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Literatura Portuguesa 2 11ºC

"[Dandismo] Fenómeno dos primeiros anos do século XIX, o dandismo terá


uma fortuna digna de nota em certos meios intelectuais e elitistas, [...]Odiando a
vulgaridade, cultivando o culto da personalidade e do individualismo, recusando
a mediocridade de ideais burgueses" Maria Fátima Marinho

"Em Portugal, o fascínio do dandismo não deixou de se fazer sentir, atraindo


autores como Garrett, na primeira metade do século, sobretudo em personagens
como Carlos de Viagens na Minha Terra (...) ; já na segunda metade de
oitocentos, salientamos o caso de Eça de Queirós, em cujos romances o termo
aparece repetidamente referenciado, apresentando algumas das suas personagens
inequívocos traços que facilmente se poderão catalogar nessa designação.[cf. Os
Maias - «Era outro Ega,um Ega dândi, vistoso, paramentado, artificial e com
pó-de-arroz»] " Maria Fátima Marinho

, «o dândi recusa o anonimato, antes de mais, através de uma busca de


excentricidade na
elegância e do culto da arte de surpreender.» Isabel Pires de Lima

"Dandy é uma palavra inglesa, associada a uma moda social e literária exportada
depois para outros países europeus.
No caso de Garrett a noção de dandismo, não se limita a este âmbito mais
restrito, mas implica também uma atitude cultural, que relaciona o dandismo
com o imaginário romântico, e ainda com outro elemento fundamental na
formação do escritor: o exílio. Para além das extravagâncias do vestuário que
Garrett adoptou e que seriam seguidas pelos homens da melhor sociedade
lisboeta, o dandismo torna-se constitutivo do próprio fenómeno da criação
literária, no sentido da adopção de uma "duplicidade ironicamente romântica"
Prof. Paula Cruz que será uma das característica mais marcantes da sua escrita."
Álvaro Manuel Machado

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