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Ficha Técnica

Título: Matemática, Programa da 12ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6294/RLINLD/2010

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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de
se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver,


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a
vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa
economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições
públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação
curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,


apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que
amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra


no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como
objectivos:

Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos aprendizagens


relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante.
Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos como
para o mercado de trabalho e auto emprego.
Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do


mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre
outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de
modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus
próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em
diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação
e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;

Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas
também às tendências de transformação no mercado;

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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas
culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo,
agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da escola transcende os
actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia,
biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender
e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica
e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto
de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também
à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita,
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como
cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar,
nomeadamente:

• Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


• Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem
e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;
• Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
• Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do
país e do mundo;
• Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar
bem com os outros;
• Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
• Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
• Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
• Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
• Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
• Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
• Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.

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Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar
situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a
escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as
regras de comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da
comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27

Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,


solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à
pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo
bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos
da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais
novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na
resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de
modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-
problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e
nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as
atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser,
conviver com os outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de
tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-
curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a
sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os
temas transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar
no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

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1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas


as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante
nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa
situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos
ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no
caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na


família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno
para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham
significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido
se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,


habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de
outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;

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• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa
passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas.
Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de
interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se
fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história
local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção dos
textos;
História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de


análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais
um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação,
reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos


e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor
da heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e


utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse
pela integração social e vocação profissional.

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1. A APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

1.1. Introdução
Os conhecimentos matemáticos, têm sido, historicamente, indispensáveis para o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia. A matemática constitui um instrumento útil que
permite desenvolver capacidades do pensamento e favorece atitudes compatíveis com o
desenvolvimento de qualquer sociedade.

O papel da matemática é reconhecido no desenvolvimento de qualquer país, pelas suas múltiplas


aplicações nos diversos campos (social, económico e cultural) da actividade humana, como por
exemplo, no planeamento da economia, no controle da produção, nas estatísticas relacionadas
com as doenças, natalidade, mortalidade, migrações, etc. Além disso, a matemática tem muita
utilidade prática na vida quotidiana de qualquer pessoa. Pode-se dizer, com segurança que, o
mundo não pode viver sem matemática.

A Matemática está presente em diversos campos de actividade humana, pelo que o seu ensino
deve estar inscrito numa política de modernização económica, social e cultural no país.

Estas e outras razões fazem da matemática uma disciplina essencial na formação dos cidadãos de
qualquer país.

Deste modo, a Matemática tem um papel essencial no desenvolvimento de processos de


pensamento, sendo a base prioritária para a formação da personalidade dos alunos. Por isso,
ensino da Matemática deverá participar, pelos princípios e métodos de trabalho praticados, na
educação do jovem para a autonomia e solidariedade, independência empreendedora,
responsável e consciente das relações em que está envolvido e do ambiente em que vive.

O mundo moderno aponta para a necessidade de adequar a Matemática a uma nova realidade.
Por esta razão, o ensino desta disciplina deve dotar, o aluno de conhecimentos básicos
necessários para a resolução de problemas, através de exploração de situações vividas no
quotidiano.

Assim, a resolução de problemas é um processo de aplicação de conhecimentos previamente


adquiridos à situações novas e não familiares. Resolver problemas escritos é uma forma de
resolução de problemas, porém, é importante que os alunos se defrontem com problemas que
não sejam teatralizados. Eles devem saber comunicar-se matematicamente, sendo capazes de
compreender as ideias matemáticas que são transmitidas verbalmente, por escrito ou através de
imagens; exprimir ideias matemáticas através da fala, ou da escrita, ou com a ajuda de
desenhos, gráficos, diagramas, ou materiais concretos. Durante as aulas, os alunos devem ser
constantemente estimulados a debater (aspecto dialogo) com os colegas ou com o professor,
argumentar e contra-argumentar através da escrita ou da fala, ajudando-os a desenvolver sua
capacidade de expressão matemática.
Um dos grandes obstáculos da aprendizagem da Matemática é a hierarquização dos conteúdos,
bem como a sua abordagem de forma linear e rígida sem, contudo, os alunos terem a
oportunidade de explorá-los na sua vida quotidiana.
A transformação do programa do ensino da Matemática tem como perspectiva metodológica:
A incorporação de competências Matemáticas centradas no desenvolvimento do raciocínio dos
alunos;
O destaque para a resolução de problemas, explorando situações vividas no dia-a-dia, mostrando
a necessidade da aprendizagem da Matemática na solução dos problemas da vida;
A apresentação dos conteúdos de Matemática garantindo a interdisciplinaridade e a
transversalidade, isto é, a inter-relação da Matemática com diferentes disciplinas;
A utilização de métodos e procedimentos heurísticos para que o aluno realize a construção do seu
próprio conhecimento, assegurando a compreensão do significado dos conteúdos;

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A garantia da sistematização de conhecimentos através da exercitação; quer dizer que, dentro de
cada unidade e ao longo da classe e do ciclo, deve conseguir-se a integração das diferentes áreas
da Matemática como a álgebra, a aritmética e a geometria.

Pretende-se que, com o novo programa de Matemática do 2º Ciclo, o aluno se dê grande


destaque não só à resolução de problemas, mas também à consideração, compreensão e
importância da Matemática no tratamento de aspectos transversais como a ética, sociais,
culturais, económicos, antropológicos, meio ambiente, e cognitivos.

A Matemática deverá estimular o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o


desenvolvimento da capacidade para resolver problemas. Pela matemática se pode destacar a
importância de o aluno desenvolver a capacidade de construir os seus próprios conhecimentos
matemáticos, cultivar a auto-erstima a presevença na busca de solições.

Assim, o aluno deve desenvolver competências sobre:


• O pensamento algébrico por meio de representações algébricas que permitem fazer
generalizações sobre propriedades das operações aritméticas, traduzir situações
problemáticas e informações contidas em tabelas e gráficos e encontrar possíveis
soluções;
• O pensamento geométrico através do reconhecimento e utilização de ideias geométricas
em diversas situações da vida e na comunicação;
• A resolução de problemas que exijam equações trigonométricas, a compreensão das
características das funções circulates (simetria, paridade e periodicidade) assim como o
comportamento das funções trigonométricas como funções reais de variável real
(monotonos, extremos, concavidade e assimptotas)
• O raciocínio combinatório, estatístico e probabilístico por meio da compreensão dos
fenómenos determinísticos e fenómenos aleatórios e construção de modelos de
probabilidade para situações simples;
• Como operar com conceitos e procedimentos, através de métodos apropriados para o
desenvolvimento do pensamento lógico;
• Resolução de problemas explorando a Matemática através de situações vividas no
quotidiano e nas várias disciplinas;
• Este programa constitui um documento orientador para o trabalho do professor, e um
material de apoio para a sua preparação na realização do seu trabalho com maior
segurança e objectividade.

