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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO


TEORIA E HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DAS CIDADES
PROFESSORAS: Fernanda Furtado, Marlice Nazareth e
Vera Rezende.

Escola de Chicago,
Funcionalismo e CIAM

Grupo:
Lianna Nogueira
Maria da Conceição Martinez
Michele Coyunji

1
Int ro duçã o

Este trabalho tem como meta o estudo


das correntes urbanísticas desenvolvidas
pela Escola de Chicago, Funcionalismo e
o CIAM. Para tanto, desenvolveu-se uma
pesquisa acerca de seus principais
expoentes, sendo eles: Burguess, Park e
Le Corbusier, a fim de compreender o
contexto histórico e social destes
movimentos e sua influência na produção
urbana.

2
Chicago
• O desenvolvimento urbano de Chicago constituiu-se
em um plano ideal para a realização de estudos e
pesquisas dos grupos sociais e seu
comportamento. A cidade tinha, em 1840, 4.470
pessoas. Quarenta anos depois esse número
cresceu para meio milhão e, em 1900, atingiu a
marca de um milhão de pessoas.

• As linhas ferroviárias que seguiam para o oeste dos


Estados Unidos encontravam-se em Chicago, o que
transformou a cidade em um pólo comercial que
atraiu imigrantes de origem diversa, todos em
busca de oportunidades de trabalho, motivados
pela América em expansão. Nessa época, metade
das pessoas que habitavam Chicago não eram
norte-americanas.

3
SURGIMENT O
• Nesse cenário, de rica diversidade cultural e
conflituosa, a Escola de Chicago procedeu seus
primeiros estudos. Sérgio Salomão Shecaira
anota que “a explosão de crescimento da cidade,
que se expande em círculos do centro para a
periferia, cria graves problemas sociais,
trabalhistas, familiares, morais e culturais que se
traduzem em um fermento conflituoso,
potencializador da criminalidade. A inexistência
de mecanismos de controle social e cultural
permite o surgimento de um meio social
desorganizado que se distribui diferenciadamente
pela cidade”.

4
• Trata-se de um meio de convívio que não se
regula mais pelos agentes de controle social
informal, como a escola, a igreja, as
agremiações de recreação e lazer.
• Rompem-se os laços de confiabilidade e de
responsabilidade pelo bem comum. Referindo-
se à Ecologia Criminal, Luís Fernandes, ligado
à Faculdade de Psicologia e de Ciências de
Educação da Universidade do Porto e membro
do Centro de Ciências do Comportamento
Desviante, constata que “a ecologia urbana e
social que tem origem na Escola de Chicago
dos anos 20 nasce tomando como objeto de
estudo os mundos desviantes existentes nos
espaços urbanos”.

5
INTRODUÇÃO
A Escola de Chicago inaugura uma reflexão inédita
ao tomar a cidade como seu objeto privilegiado de
investigação, tratando-a como variável isolada, o
que em si não constituiria um mérito, mas o que
renderia à Escola os créditos da criação da
Sociologia Urbana como disciplina especializada. A
validade dessa reverência é discutível. Para
Castells, essa sociologia que advoga a idéia da
existência de um urbano per se, não é uma ciência,
e sim uma ideologia. Essa crítica, mesmo
procedente, não invalida a importância dessa
abordagem que se orienta pelos conceitos da
ecologia humana. A teoria de Robert Park, ilustre
representante da Escola, sobre a ecologia humana
e as áreas naturais pressupõe uma analogia entre o
mundo vegetal e animal, de um lado, e o mundo dos
homens, de outro.

6
• Louis Wirth, outro autor de destaque da
Escola, afirma que a cidade produz uma
cultura urbana que transcende os limites
espaciais da cidade, afirmação totalmente
inovadora. A cidade atua e se desdobra
para além de seus limites físicos, através
da propagação do estilo de vida urbano, e
torna-se o locus do surgimento do
urbanismo como modo de vida.

