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DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO - DD

GERÊNCIA DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO - GEDIST

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM


ALTA TENSÃO

DEPARTAMENTO DE NORMAS E PROCEDIMENTOS - DNORM


DOCUMENTO NORMATIVO
Código
NORMA TÉCNICA NT-004
Página
I
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA Revisão

EM ALTA TENSÃO 2
Emissão
ABR/2004

APRESENTAÇÃO

A presente Norma Técnica NT-004/2004 cancela e substitui a Norma Técnica NT-004/2002 e a


DT-204/2003 e baseia-se na Resolução 456, de 29 de novembro de 2000, da Agência Nacional
de Energia Elétrica, ANEEL, ou legislação posterior que a substituir.

Os projetistas usuários, fiscais (inspetores) da COELCE e demais leitores deste documento


encontrarão informações sobre as condições gerais para Fornecimento de Energia Elétrica na
Tensão 69 kV, estabelecendo os requisitos mínimos indispensáveis para ligação ao sistema
COELCE das unidades consumidoras atendidas na tensão mencionada.

São explicitadas as condições gerais a que devem satisfazer a entrada de serviço, subestação,
proteção, medição e aterramento, bem como fixadas as características mínimas a que devem
satisfazer os equipamentos a serem instalados.

O projeto, a especificação e a construção eletromecânica das instalações, bem como os materiais


e equipamentos nelas empregados, devem obedecer a esta norma e as normas emitidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e, na falta destas, as da IEC, ANSI e NEMA.

Esta Norma se aplica em instalações novas, reformas e ampliações que venham a ser
executadas após a sua entrada em vigência.

Elaboração:
Antônio Ribamar Filgueira - DNORM
Keyla Sampaio Câmara - DNORM
Colaboradores
Cassiano de Carvalho Rocha Neto – DPLAN
Francisco das Chagas Andrade – DGEMP
Gilson Alves Teixeira - DENGE
Jacinta Maria Mota Sales – DNORM
José Deusimar Ferreira – DNORM
Marcus Superbus de Medeiros DEP/DEPAN
Raimundo Carlos M. Filho – DPLAN
Raimundo Furtado Sampaio – DNORM
Roberto Freire Castro Alves - DENGE
Roberto Garrido de Figueiredo.- DEPAN
Valdiberto Carvalho Castro DAO/DEPAN
Apoio
Pedro Paulo Menezes
Sandra Lúcia Alenquer da Silva
Código
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ABR/2004

ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 1

2 OBJETIVO ............................................................................................................................................................. 1

3 PADRÕES E ESPECIFICAÇÕES........................................................................................................................ 1

4 CAMPO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................................... 2

5 TERMINOLOGIA ................................................................................................................................................. 2
5.1 ATERRAMENTO ..................................................................................................................................................... 2
5.2 CONSUMIDOR ........................................................................................................................................................ 2
5.3 CONSUMIDOR DO GRUPO "A" ............................................................................................................................... 2
5.4 CAIXA DE MEDIÇÃO .............................................................................................................................................. 2
5.5 CUBÍCULO DE MEDIÇÃO........................................................................................................................................ 2
5.6 CONTRATO DE ADESÃO......................................................................................................................................... 2
5.7 CARGA INSTALADA ............................................................................................................................................... 3
5.8 CONTRATO DE FORNECIMENTO ............................................................................................................................. 3
5.9 DEMANDA ............................................................................................................................................................. 3
5.10 DEMANDA CONTRATADA ................................................................................................................................. 3
5.11 DEMANDA MÁXIMA .......................................................................................................................................... 3
5.12 DEMANDA MÉDIA ............................................................................................................................................. 3
5.13 DEMANDA FATURÁVEL .................................................................................................................................... 3
5.14 ENERGIA ELÉTRICA ATIVA ............................................................................................................................... 3
5.15 ENERGIA ELÉTRICA REATIVA ........................................................................................................................... 3
5.16 ENTRADA DE SERVIÇO ...................................................................................................................................... 3
5.17 FATOR DE CARGA ............................................................................................................................................. 3
5.18 FATOR DE DEMANDA ........................................................................................................................................ 4
5.19 FATOR DE POTÊNCIA ........................................................................................................................................ 4
5.20 POSTO DE MEDIÇÃO ......................................................................................................................................... 4
5.21 POTÊNCIA DISPONIBILIZADA ............................................................................................................................ 4
5.22 POTÊNCIA NOMINAL DO TRANSFORMADOR ...................................................................................................... 4
5.23 POTÊNCIA INSTALADA ...................................................................................................................................... 4
5.24 POTÊNCIA ATIVA MÉDIA................................................................................................................................... 4
5.25 POTÊNCIA APARENTE ....................................................................................................................................... 4
5.26 POTÊNCIA ATIVA .............................................................................................................................................. 4
5.27 PONTO DE ENTREGA.......................................................................................................................................... 4
5.28 RAMAL DE ENTRADA ........................................................................................................................................ 4
5.29 RAMAL DE ENTRADA AÉREO ............................................................................................................................. 4
5.30 RAMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO ............................................................................................................... 5
5.31 RAMAL DE ENTRADA MISTO ............................................................................................................................ 5
5.32 SUBESTAÇÃO .................................................................................................................................................... 5
5.33 SUBESTAÇÃO SECIONADORA ............................................................................................................................ 5
5.34 SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA COMPARTILHADA ........................................................................................ 5
5.35 UNIDADE CONSUMIDORA ................................................................................................................................. 5
6 LIMITES DE FORNECIMENTO ........................................................................................................................ 5

7 ALTERNATIVAS DE ATENDIMENTO PARA LIGAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA .................. 7

8 ENTRADA DE SERVIÇO..................................................................................................................................... 7
8.1 GENERALIDADE .................................................................................................................................................... 7
8.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS DA ENTRADA DE SERVIÇO ............................................................................................. 7
8.2.1 Ponto de Entrega......................................................................................................................................... 8
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8.2.2 Ramal de Entrada........................................................................................................................................ 8


9 SUBESTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 10
9.1 PRESCRIÇÕES GERAIS .......................................................................................................................................... 10
9.2 SUBESTAÇÃO AÉREA .......................................................................................................................................... 11
9.3 SUBESTAÇÃO SEMI-ABRIGADA ........................................................................................................................... 12
9.4 SUBESTAÇÃO ABRIGADA .................................................................................................................................... 13
10 MEDIÇÃO ............................................................................................................................................................ 14
10.1 GENERALIDADES ............................................................................................................................................ 14
11 PROTEÇÃO.......................................................................................................................................................... 15
11.1 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E SURTOS DE TENSÃO ....................................................... 15
11.2 PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO E SECIONAMENTO ............................................................................... 16
11.2.1 Proteção de alta tensão......................................................................................................................... 16
11.2.2 Proteção de média tensão ..................................................................................................................... 17
12 ATERRAMENTO ............................................................................................................................................... 17
12.1 SISTEMA DE ATERRAMENTO DA SUBESTAÇÃO ............................................................................................... 17
12.2 ATERRAMENTO DO PÁRA-RAIOS .................................................................................................................... 18
13 GERAÇÃO PRÓPRIA......................................................................................................................................... 18

14 PROJETO ............................................................................................................................................................. 19
14.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................................................... 19
14.2 ANÁLISE E ACEITAÇÃO DO PROJETO .............................................................................................................. 21
15 CONDIÇÕES GERAIS........................................................................................................................................ 21
15.1 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ................................................................................................................................. 21
16 CARACTERÍSTICAS.......................................................................................................................................... 22
16.1 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO SISTEMA ................................................................................................... 22
16.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS EQUIPAMENTOS E RELÉS ......................................................................... 22
16.2.1 Características Técnicas dos Relés....................................................................................................... 22
ANEXO I - MODELO DE REQUERIMENTO PARA CONSULTA PRÉVIA ...................................................... 24

ANEXO II - MODELO DE REQUERIMENTO PARA ACEITAÇÃO DE PROJETO ........................................ 25

ANEXO III - MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSPEÇÃO E LIGAÇÃO ............................................. 26

TABELA 1- VARIAÇÃO DE TENSÃO NO PONTO DE ENTREGA DE ENERGIA .......................................... 28

TABELA 2- LIMITES DE TENSÃO DE HARMÔNICOS EM PERCENTUAL................................................ 28

TABELA 3- LIMITE DE DISTORÇÃO DE CORRENTE PARA SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO .................. 29

TABELA 4- POTÊNCIA MÁXIMA DO CONVERSOR MONOFÁSICO OU TRIFÁSICO ............................... 29

TABELA 5- AFASTAMENTOS E ESPAÇAMENTOS PARA SUBESTAÇÕES .................................................. 30

TABELA 6-DIMENSIONAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA E ALTA TENSÃO ........................... 30

TABELA 7-RAIO DE PROTEÇÃO DE UM PÁRA-RAIOS EM FUNÇÃO DA ALTURA.................................. 31


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1 INTRODUÇÃO
Esta norma pode, em qualquer tempo, ser modificada por razões de ordem técnica ou legal, motivo
pelo qual os interessados devem, periodicamente, consultar a COELCE quanto às eventuais
alterações.
As prescrições desta Norma não implicam no direito do consumidor imputar a COELCE quaisquer
responsabilidades com relação à qualidade de materiais ou equipamentos, por ele adquiridos, com
relação ao desempenho dos mesmos, incluindo os riscos e danos de propriedade ou segurança de
terceiros, decorrentes da má utilização e conservação dos mesmos ou do uso inadequado da
energia, ainda que a COELCE tenha aceito o projeto e/ou procedido vistoria.
A presente Norma, não invalida qualquer outra sobre o assunto que estiver em vigor ou for criada
pela ABNT, ou outro órgão competente. No entanto, em qualquer ponto onde, porventura, surgirem
divergências entre esta Norma e outras emanadas dos órgãos supracitados, prevalecem às
exigências mínimas aqui contidas, até a sua modificação, se for o caso.

2 OBJETIVO
Estabelecer regras e recomendações aos projetistas e consumidores com relação à elaboração de
projetos e execução de suas instalações, a fim de possibilitar o fornecimento de energia elétrica sob
a tensão nominal de 69 kV e na freqüência nominal de 60 Hz.