4. OBJECTIVOS GERAIS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO 2º CICLO


O aluno deve ser capaz de:
• Interpretar diferentes escritas algébricas (expressões, igualdades e desigualdades;
• Operar com expressões racionais, irracionais exponenciais, logaritmicas e trigonométricas;
• Resolver equações, inequações e sistemas de equações,
• Usar as noções de lógica na clarificação de conceitos;
• Observar regularidades e estabelcer leis matemáticas que expressem a relação de
dependência entre variáveis;
• Interpretar fenómenos e resolver problemas recorrendo a funções e seus gráficos,
• Estudar sucessões definidas de diferentes formas;
• Aplicar conhecimentos de análise infenitesimal no estudo da função real de variável real;
• Resolver problemas de incidência, paralelismo e perpendicularidade no plano por via
intuitiva e analítica;
• Utilizar vectores no estudo do plano e espaço em referencial ortonormado;
• Interpretar e comparar distribuições estatísticas;
• Resolver problemas de contagem;
• Resolver problemas envolvendo o cálculo probabilístico;
• Desenvolver o pensamento lógico ao operar com conceitos e procedimentos com métodos
apropriados;
• Enunciar propriedades e dar definições com as suas próprias palavras;
• Reconhecer os conhecimentos matemáticos como meio para compreensão do mundo que
nos rodeia através da investigação e desenvolvimento de acções que estimulem o
interesse, a curiosidade, a resolução de problemas;
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• Reconhecer que a Matemática é um instrumento útil para a vida e é parte integrante das
nossas raízes culturais, porque ajuda a pensar e a raciocinar correctamente.
Analisar situações da vida real identificando modelos matemáticos que permitam a sua
interpretação e resolução;
Seleccionar estratégias adequadas na resolução de problemas;
Resolver problemas nos domínios da Matemática, da Física, da Química, Economia, Ciências
Sociais e humanas, etc.
Desenvolver a capacidade de comunicar conceitos, raciocínios e ideias com clareza, rigor e lógica,
Interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões e símbolos);
Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a linguagem simbólica
(fórmulas, símbolos, tabelas, diagramas, gráficos, etc.) e vice-versa;
Aplicar propriedades na resolução de exercícios e problemas matemáticos;
Desenvolver capacidades para a busca de informação em diferentes meios, e uso de tecnologia,
mostrando curiosidade e disposição para a busca de novos conhecimentos;
Resolver problemas matemáticos que reflectem situações quotidianas da vida económica e social
do país e do mundo, sabendo validar estratégias e resultados desenvolvendo formas de racicíonio
e processos, como intuição, indução e dedução, analogias, estimativas utilizando conceitos e
procedimentos matemáticos assim como instrumentos tecnológicos disponíveis.
Resolver problemas matemáticos que reflectem situações quotidianas da vida económica e social
do país e do mundo apresentando resultados com precisão e clareza nos domínios numéricos
estudados em que estejam envolvidos conhecimentos sobre:
• Cálculo algébrico;
• Equações e inequações;
• Sistema de equações;
• Funções,
• Probalilidade e Estatística;
• Cálculo combinatório
• Geometria no plano;
• A recolha e organização de dados assim como representá-los em tabelas e gráficos;
• A interpretação de fenómenos sociais, económicos, naturais, a partir de tabelas e gráficos;
• Desenvolver a confiança em si próprio: exprimir e argumentar as suas opiniões; formular
juízos elementares sobre situações concretas; enfrentar com confiança situações novas e
mostrar flexibilidade e criatividade.
• Desenvolver hábitos de trabalho, persistência e rigor: manifestar responsabilidade,
disponibilidade, autonomia e interesse para planificar, organizar e realizar os trabalhos de
matemática de forma organizada e revelar preocupação de qualidade na apresentação dos
trabalhos.
• Desenvolver o espírito de tolerância e cooperação: Colaborar nos trabalhos em grupo,
partilhando saberes e responsabilidades de maneira solidária e sociável, ouvindo e
respeitando as opiniões dos outros, mostrando espírito crítico e autocrítica e participando
na realização de actividades e na resolução de problemas.
• Interagir de forma cooperativa, trabalhando colectivamente na busca de soluções de
problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não e respeitando o modo de
pensar dos outros.
• Contribuir para uma atitude positiva face às Ciências.
• Criar capacidade de intervenção social pelo estudo e compreensão de problemas e
situações da sociedade actual e bem assim pela discussão de sistemas e instâncias de
decisão que influenciam a vida dos cidadãos, participando desse modo na formação para
uma cidadania activa, participativa e responsável.

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5. Visão geral dos conteúdos

Unidades temáticas por classe


Trimestre
11ª 12ª
Introdução à lógica Matemática. Módulos.
1º Álgebra Cálculo combinatório e
Probabilidades
Equações e inequações exponenciais. Funções reais de variável real.
Equações e inequações logarítmicas IV. Funções reais de variável
2º natural.
V. Limites e continuidade de
funções.
Geometria analítica no plano. Cálculo diferencial.
Funções, inequações e equações Primitiva de uma função

trigonométricas Números complexos

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6. Objectivos gerais do Ensino da Matemática na 12ª classe

Ao terminar a 11ª classe, o aluno deve possuir conhecimentos sobre:


- Módulo de uma função;
- Cálculo combinatório e probabilidades;
- Funções reais de variável real;
- Funções reais de variável natural;
- Limites e continuidade de funções;
- Cálculo diferencial;
- Primitiva de uma função
- Conjunto de números complexos

• Desenvolver a capacidade de:


• Construir e Interpretar o gráfico de uma função módulo;
• Resolver equações modulares simples;
• Descrever as propriedades das funções;
• Representar graficamente as funções;
• Interpretar e comparar distribuições estatísticas;
• Resolver problemas de contagem;
• Identificar acontecimentos em espaços finitos;
• Construir modelos de probabilidades em situações simples;
• Calcular probabilidade de alguns acontecimentos;
• Resolver problemas envolvendo cálculo de probabilidade;
• Dar exemplos de situações em que os modelos de progressões aritmética ou geométricas
sejam adequados;
• Distinguir progressões aritméticas das progressões geométricas;
• Investigar as propriedades de progressões aritméticas e de progressões geométricas;
• Resolver problemas simples usando progressões aritméticas e de progressões
geométricas;
• Determinar limites de uma função: infinitamente grande; infinitésimo e limites notáveis;
• Verificar a continuidade de uma função num ponto e no seu domínio;
• Definir derivada de uma função num ponto interpretando-a geometricamente;
• Determinar derivadas laterais de uma função num ponto;
• Relacionar a existência de derivada com a continuidade num ponto;
• Aplicar as regras de derivação ao cálculo de derivadas de funções reais de variável real;
• Determinar extremos de uma função usando derivadas;
• Definir primitiva de uma função;
• Estabelecer as propriedades da primitiva da soma e do produto por constante;
• Calcular e identificar primitivas imediatas;
• Operar com números complexos na forma algébrica e na forma trigonométrica.
• Interpretar geometricamente as operações com números complexos.

Desenvolver a capacidade de comunicar:


• Conceitos, raciocínios e ideias com clareza e rigor lógico;
• Interpretar textos Matemáticos;
• Transcrever mensagens matemáticas de diferentes formas ou linguagens (diagramas,
gráficos, expressões e símbolos);
• Traduzir representações descritas por tabelas ou gráficos.

Desenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e intervenção real através


de:
• Análise de situações da vida real identificando modelos matemáticos que permitam a sua
interpretação e resolução;
• Selecção de estratégias de resolução de problemas;
• Análise crítica dos resultados no contexto do problema;
• Resolução de problemas nos vários domínios do saber (Matemática, Física, Química,
Biologia, Economia, Ciências Sociais, etc).

• Desenvolver o raciocínio e o pensamento científico através de:


• Descoberta de relações entre conceitos matemáticos;
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• Formulação de generalizações a partir de experiências concretas;
• Validação de conjecturas.

• Desenvolver o hábito de trabalho e persistência na procura de soluções para uma situação


nova.

• Desenvolver o espírito de colaboração em trabalhos de grupo, partilhando saberes e


responsabilidades, respeitando a opinião dos outros e aceitando as diferenças.

• Valorizar o uso de recursos tecnológicos como instrumentos que podem auxiliar na


realização de trabalhos.
• Apreciar o contributo da Matemática na compreensão e resolução de problemas da
Humanidade.

• Reconhecer aspectos da História da Matemática e relacioná-los com momentos históricos


de relevância social e cultural.