7
Contribuições da Escola de Chicago
• Utilizando a teoria ecológica, os representantes da
escola de Chicago, construíram a ecologia urbana.
A ecologia- escreve McKenzie - é a ciência que se
ocupa dos aspectos espaciais, das relações
simbióticas de seres e de instituições na medida
em que estejam empenhados nas forças seletivas,
distributivas e adaptadoras do ambiente físico .
• A Sociedade é constituída por indivíduos separados
espacialmente da competição e da seleção, e estão
num contínuo processo de mudança logo que novos
fatores venham perturbar as relações competitivas
ou facilitar a mobilidade.

8
• Mas o âmbito da ecologia humana, entende-se
para além destas fronteiras. Park, o
representante máximo da escola de Chicago
tinha sido discípulo de Windelband e Simel e
profundo conhecedor de Durkheim, que dizia:
“Cada grupo social é solicitado pela
consciente participação num fim comum e
numa vida comum, tornada possível pela
existência de uma linguagem e por um fundo
de símbolos e significados comuns.

9
• Park ainda utiliza dos princípios da
comunicação e da competitividade, explicando
a presença do indivíduo no grupo e a
distribuição lógica no território. Dessa
dialética surgem as áreas naturais, advindas
de processos naturais tais como: a
competição, a dominação, a simbiose. Elas são
o produto dos processos de ajustamento e
cada uma delas tem uma função própria no
contexto urbano, expressão de formação
espontânea de agregados.

10
• Crescidas em torno de um núcleo de
pontos focais, constituído
predominantemente pelas atividades
comerciais e industriais dependentes do
centro, as cidades mostram regularidades
na estrutura e distribuição das áreas
naturais que induzem os estudiosos a
extrapolar um modelo generalizável.

11
• Em Middle West, são várias zonas concêntricas,
dentre as quais as zonas centrais assimilam menos
os valores sociais da classe média que vive nas
zonas intermediárias. A alta burguesia reside nos
subúrbios periféricos. Os grupos étnicos em vias de
assimilação do modos de vida norte-americano
deslocam-se eventualmente para zonas
intermediárias. Ao mesmo tempo, a pequena
burguesia , WASP, ganha progressivamente acesso
aos arredores mais prestigiosos enquanto ondas de
imigrantes exóticos se inserem nos bairros centrais
abandonados pelos grupos precedentes que
conseguiram escapar do ghetto.

12
13
Teorí a de las z onas concéntr icas ecol ógico- soci al es de Bur gess
Fte.: PRECEDO LEDO, Andrés, Ciudad y Desarrollo Urbano, 1996
• Uma das mais agudas intuições de Park,
advém que diferentemente do sistema
ecológico natural em que as espécies mais
fortes são privilegiadas na obtenção dos
recursos, mas não têm a capacidade de
diminuir ou mudar o valor destes relativamente
às outras espécies, no sistema ecológico
humano, a atribuição de valor a determinados
recursos é característico dos grupos
dominantes que procuram não só apropriar-se
dos recursos , mas modificar o seu valor,
deslocando a desejabilidade para recursos que
são para eles pouco interessantes.

14
• Isto se encontra diretamente ligado ao problema
de controle social, explicando assim a lógica
distributiva das áreas naturais e dos seus
habitantes, sendo imposta a estes por meios de
comunicação em massa por exemplo.

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• Pizzorno observa que a escola de Chicago
sustentava que a cidade não era apenas um
artefato, mas num certo sentido, em alguns
graus, um organismo , ou como dirá Wirth mais
tarde, não uma forma convencional , mas
típica, isto é, com leis típicas.A naturalidade
da cidade resulta de ela ser composta de áreas
naturais: a cidade é uma constelação de áreas
naturais- dirá Park- cada uma delas com seu
ambiente característico e cada uma delas com
a sua função específica para desempenhar no
conjunto da economia urbana.

16
Os limites do modelo proposto pela Escola
de Chicago na crítica sociológica

• À teoria ecológica, foram feitas críticas sobretudo


pelos ecologistas socioculturais.
• 1 - Farey, insiste no fato de que a estrutura
ecológica de Boston não se pode comparar aos
círculos concêntricos de Chicago. Ele demonstrou
que o panorama residencial irregular de Boston
era devido aos valores culturais do velho centro
ao qual estava muito ligada a alta burguesia ainda
lá residente.

