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Teoria dos Jogos e Relações Internacionais


Claudio A. Téllez1

Resumo: Apresentamos o desenvolvimento da Teoria dos Jogos e exemplos de


sua aplicação às Relações Internacionais, ilustrando como o rigor analítico e o
poder de previsão dos modelos matemáticos podem auxiliar os cientistas sociais
na compreensão quantitativa e qualitativa de diversos fenômenos e construções
teóricas.

Palavras-chave: Teoria dos Jogos. Relações Internacionais. Modelos


matemáticos.

1. Introdução

A Teoria dos Jogos trata do estudo formal do conflito e da cooperação. Para esse
objetivo, se utiliza de modelos matemáticos que descrevem interações competitivas sujeitas
a um conjunto de regras, onde a meta principal é determinar quais são as estratégias
racionais ótimas em situações onde os resultados dependem também das estratégias
escolhidas pelos demais jogadores.
Desde o seu início nas primeiras décadas do século XX até os dias atuais, vários
resultados da Teoria dos Jogos têm contribuído para a elucidação de problemas
econômicos, sociais e políticos. Em Relações Internacionais, essa teoria matemática
desempenha um papel central em estratégia militar, no estudo de situações que envolvem
tomada de decisões em questões de política internacional e no entendimento de vários
aspectos das interações dinâmicas entre agentes em conflito.
Neste trabalho, apresentaremos o desenvolvimento da Teoria dos Jogos e diversos
exemplos de sua utilização para a modelagem matemática de problemas em Relações

1
O autor é Bacharel em Matemática (PUC-RJ, 2004) e aluno do Curso de Relações Internacionais da
UniverCidade.
2

Internacionais. Apesar das limitações conseqüentes da complexidade existente nas


situações específicas que são estudadas pelos cientistas sociais, os modelos matemáticos
podem ser instrumentos interessantes para uma melhor compreensão quantitativa e
qualitativa de diversos fenômenos e construções teóricas, devido principalmente ao seu
rigor analítico, à sua capacidade de síntese e ao seu poder de previsão.
Na seção 2, apresentamos os primeiros resultados matemáticos de Ernest Zermelo e
Émile Borel em Teoria dos Jogos, o teorema minimax de John von Neumann e a
axiomatização da teoria da utilidade esperada por John von Neumann e Oskar Morgenstern
na década de 1940. Na seção 3, discutimos o Dilema dos Prisioneiros, a sua importância
para a questão de como pode existir cooperação em um sistema internacional anárquico e
aplicações desse modelo ao Realismo e à Teoria de Regimes Internacionais. Na seção 4,
introduzimos o equilíbrio de Nash como uma extensão dos resultados de John von
Neumann e discutimos o modelo do Dilema da Segurança. As nossas conclusões são
apresentadas na seção 5.

2. O Desenvolvimento da Teoria dos Jogos

Os primeiros resultados matemáticos em Teoria dos Jogos devem-se a Ernest


Zermelo, que demonstrou que todo jogo de soma zero, com informação perfeita e dois
jogadores pode ser estritamente determinado (ZERMELO, 1913) e a Émile Borel, que entre
1921 e 1927 publicou uma série de artigos onde definiu a noção abstrata de jogo de
estratégia e formulou o conceito de estratégia mista (BOREL, 1921, 1924, 1927).
Em 1928, o matemático húngaro-americano John von Neumann demonstrou o
teorema minimax (VON NEUMANN, 1928), que estabelece que para jogos de soma zero2
com dois jogadores, cada jogador pode considerar, para cada estratégia possível, a perda
máxima esperada. Assim, um jogador pode escolher a estratégia ótima dentre as estratégias
possíveis, que será justamente aquela que minimize a sua perda máxima. Como esse
resultado também é válido (com sinal negativo) para o seu oponente, o resultado do jogo

