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BIOSSEGURANÇA

1-PRINCÍPIOS GERAIS DA BIOSSEGURANÇA: 1.1-DEFINIÇÕES GERAIS :


BIOSSEGURANÇA: é o conjunto de ações voltadas para a prevenção,
minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos
animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados (Teixeira & Valle,
1996). A biossegurança é uma ciência que surgiu para controlar e diminuir os riscos quando se
praticam diferentes tecnologias, tanto aquelas desenvolvidas em laboratórios, ambulatórios
como as que envolvem o meio ambiente. Também aparece em: indústrias, hospitais, clínicas,
laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, hemocentros, universidades,
etc. A biossegurança é regulada por um conjunto de leis que ditam e orientam como devem ser
conduzidas as pesquisas tecnológicas. No Brasil está formatada legalmente para os processos
envolvendo: a) organismos geneticamente modificados, de acordo com a Lei de Biossegurança
- N. 8974 de 05 de Janeiro de 1995. b) os alimentos transgênicos, produtos da engenharia
genética. SAÚDE OCUPACIONAL: é uma área da saúde que cuida especificamente da saúde
do trabalhador, especialmente na prevenção e no tratamento de moléstias ocasionadas pelo
próprio trabalho, como é o caso, por exemplo, da LER Lesão do esforço repetitivo tão em voga
ultimamente. A prática de Esportes ajuda muito, afinal Esporte É Saúde. A preocupação e o
cuidado com a saúde e o bem estar dos trabalhadores é um assunto debatido no mundo
inteiro, sendo a Organização Internacional do Trabalho o órgão que agrega as políticas
internacionais de saúde ocupacional. No Brasil o Ministério da Saúde e o Ministério do
Trabalho e Emprego é o órgão responsável pela segurança do trabalho e a saúde do
trabalhador objetos do conceito de saúde ocupacional. O TEM é responsável pela emissão das
portarias e normas que regulamentam a legislação federal que trata sobre o assunto.
1.2-EXAMES QUE DEVEM SER SOLICITADOS NA ADMISSÃO DOS PROFISSIONAIS DE
SAÚDE: Eletroencefalograma com laudo Eletrocardiograma com laudo Hemograma completo
com contagem de plaquetas Glicemia em jejum Lipidograma Total (Colesterol fracionado e
Triglicérides) Transaminsases oxalacética e pirúvica Sorologia para lues (VDRL) Sorologia para
Chagas Grupo Sangüíneo e fator RH Urina rotina (EAS) Parasitológico de fezes Laudo de
sanidade mental emitido por psiquiatra (com carimbo de psiquiatra). P.S.A somente para os
homens (idade acima de 45 anos) Raio X de tórax em PA com laudo. Questionário para exame
pré-admissional a ser preenchido pelo candidato e apresentado juntamente com os resultados
dos exames médicos.
OBS:É importante saber que as empresas são obrigadas pelas leis trabalhistas realizar exames
com base no programa de controle médico de saúde ocupacional de acordo com a (Norma
regulamentadora 7), mesmo o trabalhador não sendo obrigado a realizar determinados
exames, deve estar ciente de que alguns são necessários para que o médico possa avaliar e
decidir sobre a aptidão do profissional, cabendo ao médico preservar o sigilo destas
informações, podemos citar alguns exames complementares, eletroencefalograma,
eletrocardiograma, audiometria, exame de vista, entre outros, mais específicos de cada
atividade exercida dentro da empresa. O exame admissional é realizado antes do empregado
ser contratado, o exame periódico é realizado anualmente na empresa, e o demissional é
realizado no ato
da demissão, além destes, exames devem ser solicitados quando o trabalhador mudar de
atividade exercida ou ficar afastado por mais de 30 dias, e os exames periódicos que são
realizados Alguns exames são realmente necessários e sem dúvida devem ser realizados,
verificar a capacidade do candidato para o trabalho, se ele tem as condições de saúde que o
cargo requer, para o bom desenvolvimento da função, fundamental para empregador e
empregado, um motorista precisa enxergar bem, caso contrário pode sofrer acidente e causar
prejuízo para a própria saúde, são exames que podem impedir o trabalhador de conseguir o
cargo. Uma questão sempre polêmica é quando as empresas exigem exame de HIV, sobre
isso a Portaria Interministerial Nº 869, de 11 de 08 de 1992, Proibi, no âmbito do Serviço
Público Federal, a exigência de teste para detecção do vírus de imunodeficiência adquirida,
tanto nos exames pré-admissionais quanto nos exames periódicos de saúde A positividade do
HIV não pode ser condição prévia, categórica, de recusa do candidato, porém é importante
para os profissionais de saúde realizarem este exame.
CONSIDERAÇÕES SOBRE SESMT E CIPA: I. SAÚDE DO TRABALHO: A saúde do
trabalhador e um ambiente de trabalho saudável são valiosos bens individuais e comunitários.