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2 - Hoyt, defende que uma cidade se divide
em setores triangulares, como as fatias de
um bolo e observa que em várias cidades
setores triangulares inteiros perdem o
prestígio à medida que se aproximam da
periferia, ao passo que outros setores da
periferia ao centro são habitados por estratos
sociais mais favorecidos.

3 - Shecky e Bell, estudando Los Angeles, não


puderam descobrir zonas concêntricas, e
formularam então a Social área analysis para
identificarem as características econômicas
de vários bairros.

18
• Na sociologia, a Escola de Chicago representa um
conjunto de teorias cujo principal tema eram os
grandes centros urbanos, pela primeira vez
estudados etnograficamente.
• Na arquitetura e no urbanismo, a Escola de Chicago
representa um conjunto de ideais e pensamentos
sobre o futuro das cidades e do planejamento
urbano americanos, desenvolvidos no início do
século XX.
• Na economia, a Escola de Chicago representa uma
corrente que defende o livre-mercado. Seu mais
conhecido representante é Milton Friedman,
ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1976.
• Na comunicação, a Escola de Chicago representa
um conjunto de estudos referentes a comunicação
na sociedade, afirmando que a sociedade é um
produto da comunicação que torna possível o
consenso entre as pessoas. Também expressa que
a comunicação serve, promove e reprime o
conhecimento.
19
• A Escola de Chicago surgida na década de 1910 se
caracterizava pela tentativa de teorizar uma ciência
social sob base empírica. Entre seus teóricos,
destacam-se Robert Park, que trabalhou com a função
social do jornalismo, e Harold Lasswell, dedicado
principalmente às potencialidades da propaganda.

• Porém foi somente a partir dos anos 1920/1930, que


uma série de manifestações culturais – vinculadas a
uma nascente indústria de lazer – emergia
poderosamente, atingindo todos os segmentos sociais
do mundo urbanizado. O rádio, o cinema e a música
popular avançavam a grandes saltos. Começava-se a
viver, então, a chamada Era da cultura de massas.

20
• Este novo fenômeno, a utilização dos novos
meios de informação, capazes de atingir
simultaneamente grandes camadas da população,
para divulgar cultura e anúncios, mereceu sérios
estudos de suas escolas de pensamento: a Escola
de Chicago nos EEUU, e outra, na Alemanha,
chamada Escola de Frankfurt.

21
Bio gr afia Ro be rt E. Pa rk

• Rob er t Ezra Par k (14 de fevereiro de 1864 -


7 de fevereiro de 1944) foi um sociólogo norte
americano e um dos fundadores da
Escola de Chicago.

22
Sua Fo rm aç ão
• Nascido em Harveyville, Pennsylvania, cresceu em
Minnesota. Foi educado na Universidade de Michigan,
onde foi ensinado pelo filósofo pragmatista,
John Dewey. Seu interesse pelas questões sociais,
especialmente as questões raciais e urbanas, levou-o
a trabalhar como jornalista em Chicago.

• Robert Park começou sua carreira como um repórter


para jornais em Minneapolis, em Detroit, em Denver,
em New York, e em Chicago, um encontro com
jornalismo que influenciou seu trabalho mais tarde em
sociologia. Park acreditava que um sociologista era
“um tipo do super-reporter, como os homens que
escrevem para a fortuna… que relata nas tendências a
longo prazo que gravam o que estão indo realmente
melhor que o que, na superfície, parece meramente
ir.”.

23
• Como estudante universitário na Universidade de
Michigan, Park foi ensinado pelo filósofo
pragmatista, John Dewey. que o introduziu a
Franklin Ford. Park e Ford planearam um jornal, a
notícia do pensamento, como um esforço gravar a
opinião pública bem como flutuações gravadas de
um papel de negócio no mercado conservado em
estoque. A idéia nunca veio à realização, mas
antecipou claramente uns eventos mais
atrasados.

