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Escola Secundária de Montemor-o-Velho

(falta o arranjo gráfico da capa)

SUCESSO EDUCATIVO E
CIDADANIA

triénio 2008-2011
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

ÍNDICE
1. CONCEITO E ENQUADRAMENTO LEGAL..................................6
2. QUEM SOMOS.........................................................................8
2.1. O concelho.......................................................................8

2.1.1. População..................................................................9

2.1.1.1. Níveis de escolaridade e taxas de analfabetismo10

2.1.2. Frequência por nível de ensino em estabelecimentos do


concelho de Montemor-o-Velho......................................................12

2.2. Características físicas do meio.......................................12

2.3. Recursos, potencialidades e estrangulamentos.............12

3. A ESCOLA.............................................................................14
3.1. Perfil e historial..............................................................14

3.1.1. População escolar e oferta educativa......................15

3.1.2. O contexto sócio-educativo ....................................15

3.2. Recursos humanos .......................................................21

3.2.1. Corpo docente.........................................................21

3.2.2. Corpo não docente................................................... 25

3.3. Associação de Pais e Encarregados de Educação..........29

3.4. Associação de Estudantes..............................................30

3.5. Recursos materiais e equipamentos..............................30

3.6. Recursos pertencentes a outras instituições..................30

3.7. Estruturas pedagógicas.................................................31

3.8. Outros recursos pedagógicos.........................................31

3.9. Parcerias........................................................................34

3.10. Linhas Orientadoras: auscultação à comunidade educativa


.................................................................................................. ........34

3.11. Estratégias de Desenvolvimento.................................. 45

4. OBJECTIVOS GERAIS, METAS, INDICADORES E EVIDÊNCIAS. 47


5. DIVULGAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA...........52
6. AVALIAÇÃO...........................................................................52
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6.1. Instrumentos de recolha ...............................................53

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................53

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“Eduquem as crianças e não será


preciso castigar os homens.”
Pitágoras

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INTRODUÇÃO
Desde 1992 que a Escola Secundária de Montemor-o-Velho tem
vindo a tentar traçar o seu caminho, mediante a construção de um Projecto
Educativo próprio que deverá instituir-se como o principal documento
orientador de toda a acção educativa nela desenvolvida. A partir dessa data
– e até 1994, o trabalho desenvolvido centrou-se na investigação
necessária à acção. Promoveram-se debates, no seio da comunidade
escolar, para partilha de saberes e experiências e avançou-se para um
primeiro diagnóstico dos grandes problemas sentidos. Como atacar as
causas desses problemas? Eis a questão, cuja resposta (em nada
simples…) exigiu reflexão por parte da comunidade educativa.

Nos dois anos seguintes – 1995 e 1996 –, num primeiro grupo de


trabalho, caminhou-se com passos lentos (mas não menos importantes)
para se fazer o caminho. Avaliou-se o trabalho desenvolvido e reflectiu-se
sobre as possíveis vias a seguir. Neste volver da vista atrás, foi também
possível olhar o presente e o futuro de tal modo que, no ano lectivo de
1997-1998, com a constituição de um segundo grupo de trabalho, se
deram passos importantes: reavaliou-se a situação da escola e definiu-se
como grande meta de um Projecto Educativo de Escola A Promoção do
Sucesso Educativo.

Nos triénios de 1999-2002 e 2002-2005, tendo sido ouvidos os


Departamentos Curriculares, o Conselho Pedagógico e a Assembleia de
Escola, considerou-se oportuno manter a meta traçada anteriormente e
estabeleceram-se como (sub)temas a valorizar para a consecução do
sucesso educativo os que seguidamente se enunciam: “Língua materna”,
“Desenvolvimento do raciocínio e do espírito crítico”, “Desenvolvimento da
cidadania” e “Actividades experimentais e de inovação pedagógica”. Foram
definidos objectivos para cada (sub)tema considerado.

Para o triénio 2005-2008, consultados os diferentes órgãos da


escola e avaliados os Projectos Educativos anteriores, mantiveram-se a
mesma meta e (sub)temas anteriormente delineados. Considerou-se,
porém, pertinente a instituição de um novo (sub)tema – “Desenvolvimento
de Projectos” (e respectivos objectivos) – pela pertinência que então lhe foi

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reconhecida face às novas exigências surgidas no âmbito do(s) Plano(s) de


Ocupação dos Alunos.

Para o triénio 2008-2011, e tendo em consideração a importância de


todos os membros da comunidade educativa participarem na formulação
das intenções de um Projecto Educativo de Escola, foi aplicado um inquérito
para auscultação do seu sentir face às áreas de intervenção prioritárias na
Escola e das funções que lhe são e/ou deveriam ser atribuídas. O
tratamento estatístico dos dados recolhidos motivou a escolha do tema do
novo documento orientador da acção educativa a desenvolver: Sucesso
Educativo e Cidadania.

O documento que agora apresentamos aproveitou, assim, todos os


passos dados até ao momento, procurando, no entanto, continuar a
reequacionar os problemas existentes. Quisemos, através deste documento,
conhecer a escola que somos, como se organiza, o que a caracteriza, em
que realidade sócio-económica se insere, quais os seus pontos fortes e/ou
aspectos a melhorar…

Definimos, para tal, a escola que queremos ser, o modo como


pretendemos dar resposta às necessidades detectadas, os objectivos que
prosseguiremos ao longo do próximo triénio e as estratégias que
privilegiaremos para os atingir.

Os objectivos estabelecidos visarão: a melhoria dos resultados


escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens; a redução do
abandono escolar; uma maior participação de todos os intervenientes no
processo educativo; o fomento de atitudes reveladoras de cidadania na
escola; o desenvolvimento de acções de formação profissional ao longo da
vida do pessoal docente e não docente, de modo a valorizar competências
científicas e/ou pedagógicas – nos vários domínios da actividade educativa
– que sejam relevantes para o exercício das suas funções.

1.CONCEITO E ENQUADRAMENTO LEGAL

O Projecto Educativo é um instrumento necessário à organização


escolar. Contribui para tornar socialmente reconhecível a identidade da
escola, no âmbito da sua autonomia.

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Para Abalat, o Projecto Educativo “é um documento vértice e ponto


de referência, orientador de toda a actividade escolar, baseado na
participação, possível, realista, motivador e avaliável para poder ser
melhorado.”.1

É, assim, “um documento orientador da acção educativa que


esclarece o porquê e para quê das actividades escolares, que diagnostica os
problemas reais e os seus contextos, que exige a participação crítica e
criativa dos elementos da comunidade escolar”2, segundo José Matias Alves.

O conceito de Projecto Educativo tem sido referido em vários


diplomas publicados (alguns já revogados). Mais recentemente, é referido,
da forma que seguidamente se enuncia, na legislação em vigor:

1. O Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, estabelece, no


ponto 1 do seu artigo 9.º, que “O Projecto Educativo, o regulamento
interno, os planos anuais e plurianual de actividades e o orçamento
constituem instrumentos do exercício da autonomia da escola.”. Define
Projecto Educativo como “o documento que consagra a orientação educativa
da escola, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de gestão para um
horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as
metas e as estratégias segundo as quais a escola se propõe cumprir a sua
função educativa”.

O mesmo decreto refere ainda que a avaliação da consecução dos


objectivos do Projecto Educativo – em termos de avaliação das actividades
realizadas pela escola e da sua organização e gestão no que respeita aos
resultados escolares e à prestação do serviço do serviço educativo – deve
constar num “relatório de auto-avaliação”.

2. O Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, referencia


no seu artigo 8.º que o Projecto Educativo – enquanto documento base de
todo o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente – tem por
objectivo fixar os objectivos e as metas a atingir pela escola,
nomeadamente no que respeita ao progresso dos resultados esperados para
os alunos e à redução das taxas do abandono escolar (uma vez tido em
conta o contexto sócio-educativo dos alunos).

1 Falta incluir referência bibliográfica.


2 Idem.
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Ainda pressupõe, no seu artigo 18.º, que o Projecto Educativo deve


estabelecer as necessidades da escola em termos de acções de formação a
realizar.

Assim, para se construir um projecto educativo exequível é pois


necessário proceder à caracterização de elementos referenciais do contexto
sócio-educativo dos alunos, bem como da caracterização dos recursos
humanos, materiais e equipamentos e do meio em que a Escola se insere.

2.QUEM SOMOS

2.1.O concelho

O concelho de Montemor-o-Velho pertence administrativamente ao


distrito de Coimbra e que integra 17 concelhos com estruturas sócio-
económicas e ritmos de desenvolvimento diferenciados.

O concelho é limitado, a Norte, pelo concelho de Cantanhede, a Sul,


pelo de Soure e, a Oeste, pelo da Figueira da Foz. Confina, a Leste, com os
concelhos de Coimbra e Condeixa.

Montemor-o-Velho insere-se na Região Centro (mais propriamente


na sub-região do Baixo Mondego), que integra ainda os concelhos de
Coimbra, Figueira da Foz, Soure e Condeixa.

O quadro que se apresenta a seguir – quadro I – dá uma ideia da


situação de Montemor-o-Velho em relação aos principais centros urbanos.

Quadro I – Distância aproximada a partir da sede do Concelho


Localidade Distância Localidade Distância
Aveiro 77 Km Lisboa 225 Km
Leiria 65 Km Porto 125 Km
Coimbra 25 Km Viseu 119 Km
Fig. Foz 16 Km Castelo Branco 184 Km

Do ponto de vista administrativo, o concelho de Montemor-o-Velho é


constituído por catorze freguesias: Abrunheira, Arazede, Carapinheira, Ereira,
Gatões, Liceia, Meãs do Campo, Montemor-o-Velho, Pereira, Santo-Varão,
Seixo de Gatões, Tentúgal, Verride e Vila Nova da Barca.