A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos
trabalhadores, mas também para contribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos
produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de
vida dos indivíduos e da sociedade como um todo. II. MEDICINA DO TRABALHO
Especialidade médica que lida com as relações entre a saúde dos homens e mulheres
trabalhadores e seu trabalho, visando não somente a prevenção das doenças e dos acidentes
do trabalho, mas a promoção da saúde e da qualidade de vida, através de ações articuladas
capazes de assegurar a saúde individual, nas dimensões física e mental, e de propiciar uma
saudável inter-relação das pessoas e destas com seu ambiente social, particularmente, no
trabalho. CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidente. Tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador. É composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com
o dimensionamento previsto, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para
setores econômicos específicos. A CIPA tem por atribuição identificar os riscos do processo de
trabalho, e elaborar o mapa de risco, com a participação do maior número de trabalhadores,
com assessoria do SESMT. CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho. Formulário que tem
por objetivo registrar na Previdência Social a ocorrência de Acidentes de Trabalho. A todo e
qualquer acidente de trabalho, seja por doença profissional, doença do trabalho ou acidente de
trajeto, é dever da empresa informar à Previdência Social sua ocorrência através da CAT,
independentemente de o segurado necessitar o recebimento do benefício previdenciário. O
SESMT Serviço Especializado em Medicina e Segurança do trabalho: tem por objetivo a
promoção da saúde e a proteção da integridade física do servidor no seu local de trabalho, e a
norma que rege esses serviços é a NR4, aprovada pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de
1978, do Ministério do Trabalho. ACIDENTE DE TRABALHO: Tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador. É o que ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para
o trabalho permanente ou temporária, nos termos dos artigos 138 a 177 do Regulamento dos
Benefícios da Previdência Social. Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos
previdenciários, a doença profissional, a doença do trabalho e o acidente de trajeto: a) A
doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar à
determinada atividade. b) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente. c) O
acidente de trajeto é aquele sofrido no percurso da residência para o local de trabalho ou deste
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção. (funcionário)
1.3-RELAÇÃO DE VACINAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINA ANTI-HEP B;
VACINA CONTRA BCG; VACINA CONTRA dT-difteria e tétano; VACINA CONTRA A
RUBÉOLA; VACINA CONTRA FEBRE AMARELA.
1.4-RISCOS AMBIENTAIS: CLASSIFICAÇÃO DOD RISCOS AMBIENTAIS A maioria dos
processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da natureza, para transformá-
los em produtos segundo as necessidades tecnológicas atuais, capazes de dispensar no
ambiente dos locais de trabalho substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo
dos trabalhadores, podem acarretar moléstias ou danos a sua saúde. Estes processos poderão
originar condições físicas de intensidade inadequada para o organismo humano, sendo que
ambos os tipos de riscos são geralmente de caráter acumulativo e chegam, às vezes, a
produzir graves danos aos trabalhadores. Riscos Químicos: São as diversas substâncias,
compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por
ingestão. Riscos Físicos: representam um intercâmbio brusco de energia entre o organismo e o
ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo
acarretar uma doença profissional. temperaturas extremas: como frio e calor. ruído. vibrações.
pressões anormais. umidade.
radiações ionizantes: são as mais perigosas e de alta freqüência: raios X, raios Gama (emitidos
por materiais radiativos) e os raios cósmicos. Ionizar significa tornar eletricamente carregado.
Quando uma substância ionizável é viva, sua estrutura química pode ser modificada. A
exposição à radiação ionizante pode danificar nossas células e afetar o nosso material genético
(DNA), causando doenças graves, levando até à morte. O maior risco da radiação ionizante é o
câncer! Ela também pode provocar defeitos genéticos nos filhos de homens ou mulheres
expostos. Os danos ao nosso patrimônio genético (DNA) podem passar às futuras gerações. É
o que chamamos de mutação. Crianças de mães expostas à radiação durante a gravidez
podem apresentar retardamento mental. radiações não-ionizantes: são radiações de baixa
freqüência: luz visível, infravermelho, microondas, freqüência de rádio, radar, ondas curtas e
ultrafrequências (celular). Embora esses tipos de radiação não alterem os átomos, alguns,
como as microondas, podem causar queimaduras e possíveis danos ao sistema reprodutor.
Campos eletromagnéticos, como os criados pela corrente elétrica alternada a 60 Hz, também
produzem radiações não ionizantes. iluminação deficiente. ultra-som. Riscos Biológicos: são
microorganismos que podem contaminar o trabalhador e são, basicamente: as bactérias os
fungos os bacilos os parasitas os protozoários os vírus Muitas atividades profissionais
favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza
pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Estes microorganismos podem provocar diversas
doenças, entre elas:tuberculose, brucelose, malária, febre amarela. 2-HIGIENE E
PROFILAXIA: Toda e qualquer medida que procure impedir que contraia doenças pode ser
chamada de medida profilática. E higiene é a maior das medidas profiláticas. Consiste em lavar
sempre as mãos, antes das refeições, depois de usar o banheiro, ao chegar em
casa, ao manusear dinheiro, quando mexe com o lixo e em mais uma série de ocasiões. Tomar
banho, escovar os dentes e outras. 2.2-DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA: Por ingestão
de água contaminada: . Cólera . Disenteria amebiana . Disenteria bacilar . Febre tifóide e
paratifóide . Gastroenterite . Giardise . Hepatite infecciosa . Leptospirose . Paralisia infantil .
Salmonelose Por contato com água contaminada: . Escabiose (doença parasitária cutânea
conhecida como Sarna) . Tracoma (mais frequente nas zonas rurais) . Verminoses, tendo a
água como um estágio do ciclo . Esquistossomose
Por meio de insetos que se desenvolvem na água: . Dengue . Febre Amarela . Filariose .
Malária Cólera, febre tifóide e paratifóide são as doenças mais frequentemente ocasionadas
por águas contaminadas e penetram no organismo via cutâneo - mucosa como é o caso de via
oral.
2.3-NOÇÕES DE HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO:
2.31- Higiene dos Alimentos Em época de festas como a do carnaval, a compra de alimentos e
bebidas em barracas de rua ou com vendedores ambulantes, um fato comum volta a
acontecer, já que as pessoas passam a maior parte do tempo nas ruas aproveitando a festa.