24
• Depois de ser um jornalista em várias cidades dos EUA
entre 1887 e 1898, ele então estudou psicologia e
filosofia para um MA em Harvard (1898-9) tendo sido
ensinado por outro proeminente filósofo pragmatista,
William James.
• Depois de graduar-se, foi à Alemanha estudar em
Berlim, Strasbourg e Heidelberg entre 1899 e 1903
antes de retornar aos EUA Entre 1899 e 1900 estudou
com Georg Simmel em Berlim, passou um semestre em
Strasbourg em 1900, e adquiriu seu PhD em psicologia
e filosofia em 1903 em Heidelberg sob orientação de
Wilhelm Windelband (1848-1915). Sua dissertação foi
intitulada Masse und Publikum. Eine methodologische
und soziologische Untersuchung. Ele então retornou
aos EUA em 1903 se tornando brevemente assistente
em filosofia em Harvard em 1904-5.

25
• Park lecionou em Harvard até que
Booker T. Washington convidou-o ao Instituto
Tuskegee para trabalhar com questões raciais do sul
do país. Juntou-se ao departamento de sociologia na
Universidade de Chicago em 1914 ficando lá até sua
aposentadoria em 1936. Continuou, no entanto, a
lecionar até sua morte na Universidade Fisk. Park
morreu em Nashville, Tennessee com 79 anos de
idade.

• Durante sua vida, Park se tornou uma figura


reconhecida tanto dentro como fora da comunidade
acadêmica. Em variadas épocas foi presidente da
Associação Sociológica Americana e da Liga Urbana
de Chicago, e membro do Conselho de Pesquisa em
Ciências Sociais.

26
• Park influenciou no desenvolvimento da teoria da
assimilação que era pertinente aos imigrantes
dos Estados Unidos. Ele argumentava que
existiam quatro passos no ciclo de relações de
raça na história do imigrante. O primeiro era o
contato seguido da competição. No terceiro
passo cada grupo deveria se acomodar aos
outros. Finalmente, quando este último falhava, o
grupo imigrante aprenderia a assimilar.
• Park provavelmente contribuiu com mais idéias
para análises das relações raciais e contatos
culturais do que qualquer outro cientista social
moderno.

27
• Durante a estadia de Park na Universidade de
Chicago, seu departamento de sociologia
começou a usar a cidade que a cercava como
espécie de laboratório de pesquisa.

• Seu trabalho, conjuntamente aos seus colegas


como Ernest Burgess, Homer Hoyt e Louis Wirth,
desenvolveu-se numa aproximação à sociologia
urbana que se tornou conhecida como a Escola de
Chicago: "Eu tenho sido majoritariamente um
explorador em três campos: Comportamentos
Coletivos, Ecologia humana e Relações de raça".

28
Su as Obr as
• 1903: Masse und Publikum. Eine methodologische und
soziologische Untersuchung (tese de Ph.D.) publicada em
Berlin: Lack & Grunau, 1904
• 1912: The Man Farthest Down: a Record of Observation and
Study in Europe com Booker T Washington, New York:
Doubleday
• 1921: Introduction to the Science of Sociology (com
Ernest Burgess) Chicago: University of Chicago Press
• 1921: Old World Traits Transplanted: the Early Sociology of
Culture com Herbert A Miller, & Kenneth Thompson, New
York: Harper & Brothers
• 1922: The Immigrant Press and Its Control New York: Harper
& Brothers
• 1925: The City: Suggestions for the Study of Human Nature in
the Urban Environment (com R. D. McKenzie &
Ernest Burgess) Chicago: University of Chicago Press
• 1928: Human Migration and the Marginal Man, American
Journal of Sociology 33: 881-893
• 1932: The University and the Community of Races Hawaii:
University of Hawaii Press
29
• 1932: The Pilgrims of Russian-Town The Community of
Spiritual Christian Jumpers in America, por Pauline V. Young
Ph.D. com uma introdução por Robert E. Park, Chicago:
University of Chicago Press
• 1937: Cultural Conflict and the Marginal Man em Everett V
Stonequist, The Marginal Man, Introdução de Park, New
York: Charles Scribner's Sons
• 1939: Race relations and the Race Problem; a Definition and
an Analysis com Edgar Tristram Thompson, Durham, NC:
Duke University Press
• 1940: Essays in Sociology com C W M Hart, e Talcott Parsons
et al., Toronto: University of Toronto Press
• 1946: An Outline of the Principles of Sociology, com Samuel
Smith, New York: Barnes & Noble, Inc
• 1950: Race and Culture, Glencoe Ill: The Free Press,
ISBN 0029237807
• 1952: Human Communities: the City and Human Ecology
Glencoe, Ill: The Free Press
• 1955: Societies, Glencoe Ill: The Free Press
• 1967: On Social Control and Collective Behavior, Chicago:
University of Chicago Press, ISBN 113554381X
• 1975: The Crowd and the Public and Other Essays, Heritage
of Society
30
Le Co rb us ier (0 6/10/1 887 a
27/0 9/1 96 5)
Con text ualiza ção : Mod ern ismo ,
Urb anis mo Cie nt íf ic o e o CI AM .
• Século XX – estudo científico para o
planejamento das cidades;

