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COMEX

Comércio Exterior
Introdução

Ao observador menos avisado poderá parecer, à primeira vista, que o comércio


internacional nada mais seria do que um prolongamento do comércio interno, podendo
pois, ser analisado mediante a aplicação dos menos critérios e métodos comumente
utilizados para explicar o comércio interno.

De fato, tanto o comércio internacional quanto o comércio interno apresentam várias


semelhanças no que se refere a determinados aspectos.

Ambos encontram-se alicerçados nos desejos e nas necessidades humanas e têm, como
objetivo primordial, o atendimento das necessidades e desejos.

Outra identidade ocorre quanto examinamos os motivos que dão origem aos dois tipos
de comércio.

O principal deles vem a ser a impossibilidade de uma região ou país produzir


vantajosamente todos os bens e serviços de que tenham necessidade os seus habitantes.
Isto é decorrência de fatores diversos, dentro os quais podem ser destacados: a
desigualdade na distribuição geográfica dos recursos naturais, as diferenças de clima e
solo e as diferenças de técnicas de produção.

Algumas regiões ou países são possuidores de recursos naturais que não são
encontrados em outros; o carvão é abundante na América do Norte e em alguns países
da Europa, enquanto é escasso em outras regiões; o petróleo ocorre em determinados
países apenas; o Estado de Minas Gerais possui abundancia de reservas de minério de
ferro, enquanto outras regiões do Brasil não possuem ou, então o possuem em menores
quantidades.

As diferenças de clima e de solo também contribuem para essa desigual distribuição; a


cana-de-açúcar e o café podem ser produzidos em larga escala em certas regiões do
Brasil; o trigo floresce em países como a Rússia ou a Argentina, mas será muito difícil
obtê-lo em climas quentes, como os de várias regiões da África.

Esses fatores de ordem natural fazem com que alguns países tenham possibilidade de
produzir determinados artigos, enquanto outros não o podem. Além do mais, deve-se
ressaltar que, mesmo supondo igualdade de condições quanto ao aspecto físico da
produção, poderá tornar-se mais interessante a obtenção dos mesmos produtos em
outras regiões, em virtude das diferenças de preço motivadas pela diversidade de
técnicas produtivas, custo de fatores de produção, tributos, etc. No campo internacional,
devemos considerar, também, as diferenças de preços provenientes das relações de valor
das diferentes moedas. Em conseqüência, tornar-se-á mais vantajoso para os países ou
regiões aplicar o princípio da divisão de trabalho, especializando-se nas atividades
produtivas para as quais se encontrarem mais aptos e permutar os produtos entre si.

Ainda no tocante às características apresentadas pelos dois tipos de comércio, outros


pontos de semelhança podem ser encontrados. Ambos consistem na troca de
determinados bens ou serviços e envolvem compradores e vendedores, benefícios

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mútuos para as partes, políticas de produção e de vendas, problemas de assistência


creditícia, preferências de consumidores, faturamento, detalhes de transporte etc.

Pode-se afirmar que as diferenças entre o comércio interno e o comércio internacional


são devidas principalmente a: variações no grau de mobilidade dos fatores de produção,
natureza do mercado, existência de barreiras aduaneiras a outras restrições, longas
distâncias, variações de ordem monetária e variações de ordem legal.

Conceitos

Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), administrado pela SECEX,


pelo BACEN e pela Receita Federal, foi instituído pelo Decreto nº 660, de 25/09/92,
tendo entrado em vigor em 04/01/93 para a exportação. A partir de 1º de janeiro de
1997, passou a vigorar também para a importação.

Segundo o art. 2º do aludido Decreto, vem a ser um instrumento para integrar as


atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior,
mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

São usuários do SISCOMEX (art. 2º da Instrução Normativa nº 70, de 10/12/96, da


Secretaria da Receita Federal):

a) os importadores, exportadores, depositários e transportadores;


b) a Secretaria da Receita Federal, a SECEX, os Órgãos Anuentes e as Secretarias
de Fazenda ou de Finanças dos Estudos e do Distrito Federal;
c) as instituições financeiras autorizadas pela SECEX a elaborar a licença de
importação;
d) o BACEN e as instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio,
mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de Informações do Banco
Central – SISBACEN.

A habilitação dos usuários, com exceção dos referidos no item “d” acima, é feita
mediante identificação, fornecimento de senha e especificação do nível de acesso
autorizado.

No que se refere ao acesso ao SISCOMEX, podem ser consideradas três opções:

a) utilização de terminal próprio, o que implica a necessidade de o usuário


habilitar-se junto à EMBRATEL, obtendo linha especial;
b) utilização da rede de computadores colocada à disposição dos usuários pela
Secretaria da Receita Federal;
c) utilização da rede SISBACEN, a qual permite acessar optativamente o
SISCOMEX. Como bancos e corretoras de câmbio encontram-se credenciados a
operar o SISBACEN, exportadores e importadores podem, por intermédio deles
utilizar o SISCOMEX. É a opção que vem sendo mais considerada, pois muitos

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bancos e corretoras oferecem gratuitamente esse serviço, objetivando garantir


uma reciprocidade de negócios da parte de exportadores e importadores.

O SISCOMEX permite:
- simplificação e padronização das operações de comércio exterior, com redução da
burocracia;
- redução de tempo para liberação das mercadorias importadas e para embarque das
mercadorias a serem exportadas;
- ampliação do número de pontos de atendimento no país;
- eliminação de diversos formulários e documentos e de uma série de controles
paralelos, que seriam substituídos por um único documento no final do processo. Para
todos os efeitos legais, os registros no SISCOMEX equivalem à Guia de Exportação, à
Guia de Importação e à Declaração de Importação (art. 6º, § 1º, do Decreto nº 660, de
25/09/92).

O SISCOMEX é, pois, uma espécie de central única de atendimento a exportadores e


importadores.

Órgãos Intervenientes

Gestores:
Secretaria do Comércio Exterior - SECEX
Secretaria da Receita Federal – SRF
Banco Central do Brasil – BACEN

Anuentes:
Banco do Brasil – BB
Conselho Nacional de Energia Nuclear – CNEM
Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX
Agência Nacional de Combustíveis – ANP
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural - (IBPC)
Ministério da Aeronáutica
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA
Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministério do Exército
Ministério da Saúde
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Secretaria de Produtos de Base - SPB
Agência Nacional da Vigilância Sanitária - ANVISA

Despachante Aduaneiro

Durante muito tempo, somente os despachantes aduaneiros e seus ajudantes podiam


promover despacho ou desembaraço de mercadoria junto às repartições aduaneiras.

O Decreto-Lei nº366, de 19/12/68, porém, tornou facultativa a intervenção de


despachante aduaneiro no desembaraço e despacho de exportação, importação,
reexportação de mercadorias e em toda e qualquer outra operação de comércio exterior,
realizado por qualquer via, bem como no desembaraço de bagagem de passageiros. As

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mesmas disposições aplicam-se ao comércio interno de qualquer mercadoria, inclusive


por via de cabotagem.

Os despachantes aduaneiros passaram à condição de profissionais liberais, sendo-lhes


facultativo o exercício ou participação em quaisquer atividades relacionadas com a livre
iniciativa. Assim sendo, podem livremente contratar seus honorários com as partes
interessadas.

O Decreto-Lei nº2.472, de 01/09/88, por sua vez, determinou que o processo de


desembaraço de mercadorias exportadas e importadas, bem como bagagem de
passageiros, poderá ser feito por despachante aduaneiro ou pela parte interessada,
obedecidas, neste último caso, as seguintes disposições:

A) no caso de pessoa jurídica de direito privado, somente por dirigente ou


empregado com vínculo empregatício exclusivo com o interessado, munido de
mandato que lhe outorgue plenos poderes para o mister, sem cláusulas
excludentes da responsabilidade do outorgante mediante ato ou omissão do
outorgado;
B) no caso de pessoa física, pelo próprio interessado;
C) no caso da administração pública direta ou autárquica, federal, estadual ou
municipal, missão diplomática ou repartição consular de país estrangeiro ou
representação de órgãos internacionais, por intermédio de funcionário ou
servidor, especialmente designado.
O Decreto nº646, de 09/09/92, dispõe sobre a forma de investidura nas funções de
despachante aduaneiro e de ajudante de despachante aduaneiro.

Território Aduaneiro

O território aduaneiro compreende todo o território nacional.