Assim, tornase um hábito a preferência por este tipo de comida que por ser rápida e
geralmente mais econômica. A higiene é fundamental, para prevenir a grande quantidade de
doenças que possam ser transmitidas através dos alimentos e que constitui um dos principais
problemas de saúde pública na maioria dos países. Todos, com exceção do sal e da água, os
alimentos são perecíveis, ou seja, são suscetíveis a alteração e deterioração com maior ou
menor rapidez e o que pode causar alguma doença. Segundo a Organização Mundial de
Saúde, a higiene dos alimentos compreende "todas as medidas necessárias para garantir a
inocuidade sanitária dos alimentos, mantendo as qualidades que lhes são próprias e com
especial atenção para o conteúdo nutricional. As infecções alimentares são produzidas por
várias classes de microorganismos, onde as mais comuns são as bactérias. Geralmente são
chamadas de "infecções tóxicas" já não só as bactérias podem produzi-las, assim com as
toxinas que elas liberam ou uma combinação de ambas. Os vários tipos de microorganismos
que podem produzir infecções alimentares são: Fungos: por exemplo, os que aparecem, às
vezes, sobre a superfície do pão ou do queijo. Algumas vezes, os fungos são usados de forma
voluntária para produzir alguma característica de sabor ou aroma apreciado do ponto de vista
gastronômico, como o caso do queijo Camembert. Vírus: a diferença entre os vírus e as
bactérias é que os primeiros não crescem nos alimentos, apenas os usam como transporte.
Para crescer e multiplicar, os vírus precisam de uma célula viva. Assim, uma pessoa pode
ingerir um alimento que esteja contaminado e, em seguida, o organismo dessa pessoa, será o
meio propício para que o vírus se desenvolva. A doença mais comum transmitida assim é a
Hepatite A e algumas doenças gastrointestinais produzidas por vírus tipo rotavírus.
Geralmente, estes vírus estão
presentes na matéria fecal das pessoas infectadas e podem contaminar alimentos, quer seja de
forma direta através do chamado esquema fecal-oral (por exemplo, quando se vai ao banheiro,
não se lava as mãos e, em seguida, manipula-se alimentos) ou de forma indireta através dos
esgotos (esgotos que contaminam plantações e peixes). Parasitas: são transmitidos
principalmente pela ingestão de animais parasitados. Por exemplo, o tricocéfalo que se
desenvolve no tubo digestivo de onívoros como o cervo ou o javali, forma cistos nos músculos,
se uma pessoa ingere a carne crua ou mal passada contaminada, este parasita pode se
desenvolver no homem. Bactérias: apesar de algumas bactérias não serem patogênicas, ou
sejam, não causarem doenças, e serem usadas na indústria alimentícia na elaboração de
certos alimentos, como o iogurte, leite fermentado, etc, a maiorias dos casos de intoxicação
alimentares são causados por bactérias ou pelas toxinas que elas liberam. Entre as bactérias
patogênicas ou causadoras de doenças mais comuns estão os: estafilococos, clostrídios
(Perfringens, Botulinum, etc), Shigella, Escherichia Coli e Bacillus Cereus, dentre outras.
Fatores que Favorecem a Contaminação Cuidados a Serem Observados Higiene própria -
Lavar as mãos antes de pegar em alimentos ou pegue-os com guardanapo, papel ou cubra-os.
Higiene do local de venda - Deve-se tomar cuidado para que o alimento não fique exposto a
roedores ou insetos como moscas e baratas. Higiene da embalagem - Se comprar alimentos
em sacolas de polietileno peça ao vendedor que encha a sacola no mesmo instante porque se
for aberta com sopros pode-se contaminá-la com bacilos respiratórios. - Preferir alimentos que
venham com embalagens de fábrica ao invés dos servidos a granel. - Se comprar garrafas, ou
lavá-las antes de leva-las à boca. Temperatura do alimento
- Prefira alimentos que estejam muito quentes ou muito frios. As temperaturas intermediárias
favorecem a proliferação de microorganismos (entre 4ºC e 60 ºC) - Verificar os alimentos que
precisem de resfriamento como frios e iogurtes não abertos. Conteúdo de água do alimento -
Prefira comprar alimentos secos como pães ou farinhas ao invés de queijos ou cremes que são
mais facilmente contaminados. Tempo de exposição do alimento - Prefira aqueles alimentos
frescos ou recém elaborados, que precisem de pouco tempo de exposição àqueles que tenham
sido exibidos durante horas, sob condições que favoreçam o desenvolvimento bacteriano como
calor, umidade, etc.
