dor em pediatria

 Medições fisiológicas:
a) Taquicardia
b) Taqupnéia
c) Hipertensão arterial
d) Sudorese
Avaliação da dor em pediatria

 Medições comportamentais:
a) Expressão facial
b) Choro
c) Movimentos motores grosseiros
d) Mudança nos padrões comportamentais
e) Mudança nos padrões de sono
Avaliação da dor em pediatria

 Medições por auto - relatos:

É o padrão-ouro entre os métodos em


pediatria!!!

 A maioria das crianças possuem palavras para


relatar a dor a partir dos 18 meses e o
desenvolvimento cognitivo para relatar a
intensidade surge com 3 ou 4 anos.
Avaliação da dor em pediatria

 RN e lactentes:
• Expressão facial: contração das sobrancelhas,
aperto dos olhos, aprofundamento da prega
naso-labial, abertura dos lábios, boca esticada
verticalmente, boca alongada
horizontalmente,contração dos lábios, língua
esticada e tremor no queixo
- Expressão comportamental
Avaliação da dor em pediatria
Avaliação da dor em pediatria

 Pré- escolares e escolares:


• Diagrama corporal
• Escala de análogo linear que inclui expressões
faciais a cada extremo de uma linha
horizontal, apesar de bastante utilizada, é um
pouco mais abstrata e por conseguinte requer
um desenvolvimento cognitivo mais avançado
• Escala de cores
Referência Bibliográfica

CHAUD, M.N. et al. O cotidiano da prática de


enfermagem pediátrica. São Paulo: Atheneu,
1999.

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