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ESTRUTURA E FUNÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
As autoridades monetárias:
O Conselho Monetário Nacional: o CMN acaba sendo o conselho de política
econômica do país, visto que o mesmo é responsável pela fixação das diretrizes da
política monetária, creditícia e cambial. Atualmente, seu presidente é o próprio Ministro
da Fazenda.
O Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil foi criado em 1964, para atuar como orgão responsável pela
execução das normas que regulam o sistema financeiro nacional. Suas principais
atribuições são:
(1) Emitir papel moeda e moeda metálica;
(2) Executar compra e venda de Títulos Federais (através de operações de Open Market)
tanto para executar Política Monetária como para o próprio financiamento do Tesouro
Nacional;
(3) Receber depósitos compulsórios e voluntários do sistema bancário, assim como
realizar operações de redesconto e outros tipos de empréstimos às instituições
financeiras.
(4) Ser o depositário das Reservas Internacionais do País.
(5) Autorizar o funcionamento, fiscalizar e aplicar as penalidades previstas a instituições
financeiras. Todas essas atividades do Banco Central, no Brasil, são reguladas pelo
CMN (Conselho Monetário Nacional).
Autoridades de apoio:
A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo voltado ao
mercado de ações e debêntures. Ela é vinculada ao Governo Federal e seus objetivos
podem sintetizados em apenas um: o fortalecimento do mercado acionário.
O Banco do Brasil: até janeiro de 1986 o BB assemelhava-se a uma autoridade
monetária mediante ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro
Nacional. Hoje, é um banco comercial comum, embora responsável pela Câmara de
Confederação.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: contando com recursos
de programas e fundos de fomento, o BNDES é responsável pela política de
investimentos de LP do Governo e, a partir do Plano Collor, também pela gestão do
processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por
impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover
o crescimento das exportações, dentre outras funções.
A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento
habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de
financiamento social.
Instituições financeiras:
Os Bancos Comerciais: os BC são intermediários financeiros que transferem recursos
dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar
moeda através do efeito multiplicador. Os BC's podem descontar títulos, realizar
operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações
especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e
a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes, etc.
Os Bancos de Desenvolvimento: o já citado BNDES é o principal agente de
financiamento do governo federal. Destacam-se outros bancos regionais de
desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco
da Amazônia, dentre outros.
As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições financeiras, as
cooperativas normalmente atuam em setores primários da economia ou são formadas
entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor
comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das safras
agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas
oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os quais contribuem mensalmente
para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às
cooperativas são exclusivas aos cooperados.
Os Bancos de Investimentos: os BI captam recursos através de emissão de CDB e
RDB, de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de
investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos
específicos à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e
debêntures. Os BI não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliários e têm
limites para investimentos no setor estatal.
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as "financeiras" captam
recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consumo duráveis
aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu
passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.
Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores mobiliários por
conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da
CVM para o exercício de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos
de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de
câmbio, dentre outras funções.
Sociedades Distribuidoras: tais instituições não têm acesso às bolsas como as
Sociedades Corretoras. Suas principais funções são a subscrição de emissão de títulos e
ações, intermediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação
pelo BACEN.
Política Monetária
É a taxa cobrada para empréstimos de dinheiro e seu valor expressa o custo do dinheiro
no mercado. É um ganho para o emprestador e uma despesa para o tomador do
empréstimo.
Taxa Básica Financeira – TBF
Em 06/95, através da Resolução no 2.071 do BC, foi criada a TBF com o objetivo de
alongar o perfil das aplicações em títulos, pela criação de uma taxa de juros de
remuneração superior à TR.
Taxa Referencial - TR
A TR foi criada no Plano Collor II, com o intuito de ser uma taxa básica referencial dos
juros a serem praticados no mês iniciado e não como u índice que refletisse a inflação
do mês anterior. Ela deveria funcionar como uma Libor ou Prime Rate.
Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP
Em novembro de 1994, o BC, por delegação do CMN, definiu as formas de cálculos e
apuração da TJLP, cuja finalidade é de estimular os investimentos nos setores de infra-
estrutura e consumo e, ao mesmo tempo, ajudar a inverter a "curva de rendimento" que
até 94 sempre privilegiou os investimentos de curto prazo com juros maiores.
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO
É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais
integrados, usados para transferir fundos do pagador para o recebedor e, com isso,
encerrar uma obrigação e que interligam, por meio de uma cadeia não coordenada de
pagamentos, os agentes não-bancários, os bancos e o Banco Central (BACEN).
É este sistema que permite as transferências diárias de recursos realizadas por meio de
cheques, cartões de crédito, transferências eletrônicas de fundos e documentos de
crédito.
O montante das transferências diárias é transformado em poucas transferências
interbancárias de fundos de alto valor nas contas Reservas Bancárias que cada banco
mantém no Banco Central.
Conta Reservas Bancárias
Cada banco mantém uma conta no Banco Central, similar a uma conta corrente, onde
toda a movimentação financeira diária é processada, decorrente de operações próprias
ou de seus clientes.
No modelo atual, os resultados financeiros, apurados em diferentes câmaras de
compensação, são lançados nas contas Reservas Bancárias no dia útil seguinte.
Saldo Negativo
Durante algumas horas do dia, os bancos apresentam um volume de liquidações que
supera suas reservas.
Normalmente esse saldo negativo é regularizado ao final do dia, quando é processado o
movimento das operações realizadas com títulos públicos federais, que os bancos
mantêm em volume suficiente para o adequado gerenciamento do caixa.
Câmaras de compensação
DEPÓSITO À VISTA - CONTA CORRENTE
Este produto é exclusivo dos bancos comerciais.
Trata-se de uma captação de recursos do cliente. A quantia captada é registrada em uma
conta corrente, podendo ser movimentada de diversas formas, como através de
depósitos, saques em dinheiro, emissão de cheques, ordens de pagamento, DOC etc.
