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As Rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis,

que significa fogo) são um dos três principais tipos de rocha (sendo que as outras são as
rochas sedimentares e as rochas metamórficas). A formação das rochas ígneas vêm do
resultado da consolidação devida ao resfriamento do magma derretido ou parcialmente
derretido. Elas podem ser formadas com ou sem a cristalização, ou abaixo da superfície
como rochas intrusivas (plutônicas) ou próximo à superfície, sendo rochas extrusivas
(vulcânicas). O magma pode ser obtido a partir do derretimento parcial de rochas pré-
existentes no manto ou na crosta terrestre. Normalmente, o derretimento é provocado
por um ou mais dos três processos: o aumento da temperatura, diminuição da pressão ou
uma mudança na composição. Já foram descritos mais de 700 tipos de rochas ígneas,
sendo que a maioria delas é formada em baixo da superfície da crosta da Terra com
diversas propriedades, em função de sua composição e do modo de como foram
formadas.

O processo de solidificação é complexo e nele podem distinguir-se a fase


ortomagmática, a fase pegmatítica-pneumatolítica e a fase hidrotermal. Estas rochas são
compostas de feldspato (59,5%), quartzo (12%), piroxênios e anfibolitos (16,8%), micas
(3,8%) e minerais acessorios (7%). Ocupam cerca de 25% da superfície terrestre e 90%
do volume terrestre, devido ao processo de gênese.

A classificação da maior parte das rochas ígneas é feito com base no diagrama QAPF.

Índice
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 1 Rochas ígneas intrusivas


 2 Rochas ígneas extrusivas
 3 Rochas filonianas ou hipoabissais
 4 Ligações externas

[editar] Rochas ígneas intrusivas


As rochas ígneas intrusivas (conhecidas também como plutônicas ou abissais) são
formadas a partir do resfriamento do magma no interior da crosta, nas partes profundas
da litosfera, sem contato com a superfície. Elas só apareceram à superfície depois de
removido o material sedimentar ou metamórfico que a recobria. Em geral, o
resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais, apresentando
então uma textura holocristalina, ou seja, apresenta grande número de cristais
observáveis à vista desarmada. Normalmente as rochas plutônicas ou intrusivas
apresentam uma estrutura maciça. A sua estrutura mais corrente é granular, isto é, os
minerais apresentam-se equidimensionais ligados entre si. A classificação detalhada das
rochas magmáticas requer um estudo microscópico da mesma e, na maior parte dos
casos, é feita com base no diagrama QAPF. Em linhas gerais, podem considerar-se as
seguintes famílias de rochas magmáticas, entre as quais existe toda uma série de rochas
intermédias:
Granito do Vale Yosemite, Califórnia, Estados Unidos.

 Família do granito: o granito é uma mistura de quartzo, feldspato e micas, além


de outros minerais, que se podem encontrar em menores proporções e que
recebem a denominação de acessórios. Estes podem ser turmalinas, plagioclases,
topázio, e outros mais. O granito é uma rocha ácida e pouco densa que aparece
abundantemente em grandes massas, formando regiões inteiras ou as zonas
centrais de muitos acidentes montanhosos. O equivalente vulcânico do granito é
o riólito;
 Família do sienito: tem como minerais essenciais os feldspatos alcalinos,
especialmente a ortoclase, aos quais se associa a hornblenda, a augite e a biotite.
Não apresentam nem moscovite nem quartzo. São rochas neutras. O equivalente
vulcânico do sienito é o traquito;

Diorito, uma rocha ígnea intrusiva.

 Família do diorito: tem como minerais essenciais os feldspatos calcossódicos


ácidos - oligoclase e andesina. A estes associam-se, em geral, a hornblenda, a
augite e a biotite. O equivalente vulcânico do diorito é o andesito.
 Família do gabro: são rochas escuras, verdes ou negras, bastante densas e sem
quartzo, pelo que são rochas básicas. Os seus minerais essenciais são os
feldspatos básicos - labradorite e anortite -, acompanhados, geralmente, por
diálage, biotite, augite e olivina. O equivalente vulcânico do gabro é o basalto;
 Família do peridotito: são rochas constituídas por anfíbolas e piroxenas e,
sobretudo, por olivina. São rochas ultrabásicas muito densas e escuras. O
magma que as originou formou-se em grande profundidade, muitas vezes na
parte superior do manto. Os peridotitos são rochas muito alteráveis por efeito
dos agentes meteóricos, transformando-se em serpentinitos, que são utilizados
como pedras ornamentais, muito apreciada pela sua cor verde escura.
Basalto, uma rocha ígnea extrusiva.