3 PADRÕES E ESPECIFICAÇÕES
Padrões e especificações que podem servir de orientação na execução dos projetos:
CP 10/2003 Critério de Projeto Linhas Aéreas de Alta tensão – 72,5 kV
CP 11/2003 Critério de Projeto Subestação de Distribuição Aérea e Semi-Abrigada 72,5-15 kV.
PE-044 Padrão de LAAT Convencional sem Cabo Pára-raios
PE-045 Padrão de LAAT Convencional com Cabo Pára-raios
PE-046 Padrão de LAAT Compacta sem Cabo Pára-raios
PE-047 Padrão de LAAT Compacta com Cabo Pára-raios
PE-048 Padrão de Detalhes de Instalação de LAAT
PS-051 Padrão de Subestação de Distribuição Aérea Convencional 72,5-15 kV
PS-052 Padrão de Detalhes de Instalação e Montagem de Equipamentos e Materiais 72,5-15 kV
E-SE-001 Transformador de Poder
E-SE-002 Interruptores de Alta Tensión
E-SE-003 Interruptores de Média Tensión
E-SE-004 Secionadores de Média Tensión
E-SE-005 Transformadores de Instrumentación de Alta Tensión
E-SE-006 Secionadores de Média Tensión
E-SE-007 Transformadores de Instrumentación de Média Tensión
E-SE-008 Celdas de Média Tensión
E-SE-009 Banco de Condensadores
ET-155 Especificação Técnica de Pára-Raios
ET-206 Especificação Técnica de Cabo de Controle Blindado
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ET-PCM-001 Proteción de Sobrecorriente Multifunción


ET-PCM-002 Proteción Banco de Condensadores de MT
ET-PCM-003 Proteciòn Diferencial para Transformador
ET-PCM-008 Sistema Digital para Automatización de Subestaciones
PM-01 Padrão de Material
PEX-51 Procedimentos para Construção e ou Reforma de Linhas de Transmissão 72,5-15 kV
PEX-52 Procedimentos para Construção de Subestações Abaixadoras e Secionadoras 72,5-15 kV
DT-033 Paralelismo de produtor independente e Autoprodutor de Energia Elétrica com o sistema
COELCE.
DT-104 Instrução para instalação de Grupo Gerador Particular em Baixa Tensão

4 CAMPO DE APLICAÇÃO
O campo de aplicação desta norma abrange as instalações consumidoras de tensão primária de
distribuição em 69 kV, novas ou a reformar, localizadas nas zonas urbanas e rurais, respeitando-se o
que prescrevem as normas da ABNT e a legislação emanada do Ministério das Minas e Energia e da
ANEEL, em vigor.

5 TERMINOLOGIA
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições, complementadas pelas contidas
nas Normas Brasileiras - NBR.
5.1 Aterramento
Ligação elétrica à terra de todas as partes metálicas não energizadas de uma instalação incluindo o
NEUTRO.
5.2 Consumidor
É a pessoa física ou jurídica ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que
solicitar a COELCE o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento
das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim
vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme o caso.
5.3 Consumidor do Grupo "A"
Consumidor que recebe energia em tensão igual ou superior a 2300 volts, assim considerada a
pessoa física ou jurídica, legalmente representada, que ajustar com a COELCE o fornecimento de
energia, ficando portanto, respondendo por todas as obrigações regulamentares e/ou contratuais.
5.4 Caixa de Medição
Caixa lacrável, destinada à instalação do medidor e seus acessórios.
5.5 Cubículo de Medição
Compartimento destinado a instalar a caixa de medição.
5.6 Contrato de Adesão
Instrumento contratual com cláusulas vinculadas às normas e regulamentos aprovados pela ANEEL,
não podendo o conteúdo das mesmas ser modificado pela COELCE ou pelo consumidor, a ser aceito
ou rejeitado de forma integral.
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5.7 Carga Instalada


Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em
condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).
5.8 Contrato de Fornecimento
Instrumento contratual em que a concessionária e o consumidor responsável por unidade
consumidora do Grupo “A” ajustam as características técnicas e as condições comerciais do
fornecimento de energia elétrica.
5.9 Demanda
Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga
instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado.
5.10 Demanda Contratada
Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária, no
ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que
deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW).
5.11 Demanda máxima
Demanda máxima das potências elétricas ativas e reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela
parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo
especificado.
5.12 Demanda média
Demanda média das potências elétricas ativas e reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela
da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo
especificado.
5.13 Demanda Faturável
Valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os critérios estabelecidos e
considerada para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em
quilowatts (kW).
5.14 Energia Elétrica Ativa
Energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em
quilowatts-hora (kWh).
5.15 Energia Elétrica Reativa
Energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um
sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em
quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh).
5.16 Entrada de serviço
É o trecho do circuito com toda a infra-estrutura adequada à ligação, fixação, encaminhamento,
sustentação e proteção dos condutores, que vão do ponto de ligação da linha até a medição da
COELCE.
5.17 Fator de Carga
Razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora, ocorridas no mesmo
intervalo de tempo especificado.
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5.18 Fator de Demanda


Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade
consumidora.
5.19 Fator de Potência
Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas
ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado.
5.20 Posto de Medição
É o local reservado à instalação dos equipamentos e acessórios utilizados na medição de um
determinado consumidor, podendo ou não conter a caixa de medição.
5.21 Potência Disponibilizada
Potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender às instalações elétricas
da unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos na Resolução Nº 456/2000 da ANEEL.
5.22 Potência Nominal do Transformador
Valor convencional de potência aparente que serve de base para projeto, para os ensaios e para as
garantias do fabricante de um transformador, e que determina o valor da corrente nominal que circula
sob tensão nominal.
5.23 Potência Instalada
Soma das potências nominais dos transformadores instalados na unidade consumidora e em
condições de entrar em funcionamento, expressa em quilovolt-ampère (kVA).
5.24 Potência ativa Média
Média aritmética dos valores da potência instantânea durante um período, expressa em
quilowatts (kW).
5.25 Potência Aparente
Produto dos valores eficazes da tensão e da corrente, em um regime permanente senoidal , é o
modulo da potência complexa, expressa em quilovolt-ampère (kVA).
5.26 Potência Ativa
Valor médio da potência instantânea, durante um período. Em um regime de tensão e corrente
senoidais, a potência ativa é a parte real da potência complexa, expressa em
quilovolt-ampère (kVA).
5.27 Ponto de entrega
Ponto de conexão do sistema elétrico da COELCE com as instalações elétricas da unidade
consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento.
5.28 Ramal de entrada
É o conjunto de condutores com respectivos materiais necessários à fixação e interligação elétrica do
ponto de entrega à medição. O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo.
5.29 Ramal de entrada aéreo
É o conjunto de condutores e acessórios cujo encaminhamento se faz, em nível de 6 m acima da
superfície do solo, com os respectivos materiais necessários à sua fixação e interligação elétrica do
ponto de entrega à medição.
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5.30 Ramal de Entrada Subterrâneo


É o conjunto de condutores e acessórios cujo encaminhamento se faz, em parte ou no todo, em
nível abaixo da superfície do solo, com os respectivos materiais necessários à sua fixação e
interligação elétrica do ponto de entrega à medição.
5.31 Ramal de Entrada Misto
É aquele constituído de uma parte aérea e outra subterrânea. Seu projeto e construção deve
obedecer às prescrições pertinentes dos ramais de entrada aéreo e subterrâneo.
5.32 Subestação
Parte das instalações elétricas da unidade consumidora atendida em tensão primária de distribuição
que agrupa os equipamentos, condutores e acessórios destinados à proteção, medição, manobra e
transformação de grandezas elétricas.
5.33 Subestação secionadora
Subestação da COELCE construída através do secionamento de uma linha de Transmissão de 69 kV
destinada exclusivamente ao atendimento de um consumidor derivado diretamente do seu
barramento.
5.34 Subestação transformadora compartilhada
Subestação particular utilizada para fornecimento de energia elétrica simultaneamente a duas ou
mais unidades consumidoras.
5.35 Unidade Consumidora
Conjunto de instalação e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica
em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor.

6 LIMITES DE FORNECIMENTO
Os limites de fornecimento são estabelecidos mediante as condições técnico-econômicas do sistema
de suprimento da COELCE, para a unidade consumidora e de acordo com a legislação em vigor,
com observância das seguintes condições:
6.1 Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV; quando a demanda contratada ou
estimada pelo interessado, para fornecimento, for superior a 2.500 kW ;
6.1.1 Quando a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para fornecimento, for inferior a
2.500 kW, pode a COELCE estabelecer esta tensão de fornecimento desde que a unidade
consumidora se enquadre em uma das seguintes condições:
a) tiver equipamento que pelas suas características de funcionamento ou potência, possa
prejudicar a qualidade de fornecimento a outros consumidores atendidos em tensão de
13,8 kV;
b) havendo conveniência técnico-econômica para o sistema elétrico da COELCE, não
acarretando prejuízo ao interessado.
6.2 Máquinas elétricas, tais como motores síncronos e assíncronos (especialmente aqueles
utilizados em laminadores e elevadores de carga etc.), fornos a arco e equipamentos geradores de
harmônicos, cujo funcionamento em regime transitório possam causar perturbações no suprimento
total de energia elétrica a outros consumidores, estão sujeitos as seguintes condições:
a) motores elétricos
- fica limitada aos valores da Tabela 1, a variação de tensão no ponto de entrega de
energia, durante a partida de motores elétricos;
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- a utilização de chaves estrela-triângulo ou comutadora no acionamento de motores de


