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OS TIPOS DE TEXTO
1) Texto narrativo; 2) Texto descritivo; 3) Texto dissertativo.
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos
lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma
grande quantidade de adjetivos no texto.
• NARRAÇÃO: Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Trata-se de um texto inserindo episódios,
acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a
segunda é estática e sem movimento.
Os verbos são predominantes num texto narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de
perguntas: 1º) Quem participa nos acontecimentos? (personagens); 2º) O que acontece? (enredo); 3º)
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
O texto narrativo tem por base algumas perguntas, as quais quando respondidas acabam por
nos informar seus elementos com maior precisão. São elas: - O quê? - Fato narrado; - Quem? –
personagem principal e o antiherói; - Como? – o modo que os fatos aconteceram; - Quando? – o
tempo dos acontecimentos; - Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento; - Por quê? – a
razão, motivo do fato; * E por isso: - a conseqüência dos fatos. No texto narrativo, o fato é o ponto
central da ação, sendo o verbo o elemento principal. A relação verbal emissor – receptor efetiva-se
por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto
de vista ou foco narrativo. Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-
personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa. Já o narrador-observador é aquele que
serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa.
GÊNEROS DO DISCURSO
• NOTÍCIA
Segundo o Manual da Redação da Folha de São Paulo, notícia "é a informação que se reveste
de interesse jornalístico; puro registro dos fatos, sem comentário nem interpretação. A exatidão é
seu elemento-chave. (...) Suprimir uma informação ou inseri-Ia pode alterar
o significado da notícia" (p.33).
Além de clara, concisa, correta, sem excessos de palavras, a redação de uma notícia deve
responder às interrogações: Quê? Quem? - a substância; Como? Quando? Onde? e Por quê? - os
acidentes. É o que se chama de "Iead", do inglês, que significa cabeça", a ossatura e a
musculatura da notícia. Aí consta o conteúdo principal da informação.
Outra regra que deve ser observada é o que em jornalismo se chama de "pirâmide
invertida", ou seja, a disposição, por ordem decrescente de importância, de todos os fatos de uma
notícia. Tal técnica visa prender a atenção do leitor e ser objetiva. Se a informação for importante,
será lida até o final. Se não for, o leitor passará a outra, sem perda de tempo.
A notícia é escrita em forma de narração e descrição dos fatos, a fim de que o leitor faça a
sua própria interpretação.
• REPORTAGEM
Os textos de reportagem, muitas vezes, combinam informações com a interpretação do
repórter que acompanha os acontecimentos. Mesmo assim, deve ser concreta e substantiva. A
reportagem é essencial ao jornalismo. "Ela deve conter a descrição dos fatos, todas as versões das
partes envolvidas e, se possível, a opinião de especialistas. A reportagem não pode se confundir
com o artigo. Todas as versões contraditórias devem ser oferecidas ao leitor".
• EDITORIAL/PAINEL DO LEITOR/ENTREVISTA
O editorial é o espaço reservado para o jornal expressar formalmente sua opinião. Os editoriais
não dirigem o noticiário, mas normalmente a redação deve investir na produção de temas
abordados no editorial. O Painel do Leitor, bem como os espaços reservados para debates,
expressam opiniões que complementam a do jornal ou que, ao contrário, divirjam dela. Esses
artigos são assinados, a fim de não comprometer o jornal.
As entrevistas têm por objetivo permitir que o leitor conheça as idéias, opiniões, impressões e
observações do entrevistado, por isso, as perguntas são breves e diretas. De acordo com o Manual
da Folha, não devem conter uma resposta implícita, mas uma hipótese.
• TEXTO PUBLICITÁRIO
Os jornais, além de informações, vendem também produtos e serviços. Os textos para
promoção desses produtos têm características próprias: devem ser criativos, chamar a atenção
dos leitores e não podem ocupar muito espaço, afinal, o preço da publicidade no jornal depende
do espaço que ela ocupa. Portanto, os textos devem conter as informações essenciais, que
interessem ao possível comprador, além de usar argumentos que o convençam de que, ao adquirir
um determinado produto, ele estará fazendo um ótimo negócio; de que se trata de uma
oportunidade única, por isso, a decisão deve ser imediata ou, ainda, de que a aquisição de
determinada mercadoria é imprescindível para a pessoa "continuar vivendo". Exageros à parte, os
textos publicitários têm a função de nos convencer. Para isso, usam de todos os argumentos
possíveis, sejam eles verdadeiros ou não. Criam ilusões, despertam o desejo, aguçam a vontade e
até mesmo criam necessidades.
• CRÔNICA
Teve origem no século XIX, durante o romantismo, mas foi consagrada enquanto gênero
literário no modernismo. Embora seja difícil defini-Ia, a crônica pode ser entendida como registro
do cotidiano, no que ele apresenta de pitoresco. Importa não o fato em si, mas o que dele o
cronista extrai como uma observação humorística, um momento poético (como bem o faz Rubem
Braga em "Recado de Primavera"), uma reflexão filosófica ou um comentário.