[editar] Rochas ígneas extrusivas


As rochas ígneas extrusivas (conhecidas também como vulcânicas ou efusivas) são
formadas a partir do resfriamento do material expelido pelas erupções vulcânicas
actuais ou antigas. A consolidação do magma, então, acontece na superfície da crosta ou
próximo a ela. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes,
apresentem material vítreo, logo, possuem uma textura vidrosa (vítrea), ou seja, uma
textura que não apresenta cristais (a olho nu) ou até mesmo uma textura hemicristalina,
isto é, apresenta alguns cristais no seio de uma massa amorfa. Há uma grande
diversidade de rochas vulcânicas que se agrupam em alguns tipos gerais: riólitos,
traquitos, andesitos e basaltos, entre os quais existe uma série de rochas intermediárias,
do mesmo modo que nas rochas plutônicas, e sua classificação, na maior parte dos
casos, também é feita com base no diagrama QAPF;

[editar] Rochas filonianas ou hipoabissais


São as rochas que alguns autores consideram, de certo modo, fazer a transição entre as
rochas vulcânicas e as rochas plutônicas. Sem atingir a superfície, aproximam-se muito
dela e podem preencher as fissuras da crosta terrestre. Umas formam-se por
resfriamento do magma numa fissura, outras formam o recheio das fissuras e fraturas,
devido à presença de soluções hidrotermais (de águas térmicas) que aí precipitam os
minerais. Todas as rochas filonianas se encontram em relação direta com o magma, isto
é, com rochas intrusivas. São exemplo de rochas filonianas os aplitos, os pegmatitos e
os lamprófiros.
Em geologia, chamam-se rochas metamórficas àquelas que são formadas por
transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao
calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.

As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha


levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito
distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se
tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não
apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias
rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com
diferente composição química e/ou física da rocha inicial.

Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a


identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições
físicas em que ocorreu o metamorfismo. O estudo das rochas metamórficas permite a
identificação de grandes eventos geotectónicos ocorridos no passado, fundamentais para
o entendimento da atual configuração dos continentes.

As cadeias de montanhas (ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da


crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e
temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo
formador de rochas metamórficas. O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de
planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de
grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

Índice
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 1 Características do Metamorfismo
o 1.1 Minerais deformados e alinhados
 2 Pressão
 3 Fluidos de circulação
 4 Tempo

[editar] Características do Metamorfismo


[editar] Minerais deformados e alinhados

São exemplos de rochas metamórficas a mármore, gnaisse, quartzo e ardósia. Embora


não nos seja possível assistir à génese de rochas metamórficas, visto ocorrer as grandes
profundidades, conseguimos facilmente através de variados estudos concluir que a
temperatura e a pressão são os principais fatores de metamorfismo. No entanto estes
dois fatores encontram-se intimamente ligados a outras condicionantes como é o caso
dos fluidos de circulação, a intensidade de aquecimento e o tempo durante o qual a
rocha se encontra submetida a esses fatores.
Desta forma ocorre o metamorfismo,as rochas apesar de se manterem no estado sólido
sofrem alterações um pouco profundas que incluem modificações tanto a nível químico
como a nível estrutural. A rocha sofre ainda alterações na textura. Todos estes agentes
actuam em conjunto apesar de existirem diferentes ambientes metamórficos. O
metamorfismo pode ser baixo, médio e de alto grau.

