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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Câmpus Ponta Grossa

NORMAS PARA ELABORAÇÃO


DE TRABALHO ACADÊMICO
2

Professor Flávio Madalosso Vieira


Professora Carmen Lúcia Monteiro Weller

NORMAS PARA ELABORAÇÃO


DE TRABALHO ACADÊMICO

Apostila destinada aos alunos dos Cursos


Superiores de Tecnologia e Engenharia e dos
Cursos Técnicos e do Ensino Médio, além dos
cursos de pós-graduação, do Câmpus Ponta Grossa
da UTFPR, visando a subsidiar a elaboração de
trabalhos acadêmicos, com base nas normas de
Metodologia Científica.

PONTA GROSSA
2008
3
APRESENTAÇÃO

Este trabalho tem por finalidade oferecer subsídios aos alunos


dos Cursos Superiores de Tecnologia, Engenharia e de todos os cursos
mantidos e/ou oferecidos pelo Câmpus Ponta Grossa da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, no que se refere às normas técnicas para
redação, formatação e apresentação de trabalhos acadêmicos de cunho
avaliativo.
A metodologia aqui oferecida, revisada e atualizada em cada
início de período letivo, tem por base a Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT – adotada e divulgada pela Universidade Federal do
Paraná e que tem sido o parâmetro da nossa Instituição.
Além das normas de Metodologia Científica, compõem este
trabalho alguns compêndios de gramática, cuja finalidade é oferecer aos
interessados, não somente alunos, alguns “lembretes” de acentuação, uso
de letras, hífen e, também, ortofonia, já que falar bem e corretamente é tão
importante quanto escrever conforme as normas gramaticais.
Lembramos que as normas de metodologia aqui expostas
referem-se a “trabalhos acadêmicos”, específicas para cursos de graduação,
sendo que para cursos de nível mais elevado (pós-graduação) poderá haver
diferenças em alguns itens da formatação.
4

FUNDAMENTOS DE METODOLOGIA CIENTÍFICA

I – Estrutura do trabalho acadêmico


- aspectos gerais

ESTRUTURA
• capa
• folha de rosto
• sumário
• texto
• glossário
• referências
• anexos
• contracapa

APRESENTAÇÃO
• composto em computador
• impresso em papel A4 branco
• impressão com tinta preta
• fixação em três pontos
• sem ilustrações decorativas
• usa-se apenas uma fonte

MARGENS
• superior: 3 cm
• inferior: 2 cm
• esquerda: 3 cm
• direita: 2 cm

ENTRELINHAMENTO
• espaço entre linhas: 1,5
• citação longa: simples ou 1
• entre seções e subseções: uma linha em branco

FONTES
• para títulos e parágrafos:
o TIMES NEW ROMAN, tamanho 13
o ou ARIAL, tamanho 12

• Para citações longas, notas de rodapé, tabelas e legendas:


o TIMES NEW ROMAN, tamanho 11,
o ou ARIAL, tamanho 10

APRESENTAÇÃO GRÁFICA:
• capítulos, títulos, ou seções primárias:
o letras maiúsculas, centralizado, negrito
• subtítulos, seções secundárias:
o inicial maiúscula, alinhamento à esquerda, negrito
5

PAGINAÇÃO: epígrafe/dedicatória, agradecimentos, sumário, listas, resumo, recebem algarismos


romanos
• capa e verso das páginas não são contadas;
• as páginas pré-textuais (folha de rosto, termo de aprovação, minúsculos, alocados na
margem inferior e centralizados;
• as numerações das páginas pré-textuais e textuais são distintas;
• as páginas textuais recebem algarismos arábicos;
• anexos recebem numeração seqüencial às páginas textuais;
• Os números das páginas textuais aparecem no canto superior direito de cada página.

1 – CAPA:
A CRITÉRIO DA INSTITUIÇÃO;
(modelo anexo)

2 – FOLHA DE ROSTO:
- na primeira linha: o nome do autor, em letras maiúsculas, negritadas e centralizado;
- título e subtítulo: centralização horizontal e vertical, letras maiúsculas, negritadas, sem
divisão silábica;
- súmula: em “caixa de texto”, alinhada à direita, corpo 10, sem bordas, indica a natureza, a
finalidade do trabalho, a instituição e o professor orientador, este separado por uma linha
do texto da súmula.
- local e data: na penúltima e última linha da página, centralizados, em letras maiúsculas
negritadas e sem pontuação.
(MODELO ANEXO)

3 –.SUMÁRIO:
- o título SUMÁRIO é centralizado, maiúsculo e negritado, na primeira linha da página;
- deixa-se uma linha em branco após o título;
- fontes e entrelinhamento conforme o texto do trabalho;
- seqüência do trabalho (textuais, pós-textuais);
- itens: alinhados à esquerda;
- números das páginas: alinhados à direita;
- entre ambos, linha pontilhada;
- lista de ilustrações, quadros e tabelas devem ser colocadas após o sumário, em folha
distinta;

4 – TEXTO:

5 – GLOSSÁRIO:
A disposição das palavras fica a critério do autor.

