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Marketing sofisticado para vender imóveis.

| 23.07.2007 | 09h47
Por AE-Agência Estado

Um show de Caetano Veloso seguido de jantar. Um show de Rita Lee em área


aberta com mais de três mil pessoas. Uma apresentação do enólogo-cantor Ed
Motta acompanhada de degustação de vinhos. Um bufê com delícias requintadas,
preparados pelo chef francês Emmanuel Bassoleil. E ainda uma série de espetáculos
com a Turma do Cocoricó para crianças.
A lista não é uma relação de eventos patrocinados por cervejarias ou instituições
financeiras para promover suas marcas, como reza a tradição no ramo. São ações
de marketing desenvolvidas nos últimos tempos por construtoras e incorporadoras
para vender imóveis residenciais.
A intenção tem sido a de cativar compradores para unidades com valores que
oscilam entre R$ 300 mil e R$ 5 milhões, dependendo da área e da
localização.Nunca na história do setor imobiliário se caprichou tanto, nem se aplicou
tantos recursos, para atrair atenção para o negócio. "Acabou a era das velhas
Kombis estacionadas com placas e setas indicativas dos empreendimentos nas
redondezas", brinca Romeo Busarello, diretor de marketing imobiliário da Tecnisa -
embora promotoras ainda permaneçam nas redondezas dos empreendimentos
convidando o público a visitar os estandes de vendas. "Os investimentos em
propaganda e marketing vêm crescendo com o uso de mídias alternativas em busca
de se ampliar a comunicação do negócio, porque o setor imobiliário ganhou nova
dimensão para a economia nacional", diz Ubirajara Spessoto, diretor de
incorporações da Cyrela.
Uma projeção dos gastos com ações de marketing feita para este ano,
considerando apenas as dez maiores empresas no ranking do segmento - onde se
situam Tecnisa, Cyrela, Camargo Corrêa e Gafisa, entre outras -, aponta para algo
em torno de R$ 480 milhões. Uma verba a ser aplicada não só nos tradicionais
anúncios e comerciais impressos, como também em entretenimento nos locais de
venda, assim como em sofisticados estandes com áreas de lazer para crianças. Isso
sem falar nos elaborados catálogos dos lançamentos, que mais se assemelham à
catálogos de arte.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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