[editar] Pressão
Como o processo designado por metamorfismo que ocorre no interior da terra, as rochas
encontram-se a diferentes profundidades, e, desta forma, sujeitas a pressões variadas. A
maior parte das pressões são devidas ao peso das camadas superiores designando-se por
isso pressões litostáticas. Estas pressões podem-se sentir facilmente a profundidades
relativamente pequenas. Existem ainda outras pressões orientadas que se relacionam
directamente com compressões provenientes dos movimentos laterais das placas
litosféricas. A orientação e deformação de muitos minerais existentes nas rochas
metamórficas evidencia a influência deste tipo de pressão como podemos verificar nas
seguintes figuras (macro e microscópicas respectivamente).

[editar] Fluidos de circulação


Nos intervalos das rochas predominam diversos fluidos quer no estado gasoso quer no
estado líquido importantes e frequentes nas rochas de baixo metamorfismo. A água
influencia ainda o ponto de fusão dos materiais, podendo assim ocorrer fusão a
temperaturas muito mais baixas do que as indispensáveis em ambientes meio secos.

[editar] Tempo
O tempo é um factor muito importante para a formação deste tipo de rochas. Não se
pode dizer exactamente quanto tempo demora uma rocha metamórfica a formar-se para
diversas condições de temperatura e de pressão. Contudo diversas experiências
laboratoriais mostram que a altas pressões e a altas temperaturas, durante um período de
alguns milhares ou mesmo milhões de anos, se produzem cristais de dimensões
elevadas. Há ainda que referir que se pensa que as rochas metamórficas são o produto
de um longo metamorfismo a alta pressão e a alta temperatura quando apresentam um
aspecto granular grosseiro e que as rochas de grão fino serão eventualmente o produto
de baixas temperaturas e pressões.
Rochas sedimentares são compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento,
acumulados em áreas deprimidas. Correspondem a 80% da área dos continentes e é
nelas que foi encontrada a maior parte do material fóssil.

As rochas sedimentares são um dos três principais grupos de rochas (os outros dois são
as rochas ígneas e as metamórficas) e formam-se por três processos principais:

 pela deposição (sedimentação) das partículas originadas pela erosão de outras rochas -
rochas sedimentares clásticas ou detríticas;
 pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares quimiogénicas; e
 pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogénicas.

As rochas sedimentares podem ser:

 Consolidadas - se os detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o caso do


xisto ou das brechas; ou
 Não consolidadas - se os detritos não estão ligados entre si, como no caso das dunas.

Índice
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 1 Formação
 2 Classificação
o 2.1 Rochas Sedimentares Clásticas
o 2.2 Rochas sedimentares biogénicas
o 2.3 Precipitados rochas sedimentares
 3 Outras informações
 4 Ver também
 5 Ligações externas

[editar] Formação
As rochas sedimentares são formadas a partir da pressão exercida sobre as partículas de
sedimentos carregados e depositados pela ação do ar(vento), gelo ou água. Conforme os
sedimentos se acumulam, eles vão sofrendo cada vez mais pressão, se solidificando,
num processo conhecido como litificação (formação rochosa) e os fluidos originais
acabam sendo "expulsos".

Estas rochas podem ser formadas por:

 Minerais herdados - minerais que provêem directamente de rochas pré-existentes;


 Minerais de neoformação - minerais novos formados devido a fenómenos de
transformações químicas ou de precipitações de soluções;
 Partes de seres vivos - Por exemplo: conchas e fragmentos de corais.
Rochas sedimentares contêm informações importantes sobre a história da Terra, como
por exemplo, os fósseis, os restos preservados de antigas plantas e animais. A
composição dos sedimentos nos fornecem pistas sobre a rocha original. As diferenças
entre as sucessivas camadas indicam mudanças de ambiente que ocorreram ao longo do
tempo. Rochas sedimentares podem conter fósseis porque, ao contrário da maioria das
rochas ígneas e metamórficas, elas se formam a temperaturas e pressões que não
destroem os restos fósseis.

As rochas sedimentares cobrem os continentes da crosta terrestre extensivamente, mas a


contribuição total das rochas sedimentares estima-se que seja de apenas cinco por cento
do total. Dessa forma, vemos que as seqüências sedimentares representam apenas uma
fina camada de uma crosta composta essencialmente de rochas ígneas e metamórficas.