6 – REFERÊNCIAS:
Aparecem após o texto, ou após o glossário, se houver, e antes dos apêndices. Entre as
referências, deixa-se uma linha em branco.

7 – ANEXOS (OU APÊNDICES):


- Localizam-se após as referências;
- São numerados individualmente, na seqüência do trabalho, com algarismos arábicos;
- Pode haver uma folha de rosto para os anexos, onde deve constar a palavra “ANEXO” ou
“APÊNDICE ”
6

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


Câmpus Ponta Grossa

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo
7

NOME COMPLETO DO AUTOR

TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo

Trabalho apresentado à disciplina de Comunicação


Lingüística, como parte da avaliação do 1º período letivo
do Curso Superior de Tecnologia em
................................

Prof. ....................................

PONTA GROSSA
fevereiro/2008
8

SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ......................................................................................................... iii


AGRADECIMENTOS................................................................................................. iv
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. v
iii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................. ix

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................... 1
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 5
1.2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 5
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 5
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA ....................................................................... 6
1.4 HIPÓTESE .......................................................................................................... 6
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................... 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 8


2.1 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ............................................................... 8
2.2 HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO .................................................................... 10
2.3 PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO ................................................................... 13
2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO ......................................... 14
2.5 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO – P.C.P....... 17
2.6 FERRAMENTAS DE AUXÍLIO AO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA 25
PRODUÇÃO........................................................................................................

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................................. 41
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA....................................................................... 41
3.2 MÉTODO DA PESQUISA ................................................................................... 43
3.3 POPULAÇÃO PESQUISADA ............................................................................. 43
3.4 COLETA DE DADOS........................................................................................... 44

6. CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES PARA FUTUROS 66


TRABALHOS.........................................................................................................
6.1 CONCLUSÕES.................................................................................................... 66
6.2 RECOMENDAÇÕES........................................................................................... 69
6.3 PROPOSTAS PARA FUTUROS TRABALHOS................................................... 70
6.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 71

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 72

APÊNDICE ................................................................................................................ 76
9

II – Redação de trabalhos acadêmicos


01 – diferente de outros tipos de texto;

02 – objetividade e coerência:
- o tema deve ser tratado de maneira direta e simples
- seqüência lógica
- a exposição deve se apoiar em dados e provas

03 – clareza e precisão:
a – evitar comentários irrelevantes;
b – usar vocabulário preciso, evitando prolixidade;
c – usar nomenclatura técnica;
d – evitar termos que não indiquem proporções claras ou exatas (bastante, pouco, muito, mais,
menos );
e – evitar adjetivos, advérbios, locuções e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar de
forma imprecisa (aproximadamente, às vezes, raramente, em breve);

04 – imparcialidade:
O autor não deve fazer prevalecer a sua opinião;

05 – uniformidade:
formatação, tratamentos, pessoa gramatical;

06 – formas verbais:
Usa-se a forma impessoal dos verbos (terceira pessoa e índice de indeterminação de sujeito >
observou-se / observa-se / observar-se-á);

07 – números:
7.1 – numerais cardinais:
a – são geralmente expressos em algarismos;
b – por extenso, de um a dez;
Ex. A biblioteca comprou seis novos computadores.
c – na forma mista para indicação de mil, milhão, bilhão etc.;
Ex. O Paraná exportou 3,5 milhões de toneladas de soja.
d – por extenso em início de frases e quando é apenas uma palavra;
e – se em uma frase houver número maior e menor que 11, indicá-los com algarismos:
Ex. Foram entrevistados 5 orientadores e 15 estagiários.