O Doc, documento de crédito, e utilizado para pagamentos ou depósitos
entre bancos, mesmo estando em praças diferentes, ou seja, é utilizado para transferir
recursos de um banco para a conta corrente de um outro banco.
A ordem de pagamento é utilizaria para pagamentos ou depósitos dentro do
mesmo banco, para agências em praças diferentes.
CHEQUE
O cheque é uma ordem de pagamento a vista, considerando-se
não-escrita qualquer menção em contrário. Por isso se diz que, legalmente, não existe o
chamado cheque pré-datado. O cheque pré datado possui a característica de uma nota
promissória. e não de um verdadeiro chec1ue.
O cheque deve ser apresentado no prazo de 30 dias quando emitido no
mesmo lugar onde tiver que ser pago, e de 60 dias, quando emitido em lugar diverso.
O cheque, quando cruzado, não pode ser descontado; apenas depositado.
Através da Resolução do Banco Central n. º 2537 de 26 de agosto de
1908, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu que os bancos passassem a incluir
nos formulários de cheques fornecidos a titulares de contas de depósitos, em se tratando
de pessoas físicas, o numero, o órgão expedidor e a sigla da unidade da federação
referente ao documento de identidade constante da ficha-proposta e, tanto para pessoas
físicas quanto para pessoas jurídicas, a data de abertura da respectiva conta de
depósitos.
Compensação de Cheques e outros papéis
O serviço de compensação de cheque e outros papeis e regulamentado pelo
Banco Central e executado pelo Banco cio Brasil.
O serviço é realizado entre bancos, na câmara de compensação cio Banco cio
Brasil, permitindo a cobrança de cheques, a transferência de fundos, o pagamento de
títulos (fichas de compensação) e outras obrigações.
O prazo de compensação dependerá se realizado entre cidades integrantes da
mesma câmara de compensação ou entre cidades de diferentes câmaras, caso no qual
ocorrerá a compensação na câmara nacional.
O prazo de compensação também dependerá do valor do cheque sendo dividido
em duas categorias, quais sejam: cheques maiores ou menores do limite estabelecido
pelo Banco Central. Esse limite é, hoje, (02/98) de RS 300,00.
Eduardo Fortuna (1997) apresenta o seguinte quadro que demonstra os
prazos de compensação dos cheques:
Operação Cheques maiores Cheques menores
depositados em D depositados em D
Troca na câmara de Até às 24h do dia D De 7:30 às 12:00 de D+1
compensação
Processamento nos Até às 2h do dia D+1 Até às 2h de D+2
computadores dos bancos
Posição financeira dos Até às 2h de D+1 Até 11h de D+1 (prévia)
bancos Até 2h de D+2 (definitiva)
Devolução de cheques Até às 17h de D+1 Até às 17h de D+2
Saldo contábil do banco D D
recebedor
Reserva bancária no banco D+1 D+1
recebedor
Saldo disponível na conta D+1 D+2
do cliente saque em cheque
Saldo disponível na conta D+2 D+3
do cliente saque em R$
e) Cartões co-branded. São uma variação dos cartões de afinidade, emitido por
uma empresa reconhecida no mercado, principalmente montadoras de veículos (Fiat,
GM), redes de varejo (Pão de Açúcar) e companhias aéreas TAM, Varig), em
associação com uma operadora e um banco específico. Traz vantagens específicas para
seus associados como, por exemplo, oferecer programas de incentivos, bônus, descontos
ou milhas.
f) Cartões Inteligentes. Cartões dotados de processador e módulo
de memória. Podem incluir múltiplas funções, como realizar diversas operações
financeiras, atualizações de valores e outras aplicações não bancárias, como agenda
eletrônica, ficha médica, carteira de documento etc.
Cartões de Valor Agregado. Consistem em uma das aplicações dos cartões
inteligentes. funcionando como um autêntico dinheiro eletrônico. O usuário vai ao
banco e deposita em seu cartão uma determinada quantia, passando a utilizar o cartão
para o pagamento de suas despesas como se fosse papel-moeda. Esse sistema está sendo
utilizado em alguns países com o objetivo de substituir o papel-moeda.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
AULA 04
PRODUTOS FINANCEIROS – II
Leasing ou Arrendamento Mercantil
É uma operação realizada mediante contrato, onde o dono do bem (arrendador) concede
a alguém (arrendatário) a utilização do mesmo, por prazo determinado, em troca do
recebimento de prestações periódicas
No aspecto financeiro, é uma operação de médio a longo prazo, podendo o contrato
incluir cláusula onde se admite a sua renovação ou compra do bem pelo arrendatário
(opção de compra), ao final do seu prazo de vigência.
Ao término do contrato, o usuário tem a opção de compra do bem, pelo valor residual
garantido. O percentual do valor residual é predefinido em contrato pelo qual será
exercida a opção de compra no final. A empresa de leasing chega ao valor residual
garantido com base no prazo da operação e no de depreciação do bem.
O leasing financia integralmente, a longo prazo, qualquer bem móvel ou imóvel novo
ou usado, de fabricação nacional ou estrangeira, não necessitando a empresa se
descapitalizar , uma vez que o custo do leasing será lançado como despesa operacional,
fato que irá permitir a modernização constante do equipamento, através da sua
substituição logo que se torne obsoleto.
O leasing define-se como o ter sem comprar, uma vez que o lucro vem da utilização do
bem e não da sua propriedade.
Pode ser usado em leasing qualquer bem que possa ser classificado como ativo
imobilizado das empresas, seja novo ou usado, nacional ou estrangeiro. Os bens mais
usados em operações de leasing são: veículos, tratores, máquinas, equipamentos,
computadores, aviões, navios, imóveis e outros.
Ativo imobilizado é, de forma geral, qualquer bem essencial ao funcionamento de uma
empresa.