[editar] Classificação
[editar] Rochas Sedimentares Clásticas

Rochas sedimentares clásticas são compostas por fragmentos de materiais derivados de


outras rochas. São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com outros minerais
comuns, como feldspato, anfibólios, minerais argilosos e raramente alguns minerais
ígneos mais exóticos.

A classificação das rochas sedimentares clásticas é complexo, porque há muitas


variáveis envolvidas. A granulometria (tanto o tamanho médio, como a gama de
tamanhos de partículas), a composição das partículas, do cimento e da matriz (o nome
dado às pequenas partículas presentes nos espaços entre os grãos maiores) são tomadas
em consideração. Em relação à granulometria, pode dizer-se que, por exemplo, o xisto
pertence ao grupo com partículas mais finas, os arenitos com partículas de tamanho
intermédio, e os conglomerados formados por partículas maiores.

Shales, que consistem em grãos de quartzo e feldspato muito finos, geralmente são mais
classificadas com base na composição e de cama.

Galgo clásticos rochas sedimentares são classificadas de acordo com a sua


granulometria e composição. Orthoquartzite é muito puro quartzo arenito; arkose é um
arenito com abundante quartzo e feldspato; graywacke é um arenito com quartzo, argila,
feldspato, e rochas metamórficas presentes.

Todas as rochas desintegrar lentamente como um resultado da meteorização mecânica e


química intemperismo.

Mecânica intemperismo é a repartição de rocha em partículas sem produzir alterações


na composição química dos minerais na rocha. Gelo é o mais importante agente de
meteorização mecânica. Água percolates em fendas e fissuras na rocha, congela, e se
expande. A força exercida pela expansão é suficiente para ampliar rachaduras e cortar
pedaços de rocha. Aquecimento e resfriamento da rocha, e da consequente expansão e
contração, também auxilia no processo. Mecânica intemperismo contribui ainda mais
para a desagregação da rocha, aumentando a superfície exposta a agentes químicos.
Meteorização química é a desagregação da rocha por reacção química. Neste processo
os minerais no interior da rocha são alterados em partículas que pode ser facilmente
levado. Ar e água estão ambos envolvidos em muitas reações químicas complexas. Os
minerais em rochas ígneas pode ser instável sob condições atmosféricas normais,
aquelas formadas em altas temperaturas a ser atacada mais facilmente do que aqueles
que formaram a temperaturas mais baixas. Rochas ígneas são comumente atacadas por
água, em particular soluções ácidas ou alcalinas, e todas as rochas ígneas comuns
formando minerais (com excepção do quartzo, o que é muito resistente) são alteradas
por esta via em argila e produtos químicos em solução.

Rock partículas sob a forma de argila, silte, areia e cascalho, são transportados pelos
agentes de erosão (geralmente água, e, menos freqüentemente por gelo e vento) para
novas localizações e redeposited em camadas, geralmente em uma menor elevação.

Estes agentes reduzem o tamanho das partículas e, em seguida, depositá-los em novos


locais. Os sedimentos caíram córregos e rios formam aluvial fãs, planícies de
inundação, e deltas, assim como contribuir para os depósitos no fundo dos lagos e do
mar. O vento pode deslocar grandes quantidades de areia e outras partículas menores.
Geleiras transporte e depósito de grandes quantidades de material rochoso.

Estas partículas depositadas eventualmente tornar-se compactado e cimentado juntos,


formando rochas sedimentares clásticos. Essas rochas contêm minerais inertes que são
resistentes à degradação química e mecânica, como quartzo, zircão, rutilo e magnetita.
Quartz é um dos mais resistentes mecanicamente e quimicamente minerais.

[editar] Rochas sedimentares biogénicas

Rochas sedimentares biogénicas são formadas por materiais gerados por organismos
vivos, como corais, moluscos e foraminíferos, que cobrem o fundo do oceano com
camadas de calcita que podem mais tarde formar calcários. Outros exemplos incluem os
estromatólitos, e o sílex encontrado em nódulos em giz (que é em si uma rocha
sedimentar biogênica, uma forma de calcário).

[editar] Precipitados rochas sedimentares

Precipitado rochas sedimentares se formam quando mineral soluções, tais como a água
do mar que se evapora. Exemplos incluem o calcário mineral calcite o evaporite
minerais halito e gesso.

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