7.2 – numerais ordinais:


– representados por extenso até o décimo, e com algarismos a partir do 11º;

7.3 – quantias monetárias:


a – usar sempre algarismos;
b – abaixo de mil:
b.1 – números inteiros: não se usa o símbolo monetário;
Ex: 22 Reais, mil Dólares, 1000 Euros.
b.2 – números fracionados:
b.2.1 – 22,85 Reais;
b.2.2 – R$22,85.
C – quantias acima de mil:
c.1 – números redondos: 3 mil Reais ou R$ 3 mil.;
c.2 – números fracionados: R$2,690 milhões.
10

08 – pesos e medidas:
- obedecem aos padrões internacionais;
- abreviadas quando associadas a um número, com letras minúsculas, sem ponto e sem “s”
para plural, deixando-se espaço entre o número e a unidade de medida;
- por extenso quando não estiverem associadas a um número.

09 – datas e horas:
13h / 13h30min
29 de fevereiro de 2008 / 29-02-2008

10 – siglas:
a – usa-se apenas siglas já existentes ou consagradas;
b – quando mencionadas pela primeira vez no texto, deve-se escrever primeiramente o nome por
extenso e seguido da sigla entre travessões;
c – não se usam pontos em siglas;
d – siglas com até três letras são escritas com maiúsculas;
e – usa-se apenas a inicial maiúscula se a sigla, com mais de três letras, for pronunciável

III – Organização das referências:

01 – ESTRUTURA
autor, título (em negrito), número da edição, imprenta (notas tipográficas: local, editora, ano da
publicação), número de páginas, capítulo, volume.

0bs. 1: subtítulo não é destacado.


ex: Perfis da Cidade: a história que a história não conta

obs. 2: omite-se a palavra “editora”, a menos que confunda com o local.


Ex. Atlas, Ática, Ed. Santos, Ed. São Paulo;

OBSERVAÇÕES GERAIS:
a – a segunda linha e as seguintes iniciam alinhadas à esquerda, e não sob a terceira letra da
linha anterior;
b – O nome do autor (ou autores) deve(m) ser transcrito(s) pelo sobrenome por extenso, em letras
maiúsculas e em ordem alfabética, e pelas iniciais dos outros nomes.

02 – AUTOR ÚNICO:
BILAC, O. ...
FARACO, C. A. ...

03 – SOBRENOMES DE ORIGEM ESPANHOLA:


MENENDEZ PIDAL, R. ...

04 – SOBRENOMES COMPOSTOS:
ESPÍRITO SANTO, V ...
LEVI-STRAUS, C. ...

05 – SOBRENOMES COM COMPLEMENTO DIFERENCIAL:


SILVA NETO, F. R. ...
ANJOS SOBRINHO, E. G. dos. ...

06 – DOIS E TRÊS AUTORES:


11
São indicados pela ordem em que aparecem na publicação, separados por ponto e vírgula.
SCALCO, J. L.; FRANCO, W. R.; LIMA, J.S. ...

07 – MAIS DE TRÊS AUTORES:


Menciona-se o primeiro, seguido da expressão latina et al (e outros);

08 – MAIS DE UMA OBRA DE UM MESMO AUTOR:


Na primeira entrada, referencia-se normalmente. Nas entradas seguintes, substitui-se o nome do
autor por travessão.
Ex.
FARACO, C. A. Gramática. 5ª ed. São Paulo, Ática, 2002.
 Como redigir corretamente. 3ª ed. Rio de Janeiro, Atlas, 2003.
 Redação ao alcance de todos. 15ª ed. São Paulo, Ática, 1999.

09 – TÍTULOS PROFISSIONAIS:
Não fazem parte do nome e não devem aparecer na referência.
No documento: -► Prof. João Carlos da Silva.
Na referência: -► SILVA, J. C. da. ...

10 – TÍTULOS DE ORDEM RELIGIOSA:


Aparecem na referência e a entrada é feita pelo nome.
EUSÉBIO, Frei.
DULCE, Irmã.

11 – PSEUDÔNIMOS:
Se o nome verdadeiro for conhecido, deve aparecer entre colchetes.
PONTE PRETA, S. [Sérgio Porto]. ...

12 – AUTORES COLETIVOS OU NÃO ESPECIFICADOS:


Têm entrada na referência pelo nome mais importante.
BRASIL. Ministério dos Transportes. ...
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. ...
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ. Unidade de Ponta Grossa.
Gerência de Ensino e Pesquisa. ...

13 – AUTORIA DESCONHECIDA:
A entrada é feita pelo título da obra.
HISTÓRIA da guerra dos cem anos;
RIO bom é o que tem pedras brancas.