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2.1.1.População

Os quadros II, III e IV, que a seguir se apresentam, permitem,


respectivamente, a aferição de dados relativos à população do concelho, à
população residente por grupos etários (de 1981 a 2001) e à evolução
demográfica (de acordo com os censos de 2001):

Figura 1

Quadro II – População do Concelho


Número de habitantes
Distância à
% D sede do
Freguesias
concelho
1981 1991 2001 1991-
(Km)
-2001
Abrunheira 875 831 735 -11.6 10
Arazede 6381 6 155 5956 -3.2 18
Carapinheira 3424 3 362 3093 -8.0 4
Ereira 836 799 714 -10.6 14
Gatões 630 585 541 -7.5 6
Liceia 1547 1 466 1359 -7.3 11
Meãs do Campo 1732 1 762 1716 -2.6 10
Montemor-o-Velho 2622 2 396 2853 19.1 0
Pereira 2540 2 538 2241 11.7 12
Santo Varão 1471 1 456 1502 3.2 10
Seixo de Gatões 1663 1 599 1429 -10.6 9
Tentúgal 2334 2 286 2275 -0.5 10
Verride 790 730 699 -4.2 5
Vila Nova da Barca 429 410 365 -11.0 10
Total / Média 27274 26375 25478 -3,0786
Fonte: Censos 1991 e 2001 INE

Quadro III – Grupos etários


1981 1991 2001
Grupos etários
n.º % n.º % n.º %

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0-14 anos 6084 22,31 4778 18,12 3536 13,87


15-24 anos 4123 15,12 3906 14,81 3346 13,13
25-64 anos 12878 47,22 13194 50,02 13270 52,08
65 ou + anos 4189 15,36 4497 17,05 5326 20,9
Total 27274 100 26375 100 25478 100

a) estes dados referem-se ao Censos de 1981, 1991 e 2001

Quadro IV – Evolução demográfica


Fonte: POPULAÇÃO Densidade
Popula-
Censos cional 2001
91 e VARIAÇÃO ÁREA
RESIDENTE
2001 - (Km2)
INE Hab./Km2
1970 1981 1991 2001 70/81 81/91 91/01

Montemor-
26410 27274 26375 25478 3.3% -3.3% -3.4% 228.2 111.6
o-Velho

Baixo
Mondego 294621 329957 328703 n.d. 12.0% -0.4% n.d. 2041.9 161.0
(NUT III)
Região
Centro 1681008 1763119 1721541 n.d 4.9% -2.4% n.d 23703.0 72.6
(NUT II)

a) estes dados referem-se ao Censos de 2001

Da análise dos dados acima transcritos, conclui-se que o concelho de


Montemor-o-Velho tem uma população de 25487 habitantes (dados de 2001),
sendo o quarto município mais populoso da região. No entanto o concelho tem
vindo a perder população de forma contínua desde 1970: no grupo etário dos
0-14 a descida é muito acentuada e no dos 15-19 também se verifica.

2.1.1.1.Níveis de escolaridade e taxas de analfabetismo

Os quadros V e VI incluem, respectivamente, dados relativos ao(s) nível(is)


de ensino e taxa de analfabetismo e à frequência de alunos, por nível de ensino,
nos diferentes estabelecimentos de ensino do concelho de Montemor-o-Velho:

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Quadro V – Nível de ensino e taxa de analfabetismo


Nível de Ensino Taxa de
Analfa- Analfa-

Secundário
Básico betos betismo

Superior
Nenhum
Zona

Médio
com 10

Total

2º ciclo
1ºciclo

3ºciclo
Geográfica
ou +
1991 2001
anos

Concelho 25478 4385 10041 3560 2467 3345 89 1591 3166 17.2 13.6

Abrunheira 735 111 318 95 58 113 5 35 91 16.3 13.1

Arazede 5956 1044 2512 882 606 626 19 267 728 17.4 13.4

Carapinheira 3093 482 1230 491 287 410 11 182 347 14.5 12.3

Ereira 714 121 283 78 76 105 0 51 100 15.8 14.9

Gatões 541 95 230 68 47 57 1 43 80 20 16.2

Liceia 1359 252 584 230 126 117 0 50 185 18.1 15

Meãs 1716 347 734 238 148 183 2 64 280 20.6 17.8

Montemor 2853 516 907 360 267 472 17 314 321 17.5 12.5

Pereira 2241 356 804 248 234 411 12 176 275 17.1 13.1

Seixo 1429 258 556 245 134 160 1 75 188 21 14.5

St.º Varão 1502 206 550 167 147 288 13 131 120 14.3 8.8

Tentúgal 2275 453 4 341 201 238 4 124 343 20.3 16.6

V.N. Barca 365 53 152 45 44 50 2 19 40 12.8 11.7

Verride 699 91 267 72 92 115 2 60 68 9.5 10.6

a) estes dados referem-se aos Censos de 1991 e 2001, apenas serão actualizados nos
novos censos

Da análise dos dados acima transcritos, conclui-se que o concelho de


Montemor-o-Velho tem uma população de 25487 habitantes (dados de 2001),
sendo o quarto município mais populoso da região. No entanto o concelho tem
vindo a perder população de forma contínua desde 1970: no grupo etário dos 0-14
a descida é muito acentuada e no dos 15-19 também se verifica. Em relação à
taxa de analfabetismo tem-se vindo a registar uma evolução positiva, apesar de
ainda ter valores muito elevados (13,6 em 2001).

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2.1.2.Frequência por nível de ensino em estabelecimentos do concelho de Montemor-


o-Velho

Quadro VI – Frequência por nível de ensino


2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 2007-08
Agrupamento Infância 115 135 153 138 138
de Escolas de 1.º Ciclo 354 335 338 347 373
Montenor-o- 2.º e 3.º 435 413 407 444 484
Velho Total 904 883 898 929 995
Infância 64 88 82 85 92
Agrupamento
1.º Ciclo 338 268 292 285 283
de Escolas da
2.º e 3.º 375 388 372 331 312
Carapinheira
Total 777 744 746 701 687
Infância 64 71 72 94 99
Agrupamento
1.º Ciclo 250 258 248 228 224
de Escolas de
2.º e 3.º 365 336 302 269 294
Arazede
Total 679 665 622 591 617
Esc. Sec. 408 412 362 310 328
Secundária CEF 64 42
de Nocturno 185 125 92 201 120
Montemor-o-
Total 593 537 454 575 370
Velho
Profissional 221 252 255 242 243
Escola
Agrícola 96 128 116 117 119
Profissional
Total 317 380 371 359 362
Total Geral 3270 3209 3091 3155 3031

2.2.Características físicas do meio

A diversidade geológica e, especialmente, a fertilidade dos solos de


aluvião, aliados ao clima temperado, com cambiantes de transição entre o
mediterrânico e o atlântico, conferem a este concelho uma grande riqueza
agrícola e paisagística.

Esta região reúne grande diversidade de espécies animais e vegetais,


sendo de destacar as áreas protegidas dos pauis de Arzila e do Taipal, que
constituem património ambiental de grande importância e conferem
singularidade a este concelho.

2.3.Recursos, potencialidades e estrangulamentos

Existem no Baixo Mondego economias locais diversas às quais


correspondem, necessariamente, espaços diferenciados de um ponto de vista
económico.
O primeiro factor de diferenciação é o efeito polarizador exercido por dois
centros urbanos: Coimbra e Figueira da Foz. Esta polarização determina duas
áreas de influência caracterizadas pela concentração do emprego nos sectores
da indústria, do comércio e dos serviços.

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Escola Secundária de Montemor-o-Velho

O segundo factor de diferenciação do espaço regional é o próprio rio


Mondego, que tem marcado, ao longo dos tempos, o modo de vida das
populações pelo impacto que tem no aproveitamento agrícola das áreas
ribeirinhas (campos do Mondego). No entanto, tem-se verificado, nos últimos
anos, um decréscimo acentuado na população ligada ao sector primário. Em
2001, por exemplo, os activos do sector terciário representavam cerca de 56%
da população activa.

O aumento do sector terciário resulta de uma boa rede viária,


recentemente aumentada com a ligação à auto-estrada Coimbra – Figueira da
Foz e respectivas ligações Norte – Sul. As vias de comunicação, em particular
a EN 111, a EN 341 e o eixo ferroviário, determinam também a diferenciação
do espaço, adensando o povoamento nos locais de maior acessibilidade – onde
são gerados os movimentos pendulares mais intensos e onde se concentra a
dependência da população em relação a empregos noutros locais.

O forte potencial agrícola do Baixo Mondego é um facto sobejamente


conhecido e está na génese das diversas acções integradas no âmbito do
projecto de regularização do Rio Mondego.

As potencialidades edafo-climáticas, associadas aos recursos hídricos


da região, permitiram o desenvolvimento de uma agricultura baseada na
produção de carne e leite e em culturas diversificadas, nomeadamente milho,
arroz e hortícolas. As hortícolas têm-se desenvolvido bastante, apesar das
respectivas dificuldades de inserção nos sistemas de distribuição e
comercialização.

Este recurso poderá ser substancialmente valorizado através do


desenvolvimento de indústrias agro-alimentares de armazenagem e
distribuição na região, nomeadamente com a construção do Parque Logístico
da Zona Industrial de Arazede.

A evolução normal que se tem verificado na estrutura económica da


região (da qual faz parte o decréscimo da população activa no sector primário)
não corresponde à perda da importância económica da agricultura.

Na realidade, a agricultura continua a ser uma componente essencial


das economias familiares, visto que muitas famílias residentes no Baixo
Mondego possuem explorações agrícolas de reduzida dimensão.

Projecto Educativo 13 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Este concelho tem investido na criação de parques (freguesias de


Arazede e Montemor-o-Velho) – devidamente infra-estruturados e situados
junto dos eixos viários –, de modo a oferecer boas condições à fixação de
novas indústrias, procurando fixar novos empregos e promovendo o
desenvolvimento.

A implantação de indústrias associadas aos recursos agrícolas da


região é ainda incipiente, mas poderá ser incentivada no âmbito da
reconversão agrícola e integração industrial. Os recursos naturais e agrícolas e
a mão-de-obra disponível são as principais potencialidades do sector industrial
da região, o qual poderá beneficiar ainda do potencial científico e técnico das
Universidades (Coimbra e Aveiro).

Como actividade económica, o turismo tem maior expressão nos


concelhos da Figueira da Foz e de Coimbra, pese embora já se notarem
iniciativas no concelho de Montemor-o-Velho que poderão, a breve prazo
produzir os seus frutos. É o caso do turismo rural e ambiental.

As potencialidades turísticas da região são inúmeras:

• diversas zonas de paisagem natural e unidades ecológicas específicas;

• possibilidade de desenvolvimento de desportos fluviais (remo, canoagem);


• existência de centros hípicos e escolas de equitação;
• vasto património histórico;
• rica gastronomia regional;
• existência de actividades diurnas de animação cultural e recreativa;
• boa acessibilidade.

Estes recursos constituem um forte potencial a desenvolver, tanto mais


que a região é já conhecida e visitada, embora com forte sazonalidade.

3.A ESCOLA

3.1.Perfil e historial

A Escola Secundária de Montemor-o-Velho foi criada pelo Decreto


Lei N.° 260-B/75, de 26 de Maio, com vista a corrigir a oferta do ensino
público e a diminuir as assimetrias da rede escolar.

O ensino secundário começou por funcionar no edifício do então


Externato Fernão Mendes Pinto, único estabelecimento de educação
Projecto Educativo 14 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

privado já existente e que garantia, até esta data, a oferta educativa do


antigo 5.º ano dos liceus neste concelho.

Assim, com a publicação em Diário da República, foi criada a


escola secundária designada por Escola Secundária de Montemor-o-Velho,
conforme o previsto no artigo 5.º do decreto-lei acima referido.

