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TEMA-PROBLEMA

9.2. A formação da sensibilidade cultural e a


transfiguração da experiência: a Estética

Conjunto de ideias, próprias da cultura de cada grupo ou


VALORES de cada sociedade, que definem o que é considerado
importante, significativo ou desejável.

São relativos – variam no tempo e no espaço (diversidade


cultural)

Dão sentido às acções dos


indivíduos nas suas várias
DIMENSÕES

ÉTICA

ESTÉTICA: aquilo que é considerado bonito

RELIGIOSA
EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

Indivíduo reconhece que uma coisa é bela,


independentemente da utilidade que esse objecto tem
para ele e do desejo que se sente em relação ao objecto.

É condicionada pelo contexto (social, económico,


político, etc.) em que ocorre.

Fruição estética não resulta apenas da observação de


obras de arte. As paisagens naturais ou objectos de
reduzido valor artístico poderão ter para os indivíduos o
mesmo valor estético que uma obra de arte.
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS: INTEMPORALIDADE E
DIVERSIDADE

Processo de criação complexo e


OBRAS DE ARTE difícil de descrever, mesmo pelos
próprios artistas.

Reflectem a época em que os seus


criadores viveram e as tradições
culturais da sociedade em que
estavam inseridos – DIVERSIDADE.

A riqueza de informação que contêm


deve-se, muitas vezes, ao seu carácter
INTEMPORAL, na medida em que nos
dão uma visão dos aspectos essenciais
da vida humana.
O QUE É UMA OBRA DE ARTE?
Expressa, em simultâneo, uma relação entre
o criador e a sua obra e uma relação entre o
público e a obra.

ARTE COMO IMITAÇÃO: considera-se que o objectivo da arte


é reproduzir a realidade.

ARTE COMO EXPRESSÃO: considera-se que a arte expressa


uma emoção do criador.

ARTE COMO FORMA SIGNIFICANTE: considera-se que não se


RESPOSTAS deve procurar na própria obra aquilo que a define como arte,
mas sim no indivíduo que a aprecia - obra de arte é
identificada pela emoção estética que provoca nos
espectadores (Clive Bell)

TEORIA INSTITUCIONAL DA ARTE: enfatiza a importância da


comunidade de conhecedores de arte na definição do que
pode ser considerado arte.
Criticadas

CONCEITO DE ARTE É INDEFINÍVEL


PERÍODOS SIGNIFICATIVOS DA ESTÉTICA OCIDENTAL

ARTE GREGA
Conceito de belo era sinónimo de verdadeiro, bom e justo (Platão e
Aristóteles).
Arte é assumida como a imitação do real e a diferença entre as artes é
estabelecida com base no objecto ou no instrumento de tal imitação.

ARTE MEDIEVAL
Estética medieval foi uma estética cristã, muitas das ideias que estão
na sua base procederam de outras culturas (por exemplo, a grega),
mas, foram adaptadas à doutrina religiosa – uniformidade estética.
Conceito de beleza é entendido como um atributo exclusivo de Deus, o
criador supremo.

ARTE RENASCENTISTA
Ordem divina das coisas é substituída por uma ordem racional e
científica – visão racional e sistemática do espaço.
A beleza é «entendida como uma imitação da natureza segundo
regras cientificamente estabelecidas».
PERÍODOS SIGNIFICATIVOS DA ESTÉTICA OCIDENTAL

ROMANTISMO
Reacção aos padrões artísticos clássicos, substituindo:
- a realidade exterior pela realidade interior;
- o universalismo e o racionalismo pelo individualismo e
sentimentalismo;
- a obediência à regras rígidas pela imaginação e liberdade criadora;
- a realidade presente pela evasão no tempo e espaço.

ARTE CONTEMPORÂNEA

MODERNIDADE OU MODERNISMO (finais do século XIX e princípios do


século XX)

ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA (após o final da 2ª


Guerra Mundial)
ARTE CONTEMPORÂNEA
MODERNIDADE OU MODERNISMO (finais do século XIX e princípios do século XX)
Correntes: impressionismo, fauvismo, cubismo, expressionismo, ...
Características em comum: a simplificação das formas, a redução do nível de
graduação das cores utilizadas e, principalmente, um afastamento do real,
caminhava-se para um abstraccionismo.

Os MOVIMENTOS DE VANGUARDA muito importantes na criação/divulgação das novas


correntes artísticas, defendiam uma atitude de constante busca do novo, procurando
incessantemente criar novos estilos artísticos – «tudo o que é posterior é superior».

EXEMPLO: Marcel Duchamp (Dadaísta) pintou bigodes na Mona Lisa para simbolizar o
desprezo pela arte tradicional, defendendo que a arte não podia ser separada da vida,
elevou os objectos da realidade quotidiana a obras de arte.

O modernismo continuou a ter expressão própria até ao fim da 2.ª Guerra Mundial (1939-
1945), mas, a arte moderna deixou de ser um fenómeno exclusivamente europeu, para
passar a estar centrado também nos EUA.
ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA (após o final da 2.ª Guerra Mundial)

Arte passa a utilizar, em simultâneo, todos os elementos conhecidos, tanto os novos


como os antigos. As formas são simplificadas, tornando-as conceptuais, atractivas e
práticas.
Correntes: Op Art (utilização de formas geométricas), Pop Art (Andy Warhol e Roy
Liechtenstein), arte minimal, arte conceptual, o fotorrealismo, etc.