14 – ARTIGOS DE REVISTAS:
SOUSA, T. M. de. Meio Ambiente: um caso sério. Revista de Administração Pública, Rio de
Janeiro, nº30, p.159-161, jan/fev 2008.

15 – ARTIGOS DE JORNAIS:
MORAES, C. L. de. Pequenas empresas na estrutura econômica. Gazeta do Povo, Curitiba, 29-
fev-2008, caderno de negócios, p.15.

16 – ARQUIVOS ELETRÔNICOS:
autor, nome do arquivo, local, data, características físicas, tipo de suporte.
KRAEMER, L. M. Apostila. doc. Curitiba, 13-jan-2008. Arquivo (605 bytes); disquete 3½. Word for
Windows 6.0

17 – DOCUMENTO CONSULTADO NA INTERNET:


MOURA, G. C. Citações e referências bibliográficas. Disponível em
<http.//elogica.com.br/users> acesso em 29-fev-2008.
12

18 – DOCUMENTO VIA E-MAIL:


Autor, título da mensagem ou título atribuído, [tipo de mensagem], endereço do recebedor, data.

SANTOS, C. E. dos. Notícias e novidades. [mensagem pessoal]. Recebida em


<vieiraneto@convoy.com.br> em 29-fev-2008.

19 – TRABALHOS ACADÊMICOS, TESES, DISSERTAÇÕES, MONOGRAFIAS E APOSTILAS:


AUTORIA. Título. Local, ano, número de páginas. Tipo de trabalho (grau e área). Instituição de
ensino.
Ex:
FREITAS, S. R. de. Marés gravimétricas: implicações para a placa sul-americana. São Paulo,
1993, 264 páginas. Tese (Doutorado em Geofísica). Instituto Astronômico e Geofísico,
Universidade de São Paulo.

20 – RELATÓRIOS TÉCNICOS:
A entrada é feita pelo autor.
Ex:
MOURA, M. F.; TERNES, S. Manutenção de softwares. Campinas, Ed. Unicamp, 2005, 90 p.,
Relatório Técnico.

21 – PARTES DE LIVROS (CAPÍTULO, FRAGMENTO E VOLUME)


O título da parte deve ser transcrito sem destaque. A referência do documento em que se
encontra a parte citada segue as normas de livros, precedida da palavra in seguida de dois
pontos.

Autoria da parte, Título da parte, in: Autoria da obra. Título da obra. Local: editora, ano, página
inicial-final da parte.
Ex.
ROSA, J. G. A terceira margem do rio, in: FARACO, C. E.; MOURA, F. M. Literatura Brasileira.
São Paulo, Ática, 2001, p.361-365.

22 – EVENTOS CIENTÍFICOS:
NOME DO EVENTO, número do evento, ano de realização, local. Título. Local. Editora, ano de
publicação, número de páginas.
Ex:
SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE DOCENTES DE LÍNGUA PORTUGUESA. 5º., 2005, Porto
Alegre, RS. O ensino da gramática na era do computador. São Paulo, Ática, 2001. 96p. 1v.

23 – TRADUÇÕES:
AUTOR DO DOCUMENTO ORIGINAL. Título. Edição. Tradução de/por: Nome do tradutor. Local.
Editora, ano.
Ex.
OAKLANDER, V. J. Descobrindo crianças: abordagens gestálticas com crianças e adolescentes.
Tradução*: George Schlesinger. 11ª edição. São Paulo, Summus, 1980.

*Tradução: / Traduzido por: / Tradução de: (conforme aparece no documento)

24 – DOCUMENTOS LEGISLATIVOS:
NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Título e número, data. Ementa. Dados da publicação
que divulgou o documento.

Ex.
13
BRASIL. Decreto-lei nº 2.423, de 07 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamentos de
gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos na Administração
Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, v. 126, nº
66, p. 6009, 08 de abril de 1988, seção 1.

25 – PARECERES E RESOLUÇÕES:
AUTORIA (instituição ou pessoa). Tipo, número e data. Ementa. Relator ou consultor. Dados da
publicação.

Ex.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 16, de 03 de dezembro de 1984. Dispõe
sobre reajuste de taxas, contribuições e semestralidades escolares. Relator: Laffayete de Azevedo
Ponde. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de dezembro de 1984, seção 1, p.190-191.

26 – BÍBLIA E PARTES:
BÍBLIA. Idioma, Título. Tradução ou versão. Edição. Local: Editora, ano.
Ex. 1:
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução: Centro Bíblico Católico. 34º edição. São Paulo: Ave
Maria, 1982.
Ex. 2:
BÍBLIA. N.T. João. Português. Bíblia sagrada. Versão de Antônio de Figueiredo. São Paulo: Ed.
das Américas, 1950, cap. 12, vers.12.