Os Cuidados na Manipulação Água corrente ainda é a melhor arma da higienização nos
alimentos, lembra a nutricionista. No entanto, se a própria água não tiver condições salubres
suficientes, ela deve ser fervida ou tratada. As mãos e braços devem ser limpos e deve-se
evitar conversar sobre os alimentos que estão sendo preparados, para que o perdigoto (saliva)
não caia sobre eles. Os Cuidados na Cozinha Alguns alimentos atraem moscas, formigas e
outros insetos. Evitar o uso de aerossóis e inseticidas na cozinha, usando, ao invés disto, mata-
moscas manuais, cobrindo os alimentos e tampando bem as panelas. Também os animais
domésticos, especialmente cães e gatos, devem ser mantidos longe da cozinha, não só pelo
contato direto com os alimentos mas também devido ao risco maior de parasitoses. Pessoas
que acabaram de cuidar de um animal devem lavar muito bem as mãos, e não tocar em
seguida os alimentos. Prevenindo Doenças As manifestações mais comuns relacionadas com a
inadequada manipulação dos alimentos, sem higiene, são vômitos, diarréias, febres, além de
infecções. Uma das infecções mais conhecidas é a Salmonelose, que é contraída a partir de
ovos crus. Para
reduzir o risco de infecção por Salmonela, eis alguns cuidados: - Manter os ovos refrigerados,
descartando ovos rachados ou sujos. - Limpar bem as cascas do ovo, colocando-o em água
corrente, antes de usá-los. Preferencialmente, usar ovos cozidos e servi-los logo após o
preparo. 2.3.2-LIXO : DEFINIÇÃO , CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO A palavra lixo,
derivada do termo latim lix, significa "cinza". No dicionário, ela é definida como sujeira,
imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de
resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Para
determinar a melhor tecnologia para tratamento, aproveitamento ou destinação final do lixo é
necessário conhecer a sua classificação: Lixo urbano : Formado por resíduos sólidos em áreas
urbana, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas
industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais. Lixo domiciliar : Formado pelos resíduos
sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata,
vidro. Lixo comercial :
Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais . Composto por matéria orgânica, papéis,
plástico de vários grupos. Lixo público :
Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de
árvores). Lixo especial :
Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte
especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis,
de remédios ou venenos.
Lixo industrial :
Nem todos os resíduos produzidos por industria, podem ser designados como lixo industrial.
Algumas industrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo
disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo
destino. Lixo de serviço de saúde (RSSS) :Resíduos Sólido de Serviço de Saúde (RSSS0 Os
serviços hospitalares, ambulatórios, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de
resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o
meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças,
devem ser destinados a incineração. Lixo atômico:
Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enrriquecido com
isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da
população , por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível. Lixo espacial:
Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da
Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de
foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que
explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.
Lixo radioativo:
Resíduo tóxico e venenoso formado por substâncias radioativas resultantes do funcionamento
de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para armazenar esse lixo radioativo, a
alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em tambores ou recipientes de concreto
impermeáveis e a prova de radiação, e enterrados em terrenos estáveis, no subsolo. 3-
NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA 1-Microbiologia e Parasitologia:
É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos, suas principais características e
formas de associação, como as infecções parasitárias e a transmissão dos agentes
infecciosos; a seguir, analisaremos as vias de penetração e de eliminação destes agentes. 2-
Cadeia de transmissão dos agentes infecciosos Para que ocorram infecções parasitárias é
fundamental que haja elementos básicos expostos e adaptados às condições do meio. Os
elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são o hospedeiro, o
agente infeccioso e o meio ambiente. No entanto, em muitos casos, temos a presença de
vetores, isto é, insetos que transportam os agentes infecciosos de um hospedeiro parasitado a
outro, até então sadio (não-infectado). É o caso da febre amarela, da leishmaniose e outras
doenças. 2.1-Elementos básicos da cadeia de transmissão: Hospedeiro: Na cadeia de
transmissão, o hospedeiro pode ser o homem ou um animal, sempre exposto ao parasito ou ao
vetor transmissor, quando for o caso. Na relação parasito-hospedeiro, este pode comportar-se
como um portador são (sem sintomas aparentes) ou como um indivíduo doente (com
sintomas), porém ambos são capazes de transmitir a parasitose. O hospedeiro pode ser
chamado de intermediário quando os parasitos nele existentes se reproduzem de forma
assexuada; e de definitivo quando os parasitos nele alojados se reproduzem de modo sexuado.
A Taenia solium, por exemplo, precisa, na sua cadeia de transmissão, de um hospedeiro
definitivo, o homem, e de um intermediário, o porco. Agente infeccioso O agente infeccioso é
um ser vivo capaz de reconhecer seu hospedeiro, nele penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se
e, mais tarde, sair para alcançar novos hospedeiros. Os agentes infecciosos são também
conhecidos pela designação de micróbios ou germes, como as bactérias, protozoários, vírus,
ácaros e alguns fungos. Existem, porém, os helmintos e alguns artrópodes, que são parasitos
maiores e facilmente identificados sem a ajuda de microscópios. Só para termos uma idéia, a
Taenia saginata, que parasita os bovinos e também os homens, pode medir de quatro a dez
metros de comprimento. Os parasitos são também classificados em endoparasitos e
ectoparasitos. Endoparasitos são aqueles que penetram no corpo do hospedeiro e aí passam a
viver. .
Ectoparasitos são aqueles que não penetram no hospedeiro, mas vivem externamente, na
superfície de seu corpo, como os artrópodes - dentre os quais destacam-se as pulgas, piolhos
e carrapatos. Meio ambiente Meio ambiente é o espaço constituído pelos fatores físicos,
químicos e biológicos, por cujo intermédio são influenciados o parasito e o hospedeiro. Como
exemplos, podemos apontar: físicos: temperatura, umidade, clima, luminosidade (luz solar);
químicos: gases atmosféricos (ar), pH, teor de oxigênio, agentes tóxicos, presença de matéria
orgânica; biológicos: água, nutrientes, seres vivos (plantas, animais). Anteriormente, vimos que
as relações que se estabelecem a todo momento entre os seres vivos e os agentes infecciosos
(parasitos) não são estáticas, definitivas; pelo contrário, são muito dinâmicas e exigem
constantes adaptações de ambos os lados, tendendo sempre, para o bem das partes
envolvidas, a aproximar-se do equilíbrio. Entretanto, sabemos que tanto o parasito quanto o
hospedeiro sofrem influência direta do ambiente, o qual, por sua vez, também sofre constantes
alterações, de ordem natural ou artificial, como as causadas pelo próprio homem. Tipos de
doenças: Doenças transmissíveis e não- transmissíveis Nem todas as doenças que ocorrem
em uma comunidade são transmitidas, ou passadas, de pessoa a pessoa (as que se pega ).