Tipos de Leasing
Leasing Operacional
Operação regida por contrato, praticada diretamente entre o produtor de bens
(arrendador) e seus usuários (arrendatários), sendo aquele o responsável pela
manutenção do bem arrendado ou de qualquer outro tipo de assistência técnica que seja
necessária para seu perfeito funcionamento.
Este tipo de contrato usualmente é encontrado no ramo de equipamento de alta
tecnologia, como telefones, computadores, aviões, máquinas copiadoras.
Diferentemente do leasing financeiro, o arrendatário pode rescindir o contrato a
qualquer tempo, mediante pré-aviso contratualmente especificado.
Esta opção permite a redução de custos para o arrendatário, já que as prestações não
amortizam o bem e ele não tem a opção de compra no final do contrato. Na prática, as
operações de leasing operacional funcionam quase como um aluguel e se o arrendatário
quiser adquirir o bem ao final do contrato, terá que negociar com a empresa de leasing.
As operações de leasing operacional estão restritas às operações de leasing
internacional, que é contrato entre uma pessoa jurídica sediada no País e outra no
exterior.
Leasing Financeiro
Trata-se de uma operação de financiamento de médio a longo prazo, com base em um
contrato de bens móveis ou imóveis, onde intervém uma empresa de leasing
(arrendador), a empresa produtora do bem objeto do contrato (fornecedor) e a empresa
que necessita utilizá-lo (arrendatária).
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um empréstimo que utilize o bem
como garantia e pode ser amortizado num determinado número de aluguéis periódicos,
considerando o período de vida útil do bem.
Ao final do contrato, que não pode ser rescindido, existem para a arrendatária as
seguintes alternativas:
comprar o bem em questão por um valor residual previamente contratado, conhecido
como valor residual garantido (VRG);
renovar o contrato por um novo prazo, geralmente por taxas mais baixas e tendo como
principal o valor residual;
devolver o bem à arrendadora.
O contrato de arrendamento mercantil, que estabelece as condições da operação de
leasing, e os direitos/obrigações de arrendador e do arrendatário, é extenso e complexo,
devido às peculiaridades deste tipo de operação. As despesas adicionais ficam a cargo
do arrendatário, tais como despesas de seguro, manutenção, registro de contrato, ISS
(imposto sobre serviços) e demais encargos que incorram sobre os bens arrendados.
Lease Back
É uma derivação do leasing financeiro, pelo qual uma empresa vende bens do seu
imobilizado a uma empresa de leasing e, simultaneamente, os arrenda de volta com
opção de compra exercitável após o término do prazo contratual.
É uma alternativa adequada para empresas com elevado imobilizado, o que obsta à
otimização dos recursos disponíveis, ou como forma de obtenção de recursos para
capital de giro, razão pela qual se tornaram operações privativas das instituições
financeiras.
Financiamento de Capital Fixo
Financiamento concedido a pessoas jurídicas para aquisição de máquinas,
equipamentos, veículos e outros bens que possam ser relacionados como investimento
fixo da empresa. Existem linhas de crédito do Governo Federal para fomento da
economia, onde as mais comuns são através do BNDES, FINAME.
Caderneta de Poupança
É a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que
se podem aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para
saques fora da data de aniversário da aplicação. É isenta de imposto de renda e é o
único investimento garantido pelo Governo Federal. Sua remuneração é composta pela
valorização da TR (taxa referencial de juros) + 0,5% ao mês.
A caderneta de poupança é um produto exclusivo das SCI, das carteiras imobiliárias dos
bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimo e das caixas econômicas.
Os recursos das cadernetas de poupança devem ser aplicados de acordo com regras
preestabelecidas pelo Banco Central e que, conforme as variáveis econômicas do
momento, podem ser alteradas.
Cartões de Crédito
É um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e serviços em
estabelecimentos comerciais previamente credenciados mediante a comprovação de sua
condição de usuário. Essa comprovação é geralmente realizada, no ato da aquisição,
com a apresentação de cartão ao estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo
prestador do serviço de intermediação, chamado genericamente de administradora de
cartão de crédito, que pode ser um banco.
O estabelecimento comercial registra a transação com o uso de máquinas mecânicas ou
informatizadas, fornecidas pela administradora do cartão de crédito, gerando um débito
do usuário-consumidor a favor da administradora e um crédito do fornecedor do bem ou
serviço contra a administradora, de acordo com os contratos firmados entre essa partes.
Periodicamente, a administradora do cartão de crédito emite e apresenta a fatura ao
usuário-consumidor, com a relação e o valor das compras efetuadas.
Títulos de Capitalização
Os títulos de capitalização são um instrumento com características de um jogo onde se
pode recuperar parte do valor gasto na aposta. Sem a ajuda da sorte, o rendimento será
inferior ao de um fundo ou uma caderneta de poupança. Caracteriza-se, portanto, como
uma forma de poupança de longo prazo, onde o sorteio funciona como um estímulo. É
um produto típico de uma economia estabilizada.
Do valor aplicado pelo investidor, a instituição financeira separa um percentual para a
poupança, outro para o sorteio e um terceiro para cobrir suas despesas.
Assim, nos planos de capitalização de 10 anos, de cada valor da prestação normalmente
10% vão para o sorteio, 15% cobrem as despesas de administração e 75% são poupados
em uma conta que rende TR mais juros de 0,5% ao mês. As primeiras parcelas pagas
costumam destinar-se integralmente ao sorteio e às despesas de administração, sem
nenhum depósito para o aplicador.
Planos de Aposentadoria e Pensão Privados
Plano de Aposentadoria é uma opção para complementar a renda do trabalhador ,
através de contribuição que pode ser mensal ou de pagamento único. Previdência
Privada Aberta é a oferecida por bancos e seguradoras, e Previdência Privada Fechada é
a oferecida pelas empresas aos empregados, através da constituição de um fundo de
pensão para o qual contribuem a própria empresa e seus funcionários.
Plano de Pensão é uma opção que garante uma pensão ao(s) dependente(s) do titular do
plano, em caso de falecimento ou invalidez do mesmo.
