Professional Documents
Culture Documents
INTRODUÇÃO
O MÉTODO DEDUCTIVO
Ao igual que os métodos inductivos, os métodos deductivos são muito utilizados nas
análises de sistemas, porém, eles fornecem um enfoque mais efetivo e versátil para o
análise preditivo de identificação dos riscos. Os conceitos básicos envolvidos podem ser
usados para fazer avaliações simples e podem também ser usados para fazer avaliações
quantitativas. Os custos de fazer este tipo de estudo aumentam proporcionalmente com a
complexidade e o escopo do trabalho, portanto é necessário um ponto de vista seletivo
quando se planeja uma análise deste tipo para garantir que seu custo se justifique pelos
riscos que estão sendo identificados e avaliados.
Quando usar:
a) Projeto. A AAF pode ser usado na fase de projeto de um sistema ou planta para
descobrir modalidades de falhas ocultas, que resultam das combinações das falhas dos
equipamentos ou componentes ou por erros de operação. (humanos)
Tipos de resultados: Uma listagem dos conjuntos de falhas do equipamento e/ou operação
que possam resultar num acidente específico. Estes conjuntos podem ser classificados
qualitativamente de acordo com sua importância.
Informações necessária:
a) Completo conhecimento da operação e funcionamento dos componentes dos sistemas.
b) Conhecimento das modalidades de falhas dos componentes do sistema e seus efeitos
sobre ele. Esta informação pode ser obtida de uma análise de FMEA.
Pessoal necessário: A análise da árvore de falhas deve ser realizada por uma analista
responsável com consultas a engenheiros e a pessoal com experiência no sistema incluído
na análise. Uma análise mediante uma equipe é mais eficiente, cada membro da equipe se
concentrando em uma árvore individual ou uma rama da árvore principal.
Tempo e custo: O tempo e custo necessário para realizar a análise dependerá em grande
parte da complexidade do sistema a ser analisado, a gravidade das conseqüências e di nível
da resolução determinado. A realização de uma pequena unidade de processo pode levar
uma dia ou mais com uma equipe experiente e com bastantes conhecimentos do sistema.
Grandes acidentes potenciais e sistemas complexos podem precisar de uma semana ou
mais.
APLICAÇÃO DO MÉTODO
AAAF é uma ferramenta amplamente usada para análise de segurança de sistemas. Uma
das vantagens do método é a de ser muito sistemático e analisar todas as falhas que
poderiam resultar num acidente.
A AAF possibilita a não ocorrência de um acidente quando fornece dados sobre falhas do
equipamento ou de operação (erro humano). Cada uma das causas imediatas é examinada,
até que o analista tenha identificado todas as causas básicas do evento. A árvore de falhas é
um diagrama que mostra a inter-relação lógica entre estas causas básicas e o ambiente.
Portão “OU”: indica que a saída do evento ocorre quando há uma entrada de
qualquer tipo.
Portão “E” : indica que a saída do evento ocorre somente quando há uma entrada
simultânea de todos os eventos.
Portão de Inibição : indica que a saída do evento ocorre quando acontece a entrada e
a condição inibidora é satisfeita.
Portão de Restrição: indica que a saída do evento ocorre quando a entrada acontece
e o tempo específico de atraso ou restrição expirou.
As falhas e defeitos dos equipamentos ou sistemas que são descritos na análise de arvore
de falhas podem ser agrupados em três classes:
São falhas no sistema devido ao mal funcionamento que podem ocorrer em ambientes para
o qual o mesmo NÃO foi projetado, por exemplo: o selo da bomba centrífuga que se rompe
por execesso de pressão devido a que a bomba ficou funcionando com a descarga
bloqueada. Essas falhas são atribuídas a causas ou condições externas.
1. Definição do problema
2. Construção da árvore de falhas
3. Solução da árvore de falhas
4. Determinação do conjunto mínimo
1. Definição do Problema
e) Outras Suposições
O analista deve especificar outras suposições quando sejam necessárias para definir o
sistema da forma mais completa possível, como por exemplo, o modo de operação do
sistema, capacidade, etc.
Se forem exigidas todas as causas imediatas para a ocorrência do evento principal, então as
causas serão ligadas ao evento através de um portão lógico “E”, então, cada uma das causas
imediatas é tratada da mesma maneira que o evento principal e susas causas imediatas,
necessárias e suficientes serão identificadas e indicadas na árvore de falhas com a entrada
lógica adequada. Caso só uma das causas é suficiente para que o evento principal aconteça,
serão ligadas ao evento através de um Portão lógico “OU”.
Há diversas regras básicas que devem ser seguidas na construção de uma árvore de falhas,
elas são:
As regras (C) e (E) tem por finalidade enfatizar quão importante é ser esquemático e
metódico ao construir uma árvore de falhas. Estas regras proíbem atalhos que levam a
árvores incompletas ou mal analisadas.
AS árvores de falhas podem ser resolvidas através de métodos matemáticos, como a álgebra
de Boole, o mediante um método de resolução através de matrizes. Ambos os métodos dão
como resultado as séries de cortes mínimos que indicam as combinações defalhas de
equipamentos ou sistemas que podem resultar no evento principal. As séries mínimas de
corte são úteis para hierarquizar os modos pelos quais o acidente pode ocorrer, e permitem
quantificar a probabilidade de falha da árvore, caso se tenham as informações suficientes.
Não sendo o escopo de nosso estudo a solução das árvores de falhas, indicaremos um
método geral que se aplica para todas as soluções.
A hierarquização das séries de cortes mínimos é o passo final dos procedimentos analíticos
da árvore de falhas. Para se fazer uma hierarquização qualitativa, podem ser considerados
dois fatores:
O primeiro é a importância estrutural, que é baseada no número de componentes de eventos
BÁSICOS que se encontram em cada série de cortes mínimos. Por exemplo, uma série de
corte mínimo de um evento é mais importante que uma série de cortes mínimos de dois
eventos, uma de dois eventos é mais importante que uma de três, e assim por diante. Esta
hierarquização significa que é mais provável que ocorra um evento que dois, dois que três,
etc.
1. Erro humano
2. Falhas dos equipamentos ativos
3. Falhas nos equipamentos passivos
Esta hierarquização significa que os erros humanos têm mais probabilidade de acontecer
que as falhas de equipamentos ativos (em funcionamento) e que há mais probabilidades que
aconteça uma falha em um equipamento ativo que em passivo (parado).
Utilizando esta regra em uma lista de séries de cortes mínimos de dois eventos teríamos a
hierarquia mostrada na lista a seguir
LISTA DE HIERARQUIA DE EVENTOS
HIERARQUIA EVENTO BÁSICO TIPO 1 EVENTO BÁSICO TIPO 2