• Os problemas urbanos decorrentes das cidades


industriais, culminaram em uma nova prática
ligada a uma análise teórica caracterizada por
objetivos utilitários;

• Neste período, desenvolveu-se o Urbanismo


Científico, baseado no pensamento utópico da
tradição platônica, que almeja a realização de
modelos espaciais universais válidos para
todos os lugares e momentos.

31
• Surge o Urbanismo de Regularização, que considera a
cidade em sua globalidade espacial e permite um
sistema de classificação das cidades assim como uma
elaboração de conceitos e estudo de aspectos
peculiares a realidade de trabalho.

• O funcionalismo foi tratado principalmente nos


Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna
(C IAM), onde foi proposto um marco de projeto
universal para o Urbanismo no qual o espaço seria
organizado de acordo com as principais atividades
humanas: trabalhar, morar, circular e recrear.

• O CIAM constituiu-se em um instrumento de


convergência, produzindo um ideário de aparência
homogênea que culminou no estabelecimento de
alguns pontos comuns para a produção da Arquitetura
e do Urbanismo. Com o CIAM, difundiu-se o
International Style (Estilo Internacional).

32
• O movimento moderno propôs a eliminação da
ornamentação e se baseava na noção de
industrialização, economia e design, acreditando-se
que o arquiteto era responsável pela correta e
socialmente justa construção do ambiente habitado
pelo homem.

• Um dos preceitos do modernismo foi o de renovar a


Arquitetura e rejeitar toda a Arquitetura anterior ao
movimento; principalmente o Ecletismo.

• O Urbanismo passou a ser considerado como uma


função pública, que deveria fazer uso da ciência para o
desenvolvimento urbano, tendo como instrumento o
plano, gerando uma institucionalização da máquina de
planejamento, onde os princípios do funcionalismo se
convertem em normas e instâncias político-
administrativas.

33
Biog ra fia
• 6 de outubro de 1887:
Nasce Charles-Edouard
Jeanneret-Gris, em La
Chaux-de-Fond, na
Suíça;

• Originário de uma
família de relojoeiros, ao
mudar-se para Paris, em
1918, adotou o seu
pseudônimo, decorrente
do nome do seu avô
materno.

Le Corbusier. 34
Fonte: www.tu-harburg.de
For ma çã o e ob ra
• Estudou Design na escola local de artes e ofícios,
onde se envolveu com as últimas fases do
movimento Arts and Crafts.

• Em 1904, Le Corbusier passou 14 meses em Paris,


onde pôde estudar novas técnicas construtivas
em concreto armado e a cultura clássica
francesa.

• Seu primeiro trabalho desenvolvido foi um projeto


residencial em 1905, em sua cidade natal, La
Chaux-de-Fond, na Suíça.

35
• Em 1907, Le Corbusier viajou para a Itália, ficando
impressionado com a cultura Italiana, em
espacial a Cartuxa de Ema, que junto a influência
do Urbanismo Utópico, resultou no projeto para
uma escola de arte em La Chaux-de-Fonds.

• Em 1910, é enviado para a Alemanha , escrevendo


um livro, "Estudo sobre o movimento de arte
decorativa na Alemanha", publicado em 1912.

• Em 1911, viaja para o oriente , resultando em seu


livro intitulado “Voyage d'Orient”.