indução implicará no ajuste do tempo de comutação, quando o motor atingir a velocidade
de 90% a 95% de sua velocidade de regime.
b) fornos a arco
- limite padrão de flutuação de tensão no ponto de entrega de energia dado pelo método
inglês (ERA) será de 0,25%;
- a apuração do valor do padrão de flutuação de tensão deve ser considerada quando os
três eletrodos do forno, estão em curto-circuito e o transformador do forno estiver ajustado
no tap que permita o maior valor desta corrente;
- quaisquer outros critérios adotados para a apuração do nível de “flicker” devem ser
submetidos previamente à COELCE para análise.
c) equipamentos geradores de harmônicos
- Os limites aceitáveis para as tensões harmônicas individuais e para a distorção harmônica
total (DHT) estão representados na Tabela 2.1. Esses limites estabelecidos pelo ONS
devem ser entendidos como níveis de compatibilidade e não devem ser excedidos em
nenhum ponto do sistema elétrico. Os limites são aplicáveis à conexão de consumidores
com cargas que provocam distorções harmônicas em sistemas de transmissão e sub-
transmissão com tensões ≥ 13,8 kV, bem como para equipamentos especiais das
concessionárias.
A Tabela 2.2 apresenta os limites por consumidor para as tensões harmônicas individuais
e para a DHT. Esses limites devem ser aplicados no ponto de entrega.
Os acessantes devem assegurar que a operação de seus equipamentos, quando existirem
cargas não lineares, bem como outros efeitos dentro de suas instalações, incluindo
ressonâncias, não causem distorções harmônicas no ponto de conexão acima dos limites
individuais apresentados na Tabela 2.2.
- A concessionária deve utilizar para as suas análises os valores limites de distorção de
corrente da Tabela 3.
- A potência máxima do conversor monofásico ou trifásico em percentagem da potência de
curto-circuito no ponto de entrega é dado na Tabela 4.
6.3 Qualquer instalação nova, aumento ou redução da potência instalada em transformação, deve
ser precedida da aceitação do projeto elétrico pela COELCE, sem o qual a unidade consumidora está
sujeita às sanções legais previstas em lei por operar irregularmente;
6.4 Poderá ser efetuado fornecimento em tensão primária de distribuição a mais de uma unidade
consumidora do Grupo “A”, através de subestação transformadora compartilhada, devendo ser
atendidos os seguintes requisitos:
a) O atendimento a mais de uma unidade consumidora, de um mesmo consumidor, no mesmo
local, condicionar-se-á à observância de requisitos técnicos e de segurança previstos nas
normas e/ou padrões da COELCE;
b) Poderá ser efetuado fornecimento a mais de uma unidade consumidora do Grupo “A”, por meio
de subestação transformadora compartilhada, desde que pactuados e atendidos os requisitos
técnicos da COELCE e dos consumidores;
c) As medições individualizadas deverão ser integralizadas para fins de faturamento quando, por
necessidade técnica, existirem vários pontos de entrega no mesmo local;
d) Somente poderão compartilhar subestação transformadora, nos termos do parágrafo anterior,
unidades consumidoras do Grupo “A”, localizadas em uma mesma propriedade e/ou cujas
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propriedades sejam contíguas, sendo vedada utilização de propriedade de terceiros, não


envolvidos no referido compartilhamento, para ligação de unidade consumidora que participe
do mesmo;
e) Não será permitida a adesão de outras unidades consumidoras, além daquelas inicialmente
pactuadas, salvo mediante acordo entre os consumidores participantes do compartilhamento e
a COELCE;
f) Os investimentos necessários, projeto, construção, manutenção e operação sejam de
responsabilidade dos interessados.
6.5 Cada instalação consumidora deve apresentar um fator de potência, mais próximo possível da
unidade, de no mínimo 0,92, conforme legislação em vigor. Sua correção, se for o caso, deve ser
feita através de capacitores ou máquinas síncronas, após aceitação do projeto pela COELCE;
6.6 O fator de potência de referência “fr”, indutivo ou capacitivo, terá como limite mínimo permitido,
para as instalações elétricas das unidades consumidoras, o valor de fr=0,92

7 ALTERNATIVAS DE ATENDIMENTO PARA LIGAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA


a) por linha de transmissão exclusiva, conectada ao barramento de 69 kV de uma subestação da
COELCE ou Chesf, conforme alternativa 1 do desenho 004.01;
b) Por derivação do barramento de 69 kV de uma subestação secionadora da COELCE,
conforme alternativa 2 do desenho 004.01.
7.1 a alternativa de atendimento a unidade consumidora e o dimensionamento das instalações, fica
condicionada ao Atestado de Viabilidade Técnica (AVT), emitido pelo órgão de planejamento da
COELCE, que considerará as previsões feitas no horizonte de pelo menos 10 anos para crescimento
das cargas atendidas pela Linha em questão, bem como o tipo de carga envolvida no estudo.
7.2 A opção pela alternativa 2 obriga o consumidor a doar para a COELCE um terreno vizinho a sua
subestação, com dimensões mínimas de 22,5 m x 23,5 m para a construção da subestação
secionadora da COELCE..
7.3 O terreno da subestação secionadora deve ter limite com a via pública para possibilitar a entrada
e saída das linhas de transmissão e o livre acesso de viaturas e empregados da COELCE nas
instalações da se secionadora.
7.4 O custo total da se secionadora será às espensas do consumidor, exceto os equipamentos de
medição (TCs, TPs e medidores)
7.5 Fica a critério do consumidor contratar a COELCE ou terceiros para a construção e montagem da
subestação secionadora. Caso a execução seja por terceiros, deverá atender as exigências dos
padrões de subestação automatizada da COELCE.
7.6 A operação e manutenção da subestação secionadora será de responsabilidade da COELCE.

8 ENTRADA DE SERVIÇO
8.1 Generalidade
A entrada de serviço deve obedecer às prescrições desta norma, ver desenhos 004.02 e 004.03.
8.2 Elementos Essenciais da Entrada de Serviço
Além da infra-estrutura adequada à composição eletromecânica, os elementos essenciais da entrada
são:
- ponto de entrega;
- ramal de entrada.
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8.2.1 Ponto de Entrega


O ponto de entrega de energia elétrica deve ser único para cada consumidor situar-se no limite da
via pública para unidade consumidora sem recuo ou na fachada da edificação da subestação em que
se localiza a unidade consumidora, ressalvados os seguintes casos:
a) quando se tratar de linha de propriedade do consumidor, o ponto de entrega situar-se-á na
estrutura inicial desta linha.
8.2.2 Ramal de Entrada
O ramal de entrada pode ser aéreo ou subterrâneo, conforme desenho 004.02 e 004.03, e deve
obedecer às seguintes prescrições:
a) ser construído, mantido e reparado à custas do interessado;
b) quaisquer serviços no ramal de entrada devem ser feitos mediante autorização e supervisão
da COELCE;
c) a COELCE se isenta da responsabilidade de quaisquer danos pessoais e/ou materiais que a
construção ou reparo do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;
d) não é permitida a travessia de via pública, nem de terreno não pertencente a unidade
consumidora;
e) a estrutura do ramal de entrada deve ser localizada de modo a não permitir abalroamento de
veículos.
f) quando o ramal de entrada for subterrâneo, as muflas, cabos e todos os acessórios dos
mesmos são de responsabilidade do consumidor;
g) a classe de isolamento requerida é de 72,5 kV, devendo ser a mesma estabelecida para o
sistema de suprimento da unidade consumidora;
h) os equipamentos de manobra instalados no ramal de entrada devem ser operados
exclusivamente pela COELCE;
i) não deve ser acessível à janelas, sacadas, telhados, áreas ou quaisquer outros elementos
fixos não pertencentes à linha, devendo qualquer condutor do ramal estar afastado de, no
mínimo, 3,20 m (três e vinte metros) dos elementos supracitados. Não estão incluídas neste
caso as janelas de ventilação e iluminação dos postos de medição;
j) a COELCE não se responsabiliza por quaisquer danos decorrentes de contato acidental de
suas redes com tubovias, passarelas, elevados, marquises, etc., no caso da construção ter
sido edificada posteriormente à ligação da unidade consumidora;
k) não haver edificações definitivas ou provisórias, plantações de médio e grande porte sob o
mesmo, ou qualquer obstáculo que lhe possa oferecer dano, a critério da COELCE, seja em
domínio público ou privado;
l) no caso de travessia de cerca ou grade metálica deve haver um conveniente secionamento e
aterramento desta última, no trecho sob o ramal.
8.2.2.1 Ramal de Entrada Aéreo
Além das anteriores, deve obedecer às seguintes prescrições:
a) os condutores podem ser de alumínio ou cobre, todavia a natureza dos condutores do ramal
de ligação deve ser de acordo com o tipo da linha de secionamento, sua seção e estrutura
devem ser dimensionadas pelo projetista e aceita pela COELCE, de acordo com seus padrões
de linha;
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8.2.2.2 Ramal de Entrada Subterrâneo


A instalação do ramal de entrada subterrâneo deve obedecer às seguintes prescrições:
a) os cabos devem ser instalados em eletrodutos de PVC rígido, corrugado flexível, aço zincado
ou diretamente enterrados, total ou parcialmente, devem ser à prova de umidade e ter
proteção adequada de acordo com o desenho 004.04;
b) os eletrodutos ou condutores devem situar-se a uma profundidade de 90 cm, e, quando cruzar
locais destinados a trânsito interno de veículos, ser convenientemente protegidos por uma das
formas sugeridas no desenho 004.05;
c) deve ser derivado, de uma estrutura fixada em terreno da própria unidade consumidora e ser
aceito pela COELCE;
d) não deve cruzar terreno que não seja da unidade consumidora;
e) no trecho fora do solo, o ramal de entrada subterrânea deve ser protegido mecanicamente até
a uma altura de 6 m, através de eletroduto de aço zincado de diâmetro interno mínimo igual a
150 mm, ou por outro meio que ofereça a mesma segurança. Nas extremidades dos
eletrodutos deve ser prevista proteção mecânica contra danificação do isolamento dos
condutores;
f) a COELCE é isenta de qualquer responsabilidade por danos pessoais e/ou materiais que a
construção ou reparo do ramal de entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;
g) deve ser construída uma caixa de passagem afastada 120 cm do poste de derivação, do
ramal de entrada subterrâneo;
h) o comprimento máximo retilíneo entre duas caixas de passagem é de 50 m;
i) em todo ponto onde haja mudança de direção no encaminhamento do ramal de entrada, com
ângulo superior a 45 graus, deve ser construída uma caixa de passagem;
j) é conveniente que as caixas de passagem sejam construídas de modo que permitam folga
nos condutores de acordo com o raio de curvatura mínimo especificado pelo fabricante;
k) as caixas de passagem devem ter dimensões mínimas internas de 120 x 120 x 180 cm, com
uma camada de brita de 10 cm no fundo da mesma. O tampão de entrada da caixa deve ser
60 x 60 cm;
l) não serão aceitas emendas e/ou derivações nos cabos do ramal de entrada subterrâneo;
m) quando for utilizada curva de 90 graus para permitir a descida ou subida dos condutores do
ramal de entrada subterrâneo, esta deve ter um raio superior a 20 vezes o diâmetro do cabo;
n) todo ramal de entrada subterrâneo, deve ser composto de 3 cabos unipolares, instalados em
eletrodutos independentes, recomendando-se a instalação de um cabo reserva da mesma
natureza dos cabos energizados;
o) as extremidades dos eletrodutos, nas caixas de passagens, devem ser impermeabilizadas
com materiais que permitam posterior remoção, sem danos aos eletrodutos e ao isolamento
dos cabos;
p) os eletrodutos devem ser instalados de modo a permitir uma declividade de 2% no sentido
das caixas de passagem, conforme mostra o desenho 004.05;
q) as muflas, cabos e todos os acessórios da ramal de entrada devem ser de responsabilidade
do consumidor;
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8.2.2.3 Ramal de Entrada Misto


Seu projeto e construção deve obedecer às prescrições pertinentes dos ramais de entrada aéreo e
subterrâneo.

