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Acontecimentos Proféticos

14/2/2011

Revisado em 31/3/2011

Templo de Jerusalém. Tudo indica a sua reconstrução.

O Monte Moriá ou Monte do Templo, onde se encontra o Domo da Rocha, é o lugar


original do Templo de Jerusalém, a qual 64% dos judeus israelenses, segundo pesquisa
recente, desejam ver reconstruído. Instituto do Templo e outros grupos de judeus
ortodoxos já têm todos os 102 artigos do Templo prontos para começar a reconstrução.

Candelabro do terceiro Templo já está pronto e à mostra no Instituto do Templo

As profecias bíblicas relacionadas ao final dos tempos falam do Templo de Jerusalém


como uma realidade no período da Grande Tribulação e do Milênio (período de mil
anos em que Cristo reinará com Sua Igreja sobre a Terra). Mas, o Templo, sabemos, não
foi ainda reconstruído. Porém, quase todos os passos que precisavam ser dados para que
isso acontece já são realidade. Se não, vejamos.

Em primeiro lugar, para o Templo ser reconstruído, seria necessário Israel voltar a
existir como uma nação, o que ocorreu em 1948. Em segundo lugar, seria necessário a
reconquista da cidade de Jerusalém, o que também já aconteceu, em 1967. Em terceiro
lugar, seria necessário ainda que todos os utensílios do Templo fossem restaurados. E
isso já está acontecendo. Ou melhor, os utensílios já estão praticamente concluídos.
A primeira vez que o assunto reconstrução do Templo chamou a atenção da mídia
mundial foi em 1989, quando a revista norte americana Time, em sua edição de 16 de
Outubro de 1989, cuja matéria de cara era intitulada "Time for a New Temple? ("Tempo
para um Novo Templo?"), apontava o desejo crescente entre os judeus ortodoxos em
Israel de ver o Templo de pé mais uma vez. Por essa época, dava seus primeiros passos
o chamado Instituto do Templo.

Erguido na Cidade Velha de Jerusalém, o Instituto do Templo tem se dedicado com


afinco, durante as últimas duas décadas, aos preparativos para a reconstrução do
Templo, chegando hoje praticamente ao final dessa preparação, em mais um sinal
evidente da proximidade da Segunda Vinda de Jesus. Em seus pouco mais de 20 anos
de existência, o Instituto já recriou o candelabro do Templo (Menorah), a um custo de 3
milhões de dólares, além de harpas, altares, recipientes para incenso e as roupas dos
sacerdotes, tudo meticulosamente igual à descrição bíblica desses artigos. Ao todo, são
102 os utensílios necessários para os rituais do Templo; e hoje todos eles - isso mesmo:
todos - já estão prontos. O último passo será a busca de restos (cinzas, por exemplo) das
novilhas vermelhas, uma espécie de novilha em extinção que, sendo um animal kosher
(puro), era usado no ritual de purificação dos sacerdotes antes de adentrarem o Templo
de Jerusalém, segundo o texto de Números 19.

O objetivo dos judeus ortodoxos ligados ao Instituto é clonar a novilha vermelha a partir
dos restos que eventualmente possam ser encontrados para que, após a reconstrução do
Templo, os sacerdotes já estejam ritualmente prontos para servir. Ou seja, até os
avanços recentes na área de genética favoreceram os planos e a fé daqueles que têm se
dedicado à reconstrução, e que, inclusive, já elaboraram uma lista de judeus que são
provavelmente descendentes de Levi, conforme estudo meticuloso da árvore
genealógica de milhares de judeus, para exercerem a função de sacerdotes. Muitos deles
já estão de sobreaviso e totalmente integrados ao projeto.

