Professional Documents
Culture Documents
2007
Auditoria
Cuidamos da sustentabilidade de
Advisory
negócios em mais de 100 países.
Tributos
A realização deste manual contou com a colaboração dos profissionais do International Accounting
Group - IAG da BDO Trevisan, agradecimento especial a Saulo Duarte pela dedicação, profissionalismo
e empenho demonstrados durante todas as etapas da elaboração deste material.
ISBN 978-85-99519-14-1
Bibliografia.
07–5534 CDD–657.30218
Índices para catálogo sistemático:
A Trevisan Editora Universitária agradece o envio de correções e comentários sobre seus livros, inclusive
sobre erros tipográficos, de formatação ou outros. Por gentileza, faça uma cópia da página que contém o erro
e envie fax para 55 11 5182 6755, ou e-mail para editora@trevisan.com.br.
Os livros da Trevisan Editora Universitária estão disponíveis com descontos para quantidades especiais
destinadas a promoções de venda e prêmios ou para uso em programas de treinamento corporativo, além
de outros programas educacionais. Para mais informações, entre em contato conosco.
Apresentação ................................................................................................. 7
Introdução ...................................................................................................... 9
Por que as normas e as práticas contábeis divergem entre os países? . 11
Por que atender aos princípios contábeis aceitos internacionalmente –
US GAAP e IFRS? ........................................................................................... 12
International Financial Reporting Standards, IFRS .................................... 13
Principais pronunciamentos do IASB .......................................................... 16
US GAAP – Generally accepted accounting principles ............................. 18
Principais pronunciamentos do FASB ......................................................... 22
A hierarquia dos GAAP’s (princípios contábeis geralmente aceitos) ...... 33
BR GAAP – Práticas contábeis adotadas no Brasil .................................... 36
Comparação entre os órgãos reguladores brasileiros, americanos e
internacionais ................................................................................................. 38
Aspectos relevantes nos esforços pela harmonização contábil ............... 39
GAAP Convergence 2002 .............................................................................. 42
Processo para preparar demonstrações contábeis em modelos
internacionais ................................................................................................. 45
Principais diferenças nas demonstrações contábeis entre o Brasil
(BR GAAP), os Estados Unidos (US GAAP) e as normas
internacionais (IFRS) ..................................................................................... 51
Referências Bibliográficas ............................................................................. 94
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
6
BDO TREVISAN
APRESENTAÇÃO
Portanto, uma empresa brasileira cujas demonstrações contábeis são elaboradas de acor-
do com as práticas contábeis adotadas no Brasil terá que elaborá-las também conforme o
padrão americano (US GAAP) ou padrão internacional (IFRS).
É cada vez maior o número de companhias multinacionais que têm grande interesse nos
padrões contábeis internacionais. Se a organização tiver escritórios em diversos países, a
necessidade de aplicar as regras contábeis de cada um deles reforça a conveniência de um
sistema comum de agrupamento de contas.
7
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
8
BDO TREVISAN
INTRODUÇÃO
Com base nesse contexto abordaremos a comparação entre os princípios contábeis brasi-
leiros, os internacionais e os norte-americanos, dando ênfase às principais diferenças, cuja
perfeita compreensão possibilitará uma correta interpretação das demonstrações contábeis
pelos modelos americano e internacional.
9
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
10
BDO TREVISAN
Razões Exemplos
Características e necessidades dos usuários Nível de educação e sofisticação
das demonstrações contábeis dos usuários
Tipo de sistema financeiro
Característica das empresas:
tamanho, complexidade etc.
Características dos contadores Sistema de educação profissional
dos contadores
Status, idade e tamanho da
profissão contábil
Modos pelos quais se pode organizar a Sistema político
sociedade sob a qual o modelo contábil Sistema econômico e nível de
se desenvolve desenvolvimento
Sistema jurídico
Sistema fiscal
Aspectos culturais Valores culturais
Religião
Linguagem
Outros fatores Históricos
Geográficos
Laços político-econômicos
(1) (Gernon, H. e Meek, G.).