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Trimestre VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS DA 12ª CLASSE Nº de Nº de
aulas semanas
Módulos 16
1º Cálculo combinatória e Probabilidades 24 10

Funções reais de variável real 16


2º Funções reais de variável natural 20 12
Limites e continuidade de funções 12
Cálculo diferencial 20
Primitiva de uma função 16
3º Conjunto dos números Complexos 88 13
Revisões
10

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6. PLANO TEMÁTICO DETALHADO

Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
aplicar as propriedades de Definição de módulo de um número real
desenvolve a capacidade de utilizar a
função modular na resolução 2. Propriedades
Matemática na interpretação e intervenção no
de problemas práticos da 3. Interpretação geométrica de módulo
real seleccionando estratégias de resolução
vida real; da diferença de dois números
de problemas envolvendo o uso de valor
identificar funções 4. Função módulo do tipo: y = │f(x)│;
absoluto ou módulos e, interpretando e
modulares; y = f│(x)│
criticando resultados no contexto do
determinar domínio, Domínio, contradomínio, zeros da
problema.
I contradomínio, zeros da função, monotonia e variação do sinal
função, monotonia e da função módulo; desenvolve o raciocínio e o pensamento 16
Módulo
variação do sinal da função Equações e inequações modulares do científico, formulando generalizações a partir
módulo; tipo: de experiências.
construir gráficos da função │f(x)│= a; │f(x)│> a; e │f(x)│< a
desenvolve a capacidade de se comunicar,
módulo;
oralmente e por escrito, com clareza e
resolver analítica e
progressivo rigor lógico e usa correctamente
graficamente, equações e
o vocabulário específico da Matemática.
inequações modulares.

Sugestões metodológicas - Unidade Temática I

Função, gráfico (gráfico cartesiano de uma função em referencial ortogonal) e representação gráfica.

No tratamento desta unidade temática, o professor deverá orientar os seus alunos, na aprendizagem da definição do módulo de um número, que
geralmente não tem apresentado dificuldades, o problema, aparece na aplicação desta definição a expressões algébricas. Por exemplo: |x+1|=?
Para dar resposta a esta questão podem aparecer muitos erros, pelo facto de que os alunos tentam responder com base numa expressão
memorizada e não compreendida através da definição de |x| dada na aula. É importante que a definição de |x| seja explicada por extenso usando
frases da linguagem corrente e não seja dada simplesmente através de expressões matemáticas, cujo sentido nem sempre está claro.

O aluno deve compreender porque é que o conceito de módulo de um número real está associado à ideia de distância de um ponto da recta à
origem. Como existe uma correspondência biunívoca entre os pontos da recta e os números reais, pensar na distância de um ponto à origem ou
pensar no módulo de um número é exactamente a mesma coisa.

15
Para todos os tipos de funções devem ser dados exemplos a partir de questões concretas (tanto de outras disciplinas que os estudantes
frequentem, como de situações reais — por exemplo de recortes de jornais). Particular importância deverá ser dada a situações problemáticas,
situações de modelação matemática e a exemplos de Geometria, devendo retomar-se alguns exemplos estudados no tema anterior. Deve se
tomar em atenção o estudo intuitivo de propriedades das funções elementares e seus gráficos, tanto a partir de um gráfico particular como
usando calculadora gráfica (caso haja possibilidade).

As propriedades sugeridas são: domínio, contradomínio, pontos notáveis (intersecção com os eixos coordenados), monotonia, continuidade,
extremos (relativos e absolutos), simetrias em relação ao eixo dos YY e `a origem, limites nos ramos infinitos. Os estudantes devem determinar
pontos notáveis e extremos tanto de forma exacta como de forma aproximada (com uma aproximação definida a priori) a partir do gráfico
traçado na calculadora gráfica ou computador. e recorrendo a:
análise dos efeitos das mudanças de parâmetros nos gráficos das famílias de funções dessas classes (considerando apenas a variação de um
parâmetro de cada vez);

transformações simples de funções: dada a Função, esboçar o gráfico das funções definidas por y = f(x) + a, y = f(x + a), y = af(x), y = f(ax), y
= |f(x)|, com a positivo ou negativo, descrevendo o resultado com recurso à linguagem das transformações geométricas. No estudo das famílias
de funções os estudantes podem realizar pequenas investigações.

O estudo das transformações simples de funções deve ser feito tanto usando papel e lápis como calculadora gráfica ou computador; a função f
tanto pode ser dada a partir de um gráfico como a partir de uma expressão analítica.

Resolução de problemas envolvendo funções polinomiais (com particular incidência nos graus 2, 3 e 4).

Decomposição de um polinómio em factores em casos simples, por divisão dos polinómios e recorrendo à regra de Ruffini e justificação desta
regra.

Na resolução de problemas deve ser dada ênfase especial `a Modelação Matemática (por exemplo, usando dados concretos recolhidos por
calculadoras gráficas ou computadores acoplados a sensores adequados).

Deve ser dada ênfase especial à resolução de problemas usando métodos numéricos e gráficos, nomeadamente quando forem usadas inequações.
A resolução numérica ou gráfica deve ser sempre confrontada com conhecimentos teóricos.

Deve ser usada a resolução analítica sempre que a natureza do problema o aconselhar, por exemplo quando for conveniente decompor um
polinómio em factores. O estudo analítico dos polinómios deve ser suscitado pela resolução de problemas e aí integrado. A resolução analítica de
problemas deve ser sempre acompanhada da verificação numérica ou gráfica.

16
Indicadores de desempenho

Resolve problemas reais da vida aplicando a função modular;


Determina domínio, contradomínio, zeros da função, monotonia e variação do sinal da função módulo;
constrói gráficos da função módulo;
interpreta gráficos da função módulo;

resolve equações e inequações modulares.

17
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga horária
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno:
aplicar fórmulas de factorial, 4. Calculo combinatório e probabilidades
arranjos, combinações e 4.1.Factorial aplica combinações
permutações de um número calculo com factorial para resolver
para resolver problemas reais 4.2. Arranjo sem repetição, equações e problemas
da vida; p
definição, fórmula de arranjos An concretos.
distinguir arranjos, resolve problemas
aplicações
permutações, combinações; envolvendo cálculo de
4.3.Permutação
aplica a fórmula de Newton probabilidade.
para efectuar definição, fórmula de permutações Pm interpreta e compara
desenvolvimento de (x + y)n aplicações distribuições.
sendo n natural; 4.4. Combinações sem repetição estuda casos de
reconhecer regularidades em p
definição, fórmula de arranjos C n , propriedade incerteza e interpreta
fenómenos aleatórios; previsões baseadas na
aplicar probabilidades para C np = C nn − p incerteza
resolução de problemas aplicações interpreta de forma
práticos da vida; Triangulo de Pascal e aplicações crítica, toda a
II
calcular frequências absolutas Binómio de Newton e aplicações comunicação que
Cálculo
e relativas de um Resolução de problemas utiliza a linguagem 24
combinatório e
acontecimento, Introdução ao cálculo de probabilidade das probabilidades.
probabilidades
aplicar as propriedades de Fenómenos aleatórios
frequência relativa para o Operação com acontecimentos (união, intersecção)
calculo de probabilidades; Acontecimento certo, impossível
calcular probabilidades de Acontecimento contrário e incompatível (disjuntos)
acontecimentos incompatíveis Frequência absoluta e relativa de um
e equiprováveis acontecimento
resolver problemas de Propriedades das frequências relativas
determinação da probabilidade Noção de probabilidade obtida a partir da noção de
de um acontecimento em frequência relativa
casos simples. Axiomatização do conceito de probabilidade num
espaço finito.
Determinação da probabilidade de um
acontecimento quando os acontecimentos
elementares são equiprováveis e não
equiprováveis.
Resolução de problemas.

