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PARTE III
A sombra me fala que o rei dos pássaros viria ter comigo, e que o grande espírito
me acompanharia através da grande batalha, e diz que no mundo racional temos que
raciocinar, e no mundo irraciocinal temos que agir irracionalmente, a pena da águia já
está no meu braço, agora só falta coragem para pular no abismo, nos braços do grande
espírito....
O homem branco encara seu mundo como um quebra – cabeças totalmente
fragmentado de sentido, estudando minuciosamente suas diferentes partes separadas
em diferentes unidades com suas respectivas funções lógicas, perde a visão do todo e o
drama da iluminação, a beleza verdadeira está na soma de todas as partes e de como
elas se relacionam harmonicamente entre si, percebemos então, que perceber (sentir) é
o único objetivo para a existência do homem, o homem é o coração desta dimensão,
neste sentido os índios levam vantagem...
Existem váriadas formas de um índio velho voltar a lembrar do passado, pode-se
sonhar alto e forte acometido de febres da floresta, podemos encontrar alguns aliados
para nos ajudar a sonhar, mas na arte de lembrar através de sonhos nada melhor que
conversar com a a sua própria sombra em um entardecer onde somos levados até o
portal dos sonhos, descendo pouco a pouco a escadaria, degrau por degrau da escala
da consciencia e entrando em contato com um universo interior infinito, a máquina do
tempo da alma “os registros Akáshicos”.
O caminho para chegar até o portal dos sonhos é guardado por um exército de
sombras eternas e perfiladas, é intransponível a passagem, a única forma que encontrei
foi me fazendo passar tambem por sombra, este processo de ilusão, causou – me
alterações de percepção tão grandes, que, não sei mais se ainda sou um ser vivente ou
uma sombra errante, a ilusão foi por assim dizer perfeita e atingiu o seu objetivo
imediato, que era atravessar o portal dos sonhos e chegar nos registros esquecidos.
Desenvolvimento
A tempos, nas terras altas, a neblina densa assistia uma batalha sombria, dois
clâs lutavam pelo controle das terras, ao norte do território, as espadas resplandeciam
como relâmpagos em meio a tempestade e o samgue encharcou a floresta de
pinheiros.
Os homens do clâ Baddock, destruiram o clâ McMorn, porém um grupo ainda
resistia, seu lider, levou os sobreviventes que restaram para as ruínas do velho castelo
no alto da colina, cercado pelo lago negro, onde encontrariam um breve refúgio, devido
a certas lendas antigas, contavam que o lugar era lar de um monstro enorme.
Os homens do clâ Baddock eram supersticiosos e não seguiriam no ataque ao
castelo, Baddock pediu ajuda a um antigo druída, que ensinou uma magia para
despertar o monstro do lago, em troca de ouro puro, a magia consistia em tocar um certo
acorde de gaita-de-foles a meia noite, na margem do lago, Baddock assim procedeu.
Drakkar