11
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
12
BDO TREVISAN
INTERNATIONAL FINANCIAL
REPORTING STANDARDS, IFRS
IASC
1 Presidente, 21 “Trustees”
(Curadores),
1 vaga em aberto
IFRIC SAC
(12 Membros de 9 (40 membros de mais
IASB
países, mais 1 Presidente de 26 países,
(12 Membros de 9
sem direito a voto) incluindo Brasil)
países, mais 1
Presidente e 1 Vice-
presidente)
13
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
14
BDO TREVISAN
reporta aconselha
IFRIC IASB SAC
emissão de
IFRS
15
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
PRINCIPAIS
PRONUNCIAMENTOS
DO IASB
16
BDO TREVISAN
17
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
18
BDO TREVISAN
APB
OPINION ASSUNTO
1 Novas orientações e regras sobre depreciação
2 Contabilidade para créditos de investimentos
3 Demonstração de origens e aplicações de recursos
4 Contabilidade para créditos de investimentos – complemento nº 2
5 Relatório sobre arrendamento em demonstrações contábeis de
arrendatários
6 Situação dos boletins de pesquisa contábil
7 Contabilidade para arrendamento em demonstrações contábeis de
arrendadores
8 Contabilidade para custos de planos de pensão
19
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
20
BDO TREVISAN
21
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
PRINCIPAIS
PRONUNCIAMENTOS
DO FASB
A seguir demonstramos os principais pronunciamos emitidos pelo FASB, bem como seus
respectivos status:
22
BDO TREVISAN
23
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
24
BDO TREVISAN
25
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
26
BDO TREVISAN
pelos credores
79 Eliminação de determinadas divulgações para Substituído
combinações de negócios para empresas privadas pelo FAS 141
80 Contabilidade para contratos futuros Substituído
pelo FAS 133
81 Divulgação de planos de saúde pós-aposentadoria e Substituído
benefícios de seguros de vida pelo FAS 106
82 Relatórios financeiros e mudanças de preços - Substituído
eliminação de determinadas divulgações pelo FAS 89
83 Designação das normas do AICPA e SOP para corretores de Substituído
seguros, para planos de benefícios empregados e pelo FAS 111
para bancos como preferidos para propósitos de aplicação
84 Conversões induzidas e débitos conversíveis Em vigor
85 Teste de rendimentos para determinação de quando Substituído
um título conversível é equivalente à ação ordinária pelo FAS 128
86 Contabilização de custo de programas de computação para Em vigor
serem vendidos, arrendados ou comercializados de outra forma
87 Contabilização de planos de pensão para empregados Em vigor
88 Contabilização para liquidação ou redução de planos de Em vigor
benefícios de pensão definidos
89 Relatórios financeiros e mudanças de preços Em vigor
90 Empreendimentos regulamentados - Contabilização para Em vigor
abandono e rejeição de custos de fábricas
91 Contabilização de honorários não reembolsáveis, custos Em vigor
associados com empréstimos originados ou adquiridos e
custos diretos iniciais de arrendamentos
92 Empreendimentos regulamentados - Contabilização para Em vigor
planos de aumentos progressivos
93 Reconhecimento de depreciação por empresas sem fins Em vigor
lucrativos
27
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
28
BDO TREVISAN
29
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
30
BDO TREVISAN
31
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
32
BDO TREVISAN
A determinação de qual princípio contábil nião pública e tenham sido ratificados pela
é aplicável em relação a uma particular gama entidade referida na categoria A.