ARTE passa a ser INTERACTIVA, apelando à participação do espectador, solicitando da


audiência respostas autónomas e não previstas, abolindo, pelo menos nas experiências
mais radicais, as fronteiras entre o autor e o fruidor, o palco e a plateia, o produtor e o
consumidor (happenings, instalações, poemas desmontáveis, etc.)
Interactividade é intencional é em parte «criada» pelo artista.

ARTE PÓS-MODERNA distancia-se da arte moderna e das vanguardas que lhe estão
associadas, pois não nega o que é antigo, pelo contrário, realiza uma verdadeira fusão de
linguagens, materiais e tecnologias.

ecletismo/pluralismo: diversos estilos anteriores são


revividos por vários artistas no mesmo espaço temporal.
A ARTE E O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

A arte passou a poder ser preservada e reproduzida (da obra única


passa-se para a obra em série).

Muitos autores consideram que o objecto artístico perde valor e que se assiste a uma
certa banalização estética ou degradação da arte.

Reprodutibilidade de uma obra de arte leva à perda do momento único da


sua contemplação, ou seja, destrói a sua AURA (W. Benjamim).
Este autor, apesar de realçar a perda do sentido das artes, manifestou
abertura relativamente às potencialidades dos novos tipos de eventos
culturais, falando na possibilidade de uma democratização estética.

Técnicas de reprodução visam a produção em série e a homogeneização


fazendo a obra de arte perder a sua originalidade ( T. Adorno).
O poder concentra-se numa elite que manipula os que não têm acesso
aos originais, fornecendo-lhes cópias em série que banalizam e
massificam a fruição da obra de arte.
A ARTE

NOVAS TECNOLOGIAS DA
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO,
EM ESPECIAL, A INTERNET

Alteram o sistema de comunicações e os próprios média


(multimédia) e fazem aparecer novas formas de arte veiculadas
por via informatizada.

Computer art
Arte em vídeo
Internet Art (net.art)
…..
O PERENE E O EFÉMERO NA ARTE CONTEMPORÂNEA

As obras de arte têm perdurado no tempo

UNIVERSO DO PERENE, o que permanece ao longo dos tempos

Contudo, desde sempre algumas artes fizeram parte do


mundo do EFÉMERO (música e teatro)

Após o acto da sua execução


Muitas artes, na sociedade contemporânea,
nada restava, senão a sua
reciclam, destroem, … os materiais que
lembrança.
utilizam na sua execução, o que não lhes
retira, nem valor, nem originalidade:

SÃO INTENCIONALMENTE EFÉMERAS

Street Art (arte de rua): o graffiti, que, muitas vezes, assume uma
forma de, quem pega na lata de tinta, para expressar sua criatividade.

Body art (arte do corpo): o corpo do artista é utilizado como suporte


ou meio de expressão.
MULTICULTURALISMO

Sociedades contemporâneas: abertas ao mundo e a outras perspectivas


diferentes das suas

Obras de arte «globalizam-se»: produz-se e comercializa-se música e livros para o


mercado global, surgem movimentos artísticos semelhantes em vários pontos do
globo, visualizam-se obras de arte em tempo real através da Internet, etc.

A CIÊNCIA E A ARTE
Artistas e cientistas podem ter a Artista utiliza as descobertas científicas:
mesma percepção do mundo, mas, fonte de inspiração e podendo reflecti-las
representam-no com linguagens no processo de construção da sua obra.
diferentes.

ARTE-CIÊNCIA
artista apropria-se da ciência para desenvolver o seu processo
criativo de novas realidades, de novos mundos ou de representações
da realidade.
A ESTETIZAÇÃO DO REAL

Alguns objectos da vida quotidiana, graças a um elogio


estético (nalguns casos com meros objectivos publicitários)
são transformados em arte.

Nas sociedades contemporâneas, a


par das correntes artísticas
tradicionais inseridas nos circuitos
de comercialização das obras de
arte, podemos encontrar:

MOVIMENTOS ANTI-ARTE: questionam os objectos


artísticos produzidos e a profissão de artista.

MOVIMENTOS DE ARTE COMPROMETIDA: de uma


forma intencional produzem arte comprometida, por
exemplo, a nível social ou político.
NECESSIDADE DE FORMAÇÃO DA SENSIBILIDADE ESTÉTICA

Nas sociedades contemporâneas, marcadas pela


racionalização técnico-científica, é cada vez mais necessária

FORMAÇÃO DA SENSIBILIDADE ESTÉTICA

Papel fundamental da educação artística, pelo menos, ao longo de toda


vida escolar.
A educação estética poderá contribuir para a formação global dos
indivíduos, na medida em que lhes permite desenvolver as suas
potencialidades de conhecimento, fornecendo-lhes novas maneiras de
ver e de avaliar a realidade em espaços e momentos diferenciados.

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