A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e


abrange:

a zona primária, que compreende:

a) a área, terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos


alfandegados;
b) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados;
c) a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados;

a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela


incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

Segue alguns exemplos de zona secundária:

• EADI (Estação Aduaneira Interior)


Depósitos alfandegados localizados na zona secundária (fora do porto organizado).
Pode ou não localizar-se no interior. Recebe as cargas ainda consolidadas, podendo
nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Dessa forma, a

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EADI armazena a mercadoria do importador pelo período que este desejar, em regime
de suspensão de impostos, podendo fazer a nacionalização de acordo com as
necessidades do importador.

• TRA (Terminais Retroportuários Alfandegados)


Depósitos alfandegados de carga na zona secundária, próximos às áreas portuárias.
Desde o ano passado, a RF permitiu aos TRA transformarem-se em EADIS. Somente a
Deicmar, de Santos (SP), não fez esta opção. A vantagem para os TRA é que estes
puderam passar a também operar com entrepostagem de mercadorias.

• EAF (Estação Aduaneira de Fronteira )

Exportação

Exportação vem a ser a remessa de bens de um país para outro. Em um sentido amplo
poderá compreender, além dos bens propriamente ditos, também os serviços ligados a
essa exportação (fretes, seguros, serviços bancários, etc.).

Como exportação interna conceitua-se a remessa de bens de uma região para outra,
dentro do mesmo país. Uma remessa de produtos do Estado de São Paulo para o Estado
do Rio Grande do Sul, por exemplo, é considerada uma exportação interna.

As exportações poderão ser com cobertura cambial ou sem cobertura cambial. Diz-se
que a exportação é com cobertura cambial quando implica um pagamento a ser efetuado
pelo importador estrangeiro. A exportação é sem cobertura cambial quando não
acarretar um pagamento por parte do importador estrangeiro. É o caso de amostras,
donativos, bagagem de passageiro, mercadorias em retorno, exportação temporária,
mercadorias destinadas a feiras e exposições (caso não sejam vendidas), etc. Uma
exportação sem cobertura cambial poderá ocorrer, também, no caso de uma remessa de
bens para o exterior a título de investimento no país estrangeiro. Se, por exemplo, o
Brasil exportar equipamento para o Paraguai e esse equipamento for incorporado ao
capital da firma paraguaia como capital de risco, não implicando, por tanto, um
pagamento pela sua remessa, essa exportação será considerada sem cobertura cambial.
As exportações em reais, apesar de implicar pagamento por parte do importador
estrangeiro, também são classificados como sem cobertura cambial.

Fluxograma:

1. Planejamento
2. Pesquisa de mercado
3. Negociação com o Importador
4. Elaboração da fatura pro forma
5. Envio de fatura pro forma ao importador
6. Exportador elabora a fatura comercial
7. Exportador prepara a mercadoria para embarque
8. Exportador elabora o packing list
9. Exportador emite nota fiscal
10. Exportador providencia o pré-transporte até o porto
11. Exportador solicita o despacho aduaneiro

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12. Pagamento do frete e seguro pelo exportador


13. Recebimento do conhecimento de embarque
14. Averbação junto a SRF
15. Emissão do comprovante de exportação
16. Exportador consolida toda a documentação
17. Exportador contrata cambio
18. Exportador envia documentação ao importador
19. Exportador liquida o cambio
20. Exportador envia carta de agradecimento

1. Planejamento
• Novos mercados;
• Mais lucro;
• Mais empregos;
• Separar uma parte da produção para o mercado interno e outra para o mercado
externo, pois a exportação é um processo contínuo;
• Maior escala de produção e vendas;
• Entrar em contato com a Secretaria da Receita Federal – SRF – e obter a senha
de acesso ao Siscomex;
• Curso de capacitação em Comércio Exterior;
• Conversar com os parceiros que poderão ajudá-lo no Comércio Exterior;
• Alterar o contrato social da empresa, acrescentando na finalidade, a atividade de
EXPORTAÇÃO;

2. Pesquisa de Mercado
• Pesquisar o mercado internacional;
• Procurar avaliar os seus concorrentes internos e externos;
• Fazer pesquisas na internet;
• Conhecer o país escolhido: Cultura, hábitos, renda, economia, população, clima;
• Verificar se existem barreiras técnicas para o seu produto;
A pesquisa de mercado é um investimento necessário que pode economizar dinheiro
e fornecer elementos essenciais para a aproximação com o mercado consumidor

3. Negociação com o importador


• Preço;
• Prazo;
• NCM;
• Pagamento;
• Incoterms.

4. Elaboração da fatura pro forma


Tal fatura servirá de base para a confecção da Fatura Comercial Definitiva, não tem
valor contábil ou jurídico pois trata-se apenas de um instrumento de apoio à operação de
venda no país de origem.

5. Envio da fatura pro forma ao importador


Para cotação, avaliação e correção, caso haja necessidade.

6. Exportador elabora a fatura comercial (commercial invoice)

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É o documento hábil que servirá de base para o desembaraço alfandegário no exterior.


Deve ser preenchida sem erros, emendas ou rasuras.

7. Exportador prepara a mercadoria para embarque


• Embalagem;
• Marcação;

8. Exportador elabora o packing list (romaneio)


É o documento de embarque que descrimina todas as mercadorias embarcadas, ou todos
os componentes de uma mesma mercadoria em quantas partes estiver fracionada. O
romaneio tem o objetivo de facilitar a identificação e localização de qualquer produto
dentro de um lote, além de permitir a fácil conferência da mercadoria por parte da
fiscalização, tanto no embarque como no desembarque.

9. Exportador emite nota fiscal


Esta nota deve acompanhar a carga ao porto/aeroporto e a descrição deve ser idêntica à
descrição de carga, valor e classificação mencionada na R.E..

10. Exportador providencia o pré-transporte até o porto


O exportador contrata uma empresa de transporte (incoterms/grupos F,C e D) para
retirar o container vazio do terminal, leva até a fábrica, estufa e depois entrega ao
terminal.

11. Exportador solicita o despacho aduaneiro


• Registro de Exportação – R.E.
Obtido por via eletrônica, utilizando-se do SISCOMEX – Sistema de Comércio
Exterior. Este documento é que autoriza a exportação da mercadoria.
• Registro de Venda – R.V.
É o conjunto de informações que caracterizam a operação de exportação de produtos
negociados em bolsas internacionais de mercadorias ou de “commodities”, por meio de
enquadramento específico. Os produtos sujeitos a RV são divulgados pela SECEX.
O preenchimento do RV é prévio ao RE e, por conseqüência, ao embarque.
• Solicitação de Despacho – S.D.
É o documento que comprova a efetiva exportação da mercadoria. Tal documento é
fornecido eletronicamente via SISCOMEX após fiscalização documental ou física da
carga por parte da Receita Federal.
• Certificado de Origem
É solicitado normalmente por importadores do Mercosul, Aladi ou outros países cujas
legislação de importação exija este documento. Tal certificado receberá o visto de
federações, associações e câmaras de comércio ou departamentos governamentais
(DECEX).
• Fatura Consular
Documento que alguns países exigem, para legalizar a entrada da mercadoria em seu
país; este documento normalmente é padronizado e sua legalização é feita pelo
consulado do país no Brasil.
• Certificado de peso/qualidade/conformidade
Alguns países exigem que as mercadorias sejam inspecionadas por organizações
especializadas antes do embarque, os certificados então emitidos são documentos
básicos para liberação dos materiais nestes países.

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• Autorização IBAMA
Aplica-se a produtos agropecuários ou silvestres.
• Fitossanitário
É necessário no caso de exportação de plantas, frutas e alimentos em geral.

12. Pagamento do frete e seguro pelo exportador


O pagamento do frete é feito na cia transportadora e o seguro na própria cia contratada
para o serviço.
Vale ressaltar que tais pagamentos só serão feitos nos casos de Incoterms dos grupos C
e D.

13. Recebimento do conhecimento de embarque


É um documento emitido pela cia transportadora (agência marítima, como por exemplo)
cuja cópia é numerada e datada pelo transportador.
Este documento (B/L, Airway Bill –AWB, Conhecimento de Transporte Internacional
por Rodovia – CRT, Conhecimento de Transporte Ferroviário – RWB – Railway Bill,
etc) é de vital importância, pois sem ele não é possível retirar a mercadoria no destino,
correspondendo este documento a um autêntico certificado de propriedade.

