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GUA

Rolando,rolando serra abaixo, Vem caindo em borbotes de prata Qual luz do cu submergindo No solo que a circunda e embeleza.

Continua seu rosrio neste mundo. Cascatas por encostas verdejantes Vm saciar a sede dos que sofrem, Vm inundar de xtase o amor em chamas.

Serpenteia em ondas lmpidas seu canto No lago azul que guarda bem ao fundo Segredos de amor, doce amargura Dos coraes que sofrem em desventura...

Agigantam-se os rios que a carregam Em seu bojo por prados florescentes, Aqui e ali aos borbotes formando Mares e oceanos que este mundo encantam.

Tristonha , quieta, a soluar baixinho, Vem morrendo sozinha num gemido Para perder-se no horror esttico que guardam os pantanais em que agoniza...

Enfurecida esquece a doura que um dia A fez to soberana e bela. Destri pontes, casas e cidades. Enche de dor o corao do homem.

Corroem sua alma as impurezas, Morrem em seu leito de gua imunda Os seres marinhos, no af de uma procura E s encontram detritos a infestar o rio.

Abenoada pelos Cus que assiste triste luta de manter-se pura A gua que hoje testemunha Do desamor que habita o mundo...

Grandiosos mananciais, mares e rios! Quem a vs se referiu um dia: O mar secar em suas entranhas E o serto virar um oceano.

gua sagrada que o mundo desdenhou um dia!

Poemas de : Fausta Nogueira Pacheco

Apresentao:Valdirdemathe@ig.com.br

FIM DA APRESENTAO PARA SAIR APERTE |ESC} PA

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