Existem também as que não se transmitem desse modo (as que não se pega ). Podemos então
dizer que as : doenças transmissíveis,são causadas somente por seres vivos, chamados de
agentes infecciosos ou parasitos. O sarampo, a caxumba, a sífilis e a tuberculose exemplificam
tal fato. As doenças não-transmissíveis podem ter várias causas, tais como deficiências
metabólicas (algum órgão que não funcione bem), acidentes, traumatismos, origem genética (a
pessoa nasce com o problema). Como exemplos, temos o diabetes, o câncer e o bócio
tireoidiano.
3-AGENTES
INFECCIOSOS
E
ECTOPARASITOS
E
SUAS
DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS Os vírus: características gerais: Os vírus são considerados partículas ou
fragmentos celulares capazes de se cristalizar até alcançar o novo hospedeiro. Por serem tão
pequenos, só podem ser vistos com o auxílio de microscópios eletrônicos. São formados
apenas pelo material genético (DNA ou RNA) e um revestimento (membrana) de proteína. Não
dispõem de metabolismo próprio e são incapazes de se reproduzir fora de uma célula. Podem
causar doenças no homem, animais e plantas. Outra característica importante é que são
filtráveis, isto é, capazes de ultrapassar filtros que retêm bactérias. Principais doenças
transmitidas pelos vírus: Os vírus são responsáveis por várias doenças infecciosas, tais como
AIDS, gripes, raiva, poliomielite (paralisia infantil),meningite, febre amarela, dengue, hepatite,
caxumba, sarampo, rubéola, mononucleose, herpes, catapora, etc. Sua transmissão ocorre de
várias formas: a) pela picada de mosquitos (vetores), como o Aedes aegypti infectado,
responsável pela dengue e febre amarela; b) pela mordida de cães infectados, ocasionando a
raiva; c) pela saliva e pelo trato respiratório, podendo gerar herpes,catapora, hepatite, sarampo,
etc.; d) pelo sangue contaminado: provocando a AIDS e a hepatite B; e) há ainda a transmissão
de vírus pelo leite materno, por via oral-fecal, pela urina, placenta, relações sexuais e lesões de
pele (rubéola, HIV, vírus da hepatite B). Algumas doenças transmitidas por vírus são facilmente
controláveis por meio de vacinas, como sarampo, rubéola, caxumba, raiva, poliomielite, febre
amarela, hepatite e alguns tipos de meningite. Mesmo que não haja vacina e tratamento
específico para muitas viroses, é importante, para se evitar a disseminação ou propagação da
doença, que se faça o diagnóstico definitivo com acompanhamento de um profissional de
saúde. As formas de diagnóstico (descobrir qual é o microrganismo) mais comuns são
realizadas por intermédio do exame de escarro, sangue, líquor (da medula) e secreções. A
conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste
a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral,
ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a quinze dias e não costuma deixar seqüelas.
A causa da conjuntivite pode ser infecciosa, alérgica ou tóxica. A conjuntivite infecciosa é
transmitida, mais freqüentemente, por vírus ou bactérias e pode
ser contagiosa. O contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes
fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com
pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a
conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite, pode-se dizer que é do
tipo infecciosa.Os Sintomas são:hiperemia dos vasos sangüíneos da conjuntiva, prurido,
sensação de desconforto e por vezes dor. Os principais sintomas da conjuntivite no início são:
Olhos vermelhos e lacrimejantes, devido à dilatação dos vasos sanguíneos locais; Inchaço
(edema) do olho ou pálpebra, devido ao acúmulo de líquido no local; Incomodo causado pela
luz; As bactérias: características gerais Como vimos anteriormente, as bactérias são
organismos muito pequenos, porém maiores que os vírus, mas visíveis somente ao
microscópio. Apresentam formas variadas e pertencem ao reino Monera, sendo, portanto,
seres unicelulares procariontes. As que têm formas arredondadas são chamadas de cocos,
como o Streptococcus pneumoniae, capaz de causar a pneumonia no homem; as alongadas
são denominadas bacilos, como o Clostridium tetani, responsável pelo tétano; as de forma
espiralada recebem o nome de espirilos, como a Treponema pallidum, que causa a sífilis; as
que se parecem com uma vírgula são conhecidas como vibriões, como o Vibrio cholerae,
causador da cólera. Grande parte das bactérias, bem como os fungos, são organismos
decompositores, portanto vivem no meio ambiente, fazendo a reciclagem da matéria orgânica.
Outras, atuam como parasitas, causando doenças - são as patogênicas; existem ainda aquelas
que, embora vivam no organismo de outro ser vivo, não causam doenças são as comensais.