9 SUBESTAÇÃO
O consumidor deve obedecer às prescrições a seguir; na impossibilidade do não cumprimento
qualquer destes itens, deverá ser consultado o órgão de análise de projeto da COELCE.
9.1 Prescrições gerais
a) as subestações devem ser localizadas em local de livre acesso e em condições adequadas de
segurança;
b) toda área ou compartimentos da subestação devem ser destinados exclusivamente a
instalação de equipamentos de transformação, proteção, medição e outros necessários ao
atendimento da unidade consumidora;
c) o acesso de pessoas e equipamentos deve ser feito através de portão metálico, abrindo para
fora, com dimensões compatíveis com os equipamentos, provido de fecho de segurança
colocado externamente, permitindo no entanto, a livre abertura pelo lado interno, conforme
desenho 004.06;
d) o arranjo dos equipamentos da subestação deve ser feito levando em consideração: as
distâncias mínimas de segurança normalizadas, facilidade de operação, manutenção e
remoção de equipamentos, conforme tabela 5 e desenhos 004.07;
e) os barramentos de alta tensão devem ter nível de isolamento (NI) de 325 kV;
f) os barramentos das subestações localizadas próximos à orla marítima devem ser
preferencialmente de cobre;
g) a casa de comando deve obedecer aos seguintes requisitos:
- ser construída próximo ao pátio de manobra, para minimizar a extensão dos circuitos de
controle, proteção e medição;
- piso de material anti-derrapante e incombustível;
- a cobertura em concreto armado ou laje premoldada;
- condicionadores de ar na sala de comando, com dimensionamento adequado ao projeto;
- iluminação que atenda aos requisitos da NBR-5418 da ABNT;
- quando for necessário forro falso, empregar material incombustível;
- a sala de baterias deve dispor de janelas para ventilação com possibilidade de entrada e
saída de ar, de modo a evitar o acúmulo de hidrogênio. Se a sala de baterias ficar abaixo
do nível do solo, deve ser utilizada ventilação forçada;
- evitar instalação de baterias de tipos diferentes no mesmo ambiente;
- quando forem utilizadas baterias de solução ácida, recomenda-se que sejam colocadas
em recintos isolados.
h) a parte frontal dos painéis de comando deve estar afastada de, no mínimo, 1,2 m de
quaisquer obstáculos;
i) quando houver geração, a casa do gerador deve obedecer aos seguintes requisitos:
- piso de material anti-derrapante e incombustível;
- dispor de janelas para ventilação;
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- a iluminação deve atender aos requisitos da NBR-5418 da ABNT;


- os gases da combustão devem ser canalizados para o exterior e sempre que possível em
direção oposta aos equipamentos da subestação;
j) os eletrodutos destinados aos cabos de controle devem ser utilizados especificamente para
esta finalidade. A mesma exigência deve ser feita para eletrodutos destinados aos cabos de
medição.
k) deve ser instalada iluminação de emergência no pátio da subestação e na casa de comando,
com autonomia mínima de 2 horas;
l) o sistema digital das subestações deve ser compatível com o sistema digital da COELCE,
conforme Especificação de Sistema Digital;
m) para montagem das subestações aéreas e semi-abrigadas, ver procedimentos para
construções de subestações de 69-13,8kV, PEX-052.
n) devem ser sinalizadas de forma a orientar e facilitar a observância das providências
necessárias relacionadas com a proteção de suas dependências contra os riscos de
ocorrência e propagação de incêndio. Os equipamentos de proteção e combate a incêndio
devem ser identificados de acordo com a NBR-13434, NBR-13437 e NBR-13435.
o) devem ser fixadas externamente, nos locais de possíveis acesso a subestação e
internamente nos locais de possíveis acesso as partes energizadas, placas com os dizeres
“Perigo Alta Tensão” e o respectivo símbolo;
p) todos os dizeres das placas e esquemas devem ser em língua portuguesa, sendo permitido o
uso de línguas estrangeiras adicionais;
q) na subestação deve estar disponível, em local de fácil acesso, um diagrama unifilar geral da
instalação;
r) devem ser atendidas as normas de segurança aplicáveis, tanto na construção como na
manutenção da subestação;
s) as posições “fechado” e “aberto” dos equipamentos de manobra de contatos invisíveis devem
ser indicadas por meio de letras e cores, devendo ser adotada a seguinte convenção:
I - Vermelho: contatos fechados e O – Verde: contatos abertos.
As subestações de 69-13,8kV podem ser de três tipos distintos:
9.2 Subestação Aérea
As subestações aéreas são ao ar livre e os seus equipamentos ficam sujeitos às intempéries.
Devem atender os seguintes propostos:
a) para evitar a penetração de animais ou pessoas, a subestação deve ser provida de cerca ou
muro para proteção, com altura mínima de 3,10 m, cerca, quando se localizar na área rural e
muro de 3,50 m, quando se localizar na área urbana, conforme desenhos 004.08, 09 e 10;
b) quando a barreira de proteção estiver sobre o perímetro da malha de terra deve ser interligada
à esta. Quando a mesma estiver fora do perímetro da malha deve possuir aterramento
individual em pelo menos 4 pontos distintos. É importante observar que em ambos os casos a
tensão de toque existente deve ser igual ou inferior a tensão de toque máxima permitida;
c) a subestação deve ser provida de unidade de extintor de incêndio para uso em eletricidade,
instaladas, de acordo com os seguintes requisitos mínimos:
- uma unidade em um ponto mais próximo possível da entrada destinada a pessoas;
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- uma unidade localizada no pátio de manobra próxima ao transformador, e distante deste


de, no mínimo 15 m;
- a casa de comando deve ser protegida por extintor portátil de gás carbônico (CO2) 6kg,
devendo fixar sempre uma unidade em um ponto mais próximo possível da entrada da
casa de comando;
- se a casa de comando for constituída de mais de um pavimento, deve ser previsto um
extintor próximo a porta de entrada do referido pavimento posicionado pelo lado de fora;
- os extintores utilizados nas áreas externas devem ser de pó químico seco, tipo sobre
rodas, com capacidade mínima de 50 kg, dimensionados conforme NBR-12693 e serem
protegidos contra intempéries;
- a sala de baterias deve ser protegida por no mínimo um extintor de pó químico 12 kg e
deve haver exaustão natural ou forçada;
- devem ser fixados em locais visíveis e de fácil acesso, a uma altura de 1,6 m;
- meio de extinção dos extintores deve ser gás carbônico ou pó químico e os aparelhos
utilizados devem estar de acordo com a norma NBR-13231, NBR-12693 e NBR-10898 da
ABNT.
d) quando existir dois transformadores de potência a distância mínima entre eles deve ser 1,5
vezes o comprimento do lado paralelo das buchas de AT e MT dos mesmos, caso contrário
deve existir parede corta fogo entre eles com altura mínima de 60 cm acima do transformador
(vertical) e uma distância mínima de 50 cm entre o equipamento e a parede corta fogo.
(horizontal);
e) a iluminação do pátio deve ser feita através de luminárias instaladas em poste de concreto ou
metálico, localizadas nas laterais dos equipamentos e próximo ao portão para facilitar a
manutenção;
f) devem ser instaladas tomadas trifásicas e monofásicas alimentadas pelo sistema 380/220
Vca, a prova de tempo e fixadas nas estruturas suportes dos equipamentos;
g) a área do pátio da subestação que abrange a malha de terra deve ser recoberta com uma
camada de brita 25, espessura mínima da camada de 10 cm;
h) Deve ser dada uma declividade na ordem de 1% quando o terreno for horizontal, ou maior no
caso do terreno ser regularizado por terraplenagem;
i) A drenagem deve ser constituída de canaletas superficiais em alvenaria, drenos com tubos
porosos ou furados envolvidos em brita e galerias em tubos de concreto simples e concreto
armado com a finalidade de permitir o livre escoamento das águas de chuva que caiam
no pátio da subestação e ainda proteger os taludes existentes. O escoamento da drenagem
deve ser feito através de rede de galerias existentes na rua mais próxima do terreno da
Subestação. Em caso de trechos em declive e mudança de nível devem ser tomadas todas as
precauções necessárias como calhas, canaletas ou muros de arrimo.
j) Deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo de toque e corrente de choque;
Para referência na elaboração dos projetos, indicamos o critério de projeto e o padrão de subestação
da COELCE.
9.3 Subestação Semi-abrigada
As subestações semi-abrigadas são as subestações aéreas construídas sob galpão, com os
equipamentos menos submetidos às intempéries.
Devem obedecer além das prescrições do item 9.2 os propostos abaixo::
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a) o teto da subestação deve ser construído em lajes pré-moldadas ou concreto armado;