Com o aumento da população escolar e a separação do ensino


básico e do ensino secundário (e todas as subsequentes alterações nos
seus quadros privativos), foi criado o quadro de pessoal docente,
administrativo e auxiliar desta escola secundária, através da Portaria n.º
326-A/75, de 26 de Maio. Ao provimento dos lugares dos quadros do
pessoal docente, podiam concorrer todos os indivíduos habilitados com o
correspondente Exame de Estado ou concurso de provas públicas e/ou de
habilitação para o magistério do ensino liceal ou técnico secundário.

Inicialmente, a escola funcionou com o 3.º ciclo do ensino básico e


com o ensino secundário, tendo ficado apenas com este último a partir do
ano lectivo de 1996/97.

3.1.1.População escolar e oferta educativa

Ao longo do seu percurso, a escola tem oferecido cursos no âmbito


do ensino secundário regular para preparação e acesso ao ensino superior,
bem como cursos tecnológicos e profissionais para inserção no mercado de
trabalho, com estágios profissionais integrados em contexto de trabalho.
Recentemente e respondendo às novas directrizes do Ministério da
Educação, a escola oferece Cursos de Educação e Formação, destinados a
alunos em risco de abandono escolar e com grandes dificuldades de
aprendizagem. Actualmente, oferece ainda cursos EFA (Educação e
Formação de Adultos) no âmbito das Novas Oportunidades.

3.1.2.O contexto sócio-educativo

O quadro VII mostra, por ano de escolaridade, a situação


profissional dos Pais dos alunos que frequentam, no presente ano lectivo,
o Ensino Regular Diurno:

Projecto Educativo 15 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Quadro VII – Situação profissional dos Pais


Situação profissional
Anos de Pai3 Mãe4
escolaridade Sem
Secto Secto Secto empreg Sector Secto Secto Sem
rP rS rT Reforma o P rS rT Reforma emprego
10.º ano 7 4 80 0 4 6 19 51 0 4
11.º ano 6 8 79 3 1 2 19 50 0 3
12.º ano 3 13 55 1 1 3 12 41 1 5

TOTAIS 16 25 214 4 6 11 50 142 1 12

A leitura do quadro VII permite concluir que a maioria dos Pais dos
alunos do Ensino Regular Diurno – 214 Pais e 142 Mães – exercem
profissões que se agrupam no Sector Terciário.

..............O gráfico da figura 2 apresenta os valores percentuais


correspondentes aos totais que constam do quadro VII e se referem,
respectivamente, à situação profissional dos Pais e das Mães do universo
de alunos inquiridos:

Situação profissional - Pais

100%

80%

60% Pais
40% Mães
20%

0%
Sector P Sector S Sector T Reforma Sem
emprego

Figura 2

O quadro VIII mostra, por ano de escolaridade, o grau de instrução


dos Pais dos alunos que frequentam, no presente ano lectivo, o Ensino Regular
Diurno:

3 Não foram disponibilizados dados relativamente a este item em 8 dos inquiridos no 10.º ano,

em 9 no 11.º ano e em 4 no 12.º ano.

4 Não foram disponibilizados dados relativamente a este item em 4 dos inquiridos no 10.º ano,

em 9 no 11.º ano e em 3 no 12.º ano. São domésticas 19, 23 e 12 Mães dos alunos dos 10.º, 11.º e 12.º

anos, respectivamente.
Projecto Educativo 16 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Quadro VIII – Grau de instrução dos Pais


Grau de instrução
Anos de Pai Mãe
escola-
ridade 1.º 2.º 3.º Ensino Ensino Sem 1.º 2.º 3.º Ensino Ensino Sem
ciclo ciclo ciclo Sec Sup. dados ciclo ciclo ciclo Sec Sup. dados

10.º ano 17 34 28 9 5 10 21 21 32 12 11 6

11.º ano 17 28 31 14 9 7 14 28 39 14 8 3

12.º ano 19 19 21 10 3 5 19 14 18 8 14 4

TOTAIS 53 81 80 33 17 22 54 63 89 34 33 13

A leitura do quadro VIII permite observar – no que respeita ao grau de


instrução e considerando o conjunto dos três anos de escolaridade do Ensino
Regular Diurno – que a maioria dos Pais possui o 2.º ou o 3.º Ciclos do Ensino
Básico, respectivamente 81 e 80 (Pais) – números que se traduzem em
valores percentuais correspondentes a 28,32% e 27,97% do universo dos
inquiridos. O grau de instrução das Mães do mesmo universo de alunos é
maioritariamente o 3.º Ciclo – 89 (Mães) – número que, em termos
percentuais, corresponde a 31,11% dos inquiridos. O total de Mães com o 2.º
Ciclo – 63, sendo embora superior ao que se verifica nos restantes graus de
instrução considerados, põe em destaque uma mais acentuada diferença
relativamente ao número das que possuem o 3.º Ciclo e corresponde a apenas
22,02% dos inquiridos.

Os gráficos das figuras 3 e 4, respectivamente respeitantes aos graus


de instrução dos Pais e Mães dos alunos do Ensino Regular Diurno, permitem
mais claramente aferir dos valores percentuais correspondentes aos totais
apresentados no quadro VIII:

Grau de instrução dos Pais

100%

80%

60%
Pais
40% Mães
20%

0%
1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Ens. Sec. Ens. Sup. Sem
dados

Figura 3
Projecto Educativo 17 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

O quadro IX apresenta dados relativos ao percurso casa – escola


diariamente efectuado pelos alunos no que respeita à distância percorrida e ao
tempo de deslocação:

Quadro IX – Percurso casa – escola

Distância percorrida Tempo de deslocação


Anos de
escolaridade Quilómetros Minutos
0a 6a 11 a 16 a >
0a5 6 a 15 16 a 30 > 30
5 10 15 20 20
10.º ano 37 40 15 11 0 19 46 27 11
11.º ano 45 41 13 5 0 22 54 23 5
12.º ano 26 35 8 7 0 10 43 12 11
TOTAIS 108 116 36 23 0 51 143 62 27

A leitura do quadro IX – considerando de novo o conjunto dos três


anos de escolaridade do Ensino Regular Diurno – mostra que a grande maioria
dos alunos (224 dos inquiridos) reside a uma distância da Escola inferior ou
igual a 15 km. Cerca de metade dos alunos demora entre 6 a 15 minutos a
chegar à Escola.

O gráfico da figura 4 apresenta os valores percentuais correspondentes


aos totais que constam no quadro IX e é referente à distância percorrida
diariamente pelos alunos na sua deslocação à escola:

Di stânci a P er cor r i da

200
12.º ano
180 11.º ano

10.º ano
160

140

120

100 35
26

80

60 45 41

40
8

20 40 13 7
37
5
15 11
0

0a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20

Q ui l óme t r o s

Figura 4

Refira-se ainda que, num total de 325 alunos que frequentam o ensino
secundário regular no ano lectivo de 2007-08, 307 alunos possuem em casa
computador e 272 alunos declararam ter acesso à Internet.

Projecto Educativo 18 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Resultados escolares

Quadro X
Disciplinas dos Cursos Científico-Humanísticos
Área Projecto 100,0%
Bio Geo 10 85,3% 87,9%
Bio Geo 11 79,5% 100,0%
Biologia 97,2%
Ed. Física 100,0% 100,0% 100,0%
EMRC 100,0% 100,0% 100,0%
Filosofia 92,4% 98,2% 92,9%
Física 100,0%
FQA 10 83,1% 87,9%
FQA 11 86,8% 95,8%
Francês 4,5,6 87,1% 95,8% 83,4%
Geografia A 100,0% 100,0%
História A 92,9% 93,3%
Inglês 6,7 97,4% 95,1% 100,0%
Matemática A 65,0% 72,8% 86,1%
Port (A) 93,0% 82,9%
Português 97,0% 92,3% 90,5%
Psicologia B 100,0%
TIC 99,0%
Geo.Desc.A 100,0%
Economia A 100,0%
Macs 72,2% 100,0%

Taxa de abandono escolar

Segundo o Relatório do Abandono Escolar do Ministério da Educação,


abandono escolar abrange os conceitos de:

(i) abandono escolar – respeitante ao total de indivíduos com idades


compreendidas entre os 10 e os 15 anos de idade que, no momento
censitário, não concluíram o 3º ciclo e não se encontram a frequentar a
escola;

(ii) saída antecipada – respeitante ao total de indivíduos com idades


compreendidas entre os 18 e os 24 anos que, no momento censitário, não
concluíram o 3º ciclo e não se encontram a frequentar a escola;

(iii) saída precoce – respeitante ao total de indivíduos com idades


compreendidas entre os 18 e os 24 anos que, no momento censitário, não
concluíram o Ensino Secundário e não se encontram a frequentar a escola.

Assim, no contexto do presente Projecto Educativo, considera-se


abandono escolar a saída precoce dos alunos, dado o nível etário dos
discentes e o facto de se tratar de Ensino Secundário.. Deverá a Escola
implementar medidas e encontrar respostas que a evitem ou minimizem.

Para efeitos do Ensino Nocturno considera-se abandono escolar sempre


que o aluno/formando deixe de frequentar o estabelecimento de ensino nas
seguintes situações:

Projecto Educativo 19 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

- após a frequência de pelo menos dois terços das aulas de cada


disciplina do Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis (presenciais), ou
que tenham concluído pelo menos dois módulos de cada disciplina em que se
inscreveu para exame (não presencial),

- após a conclusão de pelo menos dois núcleos geradores de cada área


em que o formando se inscreveu, nos cursos EFA.

Taxa Abandono
Ano 2004/2005 2005/2006 2006/2007 (por ano de
escolaridade)
10.º 9,40% 12,75% 7,38% 9,84%
11.º 2,52% 4,67% 10,11% 5,77%
12.º 3,31% 4,93% 4,72% 4,32%
Taxa de
5,08% 7,45% 7,40% 6,64%
abandono (por
ano lectivo)
Figura 55

Taxa de abandono Taxa Abandono


(por ano de escolaridade)
(por ano lectivo)
12%
8% 10%
6% 8%

4% 6%

4%
2%
2004/2005 2005/2006 2006/2007 2%
10.º 11.º 12.º

Figura 6

Da análise das figuras 5 e 6 ressalta o seguinte:

A taxa de “abando escolar” diminui progressivamente do 10.º para o


12.º, pois o 10.º ano funciona um pouco como filtro.

Nestes dados não foram consideradas as anulações de matrícula,


excepto nos casos em que os alunos anularam a sua matrícula a todas as
disciplinas.