14. Averbação junto a SRF


A cia transportadora confirma via Siscomex o embarque da mercadoria.

15. Emissão do comprovante de exportação – CE


Emitido pelo Siscomex na repartição da Recita Federal ao final da operação de
exportação; é o documento em que são relacionados todos os registros processados pelo
Siscomex, portanto o CE, é a comprovação do desembaraço aduaneiro definitivo, para
embarque da mercadoria, bem como permite o transporte para bordo do veículo
transportador que seguirá para o exterior. Servirá também para pagamento das taxas de
armazenagem, capatazias, embarque.

16. Exportador consolida toda a documentação


• Fatura pro forma
• Packing list
• Fatura comercial (commercial invoice)
• Nota fiscal
• RE
• SD
• RV
• CE
• Certificado de origem
• Certificados gerais
• Conhecimento de Embarque (B/L, AWB, CRT, RWB)

17. Exportador contrata cambio


É o documento que define as regras para conversão da moeda do país do importador ao
da moeda do país do exportador, e através do qual se efetiva o recebimento do valor da
mercadoria exportada em moeda nacional.
Este documento é geralmente preparado por uma corretora de câmbio e valores ou
diretamente com o Banco negociador.

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18. Exportador envia documentação ao importador


• Packing list
• Fatura comercial
• Certificados
• Conhecimento de embarque

19. Exportador liquida o cambio


Recebe o valor da transação em moeda nacional, ou seja, reais.

20. Exportador envia carta de agradecimento

Desembaraço/Parametrização

1. O exportador, através de um despachante aduaneiro ou representante da


empresa, registra RE, onde estão os dados sobre o embarque da mercadoria.
Depois é feito o SD.
2. A Alfândega/Terminal confirma a presença de carga com o exportador pela SD.
3. Exportador deve entregar os documentos (SD, Nota fiscal e Certificado de
origem) na Alfândega.
4. O SISCOMEX indica a parametrização na SD, ou seja, seleciona por qual tipo
de conferencia a mercadoria irá passar.

 Canal Verde – desembaraço é feito automaticamente


 Canal Laranja – são examinados apenas os documentos da carga
 Canal Vermelho – os documentos são verificados e a carga é inspecionada
no local onde estão armazenadas.

No caso da SD “cair” nos canais laranja ou vermelho, os processos são distribuídos para
auditores fiscais.
Se nenhuma irregularidade for detectada durante a inspeção da carga é liberada e seu
despacho é registrado no Siscomex.
5. Após o carregamento da mercadoria, o transportador (no caso, a agência
marítima) deve confirmar o embarque.
6. O Siscomex verifica os dados do transportador, se confirmam com o da SD
(averbação). No caso de qualquer irregularidade, os documentos são comparados
manualmente.
7. Após a conclusão da operação, o exportador pode solicitar a CE, Comprovante
de Exportação, emitido pelo Siscomex.

Prazos para liberação das cargas

Se os documentos são entregues de manhã na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Laranja No mesmo dia
Vermelho No dia seguinte

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Se os documentos são entregues à tarde na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Laranja No dia seguinte
Vermelho No dia seguinte

Modalidades de Pagamento (as mais utilizadas no comércio exterior):

• Pagamento Antecipado
• Remessa Direta ou Sem Saque
• Cobrança Documentária
• Carta de Crédito

Pagamento Antecipado

O importador paga ao exportador, através de cheque ou ordem de pagamento bancária,


antes do embarque da mercadoria ao exterior.

É pouco utilizado por implicar altos riscos ao comprador. Costuma ocorrer entre
empresas interligadas e também na venda de produtos de alta tecnologia fabricadas por
encomenda, visto representar uma garantia contra o cancelamento do pedido. São mais
freqüentes os casos de pagamento antecipados parciais.

Remessa Direta ou Sem Saque

O exportador embarca a mercadoria e envia diretamente ao importador todos os


documentos da operação. O importador, ao receber os documentos, promove o
desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia o pagamento.
Ao importador o risco é nulo, pois o pagamento só é realizado depois de recebida a
mercadoria ao comprador sem nenhuma garantia de pagamento.

Por estar baseada na confiança depositada pelo exportador no importador, este tipo de
pagamento tem sido utilizado entre clientes tradicionais ou empresas interligadas.

Cobrança Documentária

O exportador embarca a mercadoria e depois emite uma letra de câmbio. Esta letra,
também chamada de “saque” ou “cambial” , será enviada ao um banco no país do
importador, junto com os documentos de embarque. O pagamento poderá ser à vista ou
a prazo, conforme tenha sido acertado no momento da venda. No caso da cobrança a
prazo, o importador só poderá retirar do banco os documentos para desembaraço da
mercadoria se aceitar a cambial que lhe será apresentada para pagamento na data de
vencimento. O banco apenas faz a cobrança seguindo à risca as instruções de cobrança
do exportador: cobrança à vista ou no vencimento, cobrar juros de mora, dar ordem de
protesto por falta de pagamento ou aceite, etc. O banco também pode fechar a operação
de câmbio. O exportador, por sua vez, tem a garantia de que a mercadoria somente será
entregue ao importador se suas instruções forem cumpridas. A Câmara de Comércio

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Internacional (CCI) definiu as regras, as responsabilidades das partes nesse processo e


usos uniformes para cobrança documentária na Publicação 522 que são adotadas pela
maioria dos bancos que prestam esse serviço.

Carta de Crédito / Letter of Credit – L/C

Também conhecida como crédito documentário, é muito usual porque oferece maiores
garantias tanto ao exportador quanto ao importador por ser uma ordem de pagamento
condicional. Ela é emitida por um banco, a pedido do importador em favor do
exportador, que somente fará jus ao recebimento se cumprir todas as exigências
estipuladas. O exportador tem a garantia de pagamento de dois ou mais bancos e o
importador tem a certeza de que só haverá pagamento se suas exigências forem
cumpridas. A carta de crédito é uma alternativa para o exportador que não quer assumir
os riscos comerciais de uma operação, pois ela confere ao banco a responsabilidade pelo
pagamento, mediante o cumprimento dos termos e condições do crédito. Os riscos
políticos também podem ser eliminados ou reduzidos, se utilizada uma carta de crédito
confirmada. Nesse tipo de crédito um outro banco, geralmente fora do país do
importador, confirma a garantia dada pelo banqueiro emissor do crédito. Na prática, se
o banco emissor não puder pagar por qualquer motivo, inclusive políticos, o banco
confirmador pagará em seu nome.

A carta de crédito pode ser emitida para pagamento à vista ou a prazo. Como se
constitui em garantia bancária, acarreta custos adicionais para o importador, que paga
taxas e comissões para abertura de crédito, além de contragarantias exigidas pelo banco
emissor. Na negociação de crédito deve-se observar o conceito e porte do banco
emissor. Existem muitos bancos pequenos e regionais. Os bancos mais tradicionais e de
grande patrimônio são considerados de primeira linha. A carta de crédito pode sofrer
emendas desde que aceitas por todas as partes envolvidas a saber: banco emissor, banco
confirmador, tomador de crédito (importador) e beneficiário (exportador). A CCI
definiu normas para emissão e uso de cartas de crédito divulgadas na Publicação 500,
denominadas “Regras e usos Uniformes para Créditos Documentários”. Essas regras são
aceitas em todo mundo.

Os custos para abertura de uma carta de crédito variam entre 1 e 4% do valor da carta de
crédito. Entretanto, dependendo do banco e do cadastro do cliente, o custo pode ser
fixo, independente do valor do crédito aberto, e até mesmo não custar nada. A carta de
crédito pode ser transferida a um ou mais beneficiários. Este porém, não tem o poder de
efetuar outra transferência. Para que a transferência seja possível é indispensável que na
carta de crédito conste a expressão “transferível”.

Etapas da Carta de Crédito

Este tipo de operação é composto de várias etapas:


• Pedido e negociação;
• Abertura de crédito;
• Embarque da mercadoria;
• Documentação e utilização do crédito.

Pedido e negociação

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Contatos preliminares – definida a venda o exportador emite a fatura pró forma. É o


momento em que o importador e exportador negociam os termos e condições do crédito
para fechamento da venda. O exportador recebe a confirmação do pedido ou assina o
contrato mercantil.

Abertura do crédito

O importador (tomador) abre o crédito em banco de sua praça (banco emissor).

O banco da praça do importador comunica ao banco da praça do exportador a existência


do crédito sob determinadas condições.