b) as colunas de sustentação da cobertura devem ser de concreto armado;
c) a área do pátio da subestação sob o galpão que abrange a malha de terra deve ser recoberta
com uma camada de brita 25, espessura mínima da camada 10 cm ou em piso de bloquete de
concreto;
d) a iluminação deve ser através de projetores do tipo fechado, fixados no solo ou em estruturas
específicas;
e) os transformadores de potência, com núcleo imerso em líquido isolante, devem dispor de um
sistema de drenagem adequado de maneira a limitar a quantidade de óleo que possivelmente
possa ser queimado, devido a um rompimento eventual do tanque do transformador;
f) O sistema de escoamento de água da cobertura deve ser canalizado até o solo e drenado
convenientemente;
g) as instalações com entrada aérea devem ter as buchas de passagens de 72,5 kV com altura
mínima de 8 m (área urbana) e 6 m (área rural) do cabo em relação ao piso, quando houver
respectivamente trânsito de veículos ou apenas pedestres;
h) deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo, de toque e corrente de choque;
9.4 Subestação Abrigada
As subestações abrigadas são as subestações construídas sob edificação, com os equipamentos
não sujeitos às intempéries.
Devem satisfazer às seguintes prescrições:
a) os corredores destinados à operação de equipamentos e os acessos devem ter dimensões
mínimas compatíveis com os equipamentos, não podendo ser empregados para outras
finalidades;
b) nas subestações deve ser prevista uma porta de acesso à via pública com a finalidade de
locomoção dos equipamentos com dimensões mínimas iguais às do transformador mais 60
cm;
c) a porta de acesso para pedestre deve ser metálica ou totalmente revestida em chapa metálica
com dimensões mínimas de 0,80 x 2,10 m, abrindo, obrigatoriamente, para fora;
d) a subestação deve ser provida de iluminação artificial, com um mínimo de 20 lux, e, sempre
que possível, de iluminação natural;
e) a subestação deve ser provida de janelas de ventilação com telas e dimensões apropriadas;
f) o teto deve ser de concreto armado, com espessura mínima de 0,05m;
g) o pé direito da subestação deve ser compatível com as distâncias mínimas previstas entre as
partes energizadas e a terra;
h) o piso da subestação deve ser de concreto, com espessura mínima de 10 cm. Por sobre o
piso pode ser utilizado material anti-derrapante e incombustível;
i) deve ser apresentado o cálculo das tensões de passo, de toque e corrente de choque;
j) além destas devem ser observadas as alíneas dos itens 9.1, 9.2 e 9,3 quando se aplicar.
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10 MEDIÇÃO
10.1 Generalidades
A medição de energia e demanda deve estar de acordo com o diagrama unifilar desenho 004.02 e
004.03, e com as seguintes prescrições:
a) a energia fornecida a cada unidade consumidora deve ser medida num só ponto, não sendo
permitida medição única a mais de uma unidade consumidora;
b) para os efeitos desta norma o consumidor é responsável, na qualidade de depositário a título
gratuito pela custódia dos equipamentos de medição conforme previsto na Resolução
456/2000 da ANELL;
c) a COELCE inspeciona, periodicamente, todos os equipamentos que lhe pertença e se
encontrem na unidade consumidora, devendo o consumidor assegurar livre acesso aos
funcionários da COELCE ou pessoa autorizada pela mesma aos locais em que se encontram
instalados os referidos equipamentos;
d) o consumidor pode solicitar em qualquer tempo o exame dos aparelhos de medição, cujas
variações não devem exceder as margens de tolerância de erro fixadas pelas normas
correspondentes, ficando, todavia, entendido que, no caso de não ser encontrada
anormalidade alguma, deve ser cobrado do solicitante o ônus dessa aferição extra;
e) os transformadores de instrumento destinados a medição, são de uso exclusivo da COELCE,
devendo os bornes secundários estar situados em caixas que permitam selagem;
f) qualquer serviço de manutenção no centro de medição é da competência exclusiva da
COELCE, sendo vetada ao consumidor qualquer interferência neste sistema;
g) cabe à COELCE o fornecimento dos transformadores de corrente e potencial necessários à
medição do consumo de energia elétrica fornecida e da demanda registrada.
h) a instalação dos transformadores de corrente e potencial e dos eletrodutos de PVC rígido,
deve ser feita pelo consumidor enquanto que a instalação dos condutores é de
responsabilidade da COELCE. Dentro do eletroduto deve ser deixado um arame destinado ao
puxamento dos cabos;
i) para a medição de faturamento deve ser instalado um conjunto de três TP’s e dois TC’s,
montados em poste de concreto de 4,5m, com suporte capitel de concreto e as interligações
dos circuitos secundários de cada conjunto deve ser feita através de eletrodutos e caixas de
ligação, conforme os desenhos 004.13, 004.14, 004.15, 004.16 e 004.17.
j) Os TP’s de faturamento podem ser utilizados, nas alternativas tipo 1 e 2 do desenho 004.01.1,
para a proteção de entrada de linha e do consumidor. Estes TP’s devem ser especificados
com duas caixas de terminais secundários.
k) os medidores e demais equipamentos destinados à medição são do acervo da COELCE,
ficando a seu critério a instalação adequada e necessária ao cumprimento do contrato;
l) os condutores que interligam os transformadores de medida e os aparelhos de medição
devem ser de cobre, isolados para 0,6/1,0 kV, conforme especificação técnica de cabo de
controle blindado para subestação ET-206, com seções mínimas de 4mm2.
m) os eletrodutos destinados aos condutores da medição devem ser independentes e direto para
a caixa de medição com diâmetro mínimo de 50mm (1.1/2"), serem de PVC rígido ou
corrugado flexível ou de aço galvanizado, apresentando estes um bom acabamento.
n) a COELCE não se responsabiliza pelos danos ocasionados nos equipamentos de medição
decorrentes de causas que atestem o mau uso dos mesmos, dentre os quais:
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- dimensionamento inadequado das instalações internas;


- corrosão por agentes químicos, infiltração de água e umidade;
- abalroamento nas estruturas ou outras avarias de origem mecânica;
o) a COELCE substituirá todo ou qualquer parte do equipamento de medição, sem ônus para o
usuário, caso apresente defeitos ou falhas não decorrentes de mau uso do mesmo.
p) o quadro de medição deve ser feito em chapas de aço laminado cujas dimensões são dadas
nos desenhos 004.18 e 004.19.
q) Quando a medição for instalada nos painéis de comando, exige-se um módulo independente
totalmente fechado, de modo a permitir lacre de segurança, conforme desenho 004.18;
r) a distância máxima entre os Transformadores de Potencial, Transformadores de Corrente e
os medidores deve ser de 15 metros;
s) o quadro de medição está padronizado no desenho 004.18 e deve ser adquirido e instalado
pelo consumidor;
t) a medição deve ser, normalmente, no lado primário do transformador de potência, antes de
qualquer equipamento de secionamento, conforme desenhos 004.02 e 004.03.

11 PROTEÇÃO
Os equipamentos de proteção são destinados a detectar condições anormais de serviço, tais como
sobrecarga, curto-circuito, sobretensão e subtensão e desligar a parte defeituosa, a fim de limitar
possíveis danos e assegurar ao máximo a continuidade de serviço. Com esse objetivo, o sistema
deve ser estudado de tal forma que somente devem operar os equipamentos de proteção ligados
diretamente ao elemento defeituoso. Qualquer instalação deve ser executada levando em
consideração a necessária coordenação de todo o sistema de proteção e deve ser feita através de
relés microprocessados com funções e ajustes independentes;
11.1 Proteção Contra Descargas Atmosféricas e Surtos de Tensão
Deve ser feita através de Pára-raios e de hastes Pára-raios obedecendo as seguintes prescrições:
a) deve ser instalado um pára-raios por fase, conforme especificação da COELCE, e se localizar
de acordo com os seguintes critérios:
- Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Aéreo: quando a subestação for de
instalação exterior, aérea, o conjunto de pára-raios deve ser instalado na entrada de linha,
conforme desenho 004.02 e 004.03 e quando a subestação for abrigada, deve se localizar
imediatamente antes das buchas de passagem.
- Unidade Consumidora com Ramal de Entrada Subterrâneo ou Misto: independentemente
da localização do Ponto de Entrega, o conjunto de pára-raios deve ser instalado
imediatamente antes dos terminais externos do cabo do ramal de entrada subterrâneo.
b) a distância horizontal entre o conjunto de pára-raios e o transformador de potência deve ser
no máximo 15 m;
c) é opcional a utilização de pára-raios, internamente ao posto de medição, na extremidade
interna do ramal de entrada subterrâneo;
d) é obrigatório o uso de pára-raios no lado de média tensão do transformador de potência;
e) quando, partindo do posto de medição, existir ramal aéreo de alta tensão com mais de 100m,
é exigida a instalação de outro conjunto de pára-raios na saída do mesmo;
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f) os barramentos e equipamentos devem estar protegidos contra descargas atmosféricas


diretas, através da instalação de hastes montadas no topo das estruturas distribuídas
conforme raio de proteção indicados na tabela 7.
11.2 Proteção Contra curto-circuito e Secionamento
A proteção e secionamento devem seguir as seguintes prescrições:
a) Imediatamente antes e depois do disjuntor, localizado na alta e média tensão do
transformador de potência, devem ser instalados secionadores tripolares visíveis, sendo
dispensável apenas quando o disjuntor for do tipo extraível;
b) os transformadores de corrente para proteção devem ser instalados após o disjuntor de
entrada, antes do seu secionador do lado da barra de 69kV do consumidor, conforme
desenho 004.11.1 e 004.12.1;
c) o transformador de potencial para alimentação dos relés , deve ser instalado na barra de 69kV
do consumidor, conforme desenho 004.11.1 e 004.12.1;
d) a saída de alimentadores de média tensão deve ser protegida por disjuntores;
e) o ajuste dos relés deve ser conforme orientação da COELCE;
f) deve ser feita a coordenação dos equipamentos de média tensão com os de alta tensão do
consumidor, para assim evitar atuação indevida nos equipamentos de proteção da COELCE.
11.2.1 Proteção de alta tensão
A proteção e secionamento da alta tensão é feita através de disjuntor de 69kV na entrada e/ou
disjuntor no lado de alta tensão do transformador, conforme desenhos 004.11.2 e 004.12.2
11.2.1.1 Proteção do Disjuntor de entrada
A proteção do disjuntor de entrada constitui-se das seguintes funções:
- função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) com faixa de ajuste;
- função de sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro (50/51N);
- função relação corrente de seqüência negativa e positiva ( I2/I1);
- função de sobrecorrente de neutro sensível (50/51NS);
Quando a alimentação for feita através de duas entradas devem ser acrescentadas as seguintes
funções:
- função de sobrecorrente direcional de fase (67);
- função de sobrecorrente direcional de neutro (67N);
11.2.1.2 Proteção do Transformador de Potência
Para a proteção do Transformador a COELCE sugere as seguintes funções:
a) Sem comutador
- função diferencial (87);
- função de sobrecorrente de terra (51G);
As proteções intrínsecas do transformador de potência:
- relé de gás (63);
- relé de sobrepressão (63A);
- relé térmico do enrolamento do transformador (49);
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- relé detector de temperatura do óleo (26);


