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Criação de coelhos

Manejo  
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  Exigências nutricionais do coelho: Tabela de exigências  
    
    
  Alimentação: Ração peletizada, complemento verde  
    
    
  Idade:  
     A vida do coelho, normalmente, varia entre 8 a 10 anos, há registros de
animais que ultrapassaram os 15 anos, mas sua vida útil em questões de
  aproveitamento na produção industrial é de 4 a 5 anos, após isto os animais  
declinam, adquirindo peso excessivo e ficando mais sujeito a 
enfermidades, por esta razão são destinados ao abate.
    
    
  Métodos de identificação:  
    Existem vários tipos de identificação, podemos destacar a identificação
por características particulares, identificação das gaiolas ou
identificações de indivíduo.

     Identificação por características particulares - é um método muito


básico e não atende as necessidades de uma produção comercial, ficando
restrita a pequenas criações domésticas composta de pequenas
quantidades de matrizes e reprodutores.

     Identificação de gaiolas - destinada a pequenos produtores, é um bom


método quando utilizado com critérios, os animais correspondem aos
números identificados nas fichas, mas não é seguro basta a troca de locais
  ou a morte para que deixe de ser eficiente.  

     Identificação individual - a forma mais eficiente de identificação é


fixar uma marca no corpo do animal, em coelhos isto se dá nas orelhas, por
ser um local de fácil observação. Alguns criadores utilizam cortes nas
bordas, estabelecendo desenhos, isto é mais comum no manejo de
rebanhos suínos, outros identificam, com anéis metálicos ou plásticos,
fixados como brincos, forma mais comum entre produtores bovinos. No
caso da cunicultura utilizamos um instrumento denominado "tatuador", que
tem o mesmo princípio de uma tatuagem convencional, injetar pigmentos na
epiderme, tornando a identificação duradoura. São letras e números
formadas por muitas agulhas que aplicadas nas orelhas, perfura a pele,
deixando a tinta penetrar nos orifícios tornando visível a numeração.
    
    
  Sistemas de criação:  
       Como qualquer outra espécie podemos utilizar dois tipos de criação a  
extensiva, que atende de forma simples a criações que não tenham por
finalidade a utilização comercial, pois neste tipo de criação quase que
inexiste a eficácia de controle genético e sanitário do rebanho. Por outro
lado, se a intenção for obter lucros, a criação intensiva é a mais adequada.

     O produtor que deseja comercializar seus animais deve seguir padrões
rígidos de controle sanitário, para isso é necessário a acomodação
individual dos animais destinados a reprodução, ministrando alimentação
adequada e medicamentos indispensáveis à sua manutenção. Neste caso,
pode-se utilizar instalações ao ar livre ou gaiolas em galpões exclusivos.

     Gaiolas individuais ao ar livre - normalmente fabricadas de madeira,


constituem uma forma barata de criação, mas existem diversos fatores
contrários: como a durabilidade, além de colocarem os animais em
situações desfavoráveis, sujeitos as intempéries.

     Galpões exclusivos - é a forma mais adequada de criação para quem


pretende comercializar a produção, além de oferecer garantias de uma
melhor supervisão, os galpões se tornam mais eficientes no momento do
manejo do rebanho, a limpeza é indispensável, por esta razão são
projetados de forma a permitir o isolamento de dejetos construindo uma
vala abaixo das gaiolas, destinada a acomodação de ambos os dejetos como
urina e fezes.
    
    
  Reprodução:  
     À semelhança de outras criações, o coelho pode se reproduzir pelos
métodos naturais ou artificiais:

     Monta natural - o coelho é um animal dos mais prolíferos, sua gestação
dura de 28 a 32 dias, os machos são muito ativos e não existe nenhuma
dificuldade em sua reprodução, tanto é que tem se tornado um incômodo
para alguns países, como na Austrália, criados soltos, foram tão eficientes
que tornaram-se praga, destruindo plantações, foi necessária a construção
de uma cerca metálica para isolar grandes extensões de terra. Desta
forma o coelho é um animal que não necessita de auxílio para sua
   
multiplicação. A monta é simples e rápida, o macho se prende ao dorso da
fêmea, abocanhando sua sernelha (nuca), após movimentos contínuos atinge
o ápice dando um salto para frente, emitindo um som característico.

     Inseminação artificial -  utilizado em criações industriais, este método


tem por finalidade a melhoria genética, além de aumentar a eficiência na
quantidade de láparos nascidos. Esta tecnologia tem se desenvolvido com
rapidez e já existem instrumentos e métodos complexos que tem agilizam
a obtenção de novos resultados. Consiste em coleta de sêmen, manipulação
e introdução em matrizes preparadas.
    
    
  Desmame:  
       Os láparos podem ser separados aos 30 dias de vida das matrizes e
colocados em gaiolas coletivas, nesta época de desmama que é
preferível fazer sexagem, pesagem e identificação, a mais utilizada é a
tatuagem, para melhor controle de escrituração zootécnica, podendo-se
também tirar a matriz da gaiola.