Quem poderia imaginar que existem bactérias na pele e nas mucosas de pessoas sadias? E
mais, participando da manutenção da saúde e de atividades normais dos indivíduos? Muitas
bactérias fazem parte da flora normal humana, colonizando a pele, as mucosas do trato
respiratório (boca, nariz) e o intestino. Sua presença tem importante papel na defesa do
organismo, impedindo, por competição, a entrada de agentes infecciosos capazes de causar
doenças. Quantos de nós, após o uso prolongado de antibióticos, já não tomamos iogurtes e
compostos ricos em lactobacilos (bactérias comensais)? O objetivo é recuperar a flora
bacteriana para a proteção de nossa mucosa e, assim, facilitar a digestão. Comparando-se
com as bactérias de vida livre, são poucas as que causam doenças, mas dentre elas há
algumas
bastante agressivas. Principais doenças transmitidas por bactérias As infecções cutâneas mais
comuns no homem são causadas por bactérias do grupo dos estafilococos - caso dos
furúnculos ou abscessos, carbúnculo, foliculite (infecção na base dos pêlos) e acne. Podemos
ainda citar as doenças causadas por estreptococos, tais como erisipelas, e impetigo. A
hanseníase é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae, que afeta a pele e o
sistema nervoso, causando deformações e falta de sensibilidade. O contágio ocorre pelo
contato íntimo e prolongado com o indivíduo infectado. A pneumonia pode ser causada pelo S.
pneumoniae ou por fungos. O S . pneumoniae é um habitante comum da garganta e
nasofaringe de indivíduos saudáveis. A doença surge com a disseminação desse agente para
outros locais: pulmões, seios paranasais (sinusite), ouvido (otite), faringe (faringite) e meninges
(meningite). A infecção é causada pela aspiração do agente infeccioso ou por sua presença em
fômites contaminados por secreções, principalmente devido à baixa resistência do indivíduo. A
meningite é doença grave, caracterizada pela inflamação das meninges - membranas que
envolvem a medula espinhal, o cérebro. Os fungos: características gerais Os fungos -
estudados no ramo da parasitologia chamado de micologia - são seres vivos que possuem
organização rudimentar, sendo constituídos por talos, formados por uma ou mais células. São
encontrados nos meios terrestre e aquático. Muitos, juntamente com as bactérias, são
decompositores; alguns, são parasitos e outros são utilizados como alimento (cogumelos),
embora, nesse caso, haja alguns tóxicos e venenosos. Existem espécies de fungos utilizados
na produção de queijos, fermentação de pães, preparo de bebidas (vinho, cerveja, rum, whisky,
gim), fabricação de medicamentos (antibióticos), produtos químicos (etanol, glicerol), etc.
Principais doenças transmitidas por fungos Os fungos que vivem como parasitas são capazes
de provocar doenças chamadas de micoses, que podem ser de dois tipos: a) as superficiais,
geralmente brandas, ocorrem com a disseminação e o crescimento dos fungos na pele, unha e
cabelos. Assim, temos a dermatofise (tínea), esporotricose, candidíase (sapinho na boca),
ptiríase, pé-de-atleta, etc. b) as profundas são menos freqüentes e envolvem órgãos internos,
podendo representar risco de vida - como a histoplasmose, que afeta o pulmão e o baço. As
micoses profundas
ocorrem principalmente em indivíduos com baixa resistência, como os aidéticos. Os fungos
propagam-se pelo ar na forma de esporos, podendo ser inalados, deglutidos ou depositados na
pele ou mucosas. A transmissão se dá pessoa a pessoa ou por meio de objetos, peças de
vestuário, calçados, assoalhos ou pisos de clubes esportivos, sempre em lugares onde não há
vigilância sanitária. A transmissão também pode ocorrer diretamente de animais - como o cão,
gato e cavalo - para o homem. As espécies do gênero Candida podem ser encontradas nas
condições de comensais, na pele, nas mucosas, no intestino e nos órgãos cavitários (boca,
vagina e ânus). Em condições de baixa resistência do hospedeiro, podem causar doenças. Por
isso, o ideal é que estejamos sempre com boa saúde e elevada resistência. Protozoários Os
protozoários: características gerais: Os protozoários são seres unicelulares cuja maioria é
extremamente pequena, ou seja, microscópica. A maior parte vive de forma livre em ambientes
úmidos ou aquáticos, mas existem protozoários comensais (Entamoeba coli) e os que são
parasitos do homem e capazes de causar doenças graves, como a malária e a doença de
Chagas. Possuem formatos variados - esférico, oval e alongado - e alguns se locomovem
através de flagelos, cílios ou projeções do próprio corpo (pseudópodes), mas também há
aqueles que não se movimentam. Apresentam-se de duas formas distintas: forma de trofozoíto
(também conhecida como vegetativa) é a forma ativa, que se reproduz, alimenta-se e vive no
interior do hospedeiro; forma de cisto e oocisto são formas inativas e de resistência dos
protozoários, encontradas nas fezes do hospedeiro. Para facilitar nosso estudo, separaremos
os protozoários em grupos menores, em função da presença de estruturas por eles utilizadas
na locomoção: protozoários que se locomovem por meio de projeções celulares, denominadas
pseudópodes: os sarcodíneos (amebas); protozoários que se locomovem por meio de flagelos,
denominados mastigóforos ou flagelados: Trypanosoma cruzi, Trichomonas e Giardia;
protozoários que se locomovem utilizando cílios, denominados ciliophoros ou coli; protozoários
que não possuem estruturas locomotoras: sporozoários (Plasmodium e Toxoplasma gond i). Os
protozoários parasitos do homem podem habitar os tecidos, incluindo o sangue (Tripanosoma
cruzi), as cavidades genitais e urinárias (Trichomonas) e o intestino (giardia e amebas).
4-PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO: 4.1-CCIH: Para diminuir os riscos de
ocorrência de infecção hospitalar, todo hospital deve constituir uma Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH), que tem a responsabilidade por uma série de medidas como o
incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de
antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc. Essa
comissão deve: 1. Desenvolver ações na busca ativa das infecções hospitalares; 2. Avaliar e
orientar as técnicas relacionadas com procedimentos invasivos; 3. Participar da equipe de
padronização de medicamentos; 4. Prevenção e controle das infecções hospitalares; 5.