O banco da praça do exportador comunica ao exportador comunica ao exportador a


existência do crédito e suas condições.

Embarque da mercadoria

O exportador (beneficiário) ciente das exigências, providencia o despacho e embarque


da mercadoria.

A mercadoria é embarcada ao país do importador.

Documentação e utilização do crédito

O exportador recebe o Conhecimento de Embarque (Bill of Lading ou B/L) que,


juntamente com os demais documentos exigidos pelo crédito, constituem a
documentação a ser apresentada ao banco negociador.

O banco recebe os documentos do exportador, examina-os e, se estiverem em ordem,


efetua o pagamento de imediato ao exportador, caso o crédito seja à vista.

O banco do exportador remete os documentos ao banco do importador (banco emissor).

O banco emissor entrega os documentos ao importador e reembolsa o banco do


exportador.

As modalidades de pagamento são influenciadas pelas condições do mercado e pelo


grau de confiança entre as partes – empresas, bancos e países envolvidos. Assim,
quando há condição de mercado e maior oferta, os exportadores são obrigados a
melhorar suas condições de venda. Quando a situação se inverte e a procura é maior, os
exportadores têm mais poder de barganha, aproximando-se da condição ideal que é a de
receber o pagamento antecipado.

Quando o importador é desconhecido ou encontra-se num país sem estabilidade política


e econômica, as condições para o exportador não serão favoráveis, ao contrário do que
ocorreria com importadores tradicionais. Outros fatores que interferem nas condições de
venda são a margem de lucro desejada, a possibilidade de financiamento e os controles
do governo. As modalidades de pagamento são estabelecidas em contratos de compra e

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venda internacional ou equivalente, e determinam a maneira pela qual o exportador


receberá o pagamento por sua venda ao exterior.

Incoterms

Os Incoterms surgiram em 1936, quando a Câmara de Comércio Internacional, com


sede em Paris, resolveu editar um livreto consolidando e interpretando as várias
fórmulas contratuais que vinham há muito tempo sendo utilizadas pelos comerciantes
internacionais. Esse conjunto de normas ficou conhecido como “Incoterms 1936”.
Alterações e edições foram feitas em 1953, 1967, 1976, 1980, 1990. Atualmente temos
um novo conjunto de regras, denominado “Incoterms 2000”, em vigor a partir de
01/01/2000.

Os Incoterms estipulam 13 fórmulas ou termos, que são:

a. EXW – Ex works – entregue no estabelecimento do vendedor (local


designado);
b. FCA – free carrier – franco transportador ou livre transportador (local
designado);
c. FAS – free alongside ship – livre no costado do navio (porto de
embarque designado);
d. FOB – free on board – livre a bordo do navio (porto de embarque
designado);
e. CFR – cost and freight – custo e frete (porto de destino designado);
f. CIF – cost, insurance and freight – custo, seguro e frete (porto de destino
designado);
g. CPT – carriage paid to – transporte pago até ( local de destino
designado);
h. CIP – carriage na insurance paid to – transporte e seguro pagos até (local
de destino designado);
i. DAF – delivered at frontier – entregue na fronteira (local designado);
j. DES – delivered ex ship – entregue no navio (porto de destino
designado);
k. DEQ – delivered ex quay – entregue no cais (porto de destino
designado);
l. DDU – delivered duty unpaid – entregue direitos não-pagos (local de
destino desegnado);
m. DDP – delivered duty paid – entregue direitos pagos (local de destino
designado).

Grupo Incoterms
E de Ex (PARTIDA – mínima obrigação para EXW
o exportador)
F de Free (TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO
FCA
PAGO PELO EXPORTADOR) FAS
FOB
C de Cost ou Carriage (TRANSPORTE CFR
PRINCIPAL PAGO PELO EXPORTADOR) CIF
CPT

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CIP
D de Delevery (CHEGADA – máxima DAF
obrigação para o exportador) DES
DEQ
DDU
DDP

Nem as “Definições Americanas” nem os Incoterms procuram interpretar todos os


termos ou fórmulas utilizadas no comércio internacional, mas apenas os mais
importantes.

Exportadores e importadores, por sua vez, podem adotar essas fórmulas padronizadas
como base geral para seus contratos, como também podem especificar alterações ou
adições a essas fórmulas, de modo adaptá-las ao ramo de comércio específico ou às suas
necessidades individuais. É necessário, porém, que fiquem claramente definidos,
previamente os direitos e obrigações de cada parte.

Ao proceder à escolha desta ou daquela fórmula, tanto importadores como exportadores


deverão cuidar para que a utilização não venha a infringir determinados dispositivos
legais ou administrativos vigentes em seus respectivos países.

Embora os Incoterms estejam sendo cada vez mais utilizados, alguns comerciantes
ainda aplicam as “Definições Americanas”. Assim, para evitar possíveis confusões, ao
entabularem negociações comerciais na área internacional procurem sempre deixar bem
claro se as fórmulas ou termos a serem utilizados referem-se aos Incoterms ou às
“Definições Americanas”.

EXW (Ex Works)


Esta cláusula significa que a mercadoria é entregue ao comprador no estabelecimento do
vendedor. Em lugar de ex works pode-se utilizar uma denominação mais específica,
como, por exemplo: ex factory, ex mill, ex plantation, ex warehouse, etc. (na fábrica,
no moinho, na plantação, no depósito, etc.)

A obrigação básica do vendedor é colocar na mercadoria à disposição do comprador em


seu estabelecimento (vendedor). Não lhe cabe responsabilidade alguma por despesas ou
por riscos pelo carregamento da mercadoria em veículo a ser fornecido pelo comprador,
a não ser que haja acordo específico nesse sentido.

Cabem ao comprador todas as despesas e riscos o recebimento da mercadoria no local


designado até o destino final.

Correm, também, por sua conta, as despesas com eventuais direitos de exportação e
despesas com a obtenção de licenças de exportação (se houver) no país do vendedor.
Isto porque uma venda ex works é considerada uma venda no país de exportação.
Assim, o comprador estrangeiro tem, em princípio, naquele país, a mesma posição de
um comprador nacional.

Esta fórmula é, portanto, a que apresenta o mínimo de obrigações para o vendedor.

14
COMEX

FCA (Free Carrier)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria, liberada para exportação, à custódia do
transportador indicado pelo comprador, no local determinado. A partir desse momento,
todas as despesas, bem como a responsabilidade por perdas e danos que a mercadoria
posso vir sofrer, correm por conta do comprador.

Essa fórmula pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte, inclusive para
transporte multimodal também denominado intermodal, que é aquele que utiliza, de
maneira combinada, diferentes meios (rodoviário, ferroviário, marítimo, aéreo, fluvial,
lacustre, etc.).

FAS (Free Alongside Ship)


Sob essa condição, correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas as
despesas até a colocação de mercadoria, liberada para exportação, no cais do porto de
embarque, ao lado do costado do navio, no seu ponto de atracação, cabendo-lhe,
também, a responsabilidade por quaisquer perdas ou danos sofridos pela mercadoria até
a sua colocação no cais.

Correm também por sua conta as despesas com providências e documentos necessários
para a saída da mercadoria de seu país (licença e direitos de exportação, formalidades
aduaneiras, etc.). Compete-lhe, inclusive, fornecer ao comprador, a seu pedido e conta,
assistência na obtenção de documentos no país de origem ou de embarque (certificados
de origem, de inspeção, etc.) necessários à entrada da mercadoria no país de destino ou,
ainda, para seu trânsito através de um terceiro país.

Ao comprador cabe, por sua vez, arcar com todas as despesas e responsabilidades por
quaisquer perdas e danos, a partir do momento em que a mercadoria é colocada à sua
disposição, ao lado do costado do navio. Assim, correm por sua conta os gastos com
carregamento, a contratação e pagamento do seguro e do frete e despesas com a
obtenção dos documentos citados no tópico anterior. Compete-lhe, ainda, cientificar o
vendedor do nome do navio, do ancoradouro e das datas de entrega da carga do navio.

Esta fórmula é utilizada apenas no caso de transporte marítimo ou aquaviário interior


(lacustre, fluvial, etc.).

FOB (Free On Board)


É a fórmula mais utilizada na exportação brasileira.

Correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas as despesas e riscos por
perdas e danos, até a colocação da mercadoria a bordo do navio indicado pelo
comprador, no porto de embarque.