Planos de Seguros
São aqueles onde uma das partes se obriga para com a outra, mediante o pagamento de
um prêmio, a indeniza-la de prejuízos resultantes de riscos futuros.
PARTES: Seguradora (assume o risco); Segurado (paga o prêmio). EXEMPLO: um
proprietário cobre seu imóvel no seguro contra incêndio, propondo-se pagar a
seguradora uma prestação mensal de R$ 100,00, durante 1 ano, a fim de ser indenizado
do prejuízo correspondente do valor do imóvel, na hipótese de sua destruição pelo fogo.
OBJETO do Contrato de Seguro: É o risco que o segurado transfere a seguradora.
Sendo o contrato de seguro aleatório, isto é, tendo como prestação um risco, sob
condição, este somente ocorrera em caso de sinistro (evento futuro, certo ou incerto).
ESPÉCIES: a) Sociais: protegem determinadas categorias de Pessoas (seguro
desemprego); b) Privados: de coisas ou Pessoas (marítimos, terrestres, aéreos); c)
Seguros de Pessoas: seguro de vida; d) Seguro de Responsabilidade Civil: indenização
que a seguradora paga a terceiros por responsabilidade do segurado (seguros pagos
pelas empresas de transporte de passageiros).
Apólice de seguro
Instrumento do contrato de seguro celebrado entre o segurado e o segurador. Da apólice
constarão os riscos assumidos pelo segurador, o valor do objeto segurado, o prêmio
devido e demais cláusulas. O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes se
obriga com a outra, mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-lo do prejuízo
resultante de riscos futuros, previstos no contrato. A apólice consignará os riscos
assumidos, o valor do objeto segurado, o prêmio devido ou pago pelo segurado e
quaisquer outras estipulações, que no contrato se firmarem.
Prêmio
- de seguro: direito do segurador em caso de anulação do seguro:
- de seguro; direito do segurador em caso de pagamento da indenização do sinistro:
- no contrato de dinheiro a risco; estipulação:
Importância que o segurado paga ao segurador, a título de compensação pela
responsabilidade assumida por este no contrato de seguro.
Sinistro (s)
Evento de origem humana ou natural, imprevisto e não desejado, que acarreta danos
pessoais ou materiais, suscetíveis de indenização.
São exemplos de sinistros acidentes rodoviários ou aéreos, calamidades públicas,
naufrágios, enchentes etc. No âmbito do contrato de seguro, o sinistro o sinistro é
acontecimento danoso e futuro contra o risco assumido e cujo sucesso investe o
segurado do direito de exigir a indenização prometida na apólice. Não há que
confundir, risco, sinistro e indenização. O risco é o dano em potencial, a possibilidade
de um evento funesto que justifica uma indenização ao segurado; o sinistro é o fato em
si, causador do dano, enquanto a indenização é a avaliação patrimonial do dano a ser
ressarcido.
TESTES DE FIXAÇÃO
Além dos títulos rurais já mencionados, também merecem destaque o
Warrant e o Conhecimento de Depósito, que são títulos de crédito á ordem,
emitidos sobre mercadorias em. depósitos nos armazéns gerais. O conhecimento
de depósito é a prova do contrato de depósito mercantil, representando as
mercadorias depositadas. O warrant é emitido junto ao conhecimento do
depósito, destinando-se a eventuais operações de crédito cuja garantia seja o
penhor das mercadorias.
Pela Resolução 2148 do Banco Central, também chamada de Resolução
63 Caipira, foi permitido às instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de
Crédito Rural (SCR) a captação de recursos no mercado externo, para repasse no país.
destinados ao financiamento de produtores rurais e suas cooperativas, para custeio,
investimento e comercialização de produção agropecuária e, às empresas, agroindústrias
e exportadores, para aquisição de produtos agropecuários diretamente de produtores
rurais, suas associações ou cooperativas e/ou aquisição de CPR registrada na Cetip.
Através do Finame Rural, o BNDES financia a compra de máquinas e
equipamentos para o setor, garantindo até 90% cio investimento total nas regiões
incentivadas e 80% nas regiões não incentivadas. O prazo máximo de amortização é de
7 anos.
Além destes títulos rurais existe o Empréstimo do Governo Federal
(EGF) que visa favoráveis.
Esse empréstimo é viabilizado pelo Banco do Brasil, podendo ser
realizado com ou sem opção de venda. No caso do empréstimo com opção de venda, o
beneficiário pode esperar condições mais favoráveis para a venda de seus produtos, ou
ainda, poderá vender o produto financiado à CONAB. Quando não existe a opção, o
beneficiário não possui a escolha de venda para o CONAB; ele apenas financiará o
armazenamento e a conservação de seus produtos para vendas futuras em melhores
condições de mercado.
O Banco Central estabelece normas gerais sobre o empréstimo. A
CONAB estabelece as normas especificas e o controle dos estoques financiados A
instituição financeira formaliza e controla os financiamentos e as garantias.
O empréstimo com opção somente pode ser transformado em aquisição
pela CONAB por ocasião das amortizações ou liquidação do financiamento.
(iam o processo de abertura da economia brasileira, a participação do governo na
proteção cio produto agrícola nacional diminui, principalmente com relação aos EGE
com opção de venda. Dessa forma, nos últimos anos, o governo realizou aquisições em
volumes muito inferiores.
Ao invés da utilização dos empréstimos com opção de venda, o governo
tem utilizado outro mecanismo, qual seja, o Prêmio de Escoamento de Produto
(PEP), onde, através de leilões, o governo banca a diferença entre o preço mínimo do
produto e o preço de mercado. Assim. quanto maior for a procura pelo produto, menor
será essa diferença.
O governo também instituiu o Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária (PROAGRO) que tem como objetivo exonerar o beneficiário do
cumprimento das obrigações financeiras em operações de crédito rural de custeio, no
caso de perdas por causas definidas, como fenômenos naturais fortuitos, doenças, pragas
etc.