- relé de nível do óleo (71).
b) Com comutador
- função diferencial (87);
As proteções intrínsecas do transformador de potência:
- relé de gás (63);
- relé de sobrepressão (63A);
- relé de fluxo de óleo do comutador de derivação sob carga (80);
- relé térmico do enrolamento do transformador (49);
- relé detector de temperatura do óleo (26);
- relé de nível do óleo (71).
11.2.2 Proteção de média tensão
A proteção e secionamento da média tensão é feita através de disjuntor de 15kV do lado de média
tensão do transformador de potência e nas saídas dos alimentadores.
11.2.2.1 Proteção do Disjuntor de média tensão do transformador e de alimentador
Para a proteção do disjuntor de média tensão a COELCE sugere as seguintes funções:
- função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51);
- função de sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro (50/51N);
- função relação corrente de seqüência negativa e positiva -( I2/I1);
- função de sobrecorrente de neutro sensível (50/51NS);

12 ATERRAMENTO
Quando a área compartilhada ficar a 30 m da subestação do consumidor, a malha de terra deve ser
a mesma e quando superior a este valor, as malhas são independentes.
12.1 Sistema de Aterramento da Subestação
Deve obedecer aos seguintes requisitos:
a) o consumidor deve apresentar o projeto de malha de terra, dimensionado com base na
máxima corrente de curto-circuito fase-terra presumida do lado da tensão mais baixa,
devendo ser considerado para o cálculo do curto-circuito no mínimo 3s.
b) os equipamentos da subestação devem estar sobre a área ocupada pela malha de terra, caso
isto seja de todo impossível, o interessado deve consultar a COELCE;
c) o valor máximo de resistência da malha de terra deve ser de 5 ohms. Caso a medição
efetuada pela COELCE acuse valor superior ao supracitado, o interessado deve tomar
medidas técnicas de caráter definitivo para reduzir a resistência a um valor igual ou inferior;
d) os eletrodos de terra verticais devem ter dimensões mínimas de 3m de comprimento. Podem
ser constituídos de hastes de aço cobreado de diâmetro mínimo de 19mm ou de outro
material que preserve suas condições originais ao longo do tempo. Não é permitido a
utilização de elementos ferrosos, mesmo que sejam zincados (cantoneira de aço zincado,
cano de aço zincado, etc.);
e) a interligação dos eletrodos deve ser feita com cabo de cobre nu de seção mínima igual a 70
mm2 e a distância entre eles deve ser no mínimo de 3 m;
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f) devem ser ligados ao sistema de aterramento por meio de condutor de cobre nu, de bitola
mínima de 70 mm2, os seguintes componentes de uma subestação:
- todos os equipamentos, todas as ferragens para suporte de chaves, isoladores, etc;
- portas e telas metálicas de proteção e ventilação;
- blindagem dos cabos isolados e condutores de proteção da instalação.
- todos os cubículos em invólucros metálicos mesmo que estejam acoplados;
- neutro do transformador de potência e gerador (se houver);
g) os secionadores de entrada devem possuir dispositivos de aterramento de sua lâmina quando
na posição desligada e intertravamento mecânico e elétrico entre a lâmina de terra e as
lâminas principais e também intertravar com o disjuntor de entrada;
h) o aterramento dos equipamentos e materiais deve ser feito com conectores apropriados;
h) as conexões da malha de terra devem ser feitas com soldas do tipo exotérmica;
j) os pontos de conexão das partes metálicas não energizadas ligadas ao sistema de
aterramento devem estar isentos de corrosão, graxa ou tinta protetora.
12.2 Aterramento do Pára-Raios
Deve obedecer os seguintes requisitos:
a) os pára-raios de entrada de linha devem ser aterrados preferencialmente na malha de terra da
subestação, porém quando estes estiverem a uma distância de 30 m desta, devem ter
aterramento independente;
b) quando o aterramento do pára-raios for independente o valor da resistência de aterramento
deve ser igual à da malha de terra 5 Ω;
c) o condutor de interligação entre o terminal dos pára-raios e os eletrodos de terra deve ser o
mais retilíneo possível, de cobre e ter seção mínima igual à 70mm2.
d) devem ser aterradas as blindagens dos cabos do ramal de entrada em uma das extremidades
qualquer que seja o seu comprimento A segunda extremidade pode ser aterrada, desde que a
circulação de corrente através da blindagem e a transferência de potencial estejam dentro de
limites aceitáveis.
e) o aterramento da blindagem das muflas e dos pára-raios, quando instalados na mesma
estrutura, deve ser feito através de um único condutor;
f) o eletroduto de aço zincado do ramal de entrada deve ser aterrado. Não é permitido vazar a
parede do eletroduto para introduzir parafuso cuja cabeça possa danificar, por atrito, a
isolação do condutor.

13 GERAÇÃO PRÓPRIA
A instalação de geração alternativa ou de emergência segue o que determina as normas da
COELCE e deve obedecer às seguintes prescrições:
a) consumidores de alta tensão com conexão ao sistema COELCE, sejam produtores
independentes ou auto produtores, devem seguir o que determina a DT-033 na sua última
versão;
b) consumidores de alta tensão que possuam gerador de emergência que funcione não paralelo
ao sistema COELCE, devem seguir o que determina a DT-104 na sua última versão;
- não é permitido o serviço em paralelo deste tipo de geradores com o sistema de
suprimento da COELCE;
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- quando o sistema de geração própria da instalação suprir os mesmos circuitos


alimentados pela COELCE em regime normal, é exigida uma chave de reversão com
intertravamento mecânico ou eletromecânico, capaz de, em qualquer situação, evitar
paralelismo dos geradores com o sistema de suprimento;
c) o gerador deve ficar localizado em área separada, fisicamente, do recinto onde estão
instalados os equipamentos destinados à subestação.

14 PROJETO
A execução das instalações, sejam novas, reformas ou ampliações, deve ser precedida de projeto,
assinado por engenheiro eletricista devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia –CREA.
Devem ter seus projetos elétricos analisados e aceitos pela COELCE todas as unidades
consumidoras atendidas em tensão de fornecimento de 69kV, independente se a construção for
executada ou não pela COELCE.
Para a execução dos projetos o consumidor deverá utilizar os Critérios de Projeto de Linhas e
Subestação da Coelce, citados no item 3.
14.1 Apresentação do Projeto
14.1.1 O projeto deve ser apresentado em 3 (três) vias, sem rasuras, contendo os seguintes
requisitos:
a) assinatura do Engenheiro Eletricista Responsável;
b) apresentação em 1(uma) via da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART emitida pelo
CREA;
c) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente;
d) os desenhos devem ser apresentados em cópias heliográficas ou originais obtidos a partir de
impressoras gráficas ou plotter, de preferência com dimensões padronizadas pela NBR-
10068 da ABNT;
e) memorial descritivo, devendo conter as seguintes informações;
- natureza das atividades desenvolvidas na unidade consumidora, a finalidade de utilização
da energia elétrica, indicando a atividade de maior carga;
- data prevista para a ligação;
- potência da subestação abaixadora 69000-13800V, em MVA;
- potência das subestações abaixadoras 13800/380-220V, em kVA;
- demonstrativo do cálculo de demanda efetiva;
- previsão de aumento da carga existente, caso haja;
- nível de curto-circuito trifásico simétrico nos terminais do dispositivo de proteção geral de
alta tensão;
- dimensionamento dos serviços auxiliares CA e CC;
- dimensionamento e memória de cálculo do sistema de aterramento;
- características do grupo gerador, caso haja;
- cronograma das cargas a serem instaladas.
f) planta de situação, identificando a localização exata da obra e o ponto de entrega pretendido,
incluindo as ruas adjacentes ou algum ponto de referência significativo. Caso haja subestação
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afastada do quadro de medição, indicar também o encaminhamento dos condutores primários


e localização das caixas de passagem;
g) diagrama unifilar, contendo todos os equipamentos, dispositivos e materiais essenciais, desde
o ponto de entrega até a proteção geral de alta tensão, contendo, ainda, os seus principais
valores elétricos nominais, faixas de ajustes e ponto de regulação. Caso exista geração
própria, indicar o ponto de reversão com a instalação ligada à rede de suprimento da
COELCE, detalhando o sistema de reversão adotado;
h) arranjo físico das estruturas e equipamentos, tais como:
- elementos essenciais da entrada, contendo cortes de estrutura do ponto de entrega e do
ramal de entrada;
- planta, cortes e detalhes do arranjo dos equipamentos de alta e média tensão;
- dimensionamento dos barramentos primário e secundário (como orientação, tabela 6);
- indicação da seção e do tipo de isolamento dos condutores;
- indicação das distâncias de projeto (como orientação, Tabelas 5 e desenho 004.07);
- planta, cortes e detalhes da casa de comando;
- vistas dos painéis de comando;
- posto de medição, indicando a posição e o tipo do quadro de medição;
- memória de cálculo e planta detalhada da malha de terra;
- planta de iluminação e tomadas do pátio;
i) Coordenação e seletividade
- cálculo da coordenação e seletividade da proteção;
14.1.2 Para os projetos que envolvam a construção da linha de transmissão ou que estejam
localizados em áreas rurais, devem ser apresentados também:
a) planta de situação da propriedade;
b) mapa-chave da rede, em escala de 1:5000, contendo o posto de medição, os postos de
transformação e acidentes geográficos significativos;
c) desenho plani-altimétrico do encaminhamento da linha, identificando a locação e tipos de
estruturas, segundo o Padrão adotado pelo Projetista. O referido desenho deve ser
apresentado em escala vertical de 1:500 e horizontal de 1:5000;
d) desenho plani-altimétrico deve conter os seguintes detalhes, caso hajam:
- linhas telegráficas;
- redes e linhas elétricas existentes;
- ferrovias e rodovias;
- locais de trânsito de veículos;
- rios;
- açudes ou lagoas;
- obras de engenharia que possam interferir no projeto;
- tipo de vegetação.
e) quando os Padrões de Estrutura empregados no projeto de rede forem diferentes dos
Padrões de Estrutura em vigor na COELCE ou adotados pelas NBR 5422 e 6535 da ABNT,
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interessado deve apresentar os desenhos das estruturas utilizadas, com detalhes que
possibilitem uma avaliação quanto à segurança e confiabilidade;
f) diagrama unifilar do ponto de entrega de energia até os terminais da proteção geral de cada
vão de transformação.
g) autorização federal para construção de linha destinada a uso exclusivo do interessado.
14.2 Análise e Aceitação do Projeto
a) a análise do projeto, pela COELCE, vai do ponto de ligação até a proteção geral de média
tensão;
b) para sua aceitação pela COELCE o projeto deve obrigatoriamente estar de acordo com as
normas e padrões da COELCE, com as normas da ABNT e com as normas expedidas pelos
órgãos oficiais competentes;
c) uma vez aceito o projeto, a COELCE devolverá uma das vias ao interessado;
d) toda e qualquer alteração no projeto, já aceito, somente pode ser feita através do responsável
pelo mesmo, mediante consulta à COELCE;
e) a COELCE se reserva o direito de recusar-se a proceder à ligação da unidade consumidora
caso haja discordância entre a execução das instalações e o projeto aceito;
f) a COELCE dará um prazo de, no máximo, 24 meses a partir do dia da aceitação do projeto,
para que o mesmo tenha sua ligação solicitada findo o qual a aceitação do projeto tornar-se-á
sem efeito.