27 – CATÁLOGOS:
AUTORIA. Título. Local, ano. Nota indicativa de catálogo.
Ex.
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÁQUINAS. Novos computadores. São Paulo, 2002. Catálogo de
produtos.

28 – ENTREVISTA NÃO PUBLICADA:


AUTORIA (entrevistado). Ementa da entrevista. Local. Data.
Ex.
JEFERSON, T. Entrevista concedida ao acadêmico Luiz Silva, sobre a política no Brasil de
hoje. Brasília, 20 de fevereiro de 2006.

29 – ENTREVISTA PUBLICADA:
AUTORIA (entrevistado). Título da entrevista. Referenciação do documento. Nota indicativa de
entrevista.
Ex.
CASTRO, L. B. de. Comida Frankenstein. Istoé, São Paulo, nº1697, 15 de fevereiro de 2006
p.7―11. Entrevista concedida a Valéria Propato

30 – OBRAS INÉDITAS (palestras e notas de aulas):


AUTORIA. Título. Nota indicativa da origem do documento.
Ex. 1:
AIRES, J. P. Tecnologia da Informação: esta é a solução. Palestra proferida na Associação
Comercial e Industrial de Ponta Grossa, em 15 de fevereiro de 2006.
Ex. 2:
BELMONTE, D. L. Fundamentos da Computação. Aula ministrada ao primeiro período do curso
Superior de Tecnologia em Sistemas de Informação no Câmpus Ponta Grossa da UTFPR., em 21
de fevereiro de 2006.

31 – FILMES:
TÍTULO. Direção de. Local. Produtora: Distribuidora, ano. Número de unidades físicas (duração
em minutos): indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de cor; largura em milímetros.
Ex.
14
AVENTURA na áfrica. Direção de Steve Mehl. Los Angeles: Paramount Film: Dist. Saral Films,
2004, um filme (95 min), legendado, color., DVD.

32 – ATAS:
AUTORIA (instituição). Local. Título e data. Livro número, página inicial-final.
Ex.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ. Diretoria de Ensino e
Pesquisa. Curitiba. Ata da reunião realizada em 12 de agosto de 2005. Livro 29, p.30-41v.

33 – NORMAS TÉCNICAS:
Órgão normalizador, Título (corresponde ao número da norma): subtítulo. Local, ano.
Ex.:
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: referências bibliográficas. Rio de Janeiro,
1989.

IV –Notas de rodapé e citações:

a – NOTAS DE RODAPÉ:

1 – Tipos:
a) de conteúdo: evitam explicações longas no texto;
b) de referência: indicam fontes;
c) de esclarecimento: comentários ou traduções;
d) não devem ser usadas em artigos.

2 – Apresentação:
a) a numeração é seqüencial ao longo do texto e em algarismos arábicos;
b) o número é apresentado sobrescrito 10 colocado logo após o termo ou frase a que
se refere e no início da nota;
c) o número é separado da nota por um espaço;
d) a nota é escrita com letra e entrelinhamento menores que os do texto;
e) a primeira linha da nota inicia na margem de parágrafo e as demais obedecem à
margem esquerda;
f) o texto deve ser separado da nota de rodapé por uma linha em branco;
g) as notas de rodapé são colocadas em seqüência e separados por ponto e vírgula;
h) a nota de rodapé começa e termina na página em que houve a referência, sendo
que a última linha da nota deve coincidir com o limite da página;

Ex.
No texto:
Segundo FENELON (1982), a estratégia capitalista de dominação do operário foi
extremamente complexa5.
No rodapé:
5
FENELON, D.R. Fontes para o estudo da industrialização no Brasil: 1899-1945.
Revista Brasileira de História, São Paulo, v.3, p.79-115, mar.1982.

b – CITAÇÕES:
15
1 – as curtas (com até três linhas) são inseridas no corpo do texto, com a mesma fonte e
tamanho, porém entre aspas.

2 – com mais de três linhas: é transcrita em parágrafo distinto. Inicia na margem de


parágrafo, sem deslocamento da primeira linha, e termina na margem direita. As linhas
seguintes seguem a primeira da citação. Não se usam aspas.