5 Apenas foi possível fazer o estudo para os cursos do ensino secundário diurno.
Projecto Educativo 20 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Resultados do acesso ao ensino superior

Quadro XI
Inscrito Tencionavam Apresentara Foram Opção
Ano s para candidatar- m colocados média de
Exame se candidatura (1.ª fase) colocação

2005 210 182(87%) 70(38%) 66(94%) 2,08


2006 303 202 (67%) 73 (36%) 65(89%) 1,95
2007 247 161(65%) 79(49%) 70(89%) 2,03
2008

Participação dos alunos em actividades extra-curriculares

Ano lectivo 2007-2008

Público-Alvo
Alunos Pessoal Pessoal não Comunidade Encarregados Comunidade
docente docente Escolar de educação educativa
99 33 18 36 8 22

a) não foi possível recolher dados referentes à participação do número de


participantes nas acções desenvolvidas

Dados sobre a indisciplina

APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DISCIPLINARES - ANO LECTIVO 2007/2008


Preventivas Advertência 6
Ordem de Saída da Sala de Aula 7
Actividades de Integração na Escola 6
Transferência de Escola ---
Sancionatória
s Repreensão ---
Repreensão registada
Suspensão da Escola até 5 dias 2
Suspensão da Escola de 6 a 10 dias 2
Expulsão da Escola ---

3.2.Recursos humanos

3.2.1.Corpo docente

O corpo docente da Escola Secundária de Montemor-o-Velho é


constituído por 65 professores – 60 pertencem ao quadro de nomeação
definitiva e apenas 10 são professores contratados.

A caracterização do corpo docente que seguidamente se apresenta tem


por referência o conjunto de professores em exercício de funções na Escola no
ano lectivo de 2007/08.
Projecto Educativo 21 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

O gráfico apresentado mostra que o corpo docente é maioritariamente


feminino:

Distribuição dos professores por


sexo

34%
Masculino
Feminino
66%

Figura 7

Por escalões etários, o grupo maioritário dos professores a leccionar na


Escola no ano lectivo de 2007-08 é o que apresenta idades compreendidas
entre os 41 e os 50 anos – 33 docentes – seguindo-se o grupo dos que
apresenta idade superior a 50 anos – 21 docentes. Com idades compreendidas
entre os 31 e os 40 anos regista-se um número de 10 docentes. Apenas 1
docente tem idade inferior a 30 anos.

Distribuição dos professores por


idades

15% 2%
32% > 50 anos
41 - 50 anos
31 - 40 anos

51% < 30 anos

Figura 8

Coimbra é o concelho onde reside um número mais elevado de


docentes – 30. Seguem-se os concelhos da Figueira da Foz – onde residem 12
docentes – e de Montemor-o-Velho – onde reside igual número de docentes.
Os restantes residem nos concelhos de Soure – 6 docentes – e Cantanhede –
3 docentes. Refira-se ainda que dois docentes residem fora do distrito de
Coimbra.

Projecto Educativo 22 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Concelhos de residência

18% Coimbra
9% Figueira da Foz
18%
5% Montemor-o-Velho

2% Soure
Cantanhede
2%
Mondim de Basto
46% Santo Tirso

Figura 9

No ano lectivo de 2007-08, dos 65 professores que integram o corpo


docente em exercício de funções na Escola, 54 têm Licenciatura, 8 têm
Mestrado e 3 têm Bacharelato. A distribuição por grupos de recrutamento é a
que se apresenta no quadro seguinte:

Quadro XII – Grupos de recrutamento / Habilitações académicas


Habilitações académicas
Grupos de recrutamento
Bacharelato Licenciatura Mestrado
290 – EMRC - 1 -
300 – Português - 5 3
320 – Francês - 1 1
330 – Inglês - 4 -
400 – História - 3 -
410 – Filosofia - 5 -
420 – Geografia - 5 -
430 – Economia e Contabilidade 1 6 -
500 – Matemática - 5 2
510 – Física e Química 1 5 -
520 – Biologia e Geologia - 5 1
530 – Educação Tecnológica 1 1 -
550 – Informática - 1 -
600 – Artes Visuais - 1 -
620 – Educação Física - 5 1
Total - 5 1

Estes dados são referentes ao lectivo de 2007/2008 e lecciona na escola.

Todos os docentes em exercício de funções na Escola no decorrer do ano


lectivo de 2007-08 possuem habilitação profissional e detêm uma experiência
profissional superior a quatro anos. Todos frequentaram acções de formação
contínua em diferentes áreas de especialização.

Projecto Educativo 23 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

A sua distribuição nos diferentes escalões da carreira profissional é que


consta no quadro seguinte:

Quadro XIII – N.º de docentes por escalão


Número
Escalão de
docentes
2.º escalão 1
3.º escalão 5
4.º escalão 1
5.º escalão 5
6.º escalão 2
7.º escalão 10
8.º escalão 18
9.º escalão 16
10.º escalão 8

O gráfico que a seguir se apresenta permite aferir da estabilidade do


corpo docente. Com efeito, num conjunto de 65 docentes, apenas 5 se
encontram pela primeira vez em exercício de funções na Escola. Os restantes
leccionam neste estabelecimento de ensino há três ou mais anos lectivos.

Tempo de serviço prestado na Escola

8%

1 ano
3 ou mais anos

92%

Figura 10

A estabilidade do corpo docente da Escola é relevante. De facto –


como mostra o quadro que a seguir se apresenta –, do total de docentes
pertencentes ao seu quadro de nomeação definitiva, apenas 9 se encontram,
no ano lectivo de 2007-08, destacados em outros estabelecimentos de ensino.
Tomando por referência a nomeação definitiva dos docentes, será igualmente
de assinalar a sua segurança profissional: apenas 5 docentes são contratados.

Quadro XIV – Estabilidade/Segurança profissional dos docentes


n.º de
Estabilidade/Segurança profissional dos docentes
docentes
Projecto Educativo 24 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Da Escola 58
QND Da Escola mas destacado para outra 9
De outra Escola e colocado nesta 2
Profissionalizados 3
Contratados Em Profissionalização pela Universidade 7
Outra situação 2

3.2.2.Corpo não docente

O corpo não docente da Escola distribui-se pelos diferentes serviços do


seguinte modo: 17 são auxiliares de acção educativa; 10 trabalham nos
Serviços Administrativos da Escola; 1 no ASE; 1 na Cozinha; 2 exercem a
função de Guardas-Nocturnos; 1 integra a Carreira Técnica Superior. O gráfico
seguinte traduz os números apresentados em valores percentuais:

Distribuição por serviços

6%
3%
3%
AAE
3%
Serv. Adm.
ASE
54% Bar
31% G. Noct.
Psicóloga

Figura 11

O corpo do pessoal não docente é maioritariamente constituído por


elementos do sexo feminino – 24 auxiliares. Apenas 8 auxiliares são do sexo
masculino. Assim nos mostra o gráfico da figura 12:

Projecto Educativo 25 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Distribuição por sexo

25%
Feminino
Masculino
75%

Figura 12

A maioria dos auxiliares – 12 – tem idade superior a 51 anos. Dos


restantes, 10 apresentam idades compreendidas entre os 41 e os 50 anos; 9
apresentam idades compreendidas entre os 31 e os 40 anos; apenas 1 tem
idade compreendida entre os 21 e os 30 anos. É o que pode ler-se no gráfico
da figura 13:

Distribuição por idades

3% 21 a 30 anos
38% 28%
31 a 40 anos
41 a 50 anos
31% 51 ou mais anos

Figura 13

A quase totalidade dos elementos do corpo não docente reside no


concelho de Montemor-o-Velho: 29. Apenas três residem em concelhos
limítrofes: 2 residem no concelho da Figueira da Foz e 1 reside no concelho de
Soure. Os valores percentuais correspondentes a estes números são os que se
apresentam no gráfico seguinte:

Projecto Educativo 26 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Concelhos de residência

3% 6%
Montemor-o-Velho
Figueira da Foz
Soure
91%

Figura 14

No que respeita às habilitações académicas, de entre o pessoal do


corpo não docente da Escola, apenas 1 tem Licenciatura, 19 concluíram o
Ensino Secundário, 7 concluíram o 3.º Ciclo do Ensino Básico, 2 concluíram o
2.º Ciclo do Ensino Básico e 3 concluíram o 1.º Ciclo do Ensino Básico. Os
valores percentuais correspondentes a estes números são apresentados no
gráfico seguinte:

Habilitações académicas

6% 9% 3% Licenciatura
Ens. Secundário
3.º Ciclo
22%
60% 2.º Ciclo
1.º Ciclo

Figura 15

Em termos da sua formação profissional, é de referir que todos os


elementos que integram o corpo não docente da Escola frequentaram acções
de formação contínua, exceptuando os dois guardas-nocturnos.

Projecto Educativo 27 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Frequência de acções de formação

6%

Sim
Não

94%

Figura 16

No que respeita à experiência profissional do pessoal não docente em


exercício de funções na Escola, é de registar que: 13 apresentam um tempo
de serviço compreendido entre os 11 e os 20 anos; 10 apresentam um tempo
de serviço superior a 20 anos; 4 apresentam um tempo de serviço
compreendido entre os 7 e os 10 anos; 5 apresentam um tempo de serviço
compreendido entre os 4 e os 6 anos. O gráfico seguinte traduz estes números
em valores percentuais:

Total de anos de serviço

16%
31%
de 4 a 6 anos
13% de 7 a 10 anos
de 11 a 20 anos
> a 20 anos

40%

Figura 17

A grande maioria dos elementos do corpo não docente – 20 – exerce


funções na Escola há mais de 10 anos. Dos restantes, 6 exercem funções
neste estabelecimento de ensino num período de tempo compreendido entre
os 7 e os 10 anos, 5 num período de tempo compreendido entre os 4 e os 6
anos e apenas 1 exerce funções há menos de 1 ano. O gráfico seguinte

Projecto Educativo 28 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

permite, por conseguinte, aferir da estabilidade do corpo não docente na


Escola:

Número de anos de serviço na Escola

3%
16%

< 1 ano
4 a 6 anos
19% 7 a 10 anos
62% < 10 anos

Figura 18

A quase totalidade dos elementos do corpo não docente da Escola – 29


– são vinculados. Os restantes – apenas 3 – são contratados.

Situação profissional

9%

Vinculados
Contratados

91%

Figura 19

3.3.Associação de Pais e Encarregados de Educação

A nossa Escola conta também com a participação na vida escolar de


uma Associação de Pais e Encarregados de Educação, a qual constitui um
recurso humano importante para a interacção escola/família no que respeita à
consecução dos objectivos pedagógicos do presente Projecto Educativo. É uma

Projecto Educativo 29 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

estrutura que pode contribuir para uma participação mais activa dos Pais e
Encarregados de Educação na vida da Escola, ajudando a combater eventuais
aspectos fracos da sua acção e/ou a reforçar os seus pontos fortes.