O PROAGNO é administrado pelo Banco Central com recursos oriundos
de contribuição de seus beneficiários e do orçamento da União. Os agentes desse
programa são as instituições financeiras autorizadas a operar o crédito rural.
O beneficiário para aderir ao PROAGRO deve pagar uma taxa de
participação que incidirá cima cínica vez.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) é um programa de apoio ao desenvolvimento rural com base em uma rede de
agências bancárias que reúne BB. BNB, i3ASA e os Bancos Estaduais. Os recursos são
do FAT e de fundos constitucionais, formados por recursos do recolhimento de
impostos. O Governo Federal também vai pagar a assistência técnica aos pequenos
produtores, ou seja, técnicos do Governo vão preparar, sem custos para o produtor, o
projeto que ele precisa apresentar ao banco para conseguir o financiamento.
O Programa de Geração de Emprego e Renda Rural
(Proger Rural) é semelhante ao Pronaf, mas objetiva o aumento do número de pessoas
empregadas.
Foi criada em junho de 1998 a Linha de Crédito de Investimento para
Agregação de Renda à Atividade Rural (Agregar), ao amparo do Pronaf, com a
finalidade de financiar investimentos que visem o beneficiamento, processamento e
comercialização da produção agropecuária ou de produtos artesanais desenvolvidos por
famílias rurais, de forma isolada ou grupal, ou a exploração de turismo e lazer rural.
Foi instituído em agosto de 1998 o Programa de Incentivo ao Uso de
Corretivos de Solo (Prosolo), ao amparo de recursos administrados pelo BNDES,
destinado ao financiamento de correção de solos, sendo que os itens financiáveis são a
aquisição, o transporte e a aplicação de corretivos.
TESTES DE FIXAÇÃO
1. Assinale a alternativa incorreta:
a) O crédito rural consiste no suprimento de recursos financeiros para
financiamento do custeio, da comercialização, da industrialização e do investimento do
setor agropecuário.
b) O crédito rural é operado pelos bancos comerciais e múltiplos com
carteira comercial.
e) Os bancos privados não costumam operar diretamente o crédito rural,
repassando seus recursos para o Banco do Brasil.
d) O Crédito Rural é concedido aos produtores agropecuários que podem
utilizar livremente os recursos conforme a sua necessidade.
e) O Crédito Rural terá seu prazo fixado conforme a sua destinação ser para
custeio, para investimento ou para comercialização e industrialização.
2. Não é um titulo de crédito rural.
a) Certificado de Depósito Bancário Rural. d) Cédula Rural Hipotecária.
b) Certificado de Mercadoria Garantido, e) Duplicata Rural.
e) Cédula de Produto Rural.
3. Assinale a alternativa correta:
a) Cédula Rural Pignoratícia é um titulo de crédito rural lastreado em
garantia real, um penhor ou uma hipoteca, ou ambas.
b) Nota de Crédito Rural é um titulo de crédito oriundo de um contrato de
venda e compra a prazo de produto agropecuário.
e) Cédula de Produto Rural é um título que representa uma promessa de
entrega de um produto rural em uma data futura determinada.
d) Certificado de Mercadoria Garantido é um titulo emitido pelo produtor
agrícola, com garantia de uma instituição financeira e negociado em uma bolsa de
mercadorias, vinculado a um financiamento rural.
e) Nota Promissória Rural é um titulo que vincula um contrato de compra e
venda de produto rural com um financiamento rural, podendo ser negociada livremente.
4. Assinale a alternativa incorreta
a) No PRONAF, o valor do financiamento está vinculado ao valor do
produto a ser financiado.
b) O PRC)NAF é aplicado para o financiamento de qualquer produto
agrícola.
e) O Empréstimo do Governo Federal (EGF) é realizado apenas através do
Banco do Brasil.
d) O EGF pode ser realizado com opção de venda ou sem opção de venda.
e) O EGF com opção permite que o beneficiário possa vender seu produto á
CONAB na ocasião das amortizações ou liquidações.
Gabarito
1. d A concessão do crédito rural se dá com finalidade específica, não
podendo seus recursos serem aplicados em fim diverso. Esta destinação específica é
uma das exigências para concessão do crédito rural; para isso, o financiador possui
poder de fiscalizar a destinação dos recursos ao fim ajustado.
2. a O CDB Rural não é um título de crédito rural porque não representa a
concessão de um crédito (empréstimo) rural. O CDB Rural é um CDB como qualquer
outro, com a única diferença: a destinação dos recursos obtidos com a sua venda deve
ser aplicada necessariamente á concessão de crédito rural. Todos os demais títulos
relacionados são títulos vinculados a um financiamento rural.
3. c A Cédula Rural Pignoratícia é garantida apenas por penhor. A Nota de
Crédito Rural não está vinculada a uma operação de compra e venda, mas sim a um
financiamento rural; a descrição se encaixa em uma Nota Promissória Rural ou uma
Duplicata Rural. O Certificado de Mercadoria Garantido não está vinculado a um
financiamento. A Nota Promissória Rural representa apenas um contrato de compra e
venda a prazo, não se relacionando a nenhum financiamento.
4. b O PRONAF é aplicado apenas para o financiamento de cultivos básicos,
como arroz, feijão, trigo, milho. algodão, mandioca e soja, conforme o Governo
estabelecer.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
AULA 06
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
GARANTIA BANCÁRIA
Essas operações são garantias que os bancos prestam em favor de seus
clientes, ou seja. o banco se solidariza com o cliente em riscos por este assumido.
São basicamente dois os produtos de garantias bancárias, a saber: o aval
bancário e a fiança bancária.
O aval bancário é uma obrigação assumiria pelo banco, a fim de garantir
o pagamento de um título de crédito de um cliente. Esta modalidade de garantia exige
que seja dada em um titulo de crédito, nunca em outro instrumento.
O aval pode ser total ou parcial, isto é, pode garantir a divida
integralmente ou apenas parte dela.