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Dado um jogo com dois jogadores J1 e J 2, consideremos a situação onde o conjunto das escolhas possíveis
para J1 é {1, ... , m} e para J2 é {1, ... , n}, sendo m e n números inteiros positivos. Se J1 escolhe i e J2 escolhe
j, o retorno de J1 é R1(i,j) e o de J2 é R2(i,j). Jogos de soma zero são aqueles em que a soma dos retornos dos
jogadores é nula, isto é, R1(i,j) + R2(i,j) = 0. Como nessa situação temos R1(i,j) = - R2(i,j), conclui-se que, em
jogos desse tipo, para que um jogador obtenha um ganho, o outro deve ter uma perda equivalente.
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estará completamente determinado pelas regras. A conseqüência é que haverá sempre uma
solução racional para um conflito entre dois jogadores com interesses completamente
opostos. Uma demonstração do teorema minimax pode ser encontrada em (LUCE;
RAIFFA, 1957).
A Teoria dos Jogos foi formalizada em 1944 por John von Neumann e pelo
economista austríaco Oskar Morgenstern. Os autores desejavam mostrar que problemas
típicos de comportamento econômico correspondem a soluções matemáticas de
determinados jogos de estratégia (VON NEUMANN; MORGENSTERN, 1944). Para
alcançar esse objetivo, apresentaram o teorema minimax restringindo-se à análise dos jogos
de soma zero e revolucionaram o campo da Economia com a axiomatização da teoria da
utilidade esperada, uma teoria da decisão que diz que, sob hipóteses de continuidade e
independência, toda preferência pode ser representada por uma utilidade linear nas
probabilidades, que por sua vez é dada pela utilidade esperada (ARAÚJO, 1983).
Ao termos que as preferências de cada jogador podem ser representadas
numericamente por uma função de utilidade, dadas duas ações, um indivíduo preferirá uma
delas somente se a sua utilidade esperada for maior do que para a outra (MAS-COLELL;
WHINSTON; GREEN, 1995). Nesse sentido mais amplo, um jogo é um modelo teórico
para uma situação definida por interesses competitivos, em que cada jogador procura
maximizar seus ganhos. A Teoria dos Jogos pode ser vista, portanto, como uma extensão da
Teoria da Decisão para o caso de haver dois ou mais jogadores e onde busca-se entender o
conflito e a cooperação através de modelos quantitativos e de exemplos hipotéticos
(MYERSON, 1991).
Situações que podem ser modeladas através de jogos de soma zero com dois
jogadores são encontradas em problemas econômicos, em decisões de política internacional
e em questões de estratégia militar. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha
Britânica baseou-se em idéias diretamente relacionadas com a Teoria dos Jogos para
melhorar a sua capacidade de prever os movimentos dos submarinos alemães (KUHN;
NASAR, 2002).
Após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento da Teoria dos Jogos
intensificou-se no período da Guerra Fria (POUNDSTONE, 1993). Análises de situações
internacionais específicas têm sido realizadas ao longo das últimas décadas, buscando
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entender as decisões dos homens de Estado e a essência dos conflitos. Entre os assuntos
mais estudados sob a perspectiva da análise formal do conflito, temos a Crise dos Mísseis
em Cuba (WAGNER, 1989), as guerras no Oriente Médio (DEKMAJIAN; DORON,
1980), a corrida armamentista entre as duas superpotências durante a Guerra Fria
(BROWN, 1986) e a avaliação do impacto estratégico do projeto Guerra nas Estrelas
(BRAMS; KILGOUR, 1988).