3.4.Associação de Estudantes

À semelhança do que tem vindo a acontecer em anos lectivos


anteriores, a Escola continuará a incentivar a criação de uma Associação de
Estudantes. Entendemos ser este um momento a relevar numa vertente
pedagógica da educação para a cidadania dos nossos alunos. É uma estrutura
que permite estabelecer uma ligação entre as estruturas pedagógicas da
Escola e os discentes em geral. Cabe-lhe um importante papel em termos de
promoção e participação dos últimos em actividades desenvolvidas pela e para
a comunidade educativa.

3.5.Recursos materiais e equipamentos

Neste projecto não serão caracterizados os equipamentos e materiais,


uma vez que a escola foi integrada no “Programa de Modernização do Parque
Escolar” cuja intervenção terá lugar no próximo ano lectivo. Os actuais
espaços serão completamente remodelados e, em alguns casos, alterados.

Para além das intervenções estruturais, a escola aguarda


equipamentos informáticos e audiovisuais (ainda não quantificados)
resultantes do Plano Tecnológico da Educação.

Depois de concluída esta intervenção, o Projecto Educativo, que ora se


apresenta, será oportunamente actualizado com os novos dados.

3.6.Recursos pertencentes a outras instituições

• Gimnodesportivo – Este equipamento não permite a concretização da


totalidade das aulas de Educação Física. No ano lectivo de 2007/08 e
no que respeita à ocupação pelos alunos desta escola, apenas deu
resposta a x% do total das aulas.
• Piscinas municipais – A utilização deste equipamento depende da
existência de financiamento, pelo que apenas é utilizado pelos
alunos dos percursos qualificantes e pelos grupos equipa do desporto
escolar.
• Pista de remo – Poderá ser um recurso a considerar futuramente.
Projecto Educativo 30 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

• Empresas para colocação de alunos em estágio em contexto de


trabalho / protocolos – São estabelecidos contactos anuais, com
assinatura de protocolos, de acordo com as necessidades existentes.
• Recursos da autarquia – Pontualmente, a autarquia disponibiliza
vários recursos, de acordo com a solicitação da escola.

3.7.Estruturas pedagógicas

O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão


pedagógica e de orientação educativa da escola, nomeadamente nos domínios
pedagógico-didácticos, de orientação e acompanhamento dos alunos e da
formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Os Departamentos Curriculares e os Conselhos de Turma são duas


estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica que colaboram
com o Conselho Pedagógico na coordenação, supervisão e acompanhamento
das actividades escolares, promovendo o trabalho colaborativo entre os vários
intervenientes no processo de ensino/aprendizagem.

3.8.Outros recursos pedagógicos

Enquanto estrutura pedagógica que medeia a formação de leitores, a


transformação de informação em conhecimento, o acesso à cultura e ao lazer,
a alunos, professores e comunidade educativa em geral, através de uma
variada gama de suportes que se não limitam aos livros mas abrangem os
documentos audiovisuais, multimédia e digitais, a biblioteca escolar procura ir
ao encontro dos interesses e necessidades dos seus utilizadores. Assim,
orienta a sua acção para o desenvolvimento do currículo, das literacias, do
prazer de ler, de escrever e para o aprofundamento da cultura cívica,
científica, tecnológica e artística, adoptando e procurando incentivar o recurso
a metodologias activas, na construção de uma aprendizagem baseada em
recursos de informação, defendendo e elegendo nas suas acções uma postura
pedagógica baseada no construtivismo. Ao potenciar o domínio de conteúdos e
temáticas curriculares e extracurriculares, a biblioteca escolar fomenta a
formação de leitores estáveis e o desenvolvimento das competências
necessárias para a auto-formação e para a aprendizagem ao longo da vida,
necessárias ao exercício de uma cidadania activa e responsável.

Projecto Educativo 31 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

As vertentes informativa e educativa acima referidas não esgotam a


função da biblioteca escolar, assumindo esta ainda uma vertente lúdico-
didáctica, ao proporcionar o acesso a bens culturais, ao encorajar a
sensibilidade estética, o desenvolvimento da criatividade e do gosto pela
leitura autónoma. Tratando-se de preocupações comuns aos vários
intervenientes na educação dos jovens, nenhuma destas pretensões chegará a
transformar-se em realidade sem o envolvimento do órgão de gestão, dos
professores, dos pais, enfim, da comunidade educativa. No que diz respeito à
formação de leitores e ao desenvolvimento de competências literácicas,
impõe-se um trabalho colaborativo articulado horizontal e verticalmente, numa
concertação de objectivos de educação ao nível das políticas da escola,
concelhias, regionais e nacionais, cabendo no âmbito desta última o recente
Plano Nacional de Leitura, cujos princípios, mesmo que ainda não aberto ao
ensino secundário, a nossa biblioteca escolar deverá continuar a adoptar.

No sentido de propiciar um fácil acesso à leitura, seja ela funcional ou


ficcional, feita com objectivos escolares ou por prazer, efectuada em suporte
livro ou não-livro, a biblioteca escolar avalia os pontos fortes e fracos dos
serviços que presta e da sua colecção[1], com vista à optimização dos
primeiros e à correcção dos segundos, lançando mão das oportunidades que
surjam, nomeadamente as candidaturas a projectos de âmbito nacional.
Continuará ainda a aproximar-se de indicadores nacionais e internacionais de
excelência. Deste modo, ao longo do triénio escolar de 2008/2009 a
2010/2011, a biblioteca escolar deverá ter o seu catálogo completamente
informatizado e indexado por assuntos, ao mesmo tempo que se preocupará
com o modo como gere a colecção, centrando-a nos interesses dos utilizadores
e nas necessidades inerentes à consecução das metas e objectivos do
presente Projecto Educativo, com o qual deverá fazer uma articulação estreita
nos planos de acção e planos anuais a traçar.

Através das potencialidades oferecidas pelas novas tecnologias, a


biblioteca escolar deverá não apenas seleccionar e disponibilizar conteúdos,
mas dar ao seu utilizador a possibilidade de participar na criação de
conteúdos, os quais deverão ser validados por professores de diversas áreas
disciplinares e integrarão, posteriormente, os recursos digitais da biblioteca
escolar. Ao mesmo tempo, os novos ambientes digitais viabilizarão uma maior
participação dos utilizadores nos próprios serviços da biblioteca escolar

Projecto Educativo 32 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

enquanto préstimos comunitários, contribuindo para a introdução de


alterações que os optimizem e, desse modo, possam contribuir para a eficácia
na consecução das metas do presente Projecto Educativo.

Gabinete de Apoio Educativo

Como medida de apoio educativo, funcionará na escola um Gabinete


de Apoio com os professores indicados para o Plano de Ocupação Plena dos
Tempos Escolares. Na ausência de actividade de ocupação / substituição,
poderão estes professores acompanhar os alunos que manifestem
irregularidades de comportamento na sala de aula, desde que lhes sejam
solicitadas tarefas a realizar pelo professor titular de turma.

Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares

O Conselho Executivo organiza, de acordo com o previsto na lei em


vigor, um Plano de Ocupação dos Tempos Escolares com actividades
educativas a proporcionar aos alunos durante todo o período de tempo em que
estes permaneçam na escola. Este Plano e que deve ser enviado à Direcção
Regional de Educação até ao primeiro dia de aulas do ano lectivo.

O Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares poderá integrar um


conjunto de actividades educativas, tais como:

Actividades em salas de estudo;

Clubes temáticos;

Actividades do uso de Tecnologias de Informação e de Comunicação;

Leitura orientada;

Pesquisa bibliográfica orientada;

Actividades desportivas orientadas;

Actividades oficinais, musicais e teatrais.

A avaliação do plano deverá ter lugar no final de cada ano lectivo,


constando de um relatório a elaborar no mesmo momento e no qual deverão
constar:

O número de permutas, de substituições e de ocupações realizadas e


os resultados obtidos a partir da análise de um questionário aplicado aos
envolvidos.

Serviço de Psicologia e Orientação Escolar

Projecto Educativo 33 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Os Serviços Especializados de Apoio Educativo destinam-se a promover


a existência de condições que assegurem a plena integração escolar dos
alunos, devendo conjugar a sua actividade com as atribuições definidas e com
o Projecto Educativo da escola.

3.9.Parcerias

Existem presentemente parcerias estabelecidas com as seguintes


entidades:

• Centro de Saúde;
• Faculdade de Psicologia;
• Faculdade de Letras;
• Faculdade de Medicina Dentária;
• Câmara Municipal;
• Cruz Vermelha de Verride;
• Empresas locais;
• ADE – Associação Desportiva de Escolas;
• ADELO – Associação Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego;
• Ecopilhas Ecopilhas - Sociedade Gestora de Resíduos de Pilhas e
Acumuladores, Lda.

A escola estará sempre aberta a desenvolver este tipo de parcerias –


com entidades locais ou regionais, desde que encontre potencialidades que
possam reverter em benefício das aprendizagens dos alunos.

3.10.Linhas Orientadoras: auscultação à comunidade educativa

Procurando definir as linhas orientadoras da escola para o triénio


2008-2011, procedeu-se à auscultação das suas estruturas pedagógicas no
sentido de encontrar respostas para a definição de um novo tema para o
Projecto Educativo, para as principais áreas de interesse a considerar em
projectos e actividades extra-curriculares a desenvolver e também no âmbito
dos planos de formação e desenvolvimento do pessoal docente e não docente.

Assim, o quadro XV apresenta o elenco das áreas consideradas de


intervenção prioritária pelos docentes em exercício de funções na escola.
Inclui também dados referentes ao total de Professores que indicaram uma

Projecto Educativo 34 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

determinada área como prioritária e o(s) valor(es) percentual(ais)


correspondente(s) no universo dos inquiridos:

Quadro XV – Áreas de intervenção prioritária


Inquiridos
Áreas de intervenção prioritária (docentes)
Total Valor %
Formação pessoal, social, cultural e cívica dos alunos 33 56,89
Formação dos alunos para a inserção no mercado de trabalho 24 41,37
Resposta a situações de indisciplina e mau comportamento na Escola 22 37,93
Aumento dos níveis de literacia dos alunos 21 36,2
Cooperação entre o Pessoal Docente e Não Docente e os Encarregados de
18 31,03
Educação na formação pessoal, social e cívica dos alunos
Percurso formativo e escolar dos alunos orientado para o prosseguimento de 15 25,86
estudos
Desenvolvimento de Projectos e estabelecimento de parcerias (autarquia,
13 22,41
associações empresariais, industriais, comerciais…do Concelho)
Construção de uma cidadania activa que se substantiva num pensamento ético-
11 18,96
político crítico, responsável e socialmente comprometido
Abertura da Escola ao Meio envolvente 9 15,51
Resposta a situações-problema diagnosticadas nos alunos: absentismo, alcoolismo,
5 8,62
toxicodependência, gravidez na adolescência…
Resposta da Rede Social do Concelho aos problemas detectados nos alunos
3 5,17
(decorrentes da realidade socio-económica em que estão inseridos)

A leitura do quadro anterior permite verificar que as áreas da


Formação pessoal, social, cultural e cívica, da Formação dos alunos para a
inserção no mercado de trabalho e da Resposta a situações de indisciplina e
mau comportamento na Escola são as que os Professores elegem como
devendo ser de intervenção prioritária no próximo Projecto Educativo de
Escola. Com valores percentuais igualmente significativos e/ou próximos dos
das áreas indicadas, no que respeita ao número de respostas no universo de
inquiridos, apresentam-se as áreas do Aumento dos níveis de literacia dos
alunos e da Cooperação entre o Pessoal Docente e Não Docente e os
Encarregados de Educação na formação pessoal, social e cívica dos alunos.

