You are on page 1of 15

GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

A EXPANSÃO PARA O OESTE E A DOUTRINA DO DESTINO


MANIFESTO

Páginas 3 - 5

Em sua resposta aos dois itens da questão, os alunos devem considerar que a
Doutrina do Destino Manifesto consistia na crença de que os norte-americanos seriam
“o povo escolhido” por Deus para levar a civilização, a paz, a liberdade e a igualdade
para novos domínios a serem conquistados para além das treze colônias.

Página 5
1. Entre as principais motivações, os alunos deverão considerar:
• ampliação de fronteiras e busca de terras para agricultura;
• busca de matérias-primas e expansão capitalista;
• ida de europeus para os Estados Unidos, motivados pelo desejo de posse de
terras; incentivos governamentais e crescimento demográfico;
• busca por ouro.
2. Na resposta a essa questão, é importante que se considere, sobretudo, a visão
estereotipada que, durante muito tempo, esteve presente nas produções
cinematográficas e televisivas a respeito dos brancos descendentes de europeus como
colonizadores e dos povos nativos como bárbaros, selvagens sem cultura, que, na luta
contra a ocupação de seus territórios, eram representados como bandidos que
lutavam contra heróis, os “mocinhos” brancos. Atualmente, o “politicamente
correto” tirou a força desse tipo de abordagem, embora ela tenha sobrevivido no
imaginário de muitas gerações.
3. Como resposta a essa questão, diferentes aspectos relacionados à história recente dos
Estados Unidos e sua posição entendida como imperialista poderão ser apontados
pelos alunos. Você pode lembrar aos alunos, por exemplo, as justificativas de
invasão do Iraque, quando os EUA, alegaram que o objetivo era o de libertar o povo
iraquiano do jugo do ditador Saddam Hussein, que teria armas de destruição em
1
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

massa, e a necessidade da presença pós-invasão das forças de coalizão norte-


americanas naquele país.

Página 6

Em sua síntese, os alunos deverão considerar que a perseguição aos indígenas e sua
remoção dos seus territórios originais deveu-se à ocupação dessas terras pelos colonos.
Tal como nos Estados Unidos, a ocupação do território brasileiro pelos colonizadores e
seu enfrentamento com os habitantes nativos pautou-se por interesses e pelas
possibilidades de exploração das riquezas que daqui poderiam ser extraídas. Situações
similares de perseguição e extermínio ocorreram em ambos os casos. Também no
Brasil, no processo de expansão dos domínios agrícolas e urbanos, recursos e fontes de
sobrevivência dos indígenas foram destruídos, comprometendo significativamente suas
condições de subsistência e modos de vida. Primeiros habitantes do território, os
indígenas, hoje, têm algumas reservas delimitadas, embora seu direito à terra, ainda que
garantido pela Constituição e por órgãos de apoio e proteção, nem sempre seja
observado.

Páginas 7 - 8

Em seu texto, os alunos poderão considerar, por exemplo, a representação feminina


angelical, os “pioneiros”, o telégrafo, a estrada de ferro e os animais, e analisar sua
simbologia na imagem. O claro e o escuro fazem uma alusão direta ao discurso
civilizacional e devem ser explorados, se for o caso, por meio de sua sugestão. O
mesmo pode ser dito em relação ao avanço da imagem angelical e o afastamento dos
animais selvagens e índios, e sua sucessão por animais domesticados e “homens
brancos”. A imagem é representativa da ideia de progresso expressa na Doutrina do
Destino Manifesto.

2
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

Página 8
a) Ao longo de todo o processo expansionista para o Oeste, as populações indígenas
nativas ou foram completamente dizimadas ou transpostas, por serem consideradas
um empecilho para o desenvolvimento norte-americano. A resistência nativa foi
percebida historicamente na construção da imagem do indígena como selvagem,
bárbaro a ser civilizado, colonizado. Ao se expandir, além do aniquilamento dos
povos indígenas, os colonos destruíam seus recursos e fontes de sobrevivência,
apossando-se de suas terras para a agricultura, construindo ferrovias e implantando
outros empreendimentos ligados à expansão capitalista.
b) O tema da expansão para o Oeste foi e ainda é, em alguma medida, de grande
interesse para a indústria cinematográfica norte-americana, que, ao lado da produção
literária, contribuiu significativamente para uma construção estereotipada da imagem
dos índios, como “selvagens”, “bárbaros” e bandidos diante dos civilizadores, na
medida em que resistiram aos invasores. A ideia de Destino Manifesto esteve
presente na elaboração de todo esse imaginário, estabelecendo opostos dicotômicos
como bárbaros e civilizados, bandidos e mocinhos, o Bem e o Mal. Nos últimos 30
anos, os representantes dessa relação dicotômica passaram a incluir tipos nacionais e
sociais.