     A produção de leite de uma matriz atinge o ápice de produção em 21


dias, caindo o pico após este período, porém desmamar os láparos antes
dos 28 dias aumenta a probabilidade desta matriz ter mamite (Mastite),
apesar que, aumentar o tempo de lactação por mais 30 dias só traz
desvantagens, pois a produção de leite é pequena e a quantidade de
ração consumida é grande.

     O sistema em que se cobre a matriz 26 dias após o desmame,


resultando em 6 gestações por ano é o mais recomendado pois facilita a
utilização intensa da matriz, sem afetar seu desempenho reprodutivo,
este sistema só não é indicado para criadores de coelhos para pêlos, pois
para este tipo de exploração recomenda-se no máximo 3 a 4 partos
anuais por matriz.

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Fator lanudo:    

   Não é uma doença, nem problema de


manejo, mas apenas um fator genético
recessivo que pode surgir em uma criação.
A pelagem é semelhante ao Angorá, o que
possivelmente contribui no
estabelecimento da raça, que com
 melhoramento atingiu um fio mais fino e -  
longo. Não interfere na vida do animal, mas
torna-o indesejável, pois estando fora do
padrão não interessa ao criador. Para
eliminá-lo, o produtor necessita identificar
se algum reprodutor ou matriz possui o
"fator" excluindo-o.

 
    
    
    
Torcicolo ou Pescoço Torto:

   Acontece que muitas vezes encontramos


um ou mais coelhos que se apresentam de
um dia para o outro com a cabeça
completamente virada. Se os coelhos
nestas condições não se acham atacado
pela sarna auricular, essa torção da cabeça
      
é de origem alimentar, ocasionada pela
deficiência da Vitamina B, na ração. O
coelho, nestas condições, torce a cabeça
para um lado, dando a impressão que os
músculos estão continuamente em
contração; o animal anda com grande
dificuldade, girando freqüentemente
sobre um mesmo lado.
    
    
    
Canibalismo ou embriofogia:

   Geralmente ocorre de mães para com as


crias, em condições desfavoráveis,
algumas matrizes ao parir praticam este
ato que a pesar de não ser considerado
doença, traz sérios danos para o plantel.

   Fatores: Carência alimentar


principalmente em proteína e sal comum,
falta de água fria ou água muito quente,
ninhos mal desenfeitados, incidência de
sarna, manejo errado, estresse, fêmeas
nervosas, etc.
     
   Medidas Profiláticas - Oferecer
alimentação na medida certa, além de água
abundante e de boa qualidade, manter os
animais em local fresco, livre de barulhos
constantes, e nunca esquecer da colocação
do ninho, pelo menos dois dias antes da
data prevista para o parto.

   Este procedimento não deve ser


admitido por mais de uma vez, havendo a
reincidência, a matriz deve ser
descartada, pois não tendo condições
ideais de reprodução, ela trará prejuízo ao
bom andamento da criação.
    
    
    
Sarna Auricular ou psoróptica:

   De rápido contágio, em pouco tempo a


propagação da moléstia entre todos os
animais. A sarna auricular é uma infecção 
parasitária ocasionada por dois parasitos,
Psoroptes cuniculi e Chorioptes cuniculis,
os quais se localizam dentro do ouvido do
coelho, na parte profunda da pele,
chegando muitas vezes a provocar a morte
do animal quando não tratado em tempo. A
primeira manifestação de sarna de orelha
começa pelo aparecimento de forte
irritação, no interior de um dos ouvidos do
coelho, seguida de inflamação e formação
     
de uma secreção espessa, que em poucos
dias torna-se serosa e amarelada. Com a
continuação da doença, há formação  de
crostas ou escamas de cor amarelo-pardo,
aderentes à parte interna da orelha
fechando completamente o ouvido do
animal. O pavilhão interno se encontra
mais quente. Os animais assim infectados 
tornam-se  fracos, emagrecendo
rapidamente, chegando muitas vezes à
morte; inclinam a cabeça para o lado
doente, procurando coçar com as patas a
orelha atacada. Com o avançar da doença,
iremos encontrar juntamente com as
crostas, sangue e pus, de cheiro fétido.
 Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deve tomar  medidas de  
profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia. No caso de
reprodutores podem ter seu ardor sexual diminuído. Casos mais graves com
perfuração do tímpano podem levar a aparecimento de convulsões e torcicolo. A sarna
carióptica é uma forma beíngua de sarna produzida por Charioptes cuniculi e se
localiza principalmente no pavilhão interno da orelha do coelho. As escoriações
provocadas por este ácaro são mais amenas que as provocadas pelo Psoroptes cuniculi.
A diferenciação se dá pelo exame laboratorial.

   Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a
entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados
periodicamente. Os animais doentes deverão ser logo observados pelo seu veterinário
assistente  e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser
desinfetadas. Evitar acúmulo de pó nas instalações e nos arames que suspendem as
gaiolas. Fazer sarnicidas mensalmente, quarentena de animais adquiridos e eliminar
animais muito infectados.