O quadro XVI mostra, de entre o conjunto de funções atribuídas à


escola apresentado no questionário aplicado, as que os docentes consideram
merecedoras de atenção privilegiada no novo Projecto Educativo de Escola a
delinear para o triénio 2008-2011. Inclui também a referência ao total de
docentes que indicaram cada função da escola seleccionada e o(s) valor(es)
percentual(ais) correspondente(s) no universo de inquiridos:

Projecto Educativo 35 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Quadro XVI – Funções atribuídas à escola


Inquiridos
Funções atribuídas à escola (docentes)

Total Valor %
Preparar para as exigências e os desafios da vida activa 30 51,72
Fomentar atitudes de solidariedade, humanitarismo e respeito pelo outro 21 36,2
Construir conhecimentos 17 29,31
Educar para a cidadania 16 27,58
Formar numa perspectiva pessoal, social e cultural 15 25,86
Articular as actividades (lectivas e de extensão curricular) com o Meio envolvente 6 10,34
Contribuir para a definição de um projecto de vida próprio 5 8,62
Discutir valores 5 8,62
Desenvolver o gosto artístico e a sensibilidade estética 2 3,44
Promover hábitos de vida saudável e uma sexualidade responsável 2 3,44

O quadro XVII apresenta o elenco das áreas consideradas de


intervenção prioritária pelos alunos da escola. Inclui também dados referentes
ao total de alunos que indicaram uma determinada área como prioritária e
o(s) valor(es) percentual(ais) correspondente(s) no universo dos inquiridos:

Quadro XVII – Áreas de intervenção prioritária


Inquiridos
Áreas de intervenção prioritária (alunos)

Total Valor %

Formação dos alunos para a inserção no mercado de trabalho 42 56,75

Formação pessoal, social, cultural e cívica dos alunos 31 41,89


Resposta a situações-problema diagnosticadas nos alunos: absentismo,
26 35,13
alcoolismo, toxicodependência, gravidez na adolescência…
Percurso formativo e escolar dos alunos orientado para o prosseguimento de
24 32,43
estudos
Construção de uma cidadania activa que se substantiva num pensamento ético-
21 28,37
político crítico, responsável e socialmente comprometido
Desenvolvimento de Projectos e estabelecimento de parcerias (autarquia,
20 27,02
associações empresariais, industriais, comerciais…do Concelho)
Resposta a situações de indisciplina e mau comportamento na Escola 20 27,02

Abertura da Escola ao Meio envolvente 16 21,62


Cooperação entre o Pessoal Docente e Não Docente e os Encarregados de
13 17,56
Educação na formação pessoal, social e cívica dos alunos
Resposta da Rede Social do Concelho aos problemas detectados nos alunos
7 9,45
(decorrentes da realidade socio-económica em que estão inseridos)
Aumento dos níveis de literacia dos alunos 3 4,05

A leitura do quadro XVII permite destacar a Formação dos alunos para


a inserção no mercado de trabalho como a área de intervenção prioritária
eleita por um número significativo de alunos (mais de metade no universo de
inquiridos). Segue-se a Formação pessoal, social, cultural e cívica dos alunos –
Projecto Educativo 36 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

área que a análise dos questionários aplicados aos docentes colocou em


primeiro lugar de entre as restantes assinaladas como passíveis de uma
intervenção prioritária – e a Resposta a situações-problema diagnosticadas
nos alunos: absentismo, alcoolismo, toxicodependência, gravidez na
adolescência…. Esta última área – que foi considerada como sendo de
intervenção prioritária apenas por uma percentagem correspondente a 8,62%
do universo de Professores inquiridos – apresenta um total de respostas muito
próximo do obtido na área do Percurso formativo e escolar dos alunos
orientado para o prosseguimento de estudos que poderá, por conseguinte,
relevar-se de entre as que o universo de alunos inquiridos considera de maior
importância.

O quadro XVIII mostra, de entre o conjunto de funções atribuídas à


escola apresentado no questionário aplicado, as que os alunos consideram
deverem merecer mais atenção no novo Projecto Educativo de Escola a
delinear para o triénio 2008-2011. Inclui também a referência ao total de
alunos que indicaram (no respectivo questionário) cada função da escola
seleccionada e o(s) valor(es) percentual(ais) correspondente(s) no universo
dos inquiridos:

Quadro XVIII – Funções atribuídas à escola


Inquiridos
Funções atribuídas à escola (alunos)

Total Valor %
Promover hábitos de vida saudável e uma sexualidade responsável 28 37,83

Preparar para as exigências e os desafios da vida activa 20 27,02

Formar numa perspectiva pessoal, social e cultural 18 24,32

Construir conhecimentos 16 21,62

Contribuir para a definição de um projecto de vida próprio 15 20,27

Fomentar atitudes de solidariedade, humanitarismo e respeito pelo outro 15 20,27

Educar para a cidadania 15 20,27

Desenvolver o gosto artístico e a sensibilidade estética 7 9,45

Articular as actividades (lectivas e de extensão curricular) com o Meio envolvente 6 8,1

Discutir valores 6 8,1

Não responde 1 1,35

A leitura do quadro XVIII mostra que, na opinião dos alunos, Promover


hábitos de vida saudável e uma sexualidade responsável e Preparar para as
exigências e os desafios da vida activa são as duas funções que os alunos
elegem para alvo de uma mais evidenciada atenção no triénio de 2008-2011.
Projecto Educativo 37 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Sublinhe-se que a função mais classificada pelos alunos é a que regista um


total menos elevado de respostas no quadro que hierarquiza as Funções da
escola de acordo com os questionários aplicados aos docentes. Este
desfasamento já não se verifica, porém, no que respeita à função classificada
em segundo lugar pelos alunos, já que também os docentes a privilegiam de
entre as restantes que igualmente se atribuem à escola, colocando-a em
primeiro lugar nas suas escolhas.

O quadro XIX apresenta o elenco das áreas consideradas de


intervenção prioritária pelos auxiliares da escola. Inclui também dados
referentes ao total de auxiliares que indicaram uma determinada área como
prioritária e o(s) valor(es) percentual(ais) correspondente(s) no universo dos
inquiridos:

Quadro XIX – Áreas de intervenção prioritária


Inquiridos
Áreas de intervenção prioritária (A. A. E.)

Total Valor %

Formação pessoal, social, cultural e cívica dos alunos 15 55,55


Cooperação entre o Pessoal Docente e Não Docente e os Encarregados de
11 40,74
Educação na formação pessoal, social e cívica dos alunos
Formação dos alunos para a inserção no mercado de trabalho 10 37,03

Abertura da Escola ao Meio envolvente 7 25,92


Construção de uma cidadania activa que se substantiva num pensamento ético-
7 25,92
político crítico, responsável e socialmente comprometido
Resposta a situações de indisciplina e mau comportamento na Escola 7 25,92
Desenvolvimento de Projectos e estabelecimento de parcerias (autarquia,
6 22,22
associações empresariais, industriais, comerciais…do Concelho)
Percurso formativo e escolar dos alunos orientado para o prosseguimento de
5 18,51
estudos
Resposta a situações-problema diagnosticadas nos alunos: absentismo, alcoolismo,
5 18,51
toxicodependência, gravidez na adolescência…
Aumento dos níveis de literacia dos alunos 4 14,81
Resposta da Rede Social do Concelho aos problemas detectados nos alunos
3 11,11
(decorrentes da realidade socio-económica em que estão inseridos)

A leitura do quadro XIX mostra que os auxiliares elegem – tal como os


docentes – a Formação pessoal, social, cultural e cívica como área de
intervenção prioritária a considerar no Projecto Educativo de Escola para o
triénio de 2008-2011. Seguem-se as áreas da Cooperação entre o Pessoal
Docente e Não Docente e os Encarregados de Educação na formação pessoal,
Projecto Educativo 38 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

social e cívica dos alunos e da Formação dos alunos para a inserção no


mercado de trabalho. Note-se que esta última área apresenta valores
percentuais correspondentes aos totais de respostas igualmente significativos
no universo de docentes e de alunos inquiridos (ocupando o segundo e o
primeiro lugar, respectivamente, nos quadros respeitantes à hierarquização
das Áreas de Intervenção Prioritária na escola que a análise dos questionários
aplicados permite realizar).

O quadro XX mostra, de entre o conjunto de funções atribuídas à


escola apresentado no questionário aplicado, as que os Auxiliares de Acção
Educativa consideram deverem merecer mais atenção no novo Projecto
Educativo de Escola a delinear para o triénio 2008-2011. Inclui também a
referência ao total de docentes que indicaram (no respectivo questionário)
cada função da escola seleccionada e o(s) valor(es) percentual(ais)
correspondente(s) no universo dos inquiridos:

Quadro XX – Funções atribuídas à escola


Inquiridos
Funções atribuídas à escola AAE

Total Valor %
Preparar para as exigências e os desafios da vida activa 13 48,14
Educar para a cidadania 11 40,74
Fomentar atitudes de solidariedade, humanitarismo e respeito pelo outro 11 40,74
Promover hábitos de vida saudável e uma sexualidade responsável 6 22,22
Formar numa perspectiva pessoal, social e cultural 4 14,81

Articular as actividades (lectivas e de extensão curricular) com o Meio envolvente 3 11,11

Construir conhecimentos 3 11,11


Contribuir para a definição de um projecto de vida próprio 2 7,4
Desenvolver o gosto artístico e a sensibilidade estética 2 7,4
Discutir valores 1 3,7

A leitura do quadro XX põe em relevo três funções atribuídas à escola


que, na opinião dos auxiliares, deverão merecer mais atenção no próximo
triénio: Preparar para as exigências e os desafios da vida activa, Educar para a
cidadania e Fomentar atitudes de solidariedade, humanitarismo e respeito pelo
outro. Note-se que a função a que os auxiliares atribuem maior importância
também figura entre as mais classificadas pelos docentes e pelos alunos
(figurando em primeiro e em segundo lugares, respectivamente, nos quadros

Projecto Educativo 39 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

que hierarquizam as funções atribuídas à escola, de acordo com as respostas


apresentadas por este universo de inquiridos).

