DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS
A experiência mostra que os sólidos, ao sofrerem
01. Numa estação meteorológica, foi registra-
da uma temperatura máxima de 25°C. Qual
é a indicação da máxima na escala
Fahrenheit?
02. Numa escala termométrica X, marca-se
–10°X, no ponto de fusão do gelo, e 140°X,
no ponto de ebulição da água. Qual o valor
correspondente a 30°C na escala X?
03. Em uma escala termométrica X, a tempe-
ratura da água em ebulição à pressão nor-
mal é 60°X, e a temperatura de fusão do
gelo à pressão normal é –20°X. Sabendo-se
que uma liga metálica se funde a 500°C, sua
temperatura de fusão, na escala X, é:
a) 200°X b) 380°X c) 400°X
d) 625°X
04. Um fio de prata de 120cm a 0°C foi aqueci-
do de 0°C a 100°C. Dado α (prata) =
19.10–6°C-1, calcule:
a) a variação do comprimento;
b) o comprimento a 100°C.
05. O diâmetro de um furo numa chapa de
ferro (α = 12.10–6 °C-1), na temperatura
ambiente de 20°C, é 5 cm. Calcule o diâ-
metro do furo quando a temperatura da
chapa for:
a) 70°C
b) –30°C
06. Em um triângulo ABC, os lados AB e AC
são de fio de ferro (α =12.10–6 °C–1), e a
base BC é de fio de cobre (α = 17.10-6
°C–1). A 15°C, AB = AC = 40cm e BC =
39,8cm. A que temperatura o triângulo
torna-se equilátero?
07. Um corpo de alumínio (c = 0.22cal/g°C) de
300g sofre um aumento de temperatura
igual a 80°C. Qual foi a quantidade de calor
absorvida?
08. A temperatura de um corpo de 200g sofre
aumento de 50°C quando recebe 800cal.
Calcule o calor específico do corpo.
09. Calcule a capacidade térmica de um corpo
cuja temperatura sofre variação de 20°C
quando ele recebe 120 cal.
10. Qual é a variação da temperatura de um
corpo de capacidade térmica 8,4J/°C
quando ele recebe 600cal?
do material que constitui a placa (β = 2α).
Da mesma forma que para a dilatação linear,
um aquecimento, dilatam-se e, ao serem
resfriados, contraem-se.
A dilatação ou a contração ocorrem em três
dimensões: comprimento, largura e espessura.
A essa variação nas dimensões de um sólido
causada pelo aquecimento ou pelo resfriamento,
denominamos dilatação térmica.
Dilatação Linear
É aquela em que predomina a variação em uma
única dimensão, ou seja, o comprimento.
Para estudarmos a dilatação linear,
consideremos uma barra de comprimento inicial
Li, à temperatura inicial ti.
Aumentando a temperatura da barra para tf, seu
comprimento passa a Lf.
Em que ∆L = Lf – Li é a variação de comprimento,
isto é, a dilatação linear da barra, na variação de
temperatura ∆t = tf – ti.
Experimentalmente, verificou-se que:
a) ∆L é diretamente proporcional ao
comprimento inicial Li.
b) ∆L é diretamente proporcional à variação de
temperatura ∆t.
c) ∆L depende do material que constitui a barra.
A partir dessas relações, podemos escrever.
∆L = Li α ∆t ou Lf = Li (1 + α ∆t)
Em que α é uma constante característica do
material que constitui a barra, denominada
coeficiente de dilatação linear. A unidade de α é
1/ºC = ºC−1.
Aplicação
O comprimento de um fio de alumínio é de 40m
a 20ºC. Sabendo-se que o fio é aquecido até
60ºC e que o coeficiente de dilatação térmica
linear do alumínio é de 24.10−6 ºC−1, determine:
a) A dilatação do fio.
b) O comprimento final do fio.
Solução:
a) Dados: Li = 40m; ti = 20ºC; tf = 60ºC;
α = 24.10−6 ºC−1
A dilatação linear do fio é dada por:
∆L = L1 α ∆t → ∆L = 40 . 24 . 10−6 . (60 − 20)
→ ∆L = 0,0384m
b) Lf = Li + ∆L → Lf = 40 + 0,0384 →
Lf = 40,0384m
DILATAÇÃO SUPERFICIAL
Dilatação superficial é aquela em que
predomina a variação em duas dimensões, ou
seja, a variação da área.
Consideremos uma placa de área inicial S, à
temperatura inicial ti. Aumentado a temperatura
da placa para tf, sua área passa para Sf.
A experiência mostra que ∆S é proporcional a Si
e ∆t. Logo: ∆S = Siβ∆t.
Em que β é o coeficiente de dilatação superficial
10
podemos escrever: Sf = Si [1+ β(tf − ti)]
Aplicação
Uma placa retangular de alumínio tem 10cm de
largura e 40cm de comprimento, à temperatura
de 20ºC. Essa placa é colocada num ambiente
cuja temperatura é de 50ºC. Sabendo que
βal = 46.10−6 °C−1, calcule:
a) A dilatação superficial da placa.
b) A área da placa nesse ambiente.
Solução:
a) Cálculo da área inicial:
Si = 10 . 40 = 400cm2
Calculo da dilatação superficial:
∆S = Siβ∆t → ∆S = 400.46.10−6.(50 − 20) →
∆S = 0,522cm2
b) Sf = Si + ∆S → Sf = 400 + 0,552 →
Sf = 400,552cm2
Dilatação Volumétrica
Dilatação volumétrica é aquela em que se
considera a variação das três dimensões de um
corpo: comprimento, largura e altura.
Seja um cubo com volume Vi à temperatura t, e o
volume Vf à temperatura tf, com tf > ti.
A dilatação volumétrica pode ser obtida pela
expressão: ∆V = Viγ∆t
O volume final Vf, pode ser obtido pela expressão:
Vf = Vi [1 + γ(tf − t0)], onde γ = coeficiente de
dilatação volumétrica.
O coeficiente de dilatação volumétrica de uma
substância é igual ao triplo do coeficiente de
dilatação linear, isto é: γ = 3α.
Aplicação
Um paralelepípedo, a 10ºC, possui dimensões
iguais a 10cm x 20cm x 30cm, sendo constituído
de um material cujo coeficiente de dilatação
térmica linear é 8,0 . 10–6 ºC–1. Determine:
a) O acréscimo de volume quando sua tempe-
ratura aumenta para 110 ºC.
Solução:
Dados
ti = 10°C
tf = 110°C
γ = 3α = 3.8,0 . 10−6 °C−1=24 . 10−6 ºC−1
O volume inicial do paralelepípedo é dado por:
Vi = 10 . 20 . 30 = 6 000 cm3
O acréscimo de volume é dado por:
∆V = Viγ∆t → ∆V = Viγ(tf − ti) →
∆V = 6000.24.10−6(110 − 10) → ∆V = 14,4cm3
b) Qual o volume do paralelepípedo quando a
temperatura diminui até −10°C?
Solução:
Vf = Vi [1 + γ(tf − t0)]
Vf = 6 000 [1 + 24.10−6(−20)]
Vf =5 997,12cm3
Portanto houve uma contração de 2,88cm3 no
volume do paralelepípedo.