   Tratamento: Uso de sarnicidas comerciais. Produto caseiro contendo 50% de


querosene e 50% de gordura aplicando nos locais onde se instala a sarna.

   Obs: caso o animal apresente crostas na orelha estas devem ser retiradas com gaze
úmida, com cuidado para não espalhar nas instalações, e após esta limpeza aplicar o
produto sarnicida. Usar luvas e evitar contato.
    
    
    
         
Sarna Sarcóptica:

   Produzida pelo ácaro Sarcoptes cuniculi, este ácaro penetra mais profundamente na
pele. Esta doença, muito contagiosa, é caracterizada pela formação de crostas na
cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos
graves às patas e órgãos genitais. Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha,
pois esta só ataca o corpo do animal. As primeiras manifestações da sarna começam
com a picada do parasito que causa forte irritação, ocasionando o aparecimento de um
líquido que, ao secar, forma crostas duras, de cor amarelo-cinza. Como a sarna se
localiza de preferência na cabeça e boca do animal, os lábios se apresentam
consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à
 dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo até  
morrer. Sendo ás crostas localizadas em volta do nariz, há inflamação do local,
determinando grande dificuldade na respiração.

   Entretanto, no início da doença, antes que a sarna atinja completamente a cabeça


do animal, o seu tratamento é fácil. Assim, o criador ao notar que o focinho do coelho
que é geralmente limpo e brilhante, se apresenta coberto com um pó branco,
semelhante à farinha, deverá logo examinar o animal, assim como as suas patas, onde
ele irá encontrar entre as unhas o mesmo pó branco. Isto acontece porque o coelho,
ao sentir a irritação produzida pela picada do parasito na cabeça, procura  coçar o
local, fazendo então com que as unhas se se apresentem infectadas. A prevenção e
tratamento são o mesmo anterior.
    
    
    
Necrobacilose plantar(“Mal de patas”):

   O abscesso da planta das patas constitui


a afecção mais vulgar e conhecida de
todas as explorações cunículas, estes
abscessos são muito mais freqüentes nas
patas posteriores, começam por uma
tumefacção pouco visível, mas que se nota
pela palpação. Pode limitar-se aos tecidos
cutâneo e conjuntivo. A pele fica grossa
(paraqueratose), com crostas; a infecção
fica latente e as chagas por vezes são
sanguinolentas. A falta de higiene do
pavimento da jaula pode provocar uma
infecção secundária, então o abscesso
invade os metatarsos, tornando-se
francamente purulento. Podem ocorrer
infecções diversas (estafilococos, fungos),
mas a mais temível está relacionada com o
Corynebacterium que provoca uma
gangrena necrosante, de odor
     
nauseabundo, e pode se estender à cabeça
e a todo o corpo tornando-se contagiosa
(necrobacilose) A má qualidade,
rugosidade, fios pegados, malhas
demasiado largas e a ferrugem são os
defeitos principais da rede metálica,
constituindo outros tantos fatores que
favorecem o desenvolvimento dos
abscessos sub-plantares. As raças
pesadas de coelho criam-se em piores
condições sobre rede metálica que as
outras. A luta contra esta é preventiva,
contemplando os seguintes aspectos: (1)
Eleição de raças médias e de animais cujas
patas estejam providas de pêlo abundante
na face inferior, o que protege a pele
(Neozelandesa e Californiana); (2) Escolha
de uma rede metálica com fios grossos,
soldados, galvanizados, cuja largura de
malha esteja compreendida entre 13mm e
15mm.
  A rede não deverá irritar a palma da mão quando esta é esfregada na superfície; (3)  
- Lavagem e desinfecção freqüente das jaulas. Os tratamentos são difíceis. Quando
não se verificam supurações francas, podem efetuar-se tratamentos diários às
feridas e, com dois dias de intervalo, aplicação de anti-sépticos eficazes (iodo). Não
se deve desprezar a atividade antifúngica do iodo e do permanganato nas criações
sobre a cama.  Não se recomendam as pomadas antibióticas porque o tratamento é
longo e dispendioso. Quando os abscessos ficam purulentos ou quando as patas
anteriores estão afetadas, a infecção torna-se incurável e os animais serão
eliminados. Caso se verifique outros abscessos, especialmente na cabeça
(necrobacilose), o animal deverá ser incinerado ou enterrado a grande profundidade.
Os abscessos sub-plantares tornam, para os machos, praticamente impossível o salto.
Aos animais infectados deve ser proporcionado um estrado, pelo menos numa parte da
gaiola, enquanto durar o tratamento, para evitar a contínua irritação da área ferida.

Medidas Preventivas - Evitar a umidade nas gaiolas, usar estrado na gaiola quando
necessário, selecionar animais mais resistentes a este problema.

Tratamento - Tintura de iodo, pomadas cicatrizantes, anticépticas, antifúngicas.


Durante o tratamento usar estrados de madeira na gaiola de arame ou se possível
passar o animal para uma gaiola com fundo ripado.
    
    
 Coccideose:  
    
    
    
 Pasteurelose:  
    
    
    
 Toxoplasmose:  
    
    
    
 Mixomatose:  
    
  

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