Quando questionados acerca do tema do Projecto Educativo de Escola


a delinear para o triénio de 2008-2011, 37 docentes manifestaram-se no
sentido da manutenção do tema tratado nos Projectos Educativos de Escola
dos triénios de 2002-2005 e 2005-2008 (resposta A), 19 docentes opinaram
no sentido de o mesmo tema – A Promoção do Sucesso Educativo – se manter
em articulação com outro (sub)tema a definir (resposta B) e apenas 2
docentes consideraram não dever ser mantido o tema dos Projectos anteriores
(resposta C).

O gráfico da figura 26 permite observar os valores percentuais que


correspondem aos totais apresentados no universo dos inquiridos:

Tema para o novo PEE

3%
33% A
B
64% C

Figura 20

As sugestões apresentadas pelo universo de docentes inquiridos6


orientam-se no sentido do desenvolvimento de (sub)temas no âmbito da
Educação para a Cidadania e (desenvolvimento de) Valores, da Preparação dos
Alunos para o ingresso no mundo do trabalho e os desafios da vida activa, da
Formação numa perspectiva pessoal, social e cultural, da Sensibilização para
questões respeitantes ao Meio Ambiente e sua preservação e/ou do
Desenvolvimento/Enriquecimento cultural e artístico dos alunos.

6 Considera-se aqui o universo de Professores que assinalaram, no item do Questionário O Que a

Escola Sente (respeitante ao tema do novo Projecto Educativo de Escola para o triénio 2008-2011), as
respostas B e C.
Projecto Educativo 40 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Foram ainda propostos (sub)temas com a formulação que


seguidamente se enuncia:

• Educar, Formar e Responsabilizar;


• Formar e não informar!;
• Prazer de Aprender;
• Educar a Sensibilidade.

Quando questionados acerca do tema do Projecto Educativo de Escola


a delinear para o triénio de 2008-2011, 56 alunos manifestaram-se no sentido
da manutenção do tema tratado nos Projectos Educativos de Escola dos
triénios de 2002-2005 e 2005-2008 (resposta A), 16 alunos opinaram no
sentido de o mesmo tema – A Promoção do Sucesso Educativo – se manter
em articulação com outro (sub)tema a definir (resposta B) e apenas 1 aluno
considerou não dever ser mantido o tema dos Projectos anteriores (resposta
C).

O gráfico da figura 27 permite observar os valores percentuais que


correspondem aos totais apresentados no universo dos inquiridos:

Tema para o novo PEE

1%
1%
22% A
B
C
NR
76%

Figura 21

As sugestões apresentadas pelo universo de alunos inquiridos7


orientam-se no sentido do desenvolvimento de (sub)temas no âmbito da
Preparação para a inserção no mercado de trabalho, da Formação numa

7 Considera-se aqui o universo de Alunos que assinalaram, no item do Questionário O Que a

Escola Sente (respeitante ao tema do novo Projecto Educativo de Escola para o triénio 2008-2011), as
respostas B e C.
Projecto Educativo 41 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

perspectiva pessoal, social cultural e cívica, da Sensibilização para a Arte, do


Desenvolvimento de Projectos e Parcerias (articulando as actividades da
Escola com o Meio envolvente), do Incentivo à Actividade Desportiva na Escola
e/ou da Educação para a Cidadania.

Quando questionados acerca do tema do Projecto Educativo de Escola


a delinear para o triénio de 2008-2011, 20 auxiliares manifestaram-se no
sentido da manutenção do tema tratado nos Projectos Educativos de Escola
dos triénios de 2002-2005 e 2005-2008 (resposta A), 6 auxiliares opinaram no
sentido de o mesmo tema – A Promoção do Sucesso Educativo – se manter
em articulação com outro (sub)tema a definir (resposta B) e apenas 1 auxiliar
considerou não dever ser mantido o tema dos Projectos anteriores (resposta
C).

O gráfico da figura 28 permite observar os valores percentuais que


correspondem aos totais apresentados no universo dos inquiridos:

Tema para o novo PEE

4%
22%
A
B
C
74%

Figura 22

As sugestões apresentadas pelo universo de auxiliares inquiridos8


orientam-se no sentido do desenvolvimento de (sub)temas no âmbito da
Incentivo à Participação/Integração dos Alunos no Desenvolvimento de
Projectos (em articulação com a realidade perspectivada do tecido
empreendedor do concelho e da região), da Promoção do Sucesso Educativo

8 Considera-se aqui o universo de Auxiliares que assinalaram, no item do Questionário O Que a

Escola Sente (respeitante ao tema do novo Projecto Educativo de Escola para o triénio 2008-2011), as
respostas B e C.
Projecto Educativo 42 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

privilegiando a Formação Profissional9, da Construção de uma Cidadania


activa, participativa e responsável e/ou da Sensibilização para a Solidariedade.
Foram ainda propostos (sub)temas com a formulação que seguidamente se
enuncia:

• Educar o pensamento crítico;


• Combater o egocentrismo;
• Fomentar o empreendorismo integrado.

Considerando as respostas de docentes, alunos e auxiliares na sua


globalidade, é possível observar que, no que diz respeito às áreas de
intervenção prioritária no novo Projecto Educativo de Escola, a Formação
pessoal, social, cultural e cívica dos alunos, a Formação dos alunos para a
inserção no mercado de trabalho e a Resposta a situações de indisciplina e
mau comportamento na Escola são as que apresentam totais mais elevados no
universo de inquiridos. Assim o mostra o quadro XXI seguidamente
apresentado:

Quadro XXI – Áreas de intervenção prioritária


Inquiridos
Áreas de intervenção prioritária
Total Valor %
Formação pessoal, social, cultural e cívica dos alunos 79 49,68

Formação dos alunos para a inserção no mercado de trabalho 76 47,79

Resposta a situações de indisciplina e mau comportamento na Escola 49 30,81


Percurso formativo e escolar dos alunos orientado para o prosseguimento de 44 27,67
estudos
Cooperação entre o Pessoal Docente e Não Docente e os Encarregados de
42 26,41
Educação na formação pessoal, social e cívica dos alunos

Construção de uma cidadania activa que se substantiva num pensamento ético-


39 24,52
político crítico, responsável e socialmente comprometido

Desenvolvimento de Projectos e estabelecimento de parcerias (autarquia,


39 24,52
associações empresariais, industriais, comerciais…do Concelho)

Resposta a situações-problema diagnosticadas nos alunos: absentismo, alcoolismo,


36 22,64
toxicodependência, gravidez na adolescência…

Abertura ao Meio envolvente 32 20,12

Aumento dos níveis de literacia 28 17,61

Resposta da Rede Social do Concelho aos problemas detectados nos alunos


13 8,17
(decorrentes da realidade socio-económica em que estão inseridos)

9 Tendo em conta o mercado de trabalho mais próximo da área de residência do(s) aluno(s).
Projecto Educativo 43 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Considerando o mesmo universo de inquiridos, é igualmente possível


aferir de um sentir da comunidade educativa no que respeita às funções
atribuídas à escola. Assim, de entre o elenco das que constam no item C10 do
questionário aplicado à comunidade educativa, Preparar para as exigências e
os desafios da vida activa e Fomentar atitudes de solidariedade,
humanitarismo e respeito pelo outro foram as duas funções indicadas como as
que deverão merecer mais atenção no próximo Projecto Educativo de Escola. É
o que mostra o quadro XIX:

10 Funções da Escola.
Projecto Educativo 44 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Quadro XXII – Funções atribuídas à escola


Inquiridos
Funções atribuídas à escola
Total Valor %

Preparar para as exigências e os desafios da vida activa 63 39,62

Fomentar atitudes de solidariedade, humanitarismo e respeito pelo outro 47 29,55

Educar para a cidadania 42 26,41

Formar numa perspectiva pessoal, social e cultural 37 23,27

Construir conhecimentos 36 22,64

Promover hábitos de vida saudável e uma sexualidade responsável 36 22,64

Contribuir para a definição de um projecto de vida próprio 22 13,83

Articular as actividades (lectivas e de extensão curricular) com o Meio envolvente 15 9,43

Discutir valores 12 7,54

Desenvolver o gosto artístico e a sensibilidade estética 11 6,91

O tratamento estatístico e a análise dos dados que foi possível obter


pela aplicação do questionário “O Que a Escola Sente” e constituiu do presente
documento uma importante base de trabalho para a elaboração do documento
que ora se apresenta.

3.11.Estratégias de Desenvolvimento

O Projecto Educativo de Escola concretiza-se através da


operacionalização de um conjunto de acções inseridas nos planos anuais e
plurianuais de actividades e nos planos de formação contínua para o pessoal
docente e não docente, calendarizados no início de cada novo ano lectivo.

Os planos anuais e plurianuais de actividades para o triénio 2008-2011


serão elaborados em função das metas e objectivos traçados no presente
documento. Nos planos anuais serão contempladas acções de âmbito
curricular e extracurricular, propostas pelos pelo departamento de projectos,
pela biblioteca escolar, pelos departamentos curriculares, bem como pelos
programas resultantes de parcerias internas e externas. A sua execução deve
obedecer a uma organização por actividades sobre as quais serão dadas
indicações respeitantes aos objectivos por elas visados e sua articulação com
os do presente Projecto Educativo, às formas de avaliação e à calendarização,
devendo esta ser do conhecimento de toda a comunidade educativa. No final
de cada ano lectivo, todos os planos referenciados serão sujeitos a avaliação

Projecto Educativo 45 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

por parte dos docentes responsáveis pela organização e dinamização das


diferentes actividades, sendo essa avaliação contemplada no Relatório Final
das Actividades a elaborar pelo órgão de Gestão da Escola ou por uma equipa
de docentes a designar para o efeito.

Os planos anuais e plurianuais de actividades para o triénio 2008-2011


serão integrados no Plano Curricular de Escola.

A formação contínua está prevista no ponto do artigo do ECD, é tida


em conta no processo de avaliação do desempenho como estipula de acordo
com o previsto no Decreto Regulamentar 2/2008.

Assim, o Conselho Pedagógico diagnosticou as necessidades de


formação do pessoal docente e não docente e os recursos disponíveis para
esse efeito, tendo apresentado como principais linhas orientadoras de um
plano de formação da Escola para o triénio 2008-2011 as que seguidamente
se enunciam:

Pessoal Docente

• actualização científica nas áreas disciplinares que integram os


diferentes grupos de recrutamento do pessoal docente;

• actualização pedagógica, didáctica e metodológica no âmbito das


diferentes áreas disciplinares;

• construção de materiais e recursos didácticos utilizando novas


tecnologias da informação;

• avaliação de desempenho docente;

• educação para a cidadania.

