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Desenvolvimento conceitual
A identificação dos perfis de apoio começam a levar em conta não apenas os tipos e a
intensidade de tais apoios, mas os meios pelos quais a pessoa pode aumentar sua
independência, produtividade e integração no contexto comunitário e entre seus pares da
mesma idade.
A evolução dos conceitos de incapacidade e inadaptação, em que esta última é resultante
da interação entre os hábitos de vida da pessoa e os obstáculos impostos pelo meio,
poderá estender-se e alcançar o espaço das escolas e eliminar ou reduzir esses
obstáculos do ponto de vista cognitivo. De fato, assim como o meio físico e a
arquitetura das escolas não foram planejados para acolher alunos em cadeiras de rodas,
o ambiente cognitivo das escolas não está, no geral, preparado para o ensino de pessoas
com deficiência mental integradas às normais.
O reconhecimento do papel dos fatores ambientais e dos que são internos aos
indivíduos, no processo interativo de produção de inadaptações, expressa-se em todas as
inovações conceituais citadas. As características do indivíduo foram durante muito
tempo a única meta das intervenções educativas, mas, hoje, nenhum modelo educativo
pode ignorar as características do funcionamento das pessoas que apresentam
incapacidades intelectuais, sem considerar a interação destas com o meio.
Novas premissas
A idade mental foi sempre privilegiada nas práticas pedagógicas e nas pesquisas sobre a
deficiência mental. Nas escolas e classes especiais, ou mesmo no contexto da integração
escolar de pessoas com déficit mental, as aprendizagens são raramente abordadas
conforme o que é próprio da idade cronológica normal. Decerto, além da possibilidade
de realizar atividades sociais adequadas, é preciso garantir aos alunos com deficiência o
acesso a degraus de autonomia e a representação de papéis próprios de sua idade real
(Brown et al. 1979).
Não se trata de selecionar habilidades intelectuais dentre aquelas que são comuns às que
as pessoas empregam para se ajustar aos desafios da vida acadêmica, social, do trabalho
e do lazer. O que importa é valorizar todo e qualquer nível de desempenho cognitivo e
considerar o processo pelo qual a habilidade é exercida, para atingir um determinado
fim.
A revisão dos processos de produção de incapacidades intelectuais nas escolas deve ser
priorizada, para se localizar mais precisamente quais são os obstáculos que criam
situações de inadaptação na vida acadêmica dos alunos em geral.
Novas metodologias e técnicas de ensino que propiciam uma dinâmica mais adequada
dos ambientes escolares às características do funcionamento mental das pessoas com
deficiência estão sendo testadas para se ultrapassar os obstáculos do meio cognitivo.
Sabemos também quanto essas novas propostas integrativas têm sido apropriadas para
todos os alunos de uma turma e não apenas para os escolares com deficiência mental
(Feuerstein 1979, Feuerstein et alii 1980, Sternberg 1982, Audy et alii 1991).
Novas propostas
Integração e inclusão
Por tratar-se de um constructo histórico recente, que data dos anos 60, a integração
sofreu a influência dos movimentos que caracterizaram e reconsideraram outras idéias,
como as de escola, sociedade, educação.
Desafios
Considerações finais