15 CONDIÇÕES GERAIS
15.1 Condições de Serviço
Os equipamentos abrangidos por esta especificação devem ser apropriados para uso exterior, em
clima tropical, atmosfera salina, expostos a ação direta dos raios solares e de fortes chuvas, devendo
resistir as seguintes condições:

CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Clima Tropical
Altitude máxima até 1000m
Temperatura mínima anual 14ºC
Temperatura média diária 35ºC
Temperatura máxima anual 40ºC
Umidade relativa média anual acima de acima de 80%
Velocidade máxima do vento 30m/s
Pressão máxima do vento 700 Pa
Nível de contaminação (IEC 60815 Muito alto (IV)
Radiação solar máxima 1.000 (Wb/m!).
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16 CARACTERÍSTICAS
16.1 Características Elétricas do Sistema
MT
CARACTERÍSTICAS UNID AT Sistema de
Subestação
Distribuição
Sistema trifásico - C.A C.A C.A
Freqüência nominal (eficaz) Hz 60 60 60
Tensão nominal do sistema(eficaz) kV 69 13,8 13,8
Tensão máxima de operação(eficaz) kV 72,5 15 15
Corrente de curto-circuito mínima kA 25 * 16 16
Nível de isolamento (1,2 x 50µs) (valor de
kV 325 110 95
pico)
* Quando o consumidor estiver localizado próximo ao barramento da geradora (CHESF), deverá ser consultada
a COELCE, tendo em vista a possibilidade do valor do nível de curto-circuito ser superior ao valor estabelecido.

16.2 Características Elétricas dos Equipamentos e relés


As características e tipos dos equipamentos devem ser definidos pelo consumidor, devendo este
obrigatoriamente considerar no dimensionamento as características elétricas do sistema da
COELCE, apresentadas na Tabela do item 16.1. O Transformador de Potência deverá possuir
obrigatoriamente a ligação no primário em triângulo e no secundário em estrela com neutro acessível
e o deslocamento angular de 30°C (∆Y-1).
As características e tipos dos equipamentos utilizados pela COELCE constam nas especificações
técnicas citadas no item 3 - Padrões e Especificações e podem ser utilizadas pelos consumidores
para referencia e/ou aquisição dos seus equipamentos.
As características e tipos dos relés abaixo constam nas Especificações Técnicas de Relés da
COELCE citadas anteriormente no item 3 - Padrões e Especificações.
16.2.1 Características Técnicas dos Relés
a) Norma ........................................................................................................................IEC 60255
b) Tecnologia .................................................................................................................. Numérica
c) Caixa metálica...................................................................................................................... Sim
d) Tensão nominal...............................................................................................................125Vcc
e) Margem de tensão para operação.............................................................................. 80 a110%
f) Corrente nominal................................................................................................................... 5 A
g) Tensão nominal (fase-fase)............................................................................ 115 e 115 √3 Vca
h) Freqüência nominal........................................................................................................... 60 Hz
i) Faixa de temperatura de funcionamento .......................................................................0 a 60°C
j) Automonitoramento contínuo e autodiagnóstico................................................................... Sim
k) comunicação ao sistema de controle (UCS ou UTR)........................................................... Sim
16.2.1.1 Funções de sobrecorrente de fase e terra direcional 67 e 67 N
a) Características de funcionamento .......................................................................... Selecionável
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b) Margem de ajuste da unidade sobrecorrente de fase, In....................................... 0,15 a 16 x In


c) Margem de ajuste da unidade sobrecorrente de neutro, In................................... 0,15 a 16 x In
d) Ângulo de torque máximo direta ..................................................................................0° a 360°
e) Ângulo de torque máximo reversa ............................................................................-90° a +90°
f) Margem de tensão para operação..............................................................................80 a 110%
g) Corrente nominal................................................................................................................... 5 A
16.2.1.2 Funções de Sobrecorrente de Fase e Neutro Não Direcional 50/51 e 50/51 N
a) Característica de tempo inverso, muito inverso e extremamente inverso, conforme IEC..... Sim
b) Temporizado corrente de arranque de fase............................................................. 0,5 a 20 x In
c) Temporizado corrente de arranque de neutro ......................................................... 0,1 a 20 x In
d) Temporizado tempo de operação (DIAL) .............................................................. 0,05 a 10 seg
e) Instantâneo corrente de arranque de fase e neutro .................................................. 0,5 a 150 A
f) Instantâneo tempo de operação .................................................................................. 0 a10 seg
16.2.1.3 Funções de Neutro Sensível 50/51 NS
a) Corrente de partida .....................................................................................................0,05 a 1 A
b) Temporização ............................................................................................................ 0 a 60 seg
16.2.1.4 Função I2/I1 (correspondente a função 46 baseada na relação entre as Correntes de
Seqüência Negativa e Positiva I2/I1)
a) Corrente de partida ...................................................................................................... 0,2 a 1 A
b) Temporização ............................................................................................................ 0 a 60 seg
16.2.1.4 Função I2 com direcionalidade (função baseada na Corrente de Seqüência Negativa
I2)
a) Corrente de partida ...................................................................................................... 0,2 a 1 A
b) Temporização ............................................................................................................ 0 a 60 seg
As correntes de pick up ( I pick up) de neutro são ajustados normalmente entre 10% e 30% das
correntes de pick up ( I pick up) de fase na tensão nominal de 69 kV.
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ANEXO I - MODELO DE REQUERIMENTO PARA CONSULTA PRÉVIA

À
Companhia Energética do Ceará – COELCE

__________________________________________________ vem, pelo presente consultar sobre o


anteprojeto anexo das Instalações Elétricas em sua propriedade (*) __________________________
_______________________________sito a ____________________________________________
CEP ____________ Cidade ________________ Município ________________________________
fornecendo-lhe as seguintes informações adicionais:
DADOS DO PROPRIETÁRIO
Nome ___________________________________________________________________________

End. ____________________________________________________________________________

CEP: _________________________________ Cidade:_________________________________

Fone(fax)_____________________________

DADOS DO ENGENHEIRO RESPONSÁVEL


Nome ___________________________________________________________________________

End. ____________________________________________________________________________

CEP: _________________________________ Cidade:_________________________________

Fone(fax)_____________________________

Potência a ser instalada ______________ kVA


Ramo de atividade a que se destina a instalação ____________________________________
Data prevista para o início da construção das instalações ______________________________
Data prevista para a alimentação do canteiro de obra _________________________________
Data prevista para o início de operação ____________________________________________
(*) Edifício, Fábrica, Sítio, Hospital, ETC.

_________________________________, ______ de _________________de________

_____________________________________________
Proprietário
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ANEXO II - MODELO DE REQUERIMENTO PARA ACEITAÇÃO DE PROJETO

À
Companhia Energética do Ceará – COELCE

___________________________________________________ vem pelo presente solicitar de V.Sa.,

aceitação das Instalações Elétricas, de sua propriedade, denominada _________________________

______________________________ sítio ______________________________________________

Número __________ Cidade __________________ Município de ____________________________

conforme consulta feita a esta Companhia, no Processo de número __________________________

_____________________________, _____ de ______________________de ____________

_____________________________________________________
Proprietário

Atesto que as Instalações Elétricas acima mencionadas foram por mim projetadas de acordo com as
Normas Técnicas vigentes no País e instruções gerais da COELCE.

____________________________________________________
Engenheiro
CREA número
CIC número
Engenheiro

Nome

Endereço

Telefone
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ANEXO III - MODELO DE REQUERIMENTO PARA INSPEÇÃO E LIGAÇÃO

À
Companhia Energética do Ceará – COELCE

______________________________________________ vem pelo presente solicitar de V.Sa.,

a inspeção e posterior ligação das Instalações Elétricas, de sua propriedade, denominada ________

______________________________ sítio ______________________________________________

Número __________ Cidade __________________ Município de ___________________________,

conforme projeto aprovado por esta Companhia, em Processo de número _____________________

_____________________________, _____ de ______________________de ____________

_____________________________________________________
Proprietário

Atesto que as Instalações Elétricas acima mencionadas foram por mim executadas de acordo com as
Normas Técnicas vigentes no País e instruções gerais da COELCE, e estão em condições de serem
ligadas ao sistema.

____________________________________________________
Engenheiro
CREA número
CIC número

Engenheiro:

Nome:

Endereço:
Telefone:
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ANEXO VI - MODELO DE PEDIDO DE AUMENTO DE CARGA

À
Companhia Energética do Ceará - COELCE
_____________________________________________ vem, pelo presente solicitar autorização,

de acordo com a legislação vigente, para um aumento de potência de __________kVA, nas suas

instalações, em sua propriedade, denominada ________________________________________

______________ sito ____________________________________________________________

número _________ Cidade _________________no Município de _________________________,

conforme aprovado por esta Companhia em processo número ____________________________.

