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Universidade Paulista – UNIP

Campus Cidade Universitária

Curso: Psicologia

Provas Operatórias

Andressa Gouveia – RA: A7088F-2

Bruna Fonseca – RA: A62DCB-1

Gisleine Yamada – RA: A71587-8

Ingrid Oliveira – RA: A58380-7

Marcos Gobbo – RA: A71586-0

Renata Freire – RA: A342HG-2

Vanessa Gonçalves – RA: A37156-7

São Paulo

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SUMÁRIO

1. Capa..............................................................................................pg 1

2. Sumário.........................................................................................pg 2

3. Introdução.....................................................................................pg 3

4. Método...........................................................................................pg 4

5. Objetivo.........................................................................................pg 4

6. Teste..............................................................................................pg 5

7. Teste..............................................................................................pg 6

8. Teste..............................................................................................pg 7

9. Resultado......................................................................................pg 8

10. Bibliografia....................................................................................pg 9

11. Anexo..........................................................................................pg 10

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INTRODUÇÃO

Do ponto de vista apresentado e discutido por PIAGET, o pensamento


comporta dois aspectos diferentes:

 O aspecto figurativo que se limita às configurações como tais;

 O aspecto operativo que é relativo às transformações e relaciona-se


com tudo o que modifica o objeto, a partir da ação até as operações, ou
seja, até as ações interiorizáveis e reversíveis.

Uma criança no nível pré-operatório, restrito ao aspecto figurativo do


pensamento, não será capaz de conceber uma transformação, na medida em
que seu pensamento ainda está limitado às configurações em si, do estado
inicial e final dessa transformação. Ela não é capaz de relacionar tais estados.
Não opera mentalmente a reversibilidade da transformação, uma vez que não
identifica as conservações das invariantes do processo. Por exemplo, para o
entendimento de uma transformação química a criança deve ter a noção da
conservação da matéria e a noção da conservação das quantidades de matéria
das diferentes espécies.

Sutilmente a história da construção do conhecimento químico, demonstra a


íntima relação entre noção de conservação e transformação. Verifica-se então,
que as noções de conservação, podem, portanto, servir de indícios
psicológicos de remate de uma estrutura operatória condizente com as
concepções das transformações.

Vários tipos de conservação são elaborados durante o período das operações


concretas. Os tipos utilizados para a realização deste trabalho foram:

 conservação de quantidades;

 conservação de peso;

 Conservação de volume.

Operações estas que, segundo Piaget, ocorrem dos 6 aos 12 anos.

Quantificar a qualidade é, sem dúvida, medi-la mais cedo ou mais tarde. Ora,
não se mede senão através de seu peso, de seu volume, de sua densidade (e,
a seguir, de sua massa etc.). Medir um peso (massa) é bem depressa
desconfiar das impressões musculares para não confiar mais que na balança.

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Do mesmo modo que medir o volume é abandonar o simples olhar ou tato para
recorrer a procedimentos indiretos, tais como aquele de que nos servimos (a
medida pelo espaço ocupado quando da imersão em um líquido). Ora, recorrer
a instrumentos de medição ou à medição baseada em relações físicas é
constituir "leis”; portanto não se trata mais de simplesmente raciocinar ou
deduzir, mas sim, de recorrer à experiência e organizar a indução experimental.

OBJETIVO

O presente estudo teve como objetivo principal, iniciar o delineamento do perfil
cognitivo em crianças com a faixa etária de 6 a 12 anos, com relação às
noções de conservação das quantidades físicas. Tal delineamento
proporcionará importantes subsídios para análise e avaliação das
competências e habilidades cognitivas.

METODOLOGIA

A metodologia desta pesquisa se baseou no método clínico-piagetiano, cuja


finalidade foi compreender como a criança pensa, como analisa situações,
como resolve problemas e como responde as contra-sugestões do examinador,
com relação às noções de conservação das quantidades físicas.
Os exames ocorreram através de entrevistas individuais, tendo como base o
seguinte procedimento referencial:

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TESTE DA MASSA DE MODELAR:

1- Entregava-se à criança uma bolinha de massa de modelar e solicitava-se


que essa confeccionasse uma outra bolinha semelhante, "igualmente grande,
igualmente pesada".