18
SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática II

O cálculo combinatório deve dar a possibilidade de o aluno resolver equações e problemas concretos e preparar condições para realizar o cálculo
de probabilidades com sucesso.

Todo o trabalho deve iniciar-se pela realização de experiências aleatórias (frequências relativas e probabilidades). Os alunos devem ser levados a
elaborar formas de registo "legíveis" para os resultados das suas experiências que podem ser partilhadas em grupo. As experiências e o estudo de
situações (em particular dos jogos) devem ser aproveitadas para dinamizar discussões de tipo científico, bem como o trabalho cooperativo.

A axiomática das Probabilidades pode ser obtida pela intuição a partir das conclusões que se forem tirando das experiências e de outros exemplos
apresentados. A axiomática, por ser curta , permite alguns exercícios de verificação simples capazes de motivar a apropriação da utilidade deste
tipo de abordagem matemática.

No caso das contagens que sejam facilitados por raciocínios combinatórios, os alunos devem começar por contar os elementos um a um,
utilizando exemplos (desde os mais simples até aos complicados), até que reconheçam a utilidade dos diagramas e depois das organizações
simplificadoras. Os exemplos de conjuntos para a contagem devem surgir de situações problemáticas que lhes forem sendo propostas. Mesmo o
triângulo de Pascal deve ser introduzido a partir de problemas. Muitos problemas postos podem e devem resultar da análise de jogos conhecidos.

As propriedades devem ser acedidas por meio de raciocínios combinatórios, mas não deve ser desprezada a ideia de, caso seja possível,
introduzir conexões matemáticas - com métodos recursivos e fazendo alguma demonstração por indução matemática.

Pascal, Tartaglia e Laplace são exemplos "interessantes" para realizar incursões na história dos conceitos matemáticos, na vida dos matemáticos,
nas ligações da Matemática com outros ramos de saber e actividade. Deve ser referido que muitos resultados de contagens já eram conhecidos
anteriormente noutras civilizações (o triângulo de Pascal era conhecido na China vários séculos antes de Pascal)

Pretende-se que o aluno trate agora com rigor os conceitos anteriormente estudados de forma primordialmente intuitiva.

Experiências que permitam tirar partido de materiais lúdicos e de simulações com a calculadora contribuirão para esclarecer conceitos através da
experimentação e para dinamizar discussões de tipo científico, bem como para incentivar o trabalho cooperativo. A simulação e o jogo ajudam a
construir adequadamente o espaço dos resultados e a encontrar valores experimentais para a probabilidade de acontecimentos que estão a ser
estudados. É importante incentivar o estudante, sempre que possível, a resolver os problemas por vários processos, discutindo cada um deles
com o professor e com os restantes colegas de modo a poder apreciar cada uma das formas de abordar o problema. O professor deve solicitar,
frequentemente, que descrevam com pormenor, oralmente e por escrito, os raciocínios efectuados. É aconselhável elaborar boas formas de
registo para os resultados das suas experiências de modo a poderem ser partilhadas em grupo. A axiomática das Probabilidades, por ser curta,
permite alguns exercícios de verificação simples, capazes de motivar a apropriação da utilidade deste tipo de abordagem matemática. O facto de
tanto as definições frequência e clássica de probabilidade como a probabilidade condicionada satisfazerem a axiomática das Probabilidades
permite compreender melhor o papel de uma axiomática em Matemática.
19
Os alunos já sabem como descrever os acontecimentos associados a uma experiência aleatória usando o espaço ou conjunto de resultados e
sabem, ainda, como determinar a probabilidade de acontecimentos. Ora, é muitas vezes necessário associar a uma experiência aleatória
(associada a um modelo de probabilidade) valores numéricos pelo que é importante introduzir o conceito de variável aleatória bem como o de
função massa de probablidade. Os estudantes poderão utilizar simulações para construir distribuições empíricas de probabilidades. É importante
que compreendam a relação entre as estatísticas e os parâmetros populacionais. Não é objectivo do programa entrar no estudo das variáveis
contínuas mas o estudante poderá investigar se não haverá nenhuma representação que seja para a população o equivalente ao histograma na
amostra. Das distribuições contínuas a mais conhecida foi obtida pelo matemático Gauss e tem hoje um papel importante já que muitos processos
de inferência estatística a têm por base.

Indicadores de desempenho

aplica fórmulas de factorial, arranjos, combinações e permutações de um número para resolver equações e problemas reais da vida;
descreve acontecimentos associados a uma experiência aleatória;
determina a probabilidade de acontecimentos;
resolve problemas de determinação da probabilidade de um acontecimento em casos simples.
aplica probabilidades para resolução de problemas práticos da vida;
resolve problemas de contagem.

20
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
definir função; 42.Funções reais de variável real
Revisão da noção de função e gráfico
analisar fórmulas da geometria e de de uma função Identifica uma função de uma
outras disciplinas para identificar Domínio e contradomínio. variável como um modelo
funções de uma variável; Revisão das funções linear, matemático para resolver
quadrática, exponencial, logarítmica, problemas do dia-a-dia.
-representar uma função numa trigonométrica. Analisa gráficos de funções
tabela e num gráfico; Função homógrafa: gráfico e elementares reconhecendo e
propriedades atribuindo significado a: domínio,
Operações com funções. contradomínio, estudo da variação
identificar, através da representação
Classificação das funções.(injectiva, de sinal, intervalos de monotonia,
gráfica de uma função, domínio,
III sobrejectiva e bijectiva) continuidade, simetrias, paridade e
contradomínio, zeros, sinal,
Funções reais Função inversa: propriedades e pontos notáveis: zero(s),
monotonia;
de variável determinação da expressão analítica. intersecção com o eixo dos YY, 16
real Função monótona extremos(relativos e absolutos),
identificar o domínio de uma função Paridade de funções (Interpretação etc.
através da sua expressão algébrica; gráfica e geométrica). Comunica-se sob diversas formas,
Composição de funções. e fundamenta os seus raciocínios.
construir uma tabela de variação de Desenvolve atitudes de apreço
uma função pelo papel cultural da Matemática
e de auto-confiança perante
averiguar se uma função é injectiva; situações novas.

resolver problemas práticos da vida


aplicando funções.
determinar o domínio e imagem de
uma função real de variável real

21
SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática III: Funções reais de variável real

A interpretação de gráficos e tabelas que relacionam grandezas facilmente reconhecidas pelos alunos, começará pela identificação, de forma
intuitiva, de variáveis, domínio, contradomínio, objectos, imagens, zeros, sinal, monotonias e extremos. Permite-se assim uma primeira
abordagem dos conceitos básicos desta unidade. Também se vai proporcionar a construção de um gráfico através de um problema.

O gráfico surge como uma forma de representar uma função (além da tabela e da expressão analítica). A linguagem e simbologia utilizadas
devem ser interiorizadas progressivamente a partir de exemplos do quotidiano ou das ciências. O domínio e o contradomínio são subconjuntos de
IR .

Associadas ao gráfico de uma função, faz uma revisão ao conceito de função. Os alunos devem encontrar a definição formal de função.

As tabelas de variação são uma forma simples de dar a ideia da monotonia. Também se apresenta uma tabela do sinal de f que servirá
posteriormente para reforçar a utilização de tabelas na resolução de inequações.

Partindo de um exemplo concreto, surge a função quadrática. A partir de x2 são obtidas as outras à custa de translações. Este estudo permite
tirar reforçar os conhecimentos de transformações de funções.