O rabino Yisrael Ariel, fundador do Instituto e considerado um dos maiores


especialistas no mundo em rituais do Templo de Jerusalém, afirma que a função do
Instituto sempre foi e será "dedicar-se à recriação de artefatos usados no Templo não
apenas como um exercício histórico, mas como uma maneira de se preparar para sua
reconstrução". Algumas das últimas recriações do Instituto são surpreendentes e
realçam sua dedicação. Em dezembro de 2007, por exemplo, o Instituto anunciou a
conclusão da confecção do candelabro e da coroa de ouro maciço que a Bíblia diz que o
sumo sacerdote levava no cumprimento dos seus deveres no Templo. De acordo com a
agência de notícias israelenses Israel National News, os artistas que trabalharam na
coroa e no candelabro seguiram escrupulosamente, durante mais de um ano, as
instruções registradas na Bíblia hebraica e as informações sobre a coroa e o candelabro
gravadas em antigas fontes históricas para chegar ao formato final nos dois artigos, que
são considerados hoje absolutamente fidedignos aos originais.

Pedra Angular do Templo


Mas, não são apenas os centenas de rabinos do Instituto do Templo que têm se dedicado
aos preparativos para a reconstrução. Outros grupos judeus ortodoxos relacionados
também manifestam-se nesse sentido. Em 21 de Maio deste ano, por exemplo, um
grupo de judeus denominado "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte
Templo" (Temple Mount and Land of Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata
em Jerusalém deslocando uma pedra de quase quatro toneladas que é considerada por
alguns judeus ortodoxos a pedra angular para a edificação do terceiro Templo de
Jerusalém.

O dia 21 de Maio foi escolhido para a realização da passeata porque é o "Dia de


Jerusalém" em Israel, data em que os judeus celebram a vitória na Guerra dos Seis Dias,
quando Israel reconquistou Samaria, Judéia, Gaza, os Montes de Golan e Jerusalém.
Durante a passeata com a pedra de esquina que provavelmente suportará a edificação do
Templo, o grupo do "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte do
Templo" protestou em frente ao Consulado dos Estados Unidos por causa da política
para o Oriente Médio adotada pelo atual presidente norte-americano, Barack Hussein
Obama, que quer dividir a cidade de Israel, estabelecendo a capital do Estado árabe
dentro de Israel. Em frente ao Consulado, a multidão bradava: "Tirem as mãos da Terra
de Deus e do povo de Israel e de Jerusalém!". Ao chegar no portão de Jaffa, na cidade
velha de Jerusalém, o grupo de fiéis dançou e tocou trombetas de prata declarando seu
amor a Jerusalém.

O grupo dos Fiéis do Monte do Templo é liderado pelo rabino Gershon Salomon, que já
afirmou em entrevista ao arqueólogo norte-americano e cristão Randall Price (autor de
Arqueologia Bíblica, CPAD) nos anos 90 o que se segue: "Creio que a reconstrução do
Templo é a vontade de Deus. O Domo da Rocha deve ser retirado. Devemos, como
sabem, removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra,
cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio.
(...) No dia certo - creio que em breve - essa pedra [de esquina] será colocada no
Monte Templo, trabalhada e polida. Será a primeira pedra para o terceiro Templo. A
pedra não está longe do Monte Templo, mas bem perto das muralhas da Cidade Velha
de Jerusalém, perto da Porta de Shechem. Dessa pedra se pode ver o Monte Templo.
Mas, o dia está próximo em que essa pedra estará no lugar certo. Pode ser hoje ou
amanhã, mas estamos bem pertos da hora certa".

Já há alguns anos que Gershon Salomon tem incentivado rabinos a Já realizarem


sacrifícios próximos ao Monte Moriá, isto é, o Monte do Templo. Na Páscoa de 1998,
rabinos judeus realizaram um sacrifício de um animal no Muro Ocidental, que pode ter
sido o primeiro sacrifício animal realizado no local do Templo desde 70d.C., quando
Jerusalém foi destruída pelos exércitos romanos. Em 4 de Abril de 1999, o próprio
Gershon Salomon tentou realizar um sacrifício sobre o Monte do Templo, mas foi
frustrado. E em Abril de 2008, rabinos em Israel afirmaram que estão se preparando
para realizar alguns sacrifícios de animais, num lugar bem próximo ao Monte do
Templo. Mais de um ano depois, ainda não os fizeram, mas eles têm se mostrado
insistentes na idéia de fazê-los futuramente, o que para os árabes palestinos serão
considerados atos muito provocativos.