O aval pode ser de dois tipos:
· aval em preto (completo ou pleno) — traz o nome da pessoa em
favor de quem o aval é dado:
· aval em branco — posto no título sem o nome do avalizado, ou seja, traz
apenas a assinatura do avalista.
A fiança bancária é uma obrigação escrita, sendo um contrato através
do qual o banco (fiador) garante o cumprimento de uma obrigação de seu cliente
(afiançado) junto a um credor.
A fiança também pode ser total ou parcial.
O Banco Central estabelece limites para que os bancos concedam fianças
bancárias. Estabelece ainda as situações em que é autorizado aos bancos concederem a
fiança bancária, bem como as situações em que é vedada a sua concessão.
Para que seja concedida a carta de fiança os bancos analisam o crédito do
cliente, negociando caso a caso o valor que o cliente deverá pagar pela concessão da
fiança.
A fiança bancária é concedida por prazo determinado.
1. a O aval bancário só pode ser dado para garantir uma obrigação
estabelecida em um título de crédito.
2. c Para o aval basta a assinatura do avalista no titulo de crédito. A fiança
necessita ser formal. No aval a responsabilidade é solidária, isto é, o credor pode
cobrar do devedor ou do avalista, conforme a sua conveniência. Na fiança a
responsabilidade é subsidiária, isto é, existe um beneficio de ordem; assim, o credor só
poderá cobrar do fiador se não obtiver êxito a cobrança junto ao devedor, O aval é
dado para garantir títulos de crédito; já a fiança é dada para garantir contratos.
3. e No aval a responsabilidade é sempre solidária, sendo vedado qualquer
acordo para a modificação da responsabilidade. Isto decorre pela natureza do aval, ou
seja, uma assinatura em um título de crédito.
GERENCIAMENTO DE RISCO
ACORDO DA BASILEIA
Este acordo foi assinado na Basiléia, Suíça, pelos bancos centrais dos países que
compõem o grupo dos dez.
Com a globalização da economia, o Conselho Monetário Nacional determinou o
enquadramento do mercado financeiro aos padrões de solvência e liquidez definidos no
Acordo da Basiléia.
Esta Resolução do CMN foi a mais importante mudança realizada no mercado
financeiro nos últimos 30 anos, tendo como principais características o seguinte:
· estabeleceu novas regras para o funcionamento, a transferência e a reorganização
das instituições financeiras
· especificou os novos limites mínimos de capital e patrimônio líquido para
funcionamento das instituições financeiras
· disciplinou a instalação e o funcionamento das dependências das instituições
financeiras
· fixou novas regras de determinação do patrimônio líquido ajustado que passou a
ser calculado de forma proporcional ao grau de risco dos ativos de cada instituição.
( Anexo: Acordo da Basiléia II - Exposição no BACEN)
PROER
O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro
Nacional (PROER) foi instituído em 1995, com o objetivo de assegurar a liquidez e
solvência do Sistema Financeiro Nacional e resguardar os interesses de depositantes e
investidores.
O PROER pode ser utilizado para a aquisição de controle acionário, a
transferência de controle acionário e a assunção de direitos ou obrigações.
Este programa estabeleceu uma legislação que garantia incentivos e facilidades para
processos de fusões ou incorporações.
Os benefícios concedidos foram, principalmente, os seguintes:
· reconhecimento, pelo Banco Central, de 10000 dos créditos da instituição
incentivada contra a União, as chamadas moedas podres;
· permissão para lançar como prejuízo os créditos incobráveis, podendo ser
compensado para efeito de imposto de renda;
· permissão para que o ágio na aquisição das ações seja amortizado como despesa;
· criação de linhas de crédito para o financiamento dos programas de
redução de custos das instituições financeiras;
· autorização para que os novos bancos ultrapassem os limites para manutenção de
imóveis. diversificação de riscos e nível de capitalização;
· eliminação do direito de recesso para os acionistas minoritários, no caso
de fusão, incorporação ou cisão de companhias abertas.
Além do PROER, o Governo Federal criou em 1997 o Programa de Incentivo
à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (PROES) com a
finalidade de incentivar os Estados da Federação a reestruturar, privatizar, liquidar ou
transformar os seus Bancos Estaduais em Agências de Fomento, criando, também,
linhas de assistência financeira e facilidades na renegociação das dívidas estaduais com
a União.
FUNDO GARANTIDOR DE CREDITOS — FGC
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação civil sem fins
lucrativos que tem como objetivo prestar garantia de crédito contra instituições dele
participante, nos casos de decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência
da instituição, ou ainda, quando o Banco Central reconhecer o estado de insolvência da
instituição.
O Fundo Garantidor foi criado com recursos do Fundo de Garantia de Depósitos
e Letras Imobiliárias (FGDLI) e da Reserva para a Promoção da Estabilidade da Moeda
e do Uso do Cheque (RECHEQUE). Ao FGC reverte as multas cobradas dos emitentes
dos cheques sem provisão de fundos, bem como contribuições de seus participantes,
calculadas sobre o montante dos créditos.
O FGC tem como participantes as instituições financeiras e as associações de
poupança e empréstimo.
O FGC garante os seguintes créditos, até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) por pessoa:
· depósitos à vista;
· depósitos de poupança;
· depósitos a prazo;
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1.A proporção de ações preferenciais sem voto em relação às ações ordinárias, nas
companhias
abertas:
a) não poderá ser inferior a 10%. d) não poderá ser superior a 2/3.
b) não poderá ser superior a 30%. e) é estabelecida pelo estatuto social.
c) deverá ser na mesma proporção.
2.Assinale a alternativa incorreta:
a) A ação preferencial tem direito a voto quando o estatuto é omisso.
b) As ações preferenciais podem ter seu direito de voto retirado pelo estatuto da
sociedade anônima.
c) As ações preferenciais podem não ter o direito a receber dividendos caso o estatuto
social da companhia assim determine.
d) Ações preferenciais podem ter direito a dividendos de, no mínimo, 10% superiores
aos estabelecidos para às ações ordinárias.
e) Uma das vantagens atribuídas à ação preferencial pode ser o direito de percepção
de dividendos prioritários.
