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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2011 ANO LXXXVI N o 28.434
EDUCAO
A ESCOLA COM QUE SONHO
Tio Rocha Antroplogo e educador popular em Minas com a ONG CPCD
Ricardo Dolabela
H 27 anos, a gente sabia mais sobre a escola que no queramos ter tido do que sobre a escola que gostaramos de ter. O que era preciso deixar de lado? A relao desigual entre professores e alunos; o olhar para a criana como ser sem vontade; o tratamento da escola como lugar do autoritarismo, como servio militar obrigatrio aos 7 anos (hoje 6). Agora consigo ver o que
a escola com que eu sonho deve ter. So trs tpicos: os 16 artigos da Carta da Terra, declarao de princpios fundamentais iniciada pelas Naes Unidas; o compromisso poltico de no excluir e nem deixar nenhum aluno sem aprender tudo o que ele precisa aprender, no seu tempo, no seu ritmo e na sua idade; e o terceiro que gostaria de citar um exemplo a escola de
samba brasileira, a nica que no tem greve, repetncia, bomba, segunda poca, dependncia, recuperao, depredao e, muito menos, disciplinrio, mas diretor de harmonia. Quero uma escola que se inspire e se alimente daquilo que o Povo Brasileiro (em letras maisculas) tem de melhor: sua beleza, sua alegria, sua capacidade de trabalho e sua criatividade.
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