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Principais características
Apesar de ser um momento multifacetado da produção arquitectônica internacional, o
Modernismo manifestou alguns princípios que foram seguidos por um sem-número de
arquitetos, das mais variadas escolas e tendências.
Uma das principais bandeiras dos modernos é a rejeição dos estilos históricos
principalmente pelo que acreditavam ser a sua devoção ao ornamento. Com o título de
Ornamento e Crime (1908) um ensaio de Adolf Loos critica o que acreditava ser uma
arquitetura preocupada com o supérfluo e o superficial. O ornamento, por sua vez, com
suas regras estabelecidas pela Academia, estava ligado à outra noção combatida pelos
primeiros modernos: o estilo. Os modernos viam no ornamento, um elemento típico dos
estilos históricos, um inimigo a ser combatido: produzir uma arquitetura sem
ornamentos tornou-se uma bandeira para alguns. Junto com as vanguardas artísticas da
décadas de 1910 e 20 havia um como objetivo comum a criação de espaços e objetos
abstratos, geométricos e mínimos.
Origens
É possível traçar três principais linhas evolutivas nas quais pode-se encontrar a gênese
da arquitetura moderna. O que une as três linhas é o fato de que elas terminam naquilo
que é chamado de movimento moderno na arquitetura, considerado o clímax de uma
trajetória histórica que desembocou na arquitetura realizada na maior parte do século
XX.
Uma terceira linha, normalmente a mais comumente entendida como sendo a base do
modernismo, é a que afirma que a arquitetura moderna surge justamente com a gênese
do movimento moderno, sendo as interpretações anteriores apenas conseqüências desta
forma de pensamento. A arquitetura moderna surge, portanto, com as profundas
transformações estéticas propostas pelas vanguardas artísticas das décadas de 10 e 20,
em especial o Cubismo, o Abstracionismo (com destaque aos estudos realizados pela
Bauhaus, pelo De Stijl e pela vanguarda russa) e o Construtivismo.
Arquitectura do ferro
O forte crescimento demográfico da europa no século XIX deu origem a grandes
transformações urbanas. O rápido e crescente processo de industrialização das cidades
européias resultou no deslocamento populacional para as grandes cidades, inchando-as
rápidamente, diminuindo a qualidade de vida e aumentando o preço dos terrenos. Esta
pressão populacional resultou no aumento das cidades em direção à sua periferia
(aumento de área), mas também no aumento da densidade próximo do centro. Esta
maior densidade no núcleo das cidades transformou-se na verticalização dos prédios.
A arquitetura moderna é o reflexo das grandes inovações técnicas que começam a surgir
já no fim do século XIX. Com a revolução industrial passa-se a utilizar o ferro de
maneira nunca antes vista nas construções. Materiais como o aço e o concreto armado
dão aos arquitetos possibilidades inéditas de criação, o que faz com que este estilo se
torne completamente diferente de tudo que se viu até então. São engenheiros os
pioneiros na utilização das novas técnicas como nos arranha-céus de Chicago ou na
famosa Torre Eiffel de Paris.