• Em 1913 Le Corbusier abriu seu próprio escritório


em La Chaux-de-Fonds, objetivando se
especializar em concreto armado.

36
• Em 1922, passou a trabalhar com seu primo Pierre
Jeanneret. As principais produções deste
escritório foram os projetos de cunho
constitucional Maison Dom-Ino e as Villes Pilotis.
Dom-Ino constitui um protótipo que reúne a
influência social utópica e os avanços
tecnológicos.

Maison Dom-Ino e estrutura da unidade


Dom-Ino.

Fonte: FRAMPTON, Kenneth, História


Crítica da Arquitetura Moderna, São
Paulo, Martins Fontes, 2000.

37
• Em 1927 desenvolve, junto a Pierre Jeanneret, o
projeto para o concurso internacional para a sede
da Liga das Nações em Genebra. Tem-se então a
passagem de um estilo residencial para um estilo
monumental, palaciano.

Sede da Liga
das Nações.

Fonte:
FRAMPTON,
Kenneth,
História Crítica
da Arquitetura
Moderna, São
Paulo, Martins
Fontes, 2000.

38
• Em 1929 e 1936 viajou para a América do Sul,
idealizando para o Rio de Janeiro, uma estrada
beirando a costa, a cerca de 100 metros de
altura, abrigando, debaixo desta, quinze andares
com possibilidade para criar habitações. Algo
semelhante foi pensado para Argel, o projeto
Obus.

Projeto Obus.
Fonte: FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da
Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 2000.

39
Leg ad o Corb usiano
• Sua obra teve influência do caos da velha Paris,
decorrente da reconstrução de Haussman.

Plan Voisin (1925).


Fonte: www.kosmograph.com

40
• Corbusier considerava que “procurar a escala humana,
a função humana é definir as necessidades humanas”.
Portanto, os objetos para atender as demandas
humanas constituíam objetos tipos, padronizados,
seguindo o sentido de harmonia do corpo humano.
Segundo este conceito de padronização, Corbusier
desenvolveu o modulor, relacionando medidas do
corpo humano.

Modulor. Chaise longue 41


Fonte: www.khg.bamberg.de Fonte:www.drwagnernet.com
• Em seu livro “Vers une architecture” (Por uma
arquitetura) fomentou as bases do movimento
moderno de cunho funcionalista.

• Para Le Corbusier, a casa era uma máquina de


morar, voltando-se para a produção mecanicista
propiciada com os avanços da industrialização
para a construção civil.

• Em 1928, no CIAM, produziu a Carta de Atenas,


com relevante papel ao definir diretrizes e normas
para aplicação do Urbanismo Moderno,
objetivando o planejamento funcional da cidade
de forma a atender as demandas sociais. Para
tanto, propôs que a propriedade do solo ficasse a
cargo da municipalidade.

42
Desenvolveu, também, princípios urbanísticos em La
Ville contemporaine (1922) e La Ville radieuse (1933),
sendo eles:

•Eliminar o excesso populacional dos grandes centros;

•Liberação do solo através da verticalização;

•Concentração do comércio e atividade empresarial nos


grandes centros;

•Setorização residencial de acordo com a atividade


desenvolvida pelo morador;

•Segregação das vias de circulação;

•Estabelecimento de cinturões verdes.

43
La Ville contemporaine 1922.
Fonte: home.worldonline.dk

44
La Ville Radieuse (1933). 45
Fonte: home.worldonline.dk
Portanto, sua obra urbanística pode ser assim
sintetizada:
• Os projetos executados inserem-se no período anterior
à guerra de 1940, e no período seguinte ao projeto
para Chandigarh.
• Desenvolveu significativo número de planos base não
executados como Plan Vision (1925), La Ville
contemporaine (1922) e La Ville radieuse (1933), por
exemplo.
• Produção literária que fomentou as bases do
urbanismo do século XX:
- Vers une architecture (1923);
- Urbanisme (1925);
- La Ville radieuse (1935);
- La Charte d’Athènes (1943);
- Propos d’urbanisme (1946)
- Manière de penser l’urbanisme (1946);
- L’unité d’habitacion de Marseille (1950).