Páginas 8 - 10
1. O final do século XVIII e o século XIX marcam para os Estados Unidos um período
de grande prosperidade econômica, conhecido como “Marcha para o Oeste”, ou
expansão para o Oeste. Os ideais que estiveram por trás desse expansionismo ficaram
conhecidos como a “Doutrina do Destino Manifesto”, ou seja, a crença de que os
colonos pertenciam ao “povo escolhido” por Deus para levar o progresso, a
civilização, a liberdade para os povos "bárbaros" e para os espaços tidos como
"selvagens".
2. Alternativa c. 3. Alternativa c.
4. Alternativa d.

3
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

A GUERRA CIVIL (GUERRA DE SECESSÃO)

Páginas 10 - 11

Neste exercício, se necessário, deve-se levar os alunos à compreensão de que o termo


se refere ao ato de “separação”, de “separar” o que estava unido. Diga que foi esse o
nome dado à guerra entre os Estados do Norte e os Estados do Sul dos EUA, na segunda
metade do século XIX, conflito que, mais apropriadamente, pode ser chamado de
Guerra Civil Americana.

Páginas 11 - 12

Oriente os alunos a pesquisarem diferentes fontes para, em seguida, elaborarem


sínteses de acordo com os tópicos solicitados. Destaque a importância da citação das
fontes, orientado-os a respeito da apresentação das referências bibliográficas.

O procedimento sugerido no exercício anterior deve ser estendido a esta atividade,


de forma que o aluno possa, gradativamente, desenvolver procedimentos criteriosos
para qualquer pesquisa que realize. Desestimule cópias, exceto quando estas se
justificarem, por tratar-se de dados, citações ou excertos significativos, sempre
devidamente identificados.

Página 12

Caso seja viável exibir um dos filmes citados para os alunos, esta pode ser uma
atividade interessante, pois se estimula o debate tomando-se por base um objeto
comum, intrínseco a um foco problematizador, isto é, a relação entre brancos e negros
nos Estados Unidos.

4
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

Caso a exibição do filme não possa ocorrer em ambiente escolar, estabeleça um


prazo aos alunos para que o vejam de forma autônoma e estimule-os a se organizarem
para tanto em pequenos grupos. Nesse caso, seria interessante que os grupos
trouxessem, em uma data combinada, um relato por escrito dos principais aspectos
relativos à representação da figura do escravo e das relações entre negros e brancos.
Dessa forma, a discussão será mais objetiva e mais produtiva.

Páginas 13 - 14
1. Alternativa c. A Ku Klux Klan é uma das principais agremiações racistas dos EUA e
de defesa da “superioridade do homem branco”.
2. Alternativa b. A Guerra da Secessão estimulou, após a vitória do Norte, o
crescimento econômico e a transformação dos EUA em uma potência industrial e
imperialista.
3. Alternativa b. Abraham Lincoln atacou a elite agrária e escravista do Sul por meio de
leis como a do confisco, o Homestead Act (Lei de Terras) e o abolicionismo.

5
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

ABOLIÇÃO E IMIGRAÇÃO

Páginas 16 - 18
1. Antônio Bento de Souza e Castro. Ressalte que se trata de um documento publicado
na imprensa somente cinco anos após a sua escrita, tendo sido revelado apenas
depois da Abolição, uma vez que era ilegal proteger e ajudar escravos fugitivos.
2. Explique aos alunos o contexto da situação: Antônio Bento, um abolicionista
paulista, pede auxílio, para um escravo fugitivo, a um membro da elite carioca que
presidia uma organização contrária à escravidão. Este senhor, chamado João Clapp,
seria encarregado de esconder o escravo.
3. A data de elaboração é 5 de janeiro de 1883, cinco anos antes da Abolição da
Escravatura.
4. A data da publicação é 19 de maio de 1888, seis dias após a Abolição da Escravatura.
5. Provavelmente, o escravo Francisco seria encaminhado ao Quilombo do Leblon, no
Rio de Janeiro. Era um local protegido pela elite carioca abolicionista, que contava,
entre outros, com o apoio da figura da Princesa Isabel.
6. Trata-se de um forte indício de crise do sistema escravista, uma vez que este passou a
ser questionado pela própria elite, embora houvesse posições divergentes a respeito
do tema.
7.
a) Lei Eusébio de Queiroz (1850): proibição do tráfico negreiro no Brasil.
b) Lei do Ventre Livre (1871): ressalte a participação de escravos na Guerra do
Paraguai, quando os abolicionistas conseguiram apoio do Exército e de intelectuais,
que, inspirados pela terceira fase romântica, chamada condoreira, criticavam a
exploração do trabalho africano no Brasil.
c) Lei dos Sexagenários (1885): A Lei dos Sexagenários concedia a liberdade aos
escravos com mais de 60 anos. No entanto, os escravos com essa faixa etária, além
de ser minoria, tinham pouco valor comercial.