Pessoal Não-Docente

• desenvolvimento e educação da criança e do jovem;

• comunicação interpessoal e Língua e Cultura Portuguesa;

• atendimento ao público;

• novas tecnologias da Informação;

Projecto Educativo 46 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

• primeiros Socorros;

De acordo com a legislação em vigor aquando da elaboração do


presente documento – designadamente, o Decreto Regulamentar n.º 2/2008,
de 10 de Janeiro, e o Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, e das linhas
orientadoras acima indicadas, foram delineados os planos de formação anuais
do pessoal docente e do pessoal não docente. Estes planos integrarão o Plano
Curricular de Escola.

4.OBJECTIVOS GERAIS, METAS, INDICADORES E EVIDÊNCIAS

Objectivos Gerais:

No âmbito de cada um dos três objectivos gerais estabelecidos,


apresentam-se seguidamente metas, indicadores e evidências:

1 - “Promover a melhoria do sucesso dos alunos:

1.1. com base na diversificação de estratégias de ensino, na


utilização dos novos recursos tecnológicos, na articulação entre as
actividades curriculares e extracurriculares;

1.2. apelando a uma melhor participação dos pais e


encarregados de educação envolvidos no processo.”

Metas:

– Aumentar em pelo menos 1% a taxa de sucesso dos alunos do


ensino secundário dos Cursos Científico Humanísticos, relativamente à média
dos últimos quatro anos lectivos, por disciplina e ano de escolaridade, ou
igualá-la caso seja de 100%.

- Aumentar em pelo 1% a taxa de sucesso dos alunos do ensino


secundário dos Percursos Qualificantes, relativamente à média dos últimos
quatro anos, quando existirem dados.

- Manter a taxa de sucesso dos alunos do ensino secundário dos


Percursos Qualificantes, relativamente à média dos últimos dois anos.

- Aumentar em pelo menos 1% a taxa de sucesso dos alunos dos


cursos EFA, relativamente à média do último ano lectivo.

Projecto Educativo 47 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

- Adequar estratégias e recursos tecnológicos em função dos


objectivos e conteúdos programáticos, tendo em consideração o contexto
turma.11

- Aumentar em pelo menos 1% a taxa de utilização dos novos recursos


tecnológicos em relação ao ano anterior.

- Fomentar a formação contínua do pessoal docente e não docente nas


áreas diagnosticadas em Conselho Pedagógico como sendo de intervenção
prioritária.12

- Aumentar em pelo menos 1% o número de alunos sujeitos a


estratégias a apoio pedagógico às disciplinas com níveis de insucesso
superiores aos resultados em relação ao ano anterior.

- Aumentar em pelo menos 1% a participação dos pais/encarregados


de educação nas reuniões com os Directores de Turma, em relação ao ano
anterior.

Indicadores:

- Percentagem de alunos por ano de escolaridade que transitam de


ano;

- Listagem das estratégias de ensino utilizadas pelos professores na


sala de aula;

- Nº de requisições de material audiovisual;

- Nº de alunos que frequentaram os apoios pedagógicos aos alunos em


situação de insucesso;

- Nº de alunos que atingiram os resultados positivos com os apoios


pedagógicos aplicados;

- Nº de alunos envolvidos nas actividades curriculares e extra


curriculares;

- Nº de pais/encarregados de educação presentes nas reuniões com os


directores de turma.

11 Não foi possível quantificar uma Meta, quer para as estratégias e recursos tecnológicos, quer
para a formação contínua do pessoal docente, que a seguir se indica, por se desconhecerem dados
referentes aos anos lectivos anteriores.
12 Cf. Ponto 3.10. Estratégias de desenvolvimento (p.44).
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Escola Secundária de Montemor-o-Velho

- Nº de professores que concluíram acções de formação contínua no


âmbito da linhas orientadoras definidas;

- Nº de Funcionários dos Serviços Administrativos que concluíram


acções de formação contínua no âmbito da linhas orientadoras definidas;

- Nº de Auxiliares de Acção Educativa que concluíram acções de


formação contínua no âmbito da linhas orientadoras definidas;

Evidências:

- Pautas;

- Actas;

- Relatório sobre os resultados da avaliação elaborado pela Secção do


Conselho Pedagógico sobre a Coordenação da Coordenadora dos Directores de
Turma;

- Relatório do Coordenador de Departamento sobre as estratégias de


ensino aprendizagem utilizadas por disciplina, ano e curso e sobre os planos
de recuperação implementados;

- Relatório do Coordenador TIC sobre as taxas de requisição dos novos


recursos tecnológicos;

- Relatório do Coordenador de Projectos sobre a participação dos


alunos nas actividades curriculares e extra curriculares;

- Relatório do Coordenador dos Directores de Turma sobre a taxa de


participação dos pais/encarregados de educação nas reuniões com os
directores de turma.

2- “Promover a redução do abandono escolar dos alunos, com


base no contributo dos docentes através da aplicação dos planos de
intervenção.”

Metas:

- Diminuir em pelo menos 1% a taxa de alunos do 11º e 12ºanos de


escolaridade que abandonam o ensino secundário.

Projecto Educativo 49 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

- Diminuir em pelo menos 2% a taxa de alunos do 10º ano que


abandonam o ensino secundário.

- Manter a taxa de abandono escolar dos alunos dos Cursos de


Educação e Formação.

- Aumentar em pelo menos 1% a taxa de planos de intervenção para


evitar o abandono escolar.

- Aumentar em pelo menos 1% as actividades de prevenção do


abandono escolar.

Indicadores:

- % de alunos que não abandonaram o ensino secundário;

- % de planos de intervenção traçados para evitar o abandono escolar;

- Nº de contactos estabelecidos com os pais/encarregados de


educação;

- Nº de entidades contactadas.

Evidências:

- Pautas;

- Actas dos Conselhos de Turma;

- Processos individuais dos alunos;

- Registos da Comunicação estabelecida com os pais/encarregados de


educação;

- Lista de contactos estabelecidos com instituições adequadas;

- Relatório do Coordenador dos Directores de Turma por turma, curso e


ano de escolaridade sobre as situações de abandono escolar;

- Relatório do Coordenador de Departamento, por turma, curso e ano


de escolaridade sobre o contributo dos docentes para a redução da taxa do
abandono escolar.

- Relatório do Coordenador dos cursos EFA.

3- “Educar os alunos para a cidadania, com vista à melhoria da


sua formação integral com base no contributo dos docentes, através

Projecto Educativo 50 de 53
Escola Secundária de Montemor-o-Velho

da diversificação de estratégias de ensino e da realização de


actividades extracurriculares.”

Metas:

- Diminuir em 1 pelo menos % o número de participações sobre casos


de indisciplina em relação ao ano lectivo anterior.

- Diminuir em pelo menos 1% o número de alunos convidados a


trabalhar no gabinete de apoio ou noutro local a indicar pelo professor que
lhes dá a ordem de saída da sala de aula.

- Aumentar em pelo menos 1%, relativamente ao ano lectivo anterior,


o número de acções que promovam atitudes de cidadania tendentes à
valorização da liberdade, da participação social, democrática e responsável.

- Aumentar em pelo menos 2% as acções que promovam a formação


cultural e integral dos alunos.

- Desenvolver atitudes de respeito e de protecção do património


arquitectónico, cultural e ambiental.

- Aumentar em pelo menos 1 % o número de alunos participantes em


acções de cidadania em relação ao ano lectivo anterior.

Indicadores:

- % de participações de casos de indisciplina;

- % de conselhos de turma de natureza disciplinar realizados;

- % de medidas correctivas aplicadas;

- % de medidas disciplinares sancionatórias aplicadas;

- % de alunos convidados para o gabinete de apoio em situação de


indisciplina;

- % de alunos com ordem de saída da sala de aula;

- % de acções realizadas no âmbito da cidadania e tendentes à


valorização da liberdade, da participação social, democrática e responsável;

- % de acções que promovam a formação cultural e integral dos


alunos;

- % de alunos participantes nas acções sobre a formação cultural e


integral do indivíduo.
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Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Evidências:

- Participações efectuadas pelos Professores aos Directores de Turma;

- Participações dos Directores de turma aos Pais/Encarregados de


Educação;

- Actas dos Conselhos de Turma Ordinários;

- Actas dos Conselhos de Turma de natureza disciplinar;

- Processos individuais dos alunos;

- Relatório do Coordenador de Departamento sobre as estratégias


desenvolvidas;

- Relatório do Coordenador de Projectos, referente à realização das


acções na área da cidadania;

- Relatório do Coordenador dos Directores de Turma.

- Relatório do Chefe de Serviços Administrativos do Pessoal Docente e


Não-docente.

5.DIVULGAÇÃO DO PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA

O Projecto Educativo de Escola será dado a conhecer a toda a


comunidade escolar através da sua disponibilização na página da escola, na
plataforma Moodle e, em suporte papel, na Sala de Professores, na Biblioteca
e na Sala do Pessoal.

O documento será divulgado junto dos alunos, bem como dos


respectivos pais e encarregados de educação pelos directores de turma e/ou
pelo coordenador de projectos de desenvolvimento educativo.

6.AVALIAÇÃO

Encarámos a avaliação como um elemento estruturante deste novo


Projecto Educativo de Escola para o triénio 2008-2011. Feito o diagnóstico,
pretendemos avaliar o processo — pois estamos certos da importância desta
avaliação para uma maior eficácia do projecto — e os resultados finais, de
forma a reflectir sobre experiências que, no futuro, nos permitirão dar passos
cada vez mais firmes.
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Escola Secundária de Montemor-o-Velho

Assim, o presente documento será avaliado nas seguintes


dimensões:

- desenvolvimento do próprio projecto;

- análise dos resultados alcançados.

6.1.Instrumentos de recolha

A avaliação deverá prever a recolha anual de dados – através da


elaboração de relatórios de avaliação intermédia sobre a concretização dos
planos anuais de actividades – focando, entre outros, os seguintes
aspectos:

- a realização das actividades previstas e não previstas, bem como


os participantes nelas envolvidos;

- o grau de consecução do plano e a sua articulação com os


objectivos do Projecto Educativo;

- a apresentação de sugestões com vista ao desenvolvimento de


actividades que concretizam o Projecto Educativo de Escola.

Deverão ser recolhidas, no final de cada ano lectivo, todas as


informações referentes aos resultados obtidos, de forma a podermos avaliar
as metas e objectivos definidos, que serão descritos num relatório final de
auto-avaliação.

7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cumpre a esta equipa sublinhar que o Projecto Educativo de Escola


delineado para o triénio 2008-2011 é um documento em permanente
construção que requer o contributo e a participação – activa, consciente e
responsável – de todos os intervenientes na vida escolar para efectivamente
se concretizar. Apenas mediante uma motivação e um esforço conjuntos se
lograrão conseguir o Sucesso Educativo e (a) Cidadania pretendidos.

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