3.São formas das ações:
a) ordinária, preferencial e escritural. d) ordinária e preferencial.
b) nominativa e endossável. e) escritural e nominativa.
c) nominativa, ao portador e escritural.
4.Assinale a alternativa incorreta:
a) E objetivo das bolsas de valores manter local adequado para a realização de
operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários.
b) E objetivo das bolsas de valores dar ampla e rápida divulgação sobre as operações
nelas realizadas.
c) E objetivo das bolsas de valores criar condições necessárias à realização e liquidação
das operações.
d) E objetivo das bolsas de valores fiscalizar o cumprimento das disposições legais,
regulamentares e disciplinares nas operações nelas realizadas.
e) E objetivo das bolsas de valores criar condições necessárias para uma equânime
participação das instituições financeiras em seu recinto.
5.A variação de 1% no Ibovespa em um determinado dia, significa:
a) que os preços médios das ações negociadas na Bovespa aumentaram 1%.
b) que o valor de uma carteira teórica de ações aumentou em 1%.
e) que os preços médios das ações que compõem uma carteira teórica aumentaram 1%.
d) que a média ponderada das cotações das ações na Bovespa aumentou 1%, ponderação
esta em função do volume de negócios.
e) que os preços médios ponderados das ações de uma carteira teórica aumentaram l0%,
sendo a ponderação realizada pelo volume de negócios no dia.
6. Assinale a alternativa incorreta:
a) Uma diferença entre a compra a termo e a compra futura de um ativo
consiste que apenas o segundo exigirá o depósito de uma margem.
b) Uma diferença entre a compra a termo e a compra futura de um ativo
consiste que, na primeira, ocorrerá um único pagamento no vencimento, enquanto que
na segunda, ocorrerá pagamento ou recebimentos diários.
c) Uma diferença entre a compra de uma opção e a compra a termo
consiste que, na primeira. o negócio futuro estará condicionado à vontade do
comprador, enquanto que na segunda, o negócio futuro será obrigatório.
d) Uma diferença entre a compra a termo e a compra de uma opção
consiste que, na primeira, mão haverá pagamento na celebração do contrato, enquanto
que na segunda, haverá pagamento na celebração do contrato.
e) Uma diferença entre a compra de uma opção e a compra futura
consiste que na primeira. operação adquire-se um direito, enquanto que na segunda, a
operação assume-se uma obrigação.
7. Assinale a alternativa incorreta:
a) As opções podem ser de dois estilos: européia e americana.
b) O tipo de opção varia conforme for o direito concedido ao seu titular.
c) O prêmio é o pagamento efetuado pelo titular da opção para garantir a
sua liquidação
d) As opções de venda americana concedem ao seu comprador o direito
de vender determinado ativo a determinado preço, até o vencimento.
e) As opções de compra européia concedem ao seu titular e direito de
comprar determinado ativo a um preço determinado no vencimento da opção.
8. Assinale a alternativa correta:
a) A opção de venda só será exercida caso o preço à vista, no
vencimento, seja superior ao preço de exercício.
b) A opção de compra só será exercida se o preço de exercício for
superior ao preço de exercício.
e) Um especulador que tenha comprado uma opção de compra só obterá
lucro na operação se o preço à vista no vencimento for superior ao preço de exercício.
d) O lucro de um lançador a descoberto de uma opção de venda será a
diferença entre o preço de exercício e o preço à vista no vencimento.
e) O lucro de um titular de Lima opção de compra só ocorrerá quando o
preço à vista, no vencimento, for superior ao preço de exercício, acrescido do prêmio
pago corrigido.
9. Assinale a alternativa incorreta:
a) O mercado de balcão consiste nas operações com títulos realizadas
fora das bolsas de valores.
b) O mercado de balcão comum consiste em um mercado com
localização determinada para realização dos negócios.
c) O mercado de balcão pode ser dividido em dois: o mercado de balcão
comum e o mercado de balcão organizado.
d) O mercado de balcão organizado funciona como um verdadeiro
mercado de acesso.
e) O mercado de balcão organizado é desenvolvido através de uma
entidade que manterá um sistema para realização de operações de compra e venda de
valores mobiliários.
10. Assinale a alternativa incorreta:
a)A operação de emissão de um novo ADR, é chamada de inflow.
c) As ações representativas dos ADRs devem ser custodiadas em um
banco custodiante aqui no Brasil.
d) O banco depositário é aquele que emite os certificados nos EUA.
c) A emissão de ADR não exige o atendimento das regas da SEO,
quando for do nível 1.
11. Qual das alternativas não pode ser considerada como facilitadora da
globalização do mercado de capitais?
a) facilidade na comunicação da informação.
b) redução de controles cambiais.
c) interesse dos investidores institucionais na diversificação das suas
carteiras.
d) desenvolvimento dos meios de transporte.
e) taxa de juros mais baixas nos mercados internacionais.
12. É aspecto positivo da globalização, exceto:
a) aperfeiçoamento dos mecanismos de informações pelas companhias
abertas.
b) melhoria dos padrões éticos de comportamento do mercado.
c) aumento da volatilidade dos investimentos.
d) acesso a um volume maior de capitais.
e) melhoria dos padrões técnicos de análise de ações.
Gabarito
1. d
2. c O direito de percepção dos dividendos não pode ser retirado de
nenhuma ação, quer preferencial, quer ordinária.
3. e Este não é um dos objetivos das bolsas de valores, visto que, não
é necessário essa equânime participação das instituições, apenas uma equânime
possibilidade de participação.
5. b O Ibovespa representa o valor atual de uma carteira teórica de ações, sendo
que sua variação significa na variação do valor desta carteira.
6. a A margem é exigida tanto no mercado futuro quanto no mercado a
termo.