46
Em síntese, podem-se destacar cinco
pontos característicos da obra corbusiana no
âmbito arquitetônico:

• Construção sobre pilotis;

• Terraço Jardim;

• Planta livre da estrutura;

• Fachada livre da estrutura;

• Janela em fita.

47
Segue-se com uma cronologia de algumas de
suas obras:
• 1905 – Villa Fallet, La Chaux-de-Fonds, Suíça.

Fonte: www.artnouveau.ch 48
• 1919 - Maison Monol, Paris, França

Fonte: www.fondationlecorbusier.asso.fr 49
• 1925 – Pavillon de L’Esprit Noveau, Exposition des
Arts Décoratifs, Paris.

Fonte: caad.arch.ethz.ch 50
• 1928 – Villa Savoye, Poissy-sur-Seine, França.

Fonte: faculty.evansville.edu 51
• 1929 – Armée du Salut, Cité de Refuge, Paris,
França.

52
Fonte:www.culture.gouv.fr
• 1930 – Pavillon Suisse, Cité Universitaire, Paris,
França.

Fonte: www.swissinfo.org 53
• 1949 - Usine Claude et Duval, Saint-Dié-des-
Vosges,França.

54
Fonte: chr.amet.chez-alice.fr
• 1950-1955 – Chapelle Notre Dame du Haut,
Ronchamp, França.

55
Fonte: ionarts.blogspot.com
• 1952-1959 - Edifícios em Chandigarh, Índia.

Fonte: www.atopia.tk Fonte: www.pondichery.com

56
• 1953- Conjunto de edifícios-sede da Organização
da Nações Unidas, Nova Iorque, EUA.

57
Fonte: kaleidoscope.blogspirit.com
• 1956 – Unité d’Habitation de Briey en Ferêt,
França.

Fonte: www.fondationlecorbusier.asso.fr 58
• 1957-1960 – Sainte Marie de La Tourette, Lyon,
França.

59
Fonte: forums.macgeneration.com
• 1958 – Pavillon Philips, Bruxelas, Bélgica
(demolido).

60
Fonte: phillal.club.fr
• 1960 – Unitè d’ Habitation Firminy, Firminy,
France.

Fonte: defisc.patrimoine.free.fr Eglise Saint Pierre, junto às


Unité d'Habitation de Firminy.
Fonte: photo.blog.lemonde.fr

61
• 1961- Carpenter Center for Visual Arts,
Universidade de Harvard, Cambridge.

62
Fonte: www.hno.harvard.edu
Re ferê ncia s:
• Referências bibliográficas:
• BENÉVOLO, Leonardo, História da Cidade, São Paulo, Editora Perspectiva, 1983.
• CHOAY, Françoise, O Urbanismo, Utopias e Realidades, Uma Analogia, São Paulo,
Editora Perspectiva, 1979.
• FRAMPTON, Kenneth, História Crítica da Arquitetura Moderna, São Paulo, Martins
Fontes, 2000.
• HALL, Peter, As Cidades do Amanhã, São Paulo, Editora Perspectiva, 1995.
• JEANNERET, Pierre, Le Corbusier, Oeuvre Complète de 1910-1929, Zurich, Les
Éditons d’architecture, 1948.
• MADRIAGA, Inés Sánchez de, Introducion al urbanismo, Conceptos y métodos de
la planificación urbana, Alianza Editorial.
• MONTANER, Josep Maria, A Modernidade Superada, Barcelona, Gráficas 92, 1997.
• RELPH, Edward. A Paisagem Urbana Moderna, Lisboa, Edições 70, 1987.

• Outras fontes de consulta:


• Diário digital. Disponível em: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=96&
id_news=202907
• Enciclopédia Virtual Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org
• Revista Urabanismo. Disponível em: http://revistaurbanismo.uchile.cl
• Revista Viver Cidades. Disponível em: http://www.vivercidades.org.br
• Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC). Disponível em:
www.uniplac.net/emaj/Artigos
• IPP – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Disponível em:
www.lpp-uerj.net/forumrio/documentos/009_091.pdf
• The University of Chicago Centennial Catalogues. Disponível em:
http://www.lib.uchicago.edu/projects/centcat/centcats/home

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