de condições talvez seja difícil ou até im-
possível sem a determinação de uma hie- C – Pronunciamentos de sociedades,
rarquia dos GAAP’s por uma entidade autori- organizadas pela entidade referida em A e
zada. A hierarquia foi desenvolvida para aju- composta por profissionais contábeis, que
dar o pesquisador a identificar as diferentes deliberam sobre questões contábeis em
fontes dos GAAP’s e prover meios de resol- fóruns públicos com a proposta de interpre-
ver potenciais conflitos entre padrões pro- tar ou estabelecer princípios contábeis, ou
movendo diferentes níveis de autoridade. No descreverem práticas contábeis existentes
pronunciamento voltado para os auditores, que são geralmente aceitas, ou pronuncia-
AU 411 (SAS 69), o Auditing Standards Board, mentos referidos na categoria B que te-
ASB (Comitê de Normas de Auditorias) iden- nham sido ratificados pela entidade referi-
tificou as seguintes fontes de princípios da na categoria A, mas que não tenham sido
contábeis geralmente aceitos: expostos à opinião pública.
33
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
contábeis não contiverem requisitos mate- Financial Accouting Standards Board , FASB,
riais determinados pelos pronunciamentos Statement of Financial Accounting
da categoria A, a menos que, devido a cir- Standards (definida como FAS) e
cunstâncias não comuns, a aderência aos Interpretations (definida como FIN),
pronunciamentos prejudicaria a compreen- Accounting Principles Board , APB. O FASB
são do contexto. A Regra 203 diz que a apli- tem proposto que seu FASB Staff Position,
cação dos princípios contábeis estabeleci- FSP e Derivatives Implementation Group
dos oficialmente quase sempre resulta em Issues, DIG também sejam classificados na
uma apresentação adequada e em confor- categoria A.
midade com os princípios contábeis geral-
mente aceitos. Categoria B compreende o FASB
Technical Bulletins, FTB e, se ratificado pelo
Se um tratamento contábil não está es- FASB, o AICPA Industry Audit and
pecificado por um pronunciamento coberto Accounting Guides e AICPA Statements of
pela regra 203, o contador/auditor deve per- Position, SOP.
correr hierarquicamente as categorias B, C
ou D e usar o tratamento especificado pela Categoria C compreende o AICPA,
fonte da mais alta hierarquia. Se um pro- Accounting Standards Executive
nunciamento contábil na categoria B, C ou Committee, AcSEC Pratice Bulletins, PB
D é relevante para as circunstâncias, o au- que foi ratificado pelo FASB e a opinião de
ditor deve seguir este pronunciamento ou consenso da FASB Emerging Issues Task
se certificar de que um outro tratamento Force, EITF.
contábil é geralmente aceito.
Categoria D inclui as interpretações
Para demonstrações financeiras de ou- contábeis do AICPA (AIN), manuais de
tras entidades com exceção de entidades implementação (Qs e As – perguntas e res-
governamentais: postas) publicados pelos técnicos do FASB,
e práticas que são amplamente reconheci-
Categoria A, que estabelece oficialmen- das e prevalecem de maneira geral ou em
te os princípios contábeis, compreende o uma indústria específica.
34
BDO TREVISAN
35
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
36
BDO TREVISAN
37
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
COMPARAÇÃO ENTRE OS
ÓRGÃOS REGULADORES
BRASILEIROS, AMERICANOS
E INTERNACIONAIS
38
BDO TREVISAN
ASPECTOS RELEVANTES
NOS ESFORÇOS PELA
HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL
Ano Fato
1973 Criação do IASC – intenção de alguns países de buscar um conjunto de
padrões para as normas contábeis.
1975 Entrada em vigor do primeiro pronunciamento do IASC.
1977 Formação da IFAC.
1981 Início das visitas do IASC aos órgãos nacionais responsáveis pela
elaboração dos padrões contábeis.
Compromissos mútuos entre IASC e IFAC, visando à autonomia dos dois
órgãos para a elaboração de normas.
1985 Realização do fórum da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico, OECD, sobre harmonização contábil.
1987 Publicação do primeiro volume do IASC com os IAS.
1995 Acordo entre IASC e Iosco, buscando incentivar a globalização dos mercados
(elaboração do core standards – padrões fundamentais).