Da mesma maneira que para a cláusula FAS, compete ao vendedor fornecer assistência
ao comprador, a seu pedido e conta, para obtenção de documentos no país de origem ou
de embarque (certificado de origem, documentos consulares, conhecimento marítimo,
etc.), de que o comprador tenha necessidade, excetuando-se os gastos com licença de
exportação e conhecimento de embarque a bordo, os quais correm por conta do
vendedor. Cabe-lhe, também o pagamento de quaisquer emolumentos, taxas ou
impostos cobrados em razão da exportação.

15
COMEX

Ao comprador procede contratar e pagar o valor do frete, dando aviso ao vendedor do


nome do navio, local de atracação e época em que a mercadoria deverá ser entregue
para embarque, bem como contratar e pagar o valor do seguro e arcar com todas as
despesas e riscos a partir do momento em que a mercadoria transpõe a murada do navio
transportador (ship´s rail) no porto de embarque. Isto significa que o comprador tem de
pagar o preço da venda independente do que possa acontecer à mercadoria, em qualquer
caso, desde que a ocorrência não possa ser atribuída ao vendedor (caso de embalagem
inadequada, por exemplo). Além disso, correm também por sua conta os gastos com a
obtenção de documentos emitidos no país de origem ou de embarque que sejam
necessários para a mercadoria poder entrar em seu país ou transitar através de outro.

Deve-se ressaltar que, no caso de atrasos na chegada do navio ou no seu carregamento,


todas as despesas e riscos passam a correr por conta do comprador, a partir do momento
em que o vendedor colocou a mercadoria à sua disposição.

Esta clausula deve ser utilizada somente para transporte marítimo ou aquaviário interior.
Para transporte rodoviário, ferroviário ou aéreo, deve ser aplicada a cláusula FCA.

Uma outra observação faz-se também necessária. Embora sob as condições FAS e FOB
deva o comprador contratar e pagar o frete e o seguro, bem como dar ciência ao
vendedor do nome do navio, local de atracação, etc., ocorre muitas vezes, que, por
acordo prévio entre as partes, o próprio vendedor se encarregue de, por conta do
comprador, escolher o navio e providenciar a atracação e o pagamento do frete e do
seguro.

CFR (Cost na Freight)


Pela condição CFR correm por conta do vendedor, ao preço contratado, todas as
despesas necessárias para a colocação da mercadoria a bordo do navio, bem como o
valor do frete até o porto de destino.

Ao vendedor compete contratar e pagar o frete, enviando imediatamente ao comprador


o conhecimento de embarque “limpo” (significa que o documento não deve conter
qualquer cláusula ou anotação sobreposta, que declare qualquer defeito ou imperfeição
da mercadoria ou da embalagem) e arcar com a responsabilidade por quaisquer danos
ou perdas até que a mercadoria transponha a murada do navio transportador.

Correm também por conta os gastos com documentos de exportação, formalidades


aduaneiras, bem como impostos e taxas de exportação, caso haja. Outrossim, deverá
auxiliar o comprador, a seu pedido e conta, na obtenção de quaisquer documentos
emitidos no país de origem ou de embarque, necessários para que a mercadoria possa
entrar no país de destinou transitar através de outro (faturas consulares, certificados de
origem, etc.).

O comprador deverá contratar e pagar o seguro da mercadoria e os gastos com o seu


embarque incluindo alvarengagem (lighterage) e despesas de atracação (wharfage),
direitos ou quaisquer outros impostos no lugar de destino, além das despesas com
obtenção de documentos emitidos no país do vendedor. Toda e qualquer
responsabilidade por riscos e danos, a partir do momento em que a mercadoria é
colocada a bordo do navio, no porto de embarque, é atribuída ao comprador.

16
COMEX

Note-se, pois, que os chamados “pontos críticos” para a divisão de despesas e riscos,
respectivamente, não coincidem. Isto porque, embora o vendedor seja responsável pelo
transporte até o destino, não o é, entretanto, por risco de perda ou dano da mercadoria,
responsabilidade essa que já se transfere ao comprador no próprio porto de embarque.

Esta cláusula é utilizável apenas para o transporte marítimo ou aquaviário interior. Para
outras modalidades, utilizar a cláusula CPT (carriage paid to).

CIF (Cost, Insurance and Freight)


Trata-se de cláusula de universal aplicação. Sob essa condição, ocorrem por conta do
vendedor, ao preço contratado, todas as despesas, inclusive o seguro marítimo e frete,
até a chegada da mercadoria ao porto de destino convencionado.

Compete ao vendedor contratar e pagar o frete e o seguro da mercadoria até o porto de


destino, despachando imediatamente ao comprador o conhecimento de embarque
(“limpo”) e a apólice de seguro. Correm por sua conta os gastos com quaisquer taxas,
impostos ou documentos necessários à exportação (licença de exportação, etc.)
formalidades aduaneiras, bem como o carregamento da mercadoria. A exemplo do que
ocorre para com outras cláusulas já examinadas, deverá prestar assistência ao
comprador, por solicitação e por sua conta, na obtenção de documentos emitidos no país
de origem ou de embarque e que sejam necessários para que a mercadoria passar entrar
no país de destino ou transitar através de outro (faturas consulares, certificados de
origem, etc.). Cabe-lhe, também, a responsabilidade por quaisquer riscos até que a
mercadoria tenha sido colocada a bordo do navio no porto de embarque.

O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e arcar com todas as


despesas daí por diante, tais como: desembarque da mercadoria, impostos, taxas,
direitos aduaneiros e quaisquer outros gastos, além dos relativos aos documentos já
citados. Todos os riscos, a partir do momento em que a mercadoria transpõe a murada
do navio, no porto de embarque, correm por conta do comprador. Portanto, da mesma
maneira que ocorrem em relação à cláusula CFR, também aqui os “pontos críticos” para
a divisão de despesas e riscos, respectivamente, não coincidem.

A cláusula CIF é utilizável apenas para transporte marítimo ou aquaviário interior. Para
outros tipos de transporte, utilizar a cláusula CIP (carriage and insurace paid to).

A condição CIF não é permitida nas importações brasileiras, uma vez que, de acordo
com a Resolução CNSP nº 03/71, de 18/01/71, do Conselho Nacional de Seguros
Privados, o seguro de transporte internacional de mercadorias importadas deve ser
realizado através de sociedades seguradoras estabelecidas no Brasil. Excepcionalmente,
o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) poderá autorizar a realização do seguro, no
todo ou em parte, no exterior.

É de notar que, embora nas condições CFR e CIF, os gastos com faturas consulares,
certificados de origem e outros documentos ocorram por conta do comprador muitas
vezes o próprio vendedor dispõe-se a arcar com tais despesas.

CPT (Carriage Paid to)


O vendedor é responsável pelo custo de transporte da mercadoria até o destino indicado.
Porém, os riscos por perdas e danos que as mercadorias possam vir a sofrer, bem como

17
COMEX

quaisquer despesas adicionais, correm por conta do comprador, a partir do momento em


que forem entregues à custódia do transportador.

Esta fórmula pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte, inclusive
transporte multimodal.
CIP (Carriage and Insurance Paid to)
O vendedor possui as mesmas responsabilidades que as indicadas nas cláusulas CPT, às
quais deve ser adicionado o pagamento do seguro até o destino. As responsabilidades do
comprador permanecem as mesmas.

Pode ser utilizada para qualquer modalidade de transporte, inclusive multimodal.

DAF (Delivered at Frontier)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria no ponto combinado na fronteira, mas
antes da divisa aduaneira do país limítrofe. A partir desse momento, toda a
responsabilidade, seja por despesas, seja por perdas e danos, é do comprador.

Embora esse termo seja, em princípio, utilizável para transporte rodoviário, pode ser
aplicado para qualquer modalidade de transporte.

DES (Delivered Ex Ship)


Compete ao vendedor colocar a mercadoria á disposição do comprador a bordo do
navio, não desembaraçada, no porto de destino designado. È também responsável por
perdas e danos que a mercadoria possa vir a sofrer durante o seu transporte até o porto
de destino. A partir desse ponto, a responsabilidade é do comprador.

Essa condição deve ser utilizada apenas para transporte marítimo ou aquaviário interior.

DEQ (Delivered Ex Quay)


Compete ao vendedor entregar a mercadoria desembaraçada ao comprador no cais do
porto de destino. São de sua responsabilidade quaisquer despesas bem como os riscos
por perdas ou danos até a entrega da mercadoria no local designado. A partir desse
ponto, a responsabilidade é do comprador, inclusive pelo pagamento dos direitos
aduaneiros.