6
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

d) Lei Áurea (1888): a escravidão, que dava sinais de desgaste desde 1870,
finalmente foi abolida. Foi um processo lento, cujo desfecho despertou a indignação
da elite escravocrata, que aguardava uma indenização a ser paga pelo governo.

Página 19
1.
a) 1870-1871: houve um rápido crescimento da entrada de imigrantes europeus,
exatamente durante a aprovação da Lei do Ventre Livre.
b) 1887-1888: houve outro grande salto da entrada de imigrantes no Brasil; há uma
relação direta com o subsídio do governo provincial de São Paulo a partir de 1886 e
com a aprovação da Lei Áurea em 1888.
2. Quando a escravidão dava sinais de fraqueza, como em 1871, cresce a entrada de
imigrantes europeus para cobrir o déficit de mão de obra no Brasil.

Páginas 20 - 21
1. Ele demonstra a grande transformação na qualidade de vida após a mudança para o
Brasil.
2. O imigrante mostra uma grande decepção quanto à mudança de vida no Brasil,
demonstrando as dificuldades e desaconselhando a vinda para o nosso país.
3. O continente europeu no século XIX estava envolvido em conflitos constantes. A
pobreza, a exploração do trabalho e as dificuldades de obtenção de alimentos
levavam as pessoas a considerar a emigração para a América uma situação atraente.
A propaganda alardeava que a América era o lugar das oportunidades, território em
que tudo estava por fazer e a terra era barata e acessível àqueles que se dispunham a
trabalhar.
4. O governo atraía os migrantes oferecendo terras para aqueles que se dirigiam ao Sul
do país, a fim de povoar o território, e também pagava as despesas de viagem.
Alguns migrantes não obtiveram tais benefícios e tiveram de custear suas despesas,
pagas por meio dos ganhos no país.

7
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

5. Nas regiões Sul e Sudeste concentraram-se as principais levas de imigrantes no


período estudado, em virtude, principalmente, da política de povoamento de regiões
com baixa densidade populacional (no caso do Sul) e com a economia mais dinâmica
(Sudeste).

Página 21
• Os relatos de melhora ou piora podem variar, assim como os relatos lidos durante a
atividade. Os alunos devem perceber essa pluralidade em seus textos.
• As motivações para emigrar do Brasil estão relacionadas, normalmente, às
dificuldades, no Brasil, de ascensão social e econômica, à miséria, aos salários
baixos e ao desemprego.
• As exigências podem ser encontradas nos sites das embaixadas: depósitos
financeiros, emprego garantido e hereditariedade estão entre as exigências.
• Algumas regiões motivam a entrada de imigrantes para suprir carências
populacionais e de mão de obra, sobretudo a menos especializada.
• Há alguma semelhança entre os dois processos, principalmente porque os migrantes,
nos dois períodos, buscam melhores condições de vida. Porém, no século XIX, a
maioria dos europeus vinha substituir mão de obra escrava no Brasil e, atualmente,
os brasileiros que emigram vão para a Europa, o Japão e os Estados Unidos ocupar
postos de trabalho menos especializados, de remuneração mais baixa. A economia
agrária escravocrata no século XIX estimulou o início da migração europeia para cá,
mas é interessante notar que, no século XX, estes imigrantes também participam do
processo de industrialização do Brasil.
• A crise econômica atual contribuiu para essa situação. A falta de emprego e as
dificuldades financeiras geradas por ela foram decisivas para o retorno de brasileiros
ao país.