3. O Dilema dos Prisioneiros

Em 1950, os resultados das pesquisas de Melvin Dresher e Merrill Flood na


corporação RAND levaram à descoberta do jogo conhecido atualmente como o Dilema dos
Prisioneiros. Em 1980, baseado em um memorando de 1950, Albert W. Tucker formalizou
esse modelo, que tem diversas implicações para o estudo da natureza da cooperação
humana (TUCKER, 1980).
O Dilema dos Prisioneiros exerce importante influência nas Ciências Sociais, tendo
sido utilizado inclusive como uma versão simplificada da Guerra Fria (HOLLAND, 2003).
Basicamente, o problema estabelece que há dois prisioneiros sendo interrogados pela
polícia. Cada um deles tem duas estratégias disponíveis: cooperação (permanecer em
silêncio) ou deserção (denunciar o outro prisioneiro pelo crime). Se eles cooperarem, isto é,
se nenhum deles denunciar o outro, ambos serão libertados e ganharão dois pontos cada
um. Se um deles permanecer em silêncio e for acusado pelo outro, o que ficou em silêncio
será preso e não receberá pontos, sendo que o acusador será libertado e ganhará três pontos.
Se ambos optarem pela deserção, não serão libertados, mas ganharão um ponto cada um.
As diversas possibilidades desse jogo estão ilustradas na matriz abaixo, onde as
linhas correspondem ao Jogador 1 e as colunas ao Jogador 2:

Dilema dos Prisioneiros Cooperação Deserção


Cooperação (+ 2, + 2) (0, + 3)
Deserção (+ 3, 0) (+ 1, + 1)
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A estratégia minimax recomenda a minimização da perda máxima possível, isto é,


os prisioneiros deveriam desertar sempre, o que corresponderia à situação (+ 1, + 1) na
matriz acima. Independente da escolha do outro prisioneiro, a deserção leva a um ganho
maior do que a cooperação e portanto é uma estratégia dominante. Paradoxalmente, se
ambos desertarem, o ganho será menor do que teria sido se ambos tivessem cooperado.
Se analisado sob uma perspectiva realista, o Dilema dos Prisioneiros diz que as
relações internacionais serão sempre marcadas por insegurança, competição e conflito,
mesmo na presença de fortes incentivos para a cooperação (DONNELLY, 2000).
No caso do jogo ser repetido, os jogadores podem aprender a cooperar. A iteração
do Dilema dos Prisioneiros tem sido utilizada para analisar a evolução da cooperação em
jogos experimentais, onde a probabilidade de cooperação ou deserção depende do histórico
das interações. O matemático e cientista político Robert Axelrod, investigando a
cooperação na política internacional durante o período da Guerra Fria e baseando-se em
resultados de simulações computacionais, propôs uma estratégia baseada na reciprocidade,
segundo a qual o jogador deve cooperar no primeiro movimento e a partir de então fazer o
que o outro jogador tiver feito na jogada precedente (AXELROD, 1984, 1997).
O Dilema dos Prisioneiros desempenha um papel relevante em Política
Internacional, por lidar formalmente com a questão de como pode surgir a cooperação em
um sistema internacional anárquico (O’NEILL, 1994). Os resultados das pesquisas de
Axelrod sobre a iteração do Dilema dos Prisioneiros têm sido relacionados com o Realismo
(STEIN, 1982; KEOHANE, 1986). Também há estudos envolvendo a Teoria dos Regimes
Internacionais, onde Axelrod e Keohane defendem que a criação desses regimes pode
institucionalizar a reciprocidade entre os Estados (AXELROD; KEOHANE, 1985).

4. O Equilíbrio de Nash e o Dilema da Segurança

Em 1950, o matemático norte-americano John Forbes Nash formulou o seu


equilíbrio (NASH, 1950, 1951) baseado no teorema do ponto fixo de Kakutani, um
resultado topológico fundamental (KAKUTANI, 1941). O equilíbrio de Nash consiste de
um conjunto de estratégias, uma para cada jogador, tal que nenhum jogador pode
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beneficiar-se mudando unilateralmente a sua estratégia enquanto os demais mantêm as suas


estratégias inalteradas.
O teorema de Nash estende os resultados de John von Neumann, restritos a jogos de
soma zero e com dois jogadores, para a situação mais geral de jogos que não são de soma
zero e têm mais de dois jogadores. Trata-se de um resultado central na Teoria dos Jogos,
que tem sido aplicado amplamente para o tratamento analítico de interações estratégicas em
Economia, Sociologia, Relações Internacionais e em outras Ciências Sociais (HOLT;
ROTH, 2004).
O jogo do Dilema da Segurança consiste de dois países que podem escolher entre
manter o seu sistema de defesa (manter) ou investir em um sistema novo e muito caro
(novo). Os resultados possíveis para esse jogo estão representados na matriz abaixo, onde
as linhas correspondem ao País 1 e as colunas correspondem ao País 2.