Estuda-se a monotonia, concavidade, vértice, zeros e sinal nos diferentes casos. Resolve-se inequações do 2º grau algébrica e geometricamente.

Em todas as circunstâncias, o professor incentiva o aluno a fazer um desenho ou esboço do problema que está abordando, não deixando que se
limite à resolução exclusiva de equações e à utilização de fórmulas. O aluno deve justificar com algum detalhe o processo utilizado, justificando
adequadamente.

Indicadores de desempenho
identifica uma função através da sua representação gráfica;
identifica uma função através da sua expressão analítica;
classifica funções
representa uma função através da tabela e do gráfico.

22
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
Determinar qualquer termo geral de Sucessões numéricas Distingue função real de
uma sucessão; 2.1. Noção de sucessão. sucessão e respectivas
Verificar se um dado número é ou 2.2. Termo geral de uma sucessão. representações gráficas
não termo de uma dada sucessão; 2.3. limite de uma sucessão. Cálculo de Reconhece e dá exemplos de
Verificar se uma sucessão é ou não limites e operações com limites. situações em que os modelos de
limitada; 2.4. indeterminações sucessões sejam adequados;
Verificar se uma sucessão é uma 2.5. limites notáveis Tem noção do significado de
progressão aritmética ou é 2.6. sucessão infinitamente grande e limite
progressão geométrica; infinitamente pequena. Identifica uma função de uma
Resolver problemas que incidam 2.7. Progressão aritmética e progressão variável como um modelo
sobre a soma de n termos de geométrica: fórmula do termo geral e matemático.
consecutivos de uma progressão; soma de n termos de uma progressão. Analisa gráficos de sucessões e
resolver problemas práticos da vida 2.8. Progressão infinita funções reconhecendo e
conducentes a progressão 2.9. aplicações. atribuindo significado a: domínio,
aritmética e geométrica; contradomínio, estudo da
III
aplicar o termo geral de uma Limites de sucessões – definição e cálculo variação de sinal, intervalos de
Funções reais
sucessão na resolução de monotonia, continuidade,
de variável
problemas práticos da vida e 2.1 Limites e continuidade de funções simetrias, paridade e pontos 24
natural
matemáticos; 2.1.2. Limites de uma função notáveis: zero(s), intersecção
(sucessões)
determinar o domínio e imagem de Definição de limite de uma função num com o eixo dos YY,
uma função real de variável real ponto extremos(relativos e absolutos),
aplicar as propriedades dos limites Função infinitamente pequena e etc.
de funções para o cálculo de infinitamente grande. Desenvolve o espírito crítico,
limites; Propriedades dos limites de funções. nomeadamente no referente à
Calcular limites de uma função, de Operações com limites. utilização de instrumentos
casos notáveis e de limites laterais; Limites notáveis. tecnológicos.
estudar a continuidade de funções. Calculo de limites. Indeterminações Resolve problemas da vida real ,
2.1.3. Continuidade de funções nomeadamente de modelação,
Definição envolvendo sucessões e funções.
Funções contínuas. Sabe comunicar, sob diversas
Limites laterais. formas, e fundamentar os
Propriedades e operações sobre funções raciocínios efectuados.
contínuas. .
Limites infinitos.

23
SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática IV: Funções reais de variável natural (Sucessões)

Sucessões - Definição e diferentes formas de representação. Estudo de propriedades: - monotonia e limitação. Progressões aritméticas e
1
geométricas - termo geral e soma de n termos consecutivos. Estudo intuitivo da sucessão de termo geral (1 + ) n num contexto de modelação
n
matemática - primeira definição do numero e.
As sucessões aparecem como uma forma de organizar possíveis resoluções para situações problemáticas que são apresentadas, com base em
aspectos da realidade (social) e em aspectos do estudo das diversas ciências (Matemática incluída). O estudo das sucessões pode e deve servir
para evidenciar conexões entre a matemática e as outras disciplinas: a introdução do conceito de sucessão e das suas propriedades pode ser feita
propondo vários problemas. Exemplos sugestivos podem versar assuntos diversos: da geometria —- por exemplo, comprimento da espiral
construída a partir de quartos de circunferências; da economia —- por exemplo, problemas com empréstimos ou depósitos bancários com juros
sobre um capital constante (ou variável); da biologia — por exemplo, calculo do numero de elementos de uma população considerado um
determinado modo de reprodução de cada elemento, etc.

O estudo das sucessões como funções de variável natural deve ser feito só depois de terem sido construídos vários exemplos/modelos. Mas a
escrita de expressões para os termos gerais das sucessões deve ser procurada como forma de representar as situações que se vão descrevendo.
Do mesmo modo se podem introduzir as noções de termo, de ordem, ou até de razão, etc.

O estudo da monotonia, minorantes, majorantes, etc. pode ser feito à medida que vão aparecendo como aspectos a considerar durante a
resolução dos diferentes problemas. Do mesmo modo, podem ser abordadas as propriedades de certas sucessões (progressões). Estes problemas
podem ainda servir para introduzir a definição por recorrência, para casos simples.

Os alunos podem utilizar livremente a calculadora para procurar responder aos problemas que lhes são propostos e devem procurar formas
próprias de organização e expressão para a modelação das situações. O professor deve explorar o uso da calculadora e ajudar a construir tabelas,
a desenhar e a interpretar gráficos. Só depois de serem experimentadas variadas redacções, são introduzidas as redacções simbólicas
consagradas. As redacções simbólicas serão testadas com exercícios rápidos.

Depois de se terem introduzido as noções de sucessão como função de variável natural, de ordem, de termo geral, etc. podem apresentar-se
exemplos de sucessões definidas pelo seu termo geral e, utilizando a calculadora gráfica (ou não), através de cálculos e representações gráficas
de sequências de termos chegar aos conceitos de infinitamente grande, de infinitamente pequeno, de limite de uma sucessão.

Cada definição deve ser suportada por exemplos e contra-exemplos que esclareçam as ideias imediatas e corrijam eventuais concepções
alternativas e erradas. Deste modo, os estudantes ganham confiança nos seus próprios saberes e compreendem as novas aquisições como
complementares e facilitadoras, aprofundamentos das suas competências para dar respostas a situações cada vez mais complexas.

As definições são estabelecidas em linguagem corrente seguindo as conclusões a tirar de cada exemplo e contra-exemplo.
Após cada redacção em linguagem corrente deve ser estabelecida uma redacção em simbologia matemática e devem então ser aplicados
exercícios rápidos em que as definições simbólicas sejam testadas.

24
Teoria de limites

Limite de função segundo Heine. Propriedades operatórias sobre limites (informação); limites notáveis (informação). Indeterminações.
Assímptotas. Continuidade. Teorema de Bolzano–Cauchy (informação) e aplicações numéricas. O conceito de limite de função, a ser formalizado
mais tarde, deve ser utilizado de forma intuitiva (incluindo o de limite lateral esquerdo e direito). Neste contexto devem ser introduzidos os
símbolos +∞ e −∞, devendo chamar-se a atenção para o facto de não serem números reais, mas apenas símbolos com um significado preciso.
Este conceito deve ser abordado de uma forma experimental. No cálculo de limites de Funções reais de variável real, as indeterminações são
referidas apenas para mostrar as limitações dos teoremas operatórios. Apenas se devem levantar as indeterminações em casos simples.
5x 4 − 2 x + 1 x3 − 1
Dificuldade a não exceder são por exemplo: lim ; lim x + 1 − x ; lim .
x →∞ x2 + 3 x →+∞ x →1 x − 1

Os teoremas a demonstrar devem incluir: - continuidade implica limitação numa vizinhança; - continuidade e f(xo ) <> 0 implicam permanência
de sinal numa vizinhança de xo.