_____________________________, _____ de ______________________de ____________

______________________________________________
Proprietário
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TABELA 1- VARIAÇÃO DE TENSÃO NO PONTO DE ENTREGA DE ENERGIA


(durante a partida de motores)

NÚMERO DE PARTIDAS

POR DIA POR HORA POR MINUTO

2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 2 4 6 8

4,91 4,87 4,85 4,83 4,81 4,79 4,77 4,60 4,45 4,35 4,26 3 2,57 2,32 2,14

VARIAÇÃO DE TENSÃO ADMISSÍVEL ( %)

TABELA 2- LIMITES DE TENSÃO DE HARMÔNICOS EM PERCENTUAL

Tabela 2.1: Limites globais de tensão expressos em porcentagem da tensão fundamental.


V < 69 kV V ≥ 69 kV
Ímpares Pares Ímpares Pares
Ordem Valor Ordem Valor Ordem Valor Ordem Valor
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5 %
≥8 1% ≥8 0,5 %
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥ 27 1% ≥ 27 0,5 %
DHT = 6 % DHT = 3 %

Tabela 2.2: Limites individuais expressos em porcentagem da tensão fundamental.


13,8 ≤ V " 69 kV V ≥ 69 kV
Ímpares Pares Ímpares Pares
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3 a 25 1,5 % 3 a 25 0,6 %
todos 0,6 % todos 0,3 %
≥ 27 0,7 % ≥ 27 0,4 %
DHT = 3 % DHT = 1,5 %
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TABELA 3- LIMITE DE DISTORÇÃO DE CORRENTE PARA SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

Corrente de distorção harmônica máxima em percentual


Harmônico individual de ordem impar
Isc/Il < 11 11 ≤ h < 17 17 ≤ h < 23 23 ≤ h < 35 35 ≤ h TDH
< 20 4,0 2,0 1,5 0,6 0,3 5,0
20 < 50 7,0 3,5 2,5 1,0 0,5 8,0
50 < 100 10,0 4,5 4,0 1,5 0,7 12,0
100 < 1000 12,0 5,5 5,0 2,0 1,0 15,0
> 1000 15,0 7,0 6,0 2,05 1,4 20,0
Onde:
Isc é a corrente máxima de curto-circuito no ponto de acoplamento
Il é a média da máxima corrente de demanda de carga no ponto de acoplamento
TDH é a taxa de distorção harmônica
Os harmônicos pares são na ordem de 25 % dos harmônicos impares
Nota: Valores aplicados para o sistema de distribuição de 120 a 69000 V.

TABELA 4- POTÊNCIA MÁXIMA DO CONVERSOR MONOFÁSICO OU TRIFÁSICO

TIPO DO CONVERSOR NÃO CONTROLADO CONTROLADO

Liga Fase – Fase 1,6 % 0,8 %

Liga Fase – Terra 0,9 % 0,5 %


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TABELA 5- AFASTAMENTOS E ESPAÇAMENTOS PARA SUBESTAÇÕES

Tabela 5.1 Afastamento dos Barramentos de Média e Alta Tensão


13,8 kV 69 kV
FASE-FASE (m) FASE-TERRA (m) FASE-FASE (m) FASE-TERRA (m)
(Nota 3) (Nota 2) (Nota 3) (Nota 2)
MÍNIMO RECOMENDADO MÍNIMO RECOMENDADO MÍNIMO RECOMENDADO MÍNIMO RECOMENDADO
0,30 0,80 0,20 0,95 0,79 2,13 0,69 1,62
Notas :
1- Os espaçamentos mínimos em ar metal a metal são válidos para altitudes até 1000m, e não
incluem qualquer margem para levar em conta tolerâncias de construção, efeitos de vento, de
curto-circuito ou de dilatação térmica.
2- Distâncias entre pontos mais próximos de condutor e de estrutura ou barreira aterrada.
3- Os valores são os dados pela NBR-8841 acrescido de 10% ou pelo menos 10cm, para tornar o
valor fase-fase sensivelmente superior ao fase-terra.

Tabela 5.2 Subestações Faixas permissíveis de Espaçamentos de Barramentos


TENSÃO NOMINAL NI BARRAMENTO RÍGIDO (m) BARRAMENTO FLEXÍVEL (m)
( kV) ( kV) F-F F-T F-F F-T
15 110 0,31 0,18 0,80 0,54
72,5 350 0,79 0,64 1,83-2,13 1,07-1,30

TABELA 6-DIMENSIONAMENTO DOS BARRAMENTOS DE MÉDIA E ALTA TENSÃO

POTÊNCIA DOS BARRAMENTO DE 69kV BARRAMENTO DE 13,8kV


TRANSFORMADORES COBRE
ALUMÌNIO
(MVA)
CONDUTORES RÍGIDOS CONDUTORES FLEXÍVEIS
CONDUTORES LIGAÇÕES
LIGAÇÕES BARRA
FLEXÍVEIS BARRA EQUIPAMENTOS 2
EQUIPAMENTOS 2
mm
mm
DE 5 A 15 266,8 MCM-CAA 1.1/4” IPS AL 1.1/4”IPS AL 120 240
DE 15 A 33,2 556,5 MCM-CA 1.1/4” IPS AL 2” IPS AL 120 2x300
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TABELA 7-RAIO DE PROTEÇÃO DE UM PÁRA-RAIOS EM FUNÇÃO DA ALTURA

m
ALTURA DO PONTO A SER PROTEGIDO (HC)

m 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
1 1,8 2,4 4,0 4,8 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0

2 2,5 3,9 4,8 5,9 6,8 7,9 8,8 10,0 11,8 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0

3 3,0 4,5 5,6 6,7 7,8 8,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0
DISTÂNCIA DO PONTO A SER PROTEGIDO À VETICAL DA HASTE OU RAIO DE PROTEÇÃO (RP)

4 3,9 5,0 5,5 7,5 8,5 9,5 10,8 11,9 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0 24,0

5 4,5 5,7 7,0 8,0 9,3 10,2 11,5 12,8 13,8 14,8 15,8 17,0 18,0 19,0 20,2 21,0 22,0 23,0 24,0 25,0

6 5,0 6,5 7,9 9,0 10,0 11,5 12,3 13,5 14,5 15,6 16,6 17,9 18,9 19,9 21,0 21,9 23,0 24,0 25,0 26,0

7 6,6 7,0 8,2 9,6 10,8 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,2 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5 24,5 25,5 26,8

8 6,3 7,9 9,0 10,6 11,5 13,0 14,0 15,0 16,2 17,2 18,2 19,3 20,5 21,6 22,6 23,6 24,8 25,8 26,8 27,8

9 7,0 8,3 10,0 11,0 12,0 13,7 14,7 15,8 17,0 18,0 19,0 20,0 21,3 22,2 23,3 24,2 25,4 26,4 27,6 28,5

10 7,5 9,0 10,6 12,0 13,0 14,3 15,5 16,6 17,8 19,0 19,9 21,0 22,0 23,0 24,3 25,0 26,3 27,3 28,5 29,6

11 8,0 9,7 11,0 12,3 13,6 14,8 16,0 17,0 18,3 19,5 20,5 21,5 22,5 23,7 25,0 26,0 27,0 28,0 29,0 30,0

12 8,5 10,0 11,9 13,0 14,2 15,8 16,0 17,0 18,2 19,4 21,5 22,6 23,9 24,6 26,0 27,0 28,0 29,0 - -

13 9,0 10,7 12,3 13,7 15,0 16,2 17,5 18,6 19,8 21,0 22,0 23,0 24,2 25,6 26,5 27,5 28,7 30,0 - -

14 9,7 11,4 13,0 14,3 15,6 17,0 18,0 19,2 20,5 21,8 22,8 24,0 25,0 26,0 27,3 28,6 29,7 - - -

15 10,0 12,0 13,6 15,0 16,2 17,7 19,0 20,0 21,3 22,2 23,5 24,5 25,7 26,8 28,0 29,0 30,0 - - -

16 10,8 12,6 14,0 15,7 17,0 18,2 19,7 21,0 22,0 23,0 24,2 25,6 27,0 28,0 29,0 30,0 - - - -

17 11,4 13,0 14,7 16,2 17,6 19,0 20,2 21,5 22,6 23,6 25,0 26,0 27,6 28,5 29,5 - - - - -

18 11,9 13,9 15,3 16,8 18,2 19,6 21,0 22,0 23,3 24,5 25,8 27,0 28,2 29,3 - - - - - -

19 12,3 14,2 16,0 17,5 19,0 20,2 21,6 23,0 24,0 25,0 26,7 27,6 29,2 30,0 - - - - - -
20 12,9 14,9 16,5 18,0 19,6 20,8 22,2 23,5 24,8 26,0 27,2 28,4 30,0 - - - - - - -

21 13,5 15,7 17,2 18,5 20,0 21,5 23,0 24,0 25,2 26,7 28,0 29,3 30,0 - - - - - - -

22 14,0 16,0 17,8 19,2 20,8 22,0 23,6 24,8 26,0 27,2 28,7 30,0 - - - - - - - -

23 14,5 16,5 18,2 19,8 21,3 22,7 24,0 25,3 26,8 27,9 29,3 - - - - - - - - -

24 14,0 15,2 18,5 20,2 22,0 23,2 24,8 26,0 27,3 28,7 30,0 - - - - - - - - -

25 15,3 17,5 19,3 21,0 22,6 24,0 25,4 26,8 28,0 29,2 - - - - -- - - - - -

26 16,0 18,3 20,0 21,5 23,2 24,6 26,0 27,5 29,0 - - - - - - - - - - -

27 16,5 19,0 20,7 22,0 23,9 25,0 26,5 28,0 29,5 - - - - - - - - - - -

28 17,0 19,5 21,3 22,8 24,5 25,8 27,2 29,5 - - - - - - - - - - - -

29 17,5 20,0 21,7 23,2 25,0 26,3 27,0 29,5 - - - - - - - - - - - -

30 18,0 20,5 22,3 24,0 25,7 27,0 28,8 30,0 - - - - - - - - - - - -


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