Esse termo somente deverá ser utilizado para transporte marítimo ou vias aquáticas
interiores.

DDU (Delivered Duty Unpaid)


O vendedor deverá colocar a mercadoria à disposição do comprador, no ponto
designado do país de importação. Deverá, portanto, assumir todas as despesas e riscos
envolvidos até a entrega da mercadoria, exceto quanto ao pagamento de direitos,
impostos e outros encargos oficiais devidos em razão da importação. A
responsabilidade por esse pagamento caberá ao comprador.

Esse termo poderá ser utilizado para qualquer modalidade de transporte.

DDP (Delivered Duty Paid)


Competirá ao vendedor colocar a mercadoria desembaraçada à disposição do
comprador, no ponto designado do país de importação. Compete-lhe, portanto, assumir

18
COMEX

todos os riscos e custos, incluindo direitos, impostos e outros encargos até a entrega da
mercadoria.

Observa-se que, enquanto o termo EXW representa o mínimo de obrigação para o


vendedor, o termo DDP representa o máximo de obrigações.
Esse termo poderá ser utilizado para qualquer tipo de transporte.

Incoterms e Transportes

Qualquer tipo de transporte:


• EXW
• FCA
• CPT
• CIP
• DAF
• DDU
• DDP

Transporte marítimo e aquaviário interior SOMENTE:


• FAS
• FOB
• CFR
• CIF
• DES
• DEQ

Condições de frete marítimo

Prepaid: essa cláusula indica que o pagamento do frete internacional será feito no porto
de origem (país exportador) pelo vendedor.

Collect: essa cláusula indica que o pagamento do frete internacional será feito no porto
de destino (país importador) pelo comprador.

Importação

Denomina-se importação a entrada de mercadorias em um país, provenientes do


exterior. Da mesma forma como ocorre na exportação, essa importação, poderá
compreender, também, os serviços ligados à aquisição desses produtos no exterior
(fretes, seguros, serviços bancários, etc.).

A aquisição que uma região, localizada em um país, efetue de produtos de outra região,
também localizada no mesmo país, é denominada importação interna.

Da mesma maneira que a exportação, a importação poderá ser com cobertura cambial,
conforme implique ou não um pagamento a ser efetuado pelo importador nacional.

Impostos que incidem sobre a mercadoria importada

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COMEX

II - Imposto de Importação,
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados,
ICMS - Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços,
AFRMM - Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante,
COFINS -
PIS - Programa de Integração Social,
IOF -

Documentos necessários para a Importação

Fatura pro forma


Fatura comercial
Certificado de Origem ou Peso
Packing list
Conhecimento de Embarque
Apólice de seguro
Licença de Importação - LI
Contrato de Câmbio
Saque ou Cambial de Importação
Declaração de Importação - DI
Nota Fiscal de Entrada

Desembaraço/Parametrização

1. O importador, através de um despachante aduaneiro ou representante da


empresa, registra sua Declaração de Importação (DI), onde estarão os dados
sobre a mercadoria.
2. O SISCOMEX realiza a parametrização da DI, indicando qual o tipo de
conferencia pelo qual a carga irá passar:

 Canal Verde – desembaraço é feito automaticamente


 Canal Amarelo – são examinados apenas os documentos da carga
 Canal Vermelho – os documentos são verificados e a carga é inspecionada
no local onde está armazenada.
 Canal Cinza – Além do exame documental e da inspeção física, a carga tem
também conferido o preço que foi declarado e se há elementos indiciários de
fraude.

No caso da DI “cair” nos canais amarelo ou vermelho, os processos são distribuídos


para auditores fiscais e o importador deve apresentar os documentos das mercadorias
para a Alfândega iniciar a análise do despacho.
Se nenhuma irregularidade for detectada durante a inspeção, a carga é liberada e seu
desembaraço é registrado no SISCOMEX.
3. O importador providencia a retirada da mercadoria diretamente no recinto
alfandegado.

Prazos para liberação da carga

Se os documentos são entregues de manhã na Alfândega:

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COMEX

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Amarelo No mesmo dia
Vermelho No dia seguinte
Cinza Não há prazo

Se os documentos são entregues à tarde na Alfândega:

Canal Desembaraço
Verde Automático, no mesmo dia
Amarelo No dia seguinte
Vermelho Em dois dias
Cinza Não há prazo

Regimes Aduaneiros

No regime comum de importação e de exportação de mercadorias ocorre, via de regra o


pagamento de tributos.

Entretanto, devido à dinâmica do comércio exterior e para atender algumas


peculiaridades, o governo criou mecanismos que permitem a entrada ou a saída de
mercadorias do território aduaneiro com suspensão ou isenção de tributos. Esses
mecanismos são denominados:

• Regimes Aduaneiros Especiais: assim chamados por não se adequarem à regra


geral do regime comum de importação e de exportação. Podemos citar como
exemplo:

Transito aduaneiro (DTA), admissão temporária, drawback, entreposto aduaneiro,


exportação temporária, etc.

• Regimes Aduaneiros Atípicos: criados para atender a determinadas situações


econômicas peculiares, de pólos regionais e de certos setores ligados ao
comércio exterior. Podemos citar como exemplo:

Loja franca, depósito especial alfandegado (DEA), depósito afiançado (DAF),


depósito franco, depósito alfandegado certificado (DAC), etc.

Trânsito Aduaneiro (DTA)

É o regime especial que permite o transporte de mercadorias, sob controle aduaneiro, de


um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.

O regime subsiste do local de origem (ponto inicial do itinerário), ao local de destino


(ponto final do itinerário), e desde o momento do desembaraço para trânsito aduaneiro
efetuado pela repartição da Receita Federal que jurisdiciona o local de origem até o

21
COMEX

momento em que a repartição que jurisdiciona o local de destino certifica a chegada da


mercadoria.

O transporte de mercadorias em operação de trânsito aduaneiro poderá ser efetuado por


empresas transportadoras previamente habilitadas, em caráter precário, pela Secretaria
da Receita Federal.

A autoridade aduaneira, sob cuja jurisdição se encontrar a mercadoria a ser transportada,


concederá o regime de transito aduaneiro, estabelecendo rota, prazo para execução de
operação, prazo para a comprovação da chegada e cautelas julgadas necessárias.

As obrigações fiscais relativas a mercadoria em regime especial de trânsito aduaneiro


serão constituídas em termo de responsabilidade que assegure sua eventual liquidação e
cobrança.

Exportação Temporária

Considera-se exportação temporária a saída do país de mercadoria nacional ou


nacionalizada, condicionada a reexportação em prazo determinado, no mesmo estado ou
após submetida a processo de conserto, reparo ou restauração.

O regime aplica-se a:
• Mercadorias destinadas a feiras, competições esportivas ou exposições, no
exterior;
• Produtos manufaturados e acabados, inclusive para conserto, reparo ou
restauração para seu uso ou funcionamento;
• Animais reprodutores para cobertura, em estação de monta, com retorno cheia,
no caso de fêmea, ou com a cria ao pé, bem como animais para outras
finalidades;
• Veículos para uso de seu proprietário ou possuidor.
Podendo ainda ser concedido, em caso de conveniência para o país, a:
• Minérios de metais para fins de recuperação ou beneficiamento;
• Matérias-primas ou insumos para fins de beneficiamento ou transformação.

A concessão do regime de exportação temporária poderá ser requerida à repartição que


jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos bens para o exterior.

A verificação da mercadoria, para efeito de instrução do processo, poderá ser feita no


estabelecimento do exportador ou em qualquer outro local, a juízo da autoridade
competente para decisão.

Quando se trata de mercadoria sujeita ao imposto de exportação, a obrigação tributária


será objeto de termo de responsabilidade.

Existe também uma modalidade chamada de exportação temporária para


aperfeiçoamento passivo que é um sistema que permite a saída do país, por tempo
determinado, de mercadoria nacional ou nacionalizada, para ser submetido à operação
de transformação, elaboração, beneficiamento ou montagem no exterior e sua
reimportação na forma de produto resultante dessas operações, com pagamento do

22
COMEX

imposto incidente sobre o valor agregado, quer dizer, são exigíveis os tributos
incidentes na importação dos materiais e serviços empregados naquelas operações.