Com as novas famílias de funções surgem, também, novas oportunidades para cada estudante obter uma maior compreensão da matemática e
suas aplicações, bem como para conectar e relacionar os novos conhecimentos com os já adquiridos em anos anteriores (quer dentro do mesmo
tema quer com temas diferentes). É fundamental apresentar aos estudantes actividades diversificadas (ver, por exemplo, brochura de apoio ao
programa sobre este tema) tendo-se em conta que a exploração com a utilização das várias tecnologias pode permitir discussões ricas, quer
sobre o processo de modelação, quer sobre os conceitos matemáticos fundamentais, para além de facilitarem propostas aconselháveis de
investigações. Os estudantes precisam de desenvolver a compreensão de procedimentos algébricos e utilizá-los sem que para isso tenham que
fazer exercícios repetitivos.

Noção de taxa média de variação; cálculo da taxa média de variação.

Noção de taxa de variação; obtenção da taxa de variação (valor para que tende a t.m.v. quando a amplitude do intervalo tende para zero) em
casos simples. Interpretação geométrica da taxa de variação; definição de derivada (recorrendo `a noção intuitiva de limite). Para calcular
derivadas de funções simples, não é necessário invocar questões especiais sobre limites, basta recorrer `a noção intuitiva.

Determinação da derivada em casos simples:


Funções polinomiais do 2o e 3o grau, função racional do 1o grau, função módulo. Podem ser propostos alguns problemas simples que envolvam
derivadas num contexto de aplicações.

Constatação, por argumentos geométricos, de que: - i) se a derivada é positiva num intervalo aberto a função é crescente nesse intervalo e, se a
derivada é negativa num intervalo aberto a função é decrescente nesse intervalo; ii) se a função é derivável num intervalo aberto e se tem um
extremo relativo num ponto desse intervalo então a derivada é nula nesse ponto.

25
Indicadores de desempenho

• Determina termo geral de uma sucessão;


• Averigua se uma sucessão é ou não limitada;
• Diferencia uma progressão aritmética de uma progressão geométrica;
• Resolve problemas relacionados com a soma de n termos de consecutivos de uma progressão;
• Resolve problemas práticos da vida conducentes a progressão aritmética e geométrica;
• Averigua a existência de limite ou de limites laterais de uma função quando a variável x tende para um ponto;
• Calcula o limite de uma função num ponto dado;
• Averigua a existência de casos de indeterminação:
Averigua se uma função é ou não contínua em casos simples.

26
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
Explicar a noção de limite de 2.1 Limites e continuidade de Identifica uma função de uma variável
uma função funções como um modelo matemático.
aplicar as propriedades dos 2.1.2. Limites de uma função Analisa gráficos de funções
limites de funções para o cálculo Definição de limite de uma função reconhecendo e atribuindo significado a:
de limites; num ponto domínio, contradomínio, estudo da
Identificar as formas Função infinitamente pequena e variação de sinal, intervalos de
indeterminadas de limites de infinitamente grande. monotonia, continuidade, simetrias,
funções; Operações com limites. paridade e pontos notáveis: zero(s),
Levantar as indeterminações de Propriedades dos limites de intersecção com o eixo dos YY,
V
funções; funções. extremos(relativos e absolutos), etc.
Limites e
Calcular limites laterais Limites notáveis. Desenvolve o espírito crítico, 12
Continuidade
Calcular limites notáveis Calculo de limites. nomeadamente no referente à utilização
de funções
Definir uma função contínua Indeterminações de instrumentos tecnológicos.
num ponto e num intervalo; 2.1.3. Continuidade de funções Resolve problemas da vida real ,
Identificar uma função contínua Definição nomeadamente de modelação,
dado o seu gráfico; Funções contínuas. envolvendo funções.
Determinar se uma função é Limites laterais. Usa funções para se comunicar, sob
contínua, dada a sua expressão Propriedades e operações sobre diversas formas, e fundamentar os seus
analítica funções contínuas. raciocínios.
Limites infinitos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática V: Limites e Continuidade de funções

Limite de função segundo Heine. Propriedades operatórias sobre limites (informação); limites notáveis (informação). Indeterminações.
Assímptotas. Continuidade. Teorema de Bolzano–Cauchy (informação) e aplicações numéricas. O conceito de limite de função, a ser formalizado
mais tarde, deve ser utilizado de forma intuitiva (incluindo o de limite lateral esquerdo e direito). Neste contexto devem ser introduzidos os
símbolos +∞ e −∞, devendo chamar-se a atenção para o facto de não serem números reais, mas apenas símbolos com um significado preciso.
Este conceito deve ser abordado de uma forma experimental. No cálculo de limites de Funções reais de variável real, as indeterminações são
referidas apenas para mostrar as limitações dos teoremas operatórios. Apenas se devem levantar as indeterminações em casos simples.
5x 4 − 2 x + 1 x3 − 1
Dificuldade a não exceder são por exemplo: lim ; lim x + 1 − x ; lim .
x →∞ x2 + 3 x →+∞ x →1 x − 1

27
Os teoremas a demonstrar devem incluir: - continuidade implica limitação numa vizinhança; - continuidade e f(xo ) <> 0 implicam permanência
de sinal numa vizinhança de xo.

Com as novas famílias de funções surgem, também, novas oportunidades para cada estudante obter uma maior compreensão da matemática e
suas aplicações, bem como para conectar e relacionar os novos conhecimentos com os já adquiridos em anos anteriores (quer dentro do mesmo
tema quer com temas diferentes). É fundamental apresentar aos estudantes actividades diversificadas (ver, por exemplo, brochura de apoio ao
programa sobre este tema) tendo-se em conta que a exploração com a utilização das várias tecnologias pode permitir discussões ricas, quer
sobre o processo de modelação, quer sobre os conceitos matemáticos fundamentais, para além de facilitarem propostas aconselháveis de
investigações. Os estudantes precisam de desenvolver a compreensão de procedimentos algébricos e utilizá-los sem que para isso tenham que
fazer exercícios repetitivos.

Noção de taxa média de variação; cálculo da taxa media de variação.

Noção de taxa de variação; obtenção da taxa de variação (valor para que tende a t.m.v. quando a amplitude do intervalo tende para zero) em
casos simples. Interpretação geométrica da taxa de variação; definição de derivada (recorrendo `a noção intuitiva de limite). Para calcular
derivadas de funções simples, não é necessário invocar questões especiais sobre limites, basta recorrer `a noção intuitiva.

Determinação da derivada em casos simples:


Funções polinomiais do 2o e 3o grau, função racional do 1o grau, função módulo. Podem ser propostos alguns problemas simples que envolvam
derivadas num contexto de aplicações.

Constatação, por argumentos geométricos, de que: - i) se a derivada é positiva num intervalo aberto a função é crescente nesse intervalo e, se a
derivada é negativa num intervalo aberto a função é decrescente nesse intervalo; ii) se a função é derivável num intervalo aberto e se tem um
extremo relativo num ponto desse intervalo então a derivada é nula nesse ponto.

Indicadores de desempenho

• Determina termo geral de uma sucessão;


• Averigua se uma sucessão é ou não limitada;
• Diferencia uma progressão aritmética de uma progressão geométrica;
• Resolve problemas relacionados com a soma de n termos de consecutivos de uma progressão;
• Resolve problemas práticos da vida conducentes a progressão aritmética e geométrica;
• Averigua a existência de limite ou de limites laterais de uma função quando a variável x tende para um ponto;
• Calcula o limite de uma função num ponto dado;
• Averigua a existência de casos de indeterminação:
• Averigua se uma função é ou não contínua em casos simples.