Outro grupo é o Ateret Cohanim, que fundou uma yeshiva (escola religiosa) para a
educação e o treinamento dos sacerdotes do Templo. O objetivo dessa organização
judaica liderada por rabinos é pesquisar os regulamentos levíticos e treiná-los para um
sacerdócio futuro no terceiro Templo.

Enquanto isso, todos os dias, três vezes ao dia, judeus ortodoxos oram diante do Muro
das Lamentações pedindo a Deus para que o Templo seja reconstruído. Dizem as
preces, quase em uníssono: "Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo
em nossos dias....".
O respeitado rabino Chaim Richman, diretor internacional do Instituto do
Templo, é apontado como o mais provável a assumir a função de sumo sacerdote
logo após a reconstrução; ele também liderará o Sinédrio, cujo lista de futuros
membros, preparada por rabinos, já está pronta

Oposição Palestina
Adnan Husseini, conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas em questões
relativas a Jerusalém, critica a existência do Instituto do Templo e seu projeto, que
denomina "provocação". "Se eles falam de construir o Templo, o que isso significa?
Significa destruir mesquitas islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de
inimigos. É o desejo de Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem
respeitar isso", afirma Husseini.

Em resposta, os rabinos do Instituto do Templo declaram que não têm projetos nenhum
de destruição das mesquitas até porque a maioria dos rabinos ortodoxos crê, à luz das
profecias da Bíblia hebraica, que a reconstrução do Templo será um ato do próprio
Deus, ato este que só será realizado, afirmam, "quando chegar o tempo em que o Senhor
achar os judeus merecedores do Templo mais uma vez". Eles destacam ainda que os
preparativos são apenas uma demonstração de fé nas profecias.

Entretanto, apesar de não haver mesmo por parte do Instituto do Templo nenhum
planejamento em andamento para a destruição das mesquitas que se encontram hoje no
Monte do Templo, o rabino Chaim Richman, diretor internacional do Instituto (e forte
candidato a assumir a função de sumo sacerdote do Templo), e que já foi entrevistado
do jornal Mensageiro da Paz há alguns anos, declarou em dezembro de 2007 que a
tarefa do Instituto nos próximos anos será "completar o projeto arquitetônico para o
terceiro Templo, incluindo as projeções dos custos e os esquemas e detalhes das partes
elétricas e das canalizações", informação publicada nos jornais israelenses e que deixou
os palestinos irados.

Para esquentar mais o clima, em outubro deste ano, o Comitê para a Monitoração Árabe
acusou Israel de estar fazendo escavações arqueológicas por baixo do Monte Templo, o
que os israelenses negam. "Essas acusações são uma perfeita mentira. Alegar que os
judeus andam escavando por baixo do Monte do Templo é como dizer que o dia é
noite", afirmou o rabino Shamuel Rabinovitz, responsável por cuidar do Muro das
Lamentações. Seja como for, uma pesquisa recente mostrou que 64% dos judeus
israelenses desejam, contanto que seja possível, ver o Templo reconstruído.

Seja verdadeira ou não a denúncia das escavações, certo é que a conclusão dos
preparativos para a reconstrução demonstram que a restauração dos rituais do Templo
no final dos tempos, conforme as profecias bíblicas asseveram, não está longe da sua
concretização. Muito ao contrário. É uma questão de tempo. E, ao que tudo indica,
muito pouco tempo.

Fonte: Mensageiro da Paz, Dezembro 2009

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