Controle de limpeza da caixa de água; 6. Controle no uso de antibiótico; 7. Implantar e manter
o sistema de vigilância epidemiológica da infecções hospitalares; 8. Elaborar treinamentos
periódicos das rotinas do CCIH; 9. Manter pasta atualizada das rotinas nas unidades; 10.
Busca ativa aos pacientes com Infecção; 11. fazer análise microbiológico da água.
4.2-OBJETIVOS DO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR: 1. Planejar, estudar,
implementar, promover e divulgar ações de prevenção e controle de infecções hospitalares; 2.
Elaborar e promover a qualidade dos serviços e da assistência prestada ao paciente e a
capacitação dos profissionais da instituição em assuntos relativos ao controle de infecção
hospitalar; 3. Notificar casos de doenças sob vigilância e agravos inusitados à saúde atendidos
no hospital e auxiliar na implementação de medidas de prevenção e controle das doenças de
notificação compulsória de acordo com as normas do Centro de Vigilância Epidemiológica da
Secretaria da Saúde do Estado em caso de ausência de serviço específico para este fim; 4.
Promover o uso racional de antimicrobianos no hospital.
4.3-COMPOSIÇÃO DA CCIH A composição da CCIH deve respeitar as características do
hospital. Porém, deve ser constituída de no mínimo um representante dos seguintes setores:
corpo clínico, enfermagem e administração. É recomendável que a CCIH tenha a seguinte
constituição: 1. Um representante do corpo clínico; 2. Um Representante da Diretoria
Administrativa; 3. Um Representante da Farmácia; 4. Um Representante do Laboratório de
Microbiologia; 5. Um Representante da Diretoria de Enfermagem; 6. Membros do Núcleo de
Controle de Infecção Hospitalar. O presidente é indicado pelo diretor clínico, dentre os
membros da Comissão, e nomeado em ato oficial.
5-ENTENDENDO O PROCESSO INFECCIOSO: 5.1-CONCEITO DE INFECÇÃO: é a
colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Em uma infecção, o
organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com
evidentes prejuízos para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patógeno, interfere na
fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas
conseqüências. A resposta do hospedeiro é a inflamação. Os agentes infecciosos, na maioria
das vezes, não são seres microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas (muitos
macroscópicos), virions e príons. Os príons estão associados a várias doenças, como por
exemplo, a Encefalopatia Espongiforme Bovina, uma doença que acomete o gado conhecida
como "doença da vaca-louca" . Infecção Hospitalar: é qualquer infecção adquirida após a
internação do paciente/ cliente que se manifesta durante a internação , ou na alta, ou quando
puder ser reconhecida devido a internação e procedimentos hospitalares.
5.2- TIPOS DE INFECÇÃO: Infecção comunitária "É a infecção presente ou em incubação no
momento da admissão do paciente, desde que não relacionada com internamento anterior no
mesmo hospital". São também comunitárias: 1. As infecções associadas a complicações ou
extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismo ou
sinais ou sintomas fortemente sugestivo da aquisição de nova infecção. 2. Infecção em
recémnascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que
tornou-se evidente logo após o nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola,
citomegalovirose, sífilis e AIDS) . Adicionalmente, são também consideradas comunitárias
todas as infecções de recém-nascidos associadas com ruptura da bolsa amniótica superior a
24 horas. Infecção hospitalar ou Infecção Nosocomial é toda infecção (pneumonia, infecção
urinária, infecção cirúrgica, .) adquirida dentro de um ambiente hospitalar. A grande maioria das
infecções hospitalares são de origem endógena, isto é, são causadas por microrganismos do
próprio paciente. Isto pode ocorrer por fatores inerentes ao próprio paciente (ex: diabetes,
tabagismo, obesidade, imunossupressão, etc.) ou pelo fato de, durante a hospitalização, o
paciente ser submetido a procedimentos invasivos diagnósticos ou terapêuticos (cateteres
vasculares, sondas vesicais, ventilação mecânica, etc.). As infecções hospitalares de origem
exógena geralmente são transmitidas pelas mãos dos profissionais de
saúde ou outras pessoas que entrem em contato com o paciente. OBS: Infecção é a simples
colonização. Quando esta agride o organismo caracteriza-se como doença infecciosa. 6-
1ETIOPATOLOGIA OU ETIOGENIA DO PROCESSO INFECCIOSO: Resumidamente,
conceituamos infecção hospitalar como qualquer processo infeccioso adquirido no ambiente
hospitalar. É diagnosticado principalmente em pacientes durante sua internação, mas pode ser
detectado após alta e atingir também qualquer outra pessoa presente no hospital. 6.1-
NOÇÕES DE ISOLAMENTO: 6.1.1-DEFINIÇÃO DE ISOLAMENTO: Conjunto de medidas
adotadas para fazer uma barreira que impeça a disseminação de agentes infecciosos de um
paciente para outro , para visitantes e/ou para o meio ambiente. Indicação de Isolamento: Para
doenças infecciosas com situações definidas , e apenas durante o período de
transmissibilidade das doenças. Portanto esta definição de isolamento deve englobar o período
de incubação e de transmissibilidade das doenças. Portanto chama-se de isolamento , um
quarto individual 6.1.2-Diretrizes para precauções e isolamento em serviços de saúde Tipos de
Precauções Gerais : o sistema de precauções conta com 3 pontos básicos de precauções: 1)
Precauções Padrão ( Standard ); 2) Precauções por rotas de transmissão; 3)Precauções
empíricas.