28
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
interpretar derivadas 3. Calculo diferencial Utiliza o conceito de derivada de uma
geometricamente; Introdução do calculo diferencial função num ponto, na interpretação
determinar a derivada de uma Conceito de razão incremental de situações da realidade.
função num ponto dado, aplicando Associa o conceito de derivada na
a definição; 3.1. Derivadas de uma função resolução de problemas da vida real.
aplicar as regras de derivação para Conceito de derivada de uma função Faz o estudo completo de uma função
resolver exercícios diversificados num ponto. e constrói o respectivo gráfico
de funções; Interpretação geométrica. interpreta o significando dos pontos
aplicar as derivadas para o estudo Derivadas laterais críticos do cálculo de derivadas e
da variação da função, variação da Derivabilidade e continuidade de uma aplica na resolução de problemas da
inclinação da função e de função. vida real.
resolução de problemas práticos; Aplica os conceitos de derivada para
fazer o estudo analítico de uma 3.1.1.Função derivável resolver problemas de optimização.
função tendo em referência Regras de derivação de uma função. Desenvolve o espírito crítico,
questões como domínio, zeros, Derivação de uma função composta. nomeadamente no referente à
pontos de descontinuidade, Derivada de uma função inversa. utilização de instrumentos
VI monotonia, máximos e mínimos e Calculo da segunda derivada de uma tecnológicos.
Cálculo concavidades; função. 20
diferencial construir gráficos de uma função Aplicação da derivada ao estudo da
aplicando limites e derivadas. variação da função: determinação de
Obter a partir do gráfico extremos e dos intervalos de monotonia.
informações relativas a Aplicação da derivada ao estudo da
contradomíno, zeros, intervalos de variação da inclinação da função:
monotonia, extremos absolutos, determinação dos pontos de inflexão e
extremos relativos, pontos de do tipo de convexidade.
descontinuidade, sentido da Estudo completo e construção do gráfico
concavidade. de funções, aplicando limites e
derivadas.
Aplicação da derivada na resolução de
problemas práticos.

3.1.2. Função primitiva


Cálculo de integral indefinido. (de
tabela).

29
SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática VI: Cálculo diferencial

Cálculo Diferencial
Funções deriváveis. Regras de derivação (demonstração da regra da soma e do produto; informação das restantes regras). Derivadas de funções
elementares (informação baseada em intuição numérica e gráfica). Segunda definição do número e. Teorema da derivada da função composta
(informação). Segundas derivadas e concavidade (informação baseada em intuição geométrica).

Derivada da função composta: grau de dificuldade a não ultrapassar: f(ax), f(x+b), f(xk)

Em todos os teoremas se deve analisar a necessidade das condições do enunciado através de contra-exemplos.

Deve ser adoptada a definição: f é derivável quando a derivada existe (isto é, é um número real); limites infinitos não existem, +(inf) e -(inf) não
devem nunca ser considerados como números reais.

O número e é o único número real tal que (e )´= e .


x x

−x x2 + x +1 x
Dificuldade a não ultrapassar: f ( x ) = 2 + 2 x , f ( x) = , f ( x) = .
2x + 1 1 − log x

Estudo de funções em casos simples


O estudo de funções deve seguir o modelo que se encontra no Manual de apoio. Integração do estudo do Calculo Diferencial num contexto
histórico. Os alunos poderão realizar trabalhos individuais ou em grupo de História do Cálculo Diferencial referindo o trabalho de alguns
matemáticos como Fermat, Newton, Leibniz, Berkeley, Anastácio da Cunha, Bolzano, Cauchy, etc.

Os problemas de optimização devem ser escolhidos de uma forma a que um aluno trabalhe de uma forma tão completa quanto possível a
modelação. É uma boa oportunidade para discutir com os alunos o processo de modelação matemática e a sua importância no mundo actual.

Indicadores de desempenho

• interpreta geometricamente o conceito de derivada;


• aplica a definição para determinar a derivada de uma função num ponto dado;
• aplica as regras de derivação para determinar derivadas de funções;
• aplica as derivadas para o estudo da variação da função, variação da inclinação da função e de resolução de problemas práticos;
• faz o estudo analítico de uma função tendo em referência questões como domínio, zeros, pontos de descontinuidade, monotonia, máximos
e mínimos e concavidades;
• constrói gráficos de uma função aplicando limites e derivadas.
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• Calcula a derivada de uma função num ponto do domínio, e interpreta o seu significado geométrica e analiticamente.
• Determina a primitiva de uma função conhecendo a respectiva derivada e interpreta o seu significado.

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Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
Definir primitiva de uma função; 3.1.2. Função primitiva Utiliza o conceito de integral indefinido, na
Estabelecer as propriedades da Primitiva e integral indefinido. interpretação de situações da realidade.
primitiva da soma e do produto por (de tabela): definição e Aplica conhecimentos de Matemática na
constante; propriedades modelação e resolução de problemas ligados
VII
Calcular e identificar primitivas Técnicas de primitivação: às ciências e a vida quotidiana.
Primitiva de 16
imediatas; primitivas imediatas e Desenvolve o espírito crítico, nomeadamente
uma função
Identificar casos adequados à primitivação por partes. no referente à utilização de instrumentos
utilização de primitivação por tecnológicos.
partes,
Calcular primitivas por partes.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática VI: : Primitiva de uma função

Cálculo Diferencial
A derivada e a integral são duas noções básicas do cálculo diferencial e integral. Do ponto de vista geométrico, a derivada está ligada ao
problema de traçar a tangente a uma curva enquanto que a integral está relacionada com o problema de determinar a área de certas figuras
planas, embora tenha outras interpretações.
Não se pretende que nesta unidade sejam explorados com profundidade todos aspectos do cálculo integral mas que o aluno tenha uma ideia da
importância assim como algumas propriedades do cálculo.

Por exemplo, o aluno deverá saber que a primitiva de uma função f = f(x) é uma outra função F = F(x) cuja derivada coincide com f, isto é F´(x)
= f(x) e que podem existir várias primitivas para uma mesma funçãof.
Por exemplo: algumas primitivas para a função f(x) = x2 são
1 3 1 1
F(x) = x ou F(x) = x 3 + 3 ou ainda F(x) = x 3 + C pois as derivadas destas funções são iguais a f(x) = x2 .
3 3 3
Os alunos devem perceber que C é uma constante arbitrária e pode assumir qualquer valor numérico.

Também é importante que os alunos se debrucem de aspectos históricos sobre o conceito de integral, destacando o trabalho realizado poe
Newton e Leibniz no sec.XVII assim como pelo matemático francês Cauchy (1789-1857).
É preciso ter em conta que a definição de integral é de certa forma abstrata com pouco uso operacional daí que seja importante a introdução de
mecanismos que facilitem determinados cálculos. Essses mecanismos constituem as propriedades das integrais.
A preocupação não deve ser a demonstração das propriedades mas a sua aplicação prática no cálculo intergral.

Os alunos deverão identificar algumas aplicações da integral indefinido. Por exemplo problemas relacionados com a taxa de crescimento
população em uma determinada cidade ou país.

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Indicadores de desempenho

• indica a primitiva de uma função;


• usa as propriedades no cálculo da primitiva de uma função
• determina a primitiva de uma função conhecendo a respectiva derivada e interpreta o seu significado.