Drawback

O regime de drawback é um estímulo (incentivo) às exportações com o objetivo de


proporcionar melhores condições de competitividade do produto brasileiro no exterior.
Compreende as modalidades de suspensão, isenção e restituição dos tributos incidentes
na importação de mercadorias utilizadas na industrialização de produto exportado ou a
exportar.
• Suspensão: é a modalidade de drawback que envolve a suspensão dos tributos
incidentes na operação de importação (Imposto de Importação – II, Imposto
sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços – ICMS, Adicional do Frete para Renovação da Marinha
Mercante – AFRMM) de mercadoria a ser exportada após financiamento ou
destinada à fabricação, complementação, recondicionamento ou
acondicionamento de outra a ser exportada, sendo concedido pelo Departamento
de Operações de Comércio Exterior (DECEX) através da Secretaria do
Comércio Exterior (SECEX).
• Isenção: é a modalidade de drawback que envolve a isenção de tributos
incidentes na importação de mercadoria, em qualidade e quantidade
equivalentes, destinadas à reposição de mercadoria anteriormente importada
com recolhimento integral dos tributos e utilizada na industrialização de produto
exportado, sendo competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).
• Restituição: é a modalidade de drawback que envolve a restituição, total ou
parcial, dos impostos pagos por ocasião de importação de mercadoria utilizada
na industrialização de produto exportado, sendo concedido pela Secretaria da
Receita Federal.

Entreposto Aduaneiro

É o regime que permite, na importação e na exportação, o depósito de mercadorias, em


local determinado, com suspensão do pagamento de tributos e sob controle fiscal. O
regime tem como base operacional unidade de entreposto de uso público ou de uso
privativo, onde as mercadorias ficarão depositadas. Poderão ser permissionárias do
regime as empresas de armazéns gerais; as empresas comerciais exportadoras que trata
o Decreto-Lei 1248/72 (trading companies), e as empresas nacionais prestadoras de
serviços de transporte internacional de carga. A exploração de entreposto de uso
privativo será permitida apenas na exportação e exclusivamente pelas empresas
comerciais exportadoras. As mercadorias que podem ser admitidas no regime são
relacionadas pelo Ministério da Fazenda.

Containers

O Container é, primordialmente, uma caixa, construída em aço, alumínio ou fibra,


criada para o transporte unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao
uso constante.

O container é identificado com marcas do proprietário e local de registro, número,

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COMEX

tamanho, tipo, bem como definição de espaço e peso máximo que pode comportar etc.

Ele foi se transformando na sua concepção e forma, deixando de ser apenas uma caixa
fechada, para apresentar diversos tipos, dependendo da exigência de cada mercadoria.

Padronização e Características Gerais


As unidades de medidas utilizadas para a padronização das dimensões dos containers
são pés (') e polegadas ("). No inglês significam feet (pés) e inches (polegadas).

As medidas dos containers referem-se sempre às suas medidas externas e o seu tamanho
está associado sempre ao seu comprimento.

Podem apresentar-se em diversos comprimentos e alturas, porém, com apenas uma


largura.

Quanto ao tipos, podem variar de totalmente fechados a totalmente abertos, passando


pelos containers com capacidade para controle de temperatura e tanques.

As capacidades volumétricas dos containers são medidas em metros cúbicos (m3) ou


pés cúbicos (cubic feet).

Quanto à capacidade em peso, são definidos em quilogramas e libras (medida inglesa).

Os containers são modulares, e os de 20' (vinte pés) são considerados como um módulo,
sendo denominados TEU - Twenty Feet or Equivalent Unit - unidade de vinte pés ou
equivalente, e são considerados o padrão para a definição de tamanho de navios porta-
containers.

Tipos de Serviços
Os tipos de serviços referem-se à estufagem, desova e utilização, e são divididos como
segue:
- quanto ao local de operação, por meio dos termos H/H, H/P, P/P e P/H, sendo "H"
house (armazém/casa) e "P" pier (porto); e
- quanto à responsabilidade pela ova e desova, com a utilização dos termos FCL/FCL,
LCL/LCL, FCL/LCL e LCL/FCL, sendo FCL full container load (carga total de
container) e LCL less than a container load (menos que uma carga de container).

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COMEX

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COMEX

Vocabulário

Armador – dono do navio.


Capatazia – mão de obra portuária
Commodit – mercadoria cotada na bolsa de valores (café, petróleo, gado, etc.)
Courrier – é o envio/recebimento de documentos para o importador/exportado via
empresa de entrega internacional (Variglog, DHL, UPS, etc.).
Dead Line – é o prazo final para entrega do container cheio no terminal, entrega de draft
para agência, enfim, é o conhecido “linha da morte”.
FCL(full container load) – container cheio com mercadoria de um só cliente.
LCL (less than a container load) – container com mercadorias consolidada de vários
clientes diferentes.
Linha azul - empresas que tem prioridade diante da Receita Federal quanto a
parametrização.
Mercadoria nacionalizada – quando é pago os impostos incidentes da mesma.
NALADI – Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração
NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadoria
NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul
NVOCC (Non Vessel Operator Common Carrier) – carregador que não é operador de
navio.
Ova – colocar a mercadoria dentro do container
Desova – retirar a mercadoria do container
Pre stacking - é quando o terminal da zona primária “abre” os portões para entrada dos
containers para exportação. Isso acontece, geralmente, 7 dias antes da atracação do
navio.
Taxa cambial – é o preço, em moeda nacional, de uma moeda estrangeira ou o preço em
moeda estrangeira de uma unidade de moeda nacional.

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COMEX

Portos do Mundo

AFRICA (East, West and MALI – Bamako, Gao CHINA – Chiwan, Dalian
South & Indian Ocean) (Talien), Fuzhou, Guangzhou
MAURITANIA – Nouakchott (Canton), Haikou, Huangpu
ANGOLA – Lobito,Luanda (Whampoa), Lianyungang,
Nanjing, Nantong, Ningbo,
MAURITIUS – Port Louis
BENIN – Cotonou
MOZAMBIQUE – Beira,
BURKINA FASO – Bobo Maputo, Nacala
Dioulasso, Qingdao (Tsingtao), Rong Qi,
Koudougou,Ouagadougou Shanghai,Shantou, Shekou,
NAMIBIA – Walvis Bay Shenzen, Tianjin, Wenzhou,
Xiamen, Xianggang, Yantian,
CAMEROON – Douala NIGER – Agadez, Maradi, Zhanjiang, Zhuhai
Niamey
CANARY ISLANDS – Las HONG KONG -
Palmas, Tenerife NIGERIA – Apapa, Calabar,
Lagos, Port Harcourt, Warri INDONESIA - Belawan,
CAPE VERDE – Praia Jakarta, Semarang, Surabaya
REUNION – Saint-Denis
CENTRAL AFRICAN JAPAN – Chiba, Fukuoka,
REPUBLIC – Bangui SENEGAL – Dakar, Saint- Hakata, Higashi-Harima,
Louis Imabari, Kanda, Kobe, Maizuru,
CHAD – Moundou, Moji, Nagasaki, Nagoya, Naha,
N’Djamena, Sarth SIERRA LEONE – Freetown Niigata, Osaka, Shimizu,
Sodegura, Tamano, Tokyo,
CONGO – Point-Noire Tomakomai, Wakayama,
SOMALIA – Mogadishu Yokohama

CONGO , DEMOCRATIC SOUTH AFRICA – Cape


REPUBLIC OF (ZAIRE) – KOREA ,SOUTH – Busan,
Town, Durban, East London, Incheon, Masan, Pohang, Seoul,
Banana, Matadi Port Elizabeth, Saldanha Ulsan

COTE D’IVOIRE (IVORY SUDAN – Port Sudan


COAST) – Abidjan MALAYSIA – Johore Baharu,
Kota Kinabalu, Kuala Lampur,
TANZANIA – Dar Es Salaam , kuching, Pasir Gudang, Penang ,
DJIBOUTI – Dijibouti Tanga Port Kelang