2000 Início de uma reestruturação no IASC.
2001 A reestruturação do IASC culminou na criação do IASB.
A Comissão Européia determina o uso dos padrões do IASB para todas as
companhias listadas a partir de 2005.
2002 No Brasil ocorre a primeira tradução oficial para o português dos IAS.
IASB e FASB formalizam o compromisso de convergência entre suas normas contábeis.
2005 No Brasil ocorre a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis visando
emitir Pronunciamentos Técnicos, levando sempre em consideração a conver-
gência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
2006 Discussão entre IASB e FASB para emissão de normas menos complicadas e
mais baseadas em princípios. No Brasil, o BACEN emite o comunicado 14.259
visando convergências das instituições financeiras às normas contábeis inter-
nacionais a partir de 2010.
39
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
40
BDO TREVISAN
vestidor como usuário principal e a subs- panhias que já obtiveram acesso ao merca-
tância econômica sobre a forma jurídica do global de capitais. As exigências sobre
como referência conceitual. Em oposição, as informações devem ser diferentes tendo
nos países com base no Direito Romano, em vista as condições de porte e natureza
em que os usuários principais foram os cre- dessas companhias.
dores e o fisco, a referência principal ba-
seou-se na conformidade à Lei, ou orien- Neste contexto, ressalta-se o comunica-
tação pela norma (rules oriented). Temos, do 14.259 do BACEN, que estabelece proce-
portanto, no ambiente contábil brasileiro dimentos para a convergência das normas de
a mudança feita pela Lei sob a égide do contabilidade e auditoria aplicáveis às insti-
direito romano, o que é de tramitação de- tuições financeiras e às demais instituições
morada e não consegue acompanhar a evo- autorizadas a funcionar pelo Banco Central
lução dos negócios. do Brasil com as normas internacionais pro-
mulgadas pelo International Accounting
A segunda barreira trata das questões Standards Board, IASB, e pela International
econômico-fiscais e da necessidade de se- Federation of Accountants, IFAC. Seu objeti-
paração de fato das escritas para conciliar vo é que as demonstrações contábeis das ins-
os interesses do fisco e da informação pres- tituições financeiras estejam em consonân-
tada aos investidores. cia com as internacionais a partir de 31 de
dezembro de 2010.
A aplicabilidade das normas internacio-
nais no mercado de capitais brasileiro tam- Adicionalmente, é importante destacar a
bém deve ser escalonada, haja vista a exis- reforma da Lei das SA's (Projeto de Lei 3.741),
tência de empresas com acesso somente ao que permitirá o processo de harmonização
mercado de capitais brasileiro e outras com- com as práticas contábeis internacionais.
41
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
GAAP
CONVERGENCE
2002
Dificuldade na tradução
Mais da metade dos países analisados ceito de valor justo, é o principal obstáculo
consideraram em suas respostas que a par- para a convergência. Destaque também
ticularidade de algumas normas internacio- para a influência da legislação fiscal, que
nais, como por exemplo as normas de ins- determina uma contabilidade fortemente
trumentos financeiros e a utilização do con- voltada para o atendimento do fisco.
42
BDO TREVISAN
Apesar das dificuldades na adoção das Desde 2005, os seguintes países estão
IFRS, conforme citado anteriormente, o grá- obrigados a utilizar as IFRS:
fico seguinte demonstra uma tendência
mundial em relação à sua implementação Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha,
ou convergência: Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlan-
5% da, Itália, Luxemburgo, Portugal, Chipre,
3% Eslováquia, Estônia, Eslovênia, Hungria,
Lituânia, Letônia, Malta, Polônia e Repú-
blica Tcheca.