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Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: horária
identificar números complexos e a relação 8. 1. Apontamento histórico
entre os diversos universo numéricos. 8.2. O conjunto dos
Operar com números complexos na forma números complexos
algébrica e na forma trigonométrica. 8.3. Módulo de um número
VIII
Interpretar geometricamente as operações complexo. Propriedades
Números 8
com números complexos. 8.4. Representação
complexos
geométrica de números
complexos
8.5. Forma trigonométrica
dos números complexos

SUGESTÕES METODOLÓGICAS - Unidade Temática VIII: Conjunto dos números Complexos


Na resolução de equações algébricas, um dos factores fundamentais é o conjunto universo que representa o contexto onde podemos encontrar as
soluções. Há equações que tem soluções num determinado domínio mas que num outro as mesmas não têm soluções. Por esta razão o
surgimento de vários domínios de números. Os números complexos vêm resolver problemas que o conjunto de números reais não resolvia. Por
exemplo a equação x2 + 1 = 0 em IR não tem soluções isto é a solução é a solução é um conjunto vazio. Esta situação obriga-nos a ter que
desenvolver outros modelos que nos ajudem a resolver a equação. Dai o surgimento do conjunto dos números imaginários e a teoria dos números
complexos.
O aluno precisa de explorar sempre que possível a ligação dos números complexos com a geometria.
A introdução do conjunto de números complexos deve partir de uma breve abordagem histórica, do ponto de vista de problemas que foram
aparecendo ao longo do desenvolvimento da matemática.
As operações com números complexos podem ser definidos na base da manutenção das propriedades das operações e do quadrado de i ser – 1.
sugere-se que │z│, seja introduzido de forma intuitivo, estendendo a noção de valor absoluto de um número real (distância de dois pontos no
eixo, distância de dois pontos no plano cartesiano), que os alunos já conhecem.
A pasagem á forma trigonométrica poderá ser explorada fazendo referência a outros sistemas de coordenadas. Explorar a multiplicação por i e as
diversas operações ligadas a outras realidades matemáticas como por exemplo vectores, operações com vectores e transformações geométricas
já estudadas.

Indicadores de desempenho

• relaciona os diferentes conjuntos numéricos estudados;


• opera com números complexos na forma algébrica;
• operar com números complexos na forma trigonométrica;
• calcula as raízes de quadrados de números negativos;
• interpreta geometricamente o produto de um número complexo i ou –i.
converte a forma algébrica na forma trigonométrica e vice-versa.
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Avaliação

A avaliação é um instrumento do processo de ensino e aprendizagem, através do qual se pode


verificar como estão sendo cumpridos os objectivos e a finalidade da Educação, permitindo
melhorar ou adaptar as estratégias de ensino face aos objectivos propostos, aos conteúdos e às
condições concretas existentes.

Assim, a avaliação tem por função:


Permitir que se tenha uma imagem mais fiável sobre o desempenho dos alunos e do professor,
em termos de competências básicas descritas nos curricula, ao longo e no final de cada etapa do
processo de ensino-aprendizagem;

Permite verificar se os programas de ensino estão provocando mudanças desejadas de modo a


proporcionar ao professor elementos para a planificação de estratégias adequadas;

Permitir ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico subsequente;

Permitir verificar a necessidade do reajuste curricular, de acordo com as necessidades educativas


dos alunos.

Deste modo, a avaliação deve ter em conta a análise do processo de ensino-aprendizagem a fim
de intervir para o seu aperfeiçoamento e o estudo dos resultados, não apenas os previstos nos
objectivos, mas também os imprevistos.

A avaliação deve ser vista como um processo assim como um sistema. Assim, quando se fala de
avaliação, refere-se a um conjunto de etapas que se condicionam mutuamente. Essas etapas
ordenam-se sequencialmente e actuam de forma integrada.

Cada avaliação deve responder a várias intenções por exemplo, como vão os alunos, que
estratégias devem ser adoptadas para organizar uma nova aprendizagem. Da avaliação podemos
também analisar o clima relacional da classe ou turma.

A mudança na concepção dos programas e na abordagem dos conteúdos de matemática implica


a necessidade de se repensar na forma da abordagem da avaliação.

Tendo em conta que os objectivos desta classe estão definidos de acordo com as competências
relevantes para a vida, assentes nos quatro pilares da educação nomeadamente o saber, o saber
fazer, o saber conviver e o saber ser ou estar é preciso que a avaliação também tenha em conta
estas competências. Ao avaliar o desenvolvimento de competências, pressupõe que se avalia o
processo de aprendizagem do aluno. Assim, a avaliação deve atingir as dimensões de carácter
social e pedagógica.

Sugere-se ao professor a ter em conta na avaliação não só aspectos de carácter cognitivos, isto
é, a compreensão de conceitos, a memorização de regras e procedimentos, mas também, o
saber fazer. Segundo PCN: 54, a avaliação, deve fornecer aos estudantes informações sobre o
desenvolvimento das capacidades e competências que são exigidas socialmente, bem como
auxiliar os professores a identificar quais objectivos foram atingidos, com vista a reconhecer a
capacidade matemática dos alunos, para que possam inserir-se no mercado de trabalho e
participar da vida sócio-cultural.
Por outro lado, a avaliação fornece aos professores as informações sobre como está ocorrendo a
aprendizagem: conhecimentos adquiridos, os raciocínios desenvolvidos, as crenças, hábitos e
valores incorporados, o domínio de certas estratégias, para que ele possa propor revisões e
reelaborações de conceitos e procedimentos ainda parcialmente consolidados, PCN: 54.

Os instrumentos de avaliação que o professor usa, nomeadamente provas escritas ou orais, tpc,
trabalhos de pesquisa, trabalhos práticos, entrevistas, trabalhos de grupo, etc, devem fornecer
ao professor informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, em usar
convenientemente a linguagem matemática, em utilizar a matemática para o desenvolvimento
social.
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Não é justo continuar a avaliar o aluno apenas na base destes instrumentos. É preciso ter em
conta também o seu desempenho e suas atitudes na sala de aula, durante o processo de
elaboração de conhecimentos, nos trabalhos individuais e em grupos, sua preocupação em
consolidar o saber e o saber fazer e de ajudar (explicar) os colegas, etc.

Assim sendo, propõe-se ao professor o uso de fichas de controle, nas quais ele poderá anotar
todo o desenvolvimento do aluno em termos de competências. Nestas fichas se podem colocar
questões tais como, o aluno resolve os problemas usando:

Estratégias pessoais;
Estratégias aprendidas na sala de aula;
O aluno colabora nos trabalhos de grupo, partilhando saberes e responsabilidades;
O aluno respeita as opiniões dos colegas;
O aluno trabalha de forma organizada;
O aluno expressa-se com clareza e fundamenta as suas opiniões;
O aluno ajuda os outros na resolução de problemas? Entre outros aspectos que o professor achar
pertinente incluir na ficha.
Os resultados que são expressos pelos instrumentos de avaliação elaborados pelo professor
devem ser tomados sempre em consideração, pois constituem uma base para o professor fazer
juízos de valor sobre um determinado aluno.
Quando se avalia o nível de desempenho do aluno, em termos de competências, o professor deve
ter presente também a questão do erro. Na aprendizagem, o erro é inevitável e muitas vezes
pode ser uma boa pista para a superação das dificuldades dos seus alunos. A concepção
construtivista da aprendizagem defende "o direito ao erro "que o aluno tem. Considerando-o
como um revelador dum saber em via de constituição. Por isso, aconselha-se ao professor a não
desprezar os erros que os alunos cometem, encarando-os como algo importante na
aprendizagem e saber tirar proveito deles como indicadores do trabalho subsequente do
professor e do aluno, visando a superação das dificuldades dos seus alunos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Matemática 10º, 11º e 12º anos. (1995) Programa: Ministério da Educação. Departamento do
Ensino Secundário.
Martins, A a tal. (2005) Matemática B 10º, 11º e 12º anos: Ministério da Educação. Direcção-
Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.
Secretaria de Educação Fundamental. (1998) Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática-
Brasília. MEC/SEF.

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