8
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

Páginas 22 - 23
1.
a) Africanos: vieram ao Brasil principalmente como mão de obra escrava ao longo
dos séculos XVI a XIX. Foram responsáveis por inúmeras contribuições culturais
para a formação do “povo brasileiro” e ocuparam boa parte do território do país, mas
principalmente o Sudeste, o Centro-Oeste e o Nordeste.
b) Portugueses: chegaram ao Brasil em diferentes contextos e períodos. Durante os
tempos da Colônia, em razão dos laços que envolviam Portugal e colonião Brasil.
Mas ocorreram também alguns surtos, como no período minerador do século XVIII.
Os portugueses ocuparam praticamente todo o território do Brasil.
c) Europeus em geral: vieram ao Brasil principalmente após a lei de proibição do
tráfico negreiro, em 1850. Buscavam melhores condições de vida e acesso à terra.
Ocuparam principalmente as regiões Sudeste e Sul do território nacional. Durante a
Colônia, poucos povos europeus, além de portugueses, conseguiram fixar-se no país;
contudo os holandeses ocuparam algumas regiões nordestinas – em 1624 e 1625 na
Bahia e de 1630 a 1654 em Pernambuco – e legaram alguns traços à população local.
d) Japoneses: vieram para o Brasil a partir de 1908. Buscavam trabalho nas
lavouras de café e melhores condições de vida. Ocuparam principalmente a Região
Sudeste. Durante a Segunda Guerra Mundial, em razão da declaração de guerra do
Brasil ao Eixo (Roma-Berlim-Tóquio), a entrada de japoneses foi suspensa, porém
retomada logo após o final do conflito.
e) Asiáticos em geral: constituem um dos principais grupos de imigrantes no Brasil
atualmente. Chineses e coreanos são os principais grupos, que, ao lado de outros
povos sul-americanos, migram para o Brasil atrás de trabalho nas grandes metrópoles
brasileiras.
2. Os comentários do item anterior abarcaram as informações aqui solicitadas.
3. Os imigrantes, de maneira geral, constituem um dos principais pilares da formação
da população brasileira. A miscigenação entre portugueses, índios, africanos,
europeus em geral e asiáticos é uma característica da constituição do nosso povo, já
ampla e academicamente estudada e discutida.

9
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

As relações entre tal imigração e o processo de colonização foram o incentivo à


entrada de imigrantes portugueses e de povos africanos para a construção do Brasil
Colonial. No século XIX, a chegada de outros povos europeus foi estimulada pela
cafeicultura, bem como a vinda de japoneses no início do século XX. As duas
grandes guerras também motivaram a saída de inúmeros habitantes de seus países
rumo ao Brasil.
4. O aluno pode decidir por outros grupos com menor número de imigrantes, mas que
também constituem parte do processo, como os bolivianos, coreanos, chineses etc.

Página 23

Esta atividade pode ter diversos rumos, uma vez que depende da região na qual a
escola se localiza. Há muitas cidades no interior do Estado de São Paulo que possuem
colônias de imigrantes; estimule a capacidade de pesquisa de seus alunos, bem como a
visita a museus e centros de documentação (em caso da existência deles).

Páginas 24 - 25
1. Alternativa b.
2.
a) A lei de 1871 é conhecida também como “Lei do Ventre Livre”. Como o próprio
nome sugere, os filhos de escravos nascidos a partir de sua promulgação seriam
livres.
b) O autor evidencia as transformações econômicas provocadas pela lei, como o
aumento do preço dos escravos.
3. A pressão internacional pelo fim do sistema escravocrata, por meio da proibição do
tráfico negreiro, levou à oscilação da oferta de mão de obra escrava no Brasil, no
momento em que o café desponta como produto hegemônico em termos produtivos.
Esse quadro levou ao encarecimento da mão de obra escrava e às relações
paternalistas, próprias do período. Os cafeicultores, interessados no crescimento

10
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

produtivo, iniciam e patrocinam a partir de 1870 a imigração europeia, com o


objetivo de substituir o trabalho escravo, em crise, pelo assalariamento do imigrante.

11
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

IMAGINÁRIO REPUBLICANO

Páginas 26 - 27
1. A imagem retratada por Eugène Delacroix nasceu do imaginário da Revolução
Francesa, especificamente na República Jacobina (1792-1795). Provavelmente,
Delacroix inspirou-se em uma mulher que combateu nas jornadas de 1830, Marie
Deschamps, período no qual a França foi novamente agitada por manifestações de
inspiração jacobina.
2. Há uma grande variedade de respostas, mas os alunos normalmente falam de
imagens femininas como as estátuas da Justiça e a Estátua da Liberdade, de Nova
Iorque. Utilize os comentários dos alunos para frisar o fato de tratar-se de uma
imagem feminina, que, no contexto de sua origem, era muito significativo. A mulher
era a oposição ao rei, ao monarca.
3.
a) O barrete frígio que está na cabeça da mulher simboliza a liberdade e a república
defendidas pelos jacobinos.
b) A bandeira da França, nascida na Revolução, tem vários significados, entre eles
a representação dos três Estados, ou, ainda, os ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade.