92%
Em todo o mundo, mais de 100 paí-
ses requerem ou permitem o uso de de-
Adotavam as IFRS monstrações contábeis de acordo com as
Planejavam adotar ou convergir com as IFRS. A seguir apresentamos um mapa
IFRS divulgado pela International Accounting
Não tinham a intenção de adotar ou Standards Commitee Fundation, com três
convergir com as IFRS divisões, uma parte com os países que
requerem ou permitem a adoção das
Esse gráfico revela que o IASB é visto como IFRS, outra parte com os países que es-
o principal articulador da harmonização tão buscando a convergência ou a ado-
contábil global. De acordo com os dados apu- ção das IFRS de forma concreta e a ter-
rados, 95% dos 59 países estudados adota- ceira parte, em que os países não estão
ram as IFRS em 2002 ou tinham intenção de marcados, cuja adoção ou convergência
adotar ou convergir com elas. ainda está incipiente:
43
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
Países que estão buscando a convergência ou a adoção das IFRS de forma concreta.
Nos Países que não estão marcados, a como países buscando a convergência, é
adoção ou convergência ainda está nosso entendimento que diversas ações já
incipiente. foram implementadas, sejam por órgãos
reguladores ou entidades de classe com o
Muito embora, Brasil e Argentina não objetivo de harmonizar os padrões contábeis
estejam contemplados no mapa acima com os adotados internacionalmente.
44
BDO TREVISAN
45
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
46
BDO TREVISAN
47
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
48
BDO TREVISAN
Método utilizado quando a moeda fun- Método utilizado quando a moeda local
cional é a moeda local. difere da moeda funcional. Nesta aborda-
gem, é necessário o entendimento dos se-
Os ativos e passivos são convertidos guintes conceitos:
pela taxa de câmbio corrente.
Itens Monetários – itens que estão ex-
As contas da demonstração do resultado postos aos efeitos da inflação, ante a perda
são convertidas pela taxa de câmbio histórica de poder aquisitivo da moeda. Exemplos:
(permite a utilização da taxa média mensal). caixa e bancos, aplicações financeiras, con-
tas a receber, fornecedores, impostos a pa-
O capital social é convertido pela taxa gar e obrigações sociais a pagar.
de câmbio histórica (na data da operação).
Itens Não Monetários – Itens cujas ca-
Os ganhos ou perdas na tradução são racterísticas têm um valor econômico re-
registrados em conta específica do gulado pelo mercado e não perdem, teo-
patrimônio líquido (Cumulative Translation ricamente, substância econômica com a
Adjustment, CTA). inflação. Exemplos: adiantamento a for-
necedores, adiantamento de clientes, ati-
No Brasil (BR GAAP), as diferenças re- vo permanente, ativos intangíveis,
sultantes da tradução são lançadas direta- patrimônio líquido, estoques, despesas
mente no resultado do período. Não há no antecipadas e receitas e despesas relaci-
Brasil a figura de uma reserva no patrimônio onadas com itens não monetários (custo
líquido em que são registrados os ganhos e dos produtos vendidos, depreciação e
perdas na tradução. amortização).
49
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
50
BDO TREVISAN
51
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
52
BDO TREVISAN
53
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
54
BDO TREVISAN
• BR GAAP • IFRS
Padrão determinado pela lei 6.404/76, São obrigatórias para companhias que
com características semelhantes ao possuem ações ou ações potenciais nego-
“Multiple-step” no US GAAP. ciadas no mercado aberto, assim como as
entidades que estão em processo de efetu-
Informações requeridas para as opera- ar oferta pública devem divulgar.
ções em descontinuidade devem ser apre-
sentadas em nota explicativa, sem modifi- São utilizados dois métodos de cálculo:
cação da forma das demonstrações
contábeis atualmente em uso. – Lucro por ação básico - trata-se do
lucro líquido dividido pela média das ações
IFRS: IAS 1 em circulação no período.
US GAAP: Regulation S-X
BR GAAP: Lei 6.404/76 art. 187º, – Lucro por ação diluído – são consi-
Deliberação CVM 488/2005 derados no cálculo títulos que possuem
potencial de conversibilidade em ações
(opções, warrants, entre outros).