7. c O prêmio consiste no valor que o comprador de uma opção paga para adquirir
o direito, ou seja, ele é pago no momento da celebração do contrato, e não no momento
da liquidação do contrato.
8. e A opção de venda será exercida quando o preço a vista, no vencimento, for
inferior ao preço de exercício. A opção de compra será exercida quando o preço de
exercício for inferior ao preço no vencimento. Para o especulador obter lucro; a
diferença entre o preço de exercício e o preço no vencimento deve ser superior ao
prêmio pago. O lucro de um lançador de uma opção de venda deve considerar o
prêmio por ele recebido.
9. b O mercado de balcão comum tem como principal característica ser um mercado
livre, sem localização determinada e sem sistema de negociação.
10. a A operação de inflow consiste na transformação de um ADR já existente
em ações para negociação aqui no Brasil.
11. d O desenvolvimento dos meios de transporte não incentiva a globalização no
mercado financeiro porque as operações dependem dos sistemas de comunicação.
12. c O aumento da volatilidade doa investimentos não é fator positivo
porque acarreta um aumento no risco dos investimentos.
FACTORING
A operação de factoring consiste na compra de um crédito comercial em curto
prazo, decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de serviço. Assim, um
sacador (aquele que vende seus créditos) procura uma casa compradora (factor) que
fornecerá o dinheiro mediante um deságio sobre o valor de face do título de crédito.
A casa compradora fica com a incumbência de realizar a cobrança do título junto
ao devedor.
A operação de faturem é similar ao desconto de duplicatas efetuado entre a
empresa e um banco, tendo como principal diferencial que a empresa de factoring é
especializada nesse tipo de operação. o que lhe permite cobrar uma taxa de desconto
menor e avaliar melhor os riscos.
A operação de factoring se distingue basicamente do desconto de duplicatas pela
inexistência do direito de regresso ao sacador. Assim, caso o devedor não pague o titulo
do vencimento, a empresa de factoring não pode cobrar do sacador (sendo esse seu
risco), ao contrário do desconto de duplicata, quando, no caso de inadimplência do
devedor, o sacador é responsável junto ao banco. O sacador é responsável pela
veracidade do título e sua legitimidade, porém não é responsável pela sua liquidação.
Esta modalidade de operação é realizada principalmente pelas pequenas e
médias empresas, que encontram maiores dificuldades de obter recursos junto aos
bancos.
A atividade de factoring não é uma atividade financeira, sendo essencialmente
mercantil. Não é uma atividade financeira porque a empresa compradora (factor) não
pode devolver os créditos para o sacador, já que não tem o direito de regresso contra
este.
A empresa de factoring não necessita de autorização do Banco Central para
funcionar. Esta é uma operação não realizada diretamente pelos bancos, porém, vários
bancos abriram sua empresa de factoring para poderem oferecer esse serviço a seus
clientes.
A empresa de factoring trabalha com recursos próprios ou através de captação
por meio de debêntures ou de conta garantida junto aos bancos, tendo como garantia a
carteira de contratos comerciais.
No Brasil, existe a Anfac (Associação Nacional de Factoring), que divulga todos
os dias uma taxa representativa do fator de desconto dos créditos, servindo como
orientação para seus associados.
Segundo Fortuna (1997), existem quatro tipos de serviços oferecidos via
factoring:
· transação com duplicatas (ou cheques pré-datados) — envolve principalmente a
compra de duplicatas a vencer da empresa. Para assumir esse crédito, a empresa de
factoring irá cobrar, em média, a remuneração dos CDB/CDI oferecida pelos bancos,
além de um spread que cobre os custos, os riscos operacionais fixos e os riscos do não
recebimento da duplicata.
· maturity — envolve a total assunção de qualquer crédito da empresa pela
empresa de factoring, ou seja, em caso de inadimplência do devedor, o sacador não
sofrerá qualquer prejuízo.
· over-advanced — implica em um adiantamento de recursos para a empresa
comprar insumos ou efetuar investimentos de pequeno porte.
trust — implica na transferência para a empresa de factoring da administração do
negócio da empresa sacadora, no que se refere às operações financeiras de
monitoramento do fluxo de caixa até as atividades necessárias para levar à frente a
produção.
No Brasil apenas a primeira modalidade de factoring é oferecida no mercado.
Uma das vantagens da operação de factoring é fiscal, visto que não está sujeita á
incidência do 10V, mas apenas ao ISS.
Existe um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que objetiva a
regulamentação da atividade de factoring.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇAO
1. Assinale a alternativa correta:
a) O factoring é uma atividade financeira regulamentada pelo Banco
Central.
b) O factoring sob a forma de maturity define-se como um
adiantamento de recursos para a empresa comprar insumos.
c) O factoring também pode ser chamado de arrendamento
mercantil.
d) O factoring é uma operação em tudo semelhante a um desconto de
duplicata, sendo diferente apenas a instituição que realiza a antecipação dos recursos.
e) A operação de factoring não pode ser realizada pelos bancos.
2. Assinale a alternativa incorreta:
a) Na operação de factoring se o devedor não pagar o titulo no
vencimento, a empresa de factoring possui o direito de regresso.
b) O factoriug, na modalidade de trust, consiste na transferência para
a empresa de factoring de parte da administração de negócio da empresa sacadora.
c) A operação de factoring está isenta de 10V.
d) A casa compradora tem a incumbência de realizar a cobrança do
título.
e) A única modalidade de factoring utilizada no Brasil é a transação
com duplicatas
Gabarito
1. e O factoring não é regulamentado pelo Banco Central. O
adiantamento de recursos para compra de insumo caracteriza a modalidade de over-
advanced. O leasing também é chamado do arrendamento mercantil. O factoring
possui algumas diferenças com o desconto de duplicata.
2. a A empresa de factoring não possui o direito de regresso,
isto é, em caso de falta de pagamento do título, ela não pode cobrar da empresa
sacadora.