EQUATORIAL GUINEA – TOGO – Lome MYANMAR (BURMA) –


Malabo Yangon (Rangoon)
UGANDA – Kampala
ERITREA – Asmera, Assab, PHILIPPINES – Cebu, Davao,
Massawa General Santos, Lloilo, Manila,
ZAIRE – See " Congo ,
Ormoc
Democratic Republic of "
GABON – Libreville, Port
Gentil RUSSIA – Birobidzhan,
ZAMBIA – Lusaka
Irkutsk, Kaliningrad,
GAMBIA – Banjul Kamchatskiy,
ZIMBABWE - Harare Khabarovsk,Korsakov,
Magadan, Nakhodka,
GHANA – Accra, Takoradi
ASIA Petropavlovsk, Sakhalin Island,
Vanino, Vladivostok,
GUINEA – Conakry Vostochny
BRUNEI – Bandar Seri
Begawan
GUINEA-BISSAU – Bissau SINGAPORE –
CAMBODIA – Kampong
KENYA – Mombasa, Nairobi Saom TAIWAN – Kaohsiung,
Keelung, Taichung
LIBERIA – Monrovia

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COMEX

THAILAND - Bangkok, Laem SAINT KITS and NEVIS –


Chabang CENTRAL AMERICA & Basseterre
CARIBE
VIETNAM – Can Tho, Da SAINT LUCIA - Castries
Nang, Hai Phong, Ho Chi Minh ANTIGUA – Saint John’s
City, Vung Tau SAINT VINCENT –
ARUBA – Oranjestad Kingstown
AUSTRÁLIA E OCEANIA
BAHAMAS – Nassau, TRINIDAD and TOBAGO –
AMERICAN SAMOA – Pago Freetown Port of Spain
Pago
BARBADOS – Bridgetown VIRGIN ISLANDS (U.S.) –
AUSTRALIA – Adelaide, Saint Thomas
Brisbane, Burnie, Fremantle, BELIZE – Belize City
Geelong, Launceton, EUROPE
Melbourne, Newcastle, Port
Alma, Port Kembla, Sydney, CAYMAN ISLANDS – Grand
Townsville Cayman BELARUS – Minsk

CAROLINE ISLANDS – COSTA RICA – Puerto BELGIUM – Antwerp,


Truk, Iap Caldera, Puerto Limon, San Jose Zeebrugge

COOK ISLANDS – Raratonga CURACAO – Willemstad BULGARIA – Burgas, Sofia,


Varna
FIJI – Suva DOMINICA – Roseau
CZECH REPUBLIC – Prague
GUAM – Agana DOMINICAN REPUBLIC –
Boca Chica, Puerto Plata, Rio DENMARK – Aarhus,
Haina Copenhagen, Odense
MARIANA ISLANDS – Rota,
Saipan, Tinian
EL SALVADOR – Acajutla, ENGLAND – See "Great
San Salvador Britain"
MARSHALL ISLANDS –
Ebeye, Kwajalein, Majuro
GRENADA – Saint George’s ESTONIA – Tallinn
MICRONESIA – Kosrae,
Ponape (Pohnpei) GUADELOUPE – Basse- FINLAND – Helsinki, Kotka,
Terre, Pointe-a-Pitre Rauma, Turku
NEW CALEDONIA –
Noumea GUATEMALA – Guatemala, FRANCE – Bordeaux, Le
Puerto Quetzal, Santo Tomas Havre
NEW ZEALAND – Auckland,
Lyttelton, Napier, Nelson, New HAITI – Port-au-Prince GERMANY – Brake, Bremen,
Plymouth, Port Chalmers, Bremer-haven, Frankfurt,
Tauranga, Timaru, Wellington HONDURAS - Puerto Cortes, Hamburg, Rostock
San Pedro Sula, Tegucipalpa
PAPUA NEW GUINEA - GREAT BRITAIN – (England,
Alotau, Kieta, Kimbe, Lae, JAMAICA – Kingston Scotland, Northern Ireland) –
Lihir, Madang, Port Moresby, Belfast, Felixtowe, Glasgow,
Rabaul, Wewak Greenock, Hull, Leeds, Leith,
MARTINIQUE – Fort-de- Liverpool, London, Portbury,
France South-Hampton, Thamesport
SOLOMON ISLANDS –
Honiara MONTSERRAT – Plymouth HUNGARY – Budapest
TAHITI – Papeete NICARAGUA – Corinto IRELAND – Cork, Dublin,
Waterford
TONGA – Nuku’alofa, Vaua’u PANAMA – Coco Solo, Colon,
Cristobal LATVIA – Riga
VANUATU – Port Vila, Santo
PUERTO RICO – Mayaguez, LITHUANIA – Klaipeda
WESTERN SAMOA - Apia Ponce, San Juan

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COMEX

NETHERLANDS – MOROCCO – Agadir, NORTH AMERICA


Amsterdam, Rotterdam Casablanca, Ceuta, Tangier
CANADA – Halifax, Hamilton,
NORWAY – Oslo, Stavanger SPAIN – Alicante, Barcelona, Montreal, St. John, St. John’s,
Cadiz, Cartagena, Mellila, Toronto , Vancouver
POLAND – Gdynia, Warsaw Valencia
MEXICO – Tampico, Vera
PORTUGAL – Leixoes, SYRIA – Latakia, Tartous Cruz, Altamira , Manzanillo
Lisbon, Oporto
TURKEY – Antalya, USA – Baltimore, Boston,
ROMANIA – Bucharest, Iskenderun, Istanbul, Izmir, Brownsville, Cape Canaveral,
Constanta Mersin Charleston, Fernandina Beach,
Freeport, Galveston, Houston,
TUNISIA – Sfax, Sousse, Tunis Jacksonville, Long Beach, Los
RUSSIA – Novgorod, St. Angeles, Miami, Mobile, New
Petersburg Haven, New Orleans, New
SPAIN – Bilbao, Gijon, Mellila MIDDLE EAST & York, Norfolk, Oakland, Port
SUBCONTINENT Everglades, Portland, San
SWEDEN – Gothenburg, Francisco, Savannah, Seattle,
Helsingborg, Malmo, BAHRAIN Philadelphia, Tacoma, Tampa,
Norrkoping, Stockholm, Wilmington
Wallhamn BANGLADESH – Chalna,
UKRAINE – Iijichovsk, Kiev, Chittagong, Dhaka SOUTH AMERICA
Mariupol, Odessa, Sevastopol
INDIA – Bangalore, Bombay ARGENTINA – Bahia Blanca,
UNITED KINGDOM – See (Mumbai), Calcutta, Chennai, Buenos Aires, Puerto Madryn,
"Great Britain" Cochin, Jawaharlal Nehru, Ushuaia
MEDITERRANEAN & Madras, New Delhi, Nhava
NORTH AFRICA Sheva, Tuticorin BRAZIL – Belem, Fortaleza,
Imbituba, Itajai, Manaus,
ALGERIA – Algiers, Skikda IRAN – Bandar Abbas, Bandar Paranagua, Rio Grande,
Khomeini, Kish Island, Teheran Salvador, Santos, Sao Francisco
CRETE – Heraklion do Sul, Vitoria
JORDAN – Amman, Aqaba
CROATIA – Dubrovnik, CHILE – Antofagasta, Arica,
Rijeka, Splitv KUWAIT Coquimbo, Iquique, Lirquen,
Punta Arenas, San Antonio,
CYPRUS – Famagusta, Talcahuano, Valparaiso
MALDIVES – Male
Larnaca, Limassol
COLOMBIA – Barranquilla,
OMAN – Mina Qaboos, Muscat Buenaventura, Cartagena, Santa
EGYPT – Alexandria,
Damietta, Port Said Marta
PAKISTAN – Hyderabad,
Karachi ECUADOR - Esmeraldas,
FRANCE – Fos Sur Mer,
Marseille, Sete Guayaquil, Manta
QATAR – Doha
GREECE – Piraeus, FRENCH GUIANA – Cayenne
Salonika/Thessaloniki SAUDI ARABIA – Damman,
Jeddah, Jubail, Riyadh, Yanbu GUYANA – Georgetown
ISRAEL – Ashdod, Haifa
SEYCHELLES – Mahe PARAGUAY – Asuncion,
ITALY – Catania, Genoa, Gioia Ciudad del Este
Tauro, La Spezia, Leghorn SRI LANKA – Colombo
(Livorno), Milan, Naples, PERU – Callao, Paita
Palermo, Porto Torres, Salerno, TURKMENISTAN – Ashgabat
Savona SURINAME – Paramaribo
LEBANON – Beirut, Trípoli UNITED ARAB EMIRATES
LYBIA – Bengazi, Tripoli – Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, URUGUAY – Montevideo
Jebel Ali, Sharjah
MALTA – Valletta
YEMEN – Aden, Hodeidah
VENEZUELA – La
Guaira, Puerto Cabello

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COMEX

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