Dilema da Segurança Manter Novo


Manter (+ 9, + 9) (0, + 8)
Novo (+ 8, 0) (+ 7, + 7)

Supondo que o novo sistema seja muito caro, cada país preferirá manter o seu
sistema de segurança caso o outro também o mantenha. Um dos países torna-se vulnerável
(zero pontos) caso opte por manter seu sistema e o país oponente escolha investir no
sistema novo.
As situações (manter, manter) e (novo, novo) são equilíbrios de Nash, mas observa-
se pela matriz que a situação mais vantajosa para ambos os países é (manter, manter), que
corresponde aos maiores ganhos.
Os custos elevados da não-cooperação mútua (novo, novo) levam a deduzir que a
situação cooperativa (manter, manter) é preferível. Entretanto, em seu artigo de 1978 sobre
o Dilema da Segurança, Robert Jervis aponta que quando um Estado tenta aumentar a sua
própria segurança, mesmo que seja por razões defensivas, isso provoca um descréscimo na
segurança dos demais Estados, o que pode iniciar uma espiral de hostilidades (JERVIS,
1978). Mesmo que seja mais vantajoso para um Estado optar pela cooperação, a mera
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percepção de que o oponente possa estar desejando mudar a sua estratégia pode ser
suficiente para desencadear essa espiral.
Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, pode
parecer que o Dilema da Segurança está ultrapassado, pois a instabilidade internacional não
parece resultar unicamente do aumento das tensões entre atores preocupados com a
segurança e a manutenção do status quo. Entretanto, a dissuasão requer ameaças e ao
mesmo tempo certezas sobre as condições dessas ameaças, caso contrário a parte que está
sendo ameaçada não tem razões para ceder. Dessa maneira, o Dilema da Segurança está
quase sempre presente em relações de dissuasão (CHRISTENSEN, 2002).

5. Conclusões

No tratamento matemático dos processos complexos que são observados nas


Ciências Sociais e particularmente em Relações Internacionais, muitas vezes precisamos
deixar de lado os fatores subjetivos e psicológicos, apesar desses fatores desempenharem
um papel importante nos fenômenos e eventos que surgem da interação dinâmica entre os
agentes envolvidos. Ainda assim, mesmo os modelos mais simples podem exibir um
comportamento dinâmico muito mais complexo do que o que encontramos nas aplicações
da Matemática às Ciências Naturais.
Dentre as limitações que dificultam a formulação de modelos matemáticos nas
Ciências Sociais, podemos destacar a seleção das variáveis e a impossibilidade da repetição
de experimentos. Apesar disso, a Teoria dos Jogos tem contribuído substancialmente para
uma abordagem satisfatória de inúmeras questões em Economia, Sociologia, Ciência
Política e Relações Internacionais, onde mesmo modelos simples, como por exemplo o
Dilema do Prisioneiro e o Dilema da Segurança, apresentam implicações significativas na
análise formal dos processos de tomada de decisões, na previsão de situações de conflito e
no tratamento qualitativo de construções teóricas.
Devemos ter em conta que, em modelos idealizados, os erros, as aproximações e as
simplificações não devem ser necessariamente tratados como imperfeições, mas sim
avaliados quanto à significância de seus efeitos sobre as previsões concernentes aos
fenômenos que estão sob investigação.
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Apesar das suas limitações, o rigor analítico, a capacidade de sintetizar conceitos


através de representações simbólicas e o poder de previsão dos diversos modelos fornecidos
pela Teoria dos Jogos permitem concluir que modelos matemáticos podem ser instrumentos
valiosos para as abordagens qualitativas e quantitivas de diversos fenômenos que aparecem
em Relações Internacionais e para a avaliação das previsões fornecidas pelas construções
teóricas.

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