2- Uma vez identificado como iguais às duas bolinhas, deformava-se uma


delas, seja alongando-a em forma de salsicha ou quase de filamento, seja
achatando-a como uma bolacha, ou ainda secionando-a em fragmentos
separados. Aí perguntava-se à criança: As duas bolinhas possuem ainda
mesma quantidade de matéria? O mesmo peso? O mesmo volume? Solicitava-
se à criança que justificasse sucessivamente, na medida do possível, cada
uma de suas afirmações.

TESTE DO COPO:

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1 – Enchia-se dois copos, de diferentes formatos, com a mesma quantidade de
água. Perguntava-se a criança se os dois copos possuíam a mesma
quantidade de água, e os questionavam sua resposta.

2 – Depois pegávamos um terceiro, igual a um dos copos que enchemos de


água anteriormente, e despejamos a água que havia no copo diferente neste
terceiro copo. E então, perguntávamos novamente para a criança se os copos
possuíam a mesma quantidade de água ou ano e para que eles justificassem
sua resposta.

TESTE D AS FICHAS:

1 – Foram dispostas dez fichas rosa e dez fichas amarelas enfileiradas


igualmente e questionado a criança se as duas cores possuíam a mesma
quantidade de fichas. Ou qual das cores possuía mais ficha.

2 – Logo após mudávamos a disposição das fichas, colocávamos as duas


fileiras com os extremos afastados e perguntávamos qual cor possuía mais
fichas.

3 – Por ultimo, deixávamos uma das cores em fileira e a outra cor aglomerada
em forma de circulo. E então, questionávamos mais uma vez a criança.

Apesar de se partir de um procedimento referencial, baseado nos testes


tradicionais de Piaget, como descrito acima, as situações não foram totalmente
padronizadas, de forma a buscar a confirmação das inferências do examinador
sobre o raciocínio da criança durante o exame. Também quando necessário,
foram proporcionadas motivações das crianças à reflexão.

Seguindo a classificação de Piaget quanto às noções de conservação das


quantidades físicas, foram analisadas através do procedimento referencial, as
noções de:

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 conservação da substância;

 conservação do peso;

 conservação do volume.

Para cada tipo de conservação considerou-se os seguintes estágios: não


conservação, intermediário e conservação. Entende-se como estágio de não
conservação, aquele em que há ausência de qualquer conservação. Entende-
se como estágio intermediário aquele em que a criança não consegue admitir a
conservação com firmeza em todos os casos e que julga a título de
probabilidade empírica e não de certeza racional. Apesar de algumas vezes
afirmarem a conservação, modificam suas respostas conforme a situação.
Entende-se como estágio de conservação aquele em que a criança admitiu em
qualquer circunstância a conservação.

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RESULTADOS

Tendo em vista estas observações e a complexidade abordada, esta pesquisa


terá sua continuidade, procurando não apenas ampliar o alvo da idade , mas
trabalhar com aqueles resultados tão discrepantes das pesquisas oficiais de
Piaget. Por exemplo, aplicar outros testes abordando a noção das quantidades
contínuas (teste similar ao da bolinha), como também das descontínuas, com
as mesmas crianças e em outras, com faixa etária e semelhante.

Não será muita surpresa a confirmação dos dados observados até então por
esta pesquisa, pois como diz MONTOYA (1996), "na perspectiva da
epistemologia genética e da psicologia genética, o déficit cognitivo configura-se
em função das condições de vida que não permitem o avanço da coordenação
das ações dos indivíduos..." Dessa forma, esta fase do trabalho comprova a
importância do desenvolvimento da pesquisa, uma vez que para uma criança
conceber o fenômeno de uma transformação química enquanto transformação
é fundamentalmente necessário já estar atuando no nível operacional.

(...) somente o fato de existirem níveis pré-operatórios demonstra que antes de


aprender os sistemas de transformações, a criança permanece ligada às
configurações (PIAGET, 1983).

Os sistemas de transformações somente serão assimiláveis após a criança ter


a noção de conservação das quantidades físicas (substância, peso e volume).

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BIBLIOGRAFIA

PIAGET. Experiências básicas para utilização pelo professor

Autor: Iris Barbosa Goulart

Ed: Editora Vozes

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