55
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
Calculado pela divisão entre o lucro lí- Fornece aos seus usuários a movimen-
quido e a quantidade de ações em circula- tação ocorrida durante o exercício nas di-
ção do capital social na data do balanço. versas contas do Patrimônio Líquido, deven-
do expor a clara indicação do fluxo de uma
Não há a figura do lucro por ação diluído. conta para outra e indicar a origem e o valor
de cada acréscimo ou redução no
IFRS: IAS 33 patrimônio durante o exercício.
US GAAP: FAS 128
BR GAAP: Lei 6.404/76 art. 187º, Deve ser apresentada como demonstra-
Deliberação CVM 488/2005 ção primária.
• US GAAP
Similar às IFRS.
56
BDO TREVISAN
• US GAAP
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA,
DFC Tratamento legal e métodos de apresen-
tação semelhantes às IFRS.
• DEFINIÇÃO
Requer que os juros pagos e os juros e
Demonstração que evidencia a geração dividendos recebidos sejam classificados
ou consumo do caixa em determinado perío- como fluxo de caixa operacional, assim como
do de tempo. os dividendos pagos são classificados como
fluxo de caixa de "financiamentos".
• IFRS
Permite que os juros e dividendos rece-
Trata-se de uma demonstração obrigató- bidos possam ser divulgados em conjunto.
ria, devendo apresentar os seguintes tópicos:
atividades operacionais, de investimento e Os juros e impostos pagos devem ser apre-
de financiamento. A entidade pode usar o sentados no rodapé do demonstrativo. Esta
método direto ou indireto para reportar o flu- evidenciação permite a análise do EBTIDA
xo de caixa, sendo o último o mais utilizado. (resultado antes dos impostos, juros e depre-
Permite uma empresa não financeira ciação) pelo usuário da informação.
57
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
58
BDO TREVISAN
59
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
60
BDO TREVISAN
61
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
62
BDO TREVISAN
63
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
Nas demonstrações contábeis individu- nor. O método “LIFO” ou “UEPS” não é per-
ais da controladora (sem consolidação), os mitido. Reversões de perdas para redução
investimentos em subsidiárias devem ser ao valor recuperável originalmente
classificados pelo método de equivalência registradas são requeridas sempre que hou-
patrimonial. ver mudanças nas circunstâncias que as
determinaram.
Nas demonstrações consolidadas, a
parcela referente à participação minori- • US GAAP
tária dos não-controladores deve ser des-
tacada, não sendo considerada parte do Semelhante às IFRS, porém o método
patrimônio líquido. “LIFO” é permitido.
ESTOQUES • BR GAAP
• IFRS
64
BDO TREVISAN
65
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
66
BDO TREVISAN
67
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
68
BDO TREVISAN
69
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
70
BDO TREVISAN
71
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
72
BDO TREVISAN
73
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
74
BDO TREVISAN
75
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
• BR GAAP • IFRS
76
BDO TREVISAN
77
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
78
BDO TREVISAN
79
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
80
BDO TREVISAN
ou baixa dos ativos intangíveis são registrados dos juros deve ser capitalizado na rubrica
como despesas não operacionais. “Construções em andamento” durante o pe-
ríodo de construção.
IFRS: IAS 38
US GAAP: FAS 142 O montante é limitado à despesa de
BR GAAP: Lei 6.404/76 art. 179 Item V juros efetivamente incorrida pela empre-
sa. É cessada a capitalização e iniciada
CAPITALIZAÇÃO DE CUSTOS FINANCEIROS a depreciação quando o ativo está termi-
nado / completo.
• DEFINIÇÃO
Não é permitida a capitalização de
Trata-se do registro no ativo da enti- variação cambial. Caso a dívida em mo-
dade de juros e outros encargos financei- eda local esteja indexada, então capita-
ros ligados a financiamentos voltados liza-se a despesa de variação monetária
para a elaboração de um determinado ati- como integrante dos juros.
vo com intenção de posterior uso ou ven-
da, sendo este registro realizado no de- Deve ser usada taxa de juros global (que
correr deste processo. não seja de um empréstimo específico).