1 Etiologia ou Etiopatogênia : Mecanismo de ação do agente patogênico
1 - As PRECAUÇÕES PADRÃO : devem ser tomadas para contatos com todos os tipos de
pacientes, independentemente de infectados ou não: a) A lavagem de mãos antes e após o
contato com mucosas e soluções de continuidade além de contato com secreções, corporais.
b) Luvas para tocar diretamente a matéria orgânica infectante, máscara como barreira física no
caso de spray de sangue durante procedimento, por exemplo e avental para evitar contato da
roupa com a matéria infectante são a base destas orientações. c) O cuidado com materiais e
roupas sujas de matéria orgânica além de cuidados com perfuro cortantes descartados em
recipientes rígidos fazem parte destas recomendações standard . -Como se pode facilmente
observar, tratam-se de orientações baseadas quase totalmente em conhecimentos higiene.
QUALQUER MATÉRIA ORGÂNICA É tradicionais de POTENCIALMENTE excreções e outras
drenagens
RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS. 2 - As PRECAUÇÕES
POR ROTAS DE TRANSMISSÃO , são subdivididas em: a) b) c) contato, ar e partículas.
-Para todos os tipos de precauções por Rotas de Transmissão, no caso de diagnósticos pelo
mesmo microorganismo em pacientes diferentes, está prevista a possibilidade de
compartilharem o mesmo quarto ou enfermaria. 2a- PRECAUÇÕES POR ROTAS DE
TRANSMISSÃO POR CONTATO: pode ser por doenças transmitidas através do contato com
um ou mais tipos de matéria orgânica. , uso de luvas e aventais segue a mesma orientação
para as Precauções Padronizadas. A diferença, nestes casos é que os microorganismos
existentes são sabidamente patógenos primários. Deve ser evitado o transporte e sempre que
for indispensável a drenagem deve ser coberta de forma a não extravasar, ideal é que
materiais de contato direto, como estetoscópio, esfigmomanômetros sejam de uso individual.
Exemplos de doenças nesta categoria: Contato entérico- Shighella, Hepatite A,
rotavírus; contato secreções respiratórias- Virus sincicial respiratório, parainfluenza,
enterovírus; contato pele- impetigo, herpes simples, pediculose. 2b- PRECAUÇÕES POR
ROTA DE TRANSMISSÃO PELO AR: são
precauções para doenças transmitidas por partículas menores de 5 m , ficam dispersas no ar e
são transmitidas a longa distância. -Embora não tenha comprovação de eficácia é
recomendado o uso de máscara cirúrgica no paciente quando o transporte é inevitável, da
mesma forma que para paciente com tuberculose. O objetivo é minimizar a dispersão das
partículas, recomenda também quarto individual e ar com pressão negativa para o quarto deste
pacientes. Este ultimo ponto é bastante controverso, além de existirem lacunas nos estudos de
custo benefício para a realidade brasileira. Entre as doenças nesta categoria estão
Tuberculose, Sarampo, Varicela. Para as
duas últimas é recomendado que pessoas suscetíveis não entrem no quarto. 3-
PRECAUÇÕES POR ROTAS DE TRANSMISSÃO POR PARTÍCULAS: são
usadas para doenças que podem ser transmitidas por tosse, espirro ou mesmo conversando
por partículas de saliva maiores que 5 m. Deve ser utilizada máscara como barreira física para
se aproximar do paciente a partir de 1 metro e meio. O transporte deve ser evitado, mas
quando indispensável colocar máscara no paciente. Exemplos: Doenças desta categoria são
Coqueluche, Rubéola (suscetíveis não devem entrar no quarto), Influenza, Adenovírus,
Meningococco, Mycoplasma, Difteria entre outras. Deve ser utilizado quarto individual para
estes pacientes. 3- As PRECAUÇÕES EMPÍRICAS devem ser tomadas no caso de suspeita de
determinadas infecções escolhendo a PRECAUÇÃO POR ROTA DE TRANSMISSÃO
específica (ar, partículas, ou contato) para a patologia suspeita. -O paciente, adulto ou criança,
apresenta síndromes infecciosas altamente
compatíveis com determinados microorganismos e/ou doenças. Exemplos: Meningite
petéquias, febre = meningite meningocócica; história de colonização ou infecção por
microorganismos multi-resistentes = risco de colonização por multi-resistentes; tosse, febre,
infiltrado pulmonar em qualquer localização pulmonar em paciente com HIV =
tuberculose. A decisão das precauções neste caso baseiam-se, portanto, na suspeita de uma
doença altamente transmissível. 7-FUNÇÕES DA EQUIPE HOSPITALAR: : a) Prestação de
atendimento médico e complementares ( enfermagem, laboratório e outros correlacionados)
aos doentes em regime de internação; b) Desenvolvimento sempre que possível de atividades
de natureza preventiva; c) Participação em programas de natureza comunitária procurando
atingir o contesto Sócio-Familiar dos pacientes, incluindo aqui a educação em saúde, que
abrange a divulgação dos conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde. 8-
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: EPIS São quaisquer meios ou dispositivos
destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde
e segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção
individual pode ser formado por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o
seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. 8.1-TIPOS DE EQUIPAMENTOS
INDIVIDUAL: Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger: Proteção da
cabeça capacete Protecção auditiva Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões
Proteção respiratória Máscaras; aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante
do ar: gases, aerossóis por exemplo. Proteção ocular e facial culos, viseiras e máscaras
Proteção de mãos e braços Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos
contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos.
Proteção de pés e pernas Sapatos, botinas, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os
quais se quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda. Proteção contra quedas
Cintos de segurança, sistemas de pára-quedas.

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