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3.

3 Montagem
3.3.4 VEC (Vidro Exterior Colado)

Generalidades
A técnica do VEC (Vidro Exterior Colado ou Structural Glazing), resulta numa fachada cujo
aspecto valoriza o vidro. Os componentes são colados com mástique de silicone que actua
principalmente como elemento de transferência dos esforços dos componentes para os
respectivos apoios.
Ao assegurarem esta função de juntas da estrutura global, os mastiques suportam os esforços
originados pelo vento, assim como o peso e as tensões derivadas de dilatações diferenciais
entre os vidros e os caixilhos de suporte. Em nenhuma situação deverão os mastiques de
silicone compensar a deformações previsíveis do edifício. Estas devem ser absorvidas ao nível
da ligação entre os caixilhos e a estrutura de suporte dos vidros VEC.
O VEC é um sistema de colagem e não um sistema mecânico propriamente dito. Os
problemas de envelhecimento, de compatibilidade, de limpeza da superfície e de definição da
barreira de estanquecidade são por isso fundamentais.
Podem-se utilizar dois sistemas VEC:
- o sistema ”2 lados” em que os vidros estão encaixados da forma clássica em dois dos lados
com os outros colados a uma estrutura de suporte;
- o sistema ”4 lados” ou sistema integral, em que os vidros têm os 4 cantos colados sobre um
caixilho não visível, o que se traduz num aspecto exterior uniforme e sem protuberâncias.

Podem existir variantes em que apenas se cole 1, 2 ou 3 lados.

Todas as obras em VEC devem ter um tratamento específico em termos de prescrições e


segurança. A concertação entre o empreiteiro, arquitecto, montador da fachada, fabricante do
mastique, fabricante dos painéis, empresa de controlo e fabricante do vidro é fundamental
para a análise a aprovação dos planos de detalhe. Esta equipa deve estar constituída desde a
fase de concepção.
Esta equipa deverá analisar em particular os seguintes aspectos:
- dimensões das juntas das estruturas;
- aderência e durabilidade dos mastiques sobre os substratos vidro e metal;
- compatibilidade das juntas da estrutura com os diferentes tipos de juntas, mastiques, fundos
de juntas;
- compatibilidade das juntas da estrutura e de estanquicidade com a barreira de estanquicidade
do vidro duplo;
- altura da barreira de estanquicidade do vidro duplo;
- rigidez da estrutura;
- conjunto dos processos requeridos para a montagem;
- controlos da qualidade da execução;
- inspecção temporária e manutenção;
- manutenção e possibilidades de reparação.

Vidros a montar em VEC


Podem-se utilizar os seguintes produtos:
- vidro simples: SGG ANTELIO, SGG COOL-LITE CLASSIC, SGG COOL-LITE ST, SGG
PARSOL, SGG PLANILUX, laminado SGG STADIP, temperado SGG SECURIT, esmaltado
SGG EMALIT;
- vidro duplo: controlo solar SGG CLIMAPLUS SOLAR CONTROLO, isolamento térmico
reforçado SGG CLIMAPLUS, acústico SGG CLIMAPLUS SILENCE, de protecção SGG
CLIMAPLUS PROTECT…
Os vidros duplos a utilizar são concebidos especificamente para serem montados em VEC. As
barreiras de selagem são dimensionadas em função de múltiplos parâmetros e realizadas com
um silicone especial. Para além disso, e para melhorar o aspecto estético da fachada em
função do vidro seleccionado para o projecto, é por vezes necessário utilizar perfis
intercalares coloridos (por exemplo, negros).

Recomendações
Qualquer obra em VEC que recorra a vidros da SAINT-GOBAIN GLASS deve ser objecto de
um estudo realizado com a colaboração dos nossos serviços técnicos. A escolha do tipo de
vidro deve ser estabelecida com o acordo o empreiteiro e do serviço de consulta da SAINT-
GOBAIN GLASS (cor, reflexão, flexão, características espectrofotométricas).

A escolha do vidro deve ter em conta, entre outros:


- os efeitos do vento;
- a acção da temperatura;
- o efeito do vento agindo em ciclo de pressão e depressão sobre a barreira de estanquicidade
do vidro duplo;
- a acção do próprio peso sobre o vidro e sobre as juntas da estrutura e de estanquicidade;
- os efeitos dos movimentos da estrutura sobre a junta de estanquicidade;
- os efeitos de eventuais choques;
- o efeito de um incêndio.
Salvo alguma excepção, a colagem dos vidros nas suas molduras deve ser realizada em
oficina.

Os documentos de referência são:


- PrEN 13022 parte 1, 2 e 3;

! Atenção
A especificidade arquitectural do VEC que se apresenta como uma embalagem do edifício
implica que o aspecto do vidro seja um elemento importante da sua apreciação.
O VEC deve apresentar, exterior e interiormente, um aspecto regular sem heterogeneidades
ou anomalias.
Em qualquer dos casos, devem sempre prever-se os meios de regulação da planimetria
superficial, verticalidade, esquadria e rectidão optimizada do conjunto da fachada.

E também necessário antecipar a natureza dos elementos observados em reflexão (nuvens,


árvores, edifícios em que sobressaem linhas arquitectónicas verticais ou horizontais…) pois as
imagens reflectidas pelo vidro podem aparecer deformadas em particular no caso de vidro
temperado, montado como vidro duplo …
Dependendo da distância, do ângulo de observação e da relação entre os níveis de luz no
interior e no exterior do edifício, o aspecto do vidro pode apresentar algumas variações.
Recomenda-se aos projectistas não escolherem definitivamente a cor do vidro antes de terem
verificado, através de protótipos colocados no ambiente final, a boa persecução da estética
desejada.
Estes esquemas são dados a título informativo.

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