Taxa de juros de capital de giro e outros
• IFRS empréstimos devem ser considerados.
• US GAAP • BR GAAP
81
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
82
BDO TREVISAN
• US GAAP
• BR GAAP
IFRS: IAS 11
US GAAP: ARB 45
BR GAAP: RIR/99 art. 407º a 409º
83
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
84
BDO TREVISAN
85
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
86
BDO TREVISAN
Os incentivos governamentais não de- incentivos fiscais), com exceção das sub-
vem ser reconhecidos até que haja segu- venções para custeio, que têm o mesmo tra-
rança razoável de que o empreendimento tamento em relação às IFRS.
atenderá às condições do incentivo e que o
mesmo será recebido. IFRS: IAS 20
São reconhecidos ao valor justo como US GAAP: FAS 116
receita diferida e amortizados contra o re- BR GAAP: Lei 6.404/76 art. 182º § 1º e
sultado ao longo da vida útil do ativo, à RIR/99 art. 443º
medida que as condições sejam cumpridas
pela empresa. Doações na forma de ativo ARRENDAMENTO (LEASING)
permanente podem ser compensadas con-
tra o custo do respectivo bem. • DEFINIÇÃO
• BR GAAP • US GAAP
87
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
88
BDO TREVISAN
89
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
90
BDO TREVISAN
91
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
92
BDO TREVISAN
93
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
94
BDO TREVISAN
95
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM MODELOS INTERNACIONAIS – US GAAP E IFRS
A BDO no mundo:
África do Sul Finlândia Nigéria
Alemanha França Noruega
Angola Gibraltar Nova Zelândia
Antilhas Holandesas Grécia Omã
Arábia Saudita Guatemala Panamá
Argentina Guernsey Paquistão
Austrália Holanda Paraguai
Áustria Hong Kong Peru
Bahamas Hungria Portugal
Bahrein Ilha de Man Qatar
Bélgica Ilhas Cayman Reino Unido
Bolívia Ilhas Fiji República Dominicana
Botsuana Ilhas Maurício República Tcheca
Brasil Ilhas Virgens Britânicas Reunion Island
Bulgária Índia Romênia
Cabo Verde Indonésia Rússia
Canadá Irlanda Senegal
Cazaquistão Israel Sérvia
Chile Itália Seychelles
China Jamaica Sri Lanka
Chipre Japão Suécia
Cingapura Jersey Suíça
Colômbia Kuwait Suriname
Comores Letônia Tailândia
Coréia Líbano Taiwan
Dinamarca Liechtenstein Trinidad e Tobago
Egito Lituânia Tunísia
El Salvador Luxemburgo Turcomenistão
Emirados Árabes Unidos Macau (Hong Kong) Turquia
Equador Madagáscar Ucrânia
Eslováquia Malásia Uruguai
Eslovênia Marrocos Vanuatu
Espanha México Venezuela
Estados Unidos da América Moçambique Vietnã
Estônia Namíbia Zâmbia
Filipinas Zimbábue
Escritórios no Brasil:
São Paulo SP Tel. (11) 3138 5314 - Belém PA Tel. (91) 3224 4981 - Belo Horizonte MG Tel. (31) 3262 0595 -
Brasília DF Tels.(61) 3326 7646 e 3327 1949 - Campinas SP Tel. (19) 3239 3000 - Campo Grande MS Tel. (67)
3341 9358 - Curitiba PR Tel. (41) 3223 4727 - Florianópolis SC Tel. (48) 223 3030 - Goiânia GO Tels. (62) 3259
0433 e 3259 8458 - Porto Alegre RS Tel. (51) 3330 0452 - Ribeirão Preto SP Tel. (16) 3632 9300 - Rio de
Janeiro RJ Tel. (21) 2509 9627 - Salvador BA Tel. (71) 3113 1999 - São José dos Campos SP Tel (12) 3949 9300
www.bdotrevisan.com.br
96