Páginas 27 - 28
1. As repúblicas jacobina e norte-americana são caracterizadas pelos ideais de
liberdade, igualdade, fraternidade, abolicionismo e participação política popular.
• Evidencie que a liberdade defendida por elas se trata da libertação política diante
dos poderes da Monarquia e da Igreja, não se levando em conta somente a liberdade
de expressão.
• Defendia-se a igualdade de direitos e pretendia-se criticar os privilégios políticos
dos nobres.
• A fraternidade entre os pares, necessária para a construção da cidadania.

12
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

• O abolicionismo obtido às vésperas da Proclamação da República no Brasil


também era defendido pelos republicanos radicais franceses um século antes.
2. Nosso país, de modo geral, apesar de embasar o seu republicanismo em tais ideais,
apresenta uma série de problemas no trato dessas questões. Denúncias de quadros de
miséria, fome, desigualdade, trabalho infantil e, em algumas regiões do país, também
de trabalho escravo e de altos índices de violência aparecem constantemente nos
noticiários.
3. Nesta atividade, estimule a pesquisa dos alunos por temas relevantes no contexto da
realização das tarefas, buscando assuntos de grande divulgação na mídia. Solicite aos
alunos que justifiquem as razões que os levaram a compreender as notícias ora como
respeito, ora como desrespeito aos ideais republicanos.

Página 28
Os dados disponíveis são:
• Comparecimentos: 67.010.409
• Monarquia: 6.843.196
• República: 44.266.608
• Brancos: 8.869.790
• Nulos: 7.030.815
• Parlamentarismo: 16.518.028
• Presidencialismo: 37.156.884
• Brancos: 3.467.181
• Nulos: 9.868.316
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral: <http://www.tse.gov.br>

13
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

Páginas 29 - 30
a) 1891: republicana, federalista, com tripartição do poder em Legislativo, Executivo e
Judiciário; presidencialista. Ficavam excluídos do sistema eleitoral as mulheres, os
menores de 21 anos e os analfabetos. Foi elaborada logo após a Proclamação da
República de 1889. Vigorou até 1930 sem grandes alterações, quando foi aprovada
uma lei orgânica para sua alteração.
b) 1934: republicana, federalista, tripartição do poder, presidencialista. Incluiu as
mulheres no sistema eleitoral. Foi elaborada após a Revolução de 1930, mas nunca
chegou a ser colocada integralmente em prática, em razão das agitações políticas do
período.
c) 1937: republicana, centralista, previa o Poder Legislativo, mas este nunca foi
implementado. Trata-se de uma Constituição ditatorial, que foi outorgada no período
do Estado Novo (1937-1945).
d) 1946: republicana, federalista, tripartição do poder. Continuou a excluir os
analfabetos e menores de idade do sistema eleitoral. Possuía forte caráter liberal,
estabeleceu a possibilidade de investigações parlamentares e ampla liberdade de
expressão. Sofreu diversas alterações no seu período de vigor.
e) 1967: republicana e ditatorial, pois limitava a liberdade de expressão política e
eleitoral. Constantemente alterada pela promulgação de Atos Institucionais (AIs),
vigorou durante o regime militar e foi substituída pela atual Constituição Brasileira.
f) 1988: Constituição atual do Brasil. Republicana, tripartição do poder, ampliação dos
direitos sociais e da participação eleitoral, incluindo analfabetos e menores de idade
(16 e 17 anos). Já sofreu diversas reformas e emendas.

14
GABARITO Caderno do Aluno História – 2a série – Volume 4

Página 30
a) O Partido Republicano, fundado no Rio de Janeiro, em 1870, aproveitou a ampla
liberdade partidária do Segundo Reinado para atrair adeptos e propagar os ideais
republicanos.
b) Os militares, após a Guerra do Paraguai, adquiriram um certo prestígio no Brasil
e passaram a almejar uma posição política mais favorável, defendendo o
republicanismo. Os militares partilhavam dos ideais positivistas, defendidos por
membros da comunidade civil.

Páginas 30 - 31
1. A antiga bandeira possuía símbolos monárquicos, substituídos pelo escudo azul
estrelado. Trata-se de uma batalha simbólica, porém o verde (da família Bragança,
segundo alguns estudiosos) e o amarelo (dos Habsburgos, segundo estes mesmos
estudiosos) permaneceram.
2. Os ideais de ordem e progresso refletem o contexto da Proclamação da República.
Havia uma necessidade de manutenção da ordem social para justificar o poder de um
regime que ascendeu por meio da força, e o progresso seria atingido pela
industrialização e pela “modernização” do país.

15

You might also like