1,5 cm § Texto

4 cm CITAÇÃO

3 – Deve-se deixar uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e


posterior;

4 – Omissões são indicadas por reticências no início ou no final do texto, e com


reticências entre parênteses no meio do texto;
Ex:
“... tem por base (...) e divulgada pela Universidade Federal do Paraná ... “

5 – Incorreções e incoerências em citações são indicados pela palavra latina sic (assim
mesmo) entre colchetes imediatamente após a sua ocorrência.
Ex:
Essa noção de História contraria a lógica por que [sic] vários outros autores são
notóriamente [sic] contrários à afirmação.

6 – Acréscimos ou comentários em citações são inseridos entre colchetes;

7 – Ênfases são feitas pela inserção de ponto de exclamação entre colchetes após o
trecho a enfatizar [!];

8 – Pode-se destacar palavras ou trechos da citação usando-se negrito, seguindo-se a


expressão sem grifo no original entre colchetes.
Ex.:
Essa noção de História contraria a lógica porque vários outros autores são notoriamente
contrários [sem grifo no original] à afirmação.

9 – Se a citação já apresenta destaque, usa-se a expressão [grifo do autor];


16

30 dicas para se escrever bem


1. Não se deve utiliz. abrev. red. de palavras, etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente


rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo
narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??...então valeu!

9. Levante a qualidade do seu texto para cima: não use pleonasmos.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra
repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida
desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita
os outros não tem idéias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas
diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras
palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.


17
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá
ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto
de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão


da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem
sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a
separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensí-
veis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, há-
bito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando
seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar
deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as
coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho
certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus
amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando
desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar tchê, é usar muitas expressões que
acabem por denunciar a região onde tu moras!...nada de mandar esse trem ...
vixi...entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá
agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.
18

RESUMO
condensação de um texto

Refere-se às partes mais importantes do texto. Utiliza frases curtas. Não se trata de
enumeração de idéias ou assuntos. Descreve a natureza do texto, forma e propósito.

01 - Primeira leitura:
conhecimento do texto.

02 - Segunda leitura:
sublinhar idéias e detalhes importantes.

03 - terceira leitura:
reconstituição do texto a partir dos grifos.

04 – Redigir, com bom estilo, sendo fiel ao texto original, com as próprias palavras.

RESENHA
análise do conteúdo de um texto

REQUISITOS:
- conhecimento do texto;
- competência na matéria;
- capacidade de juízo e valor;
- correção;
- fidelidade ao pensamento do autor.

ESTRUTURA:
01 - Referência bibliográfica:
- Autor, título, imprenta, ilustrações.

02 - Credenciais do autor:
- Informações gerais, formação na área específica.

03 - Conhecimento:
- Resumo detalhado das idéias principais, de que trata a obra? Possui alguma
característica especial? Como foi abordado o assunto? Exige conhecimento
prévio?

04 - Conclusão do autor:
- Há ou não, onde foram colocadas (final da obra ou por capítulos), quais?

05 - Quadro de referências do autor:


- modelo, que teoria serviu de base, método utilizado;

06 - Apreciação:
a) Julgamento da obra:
19
Como se situa em relação às correntes científicas e às circunstâncias culturais,
sociais etc.;

b) Mérito da obra:
Qual a contribuição, quais idéias verdadeiras, originais e criativas, quais os
conhecimentos novos?

c) Estilo:
Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Tipo de linguagem.

d) Forma:
Lógica, sistematizada?

e) Indicação da obra:
A quem é dirigida?

COMO SE FAZ UMA RESENHA


Usada em atividades acadêmicas e no jornalismo cultural, a crítica a obras exige
capacidade de síntese conjugada a uma boa argumentação

Cortar excessos do texto é apenas o começo; é preciso capturar o leitor desde o


início, buscando equilíbrio e fundamentação em cada comentário.
Escrever uma resenha é um excelente exercício de redação. A resenha é a espécie
de texto mais usada em atividades acadêmicas e está sempre presente no chamado
jornalismo cultural. O que popularmente recebe o nome de "crítica" de livros, filmes, CDs,
DVDs, peças teatrais, balés, exposições, shows, nada mais é do que resenha. Ou seja,
sínteses e comentários sobre uma obra artística. Claro, elas podem abranger apreciações
sobre livros técnicos, científicos ou filosóficos.
O objetivo da resenha, geralmente, é hoje divulgar o fato cultural e servir ao seu
leitor como uma bússola em meio à produção cada vez maior da indústria cultural. Quem
entra numa megalivraria abarrotada de milhares de ofertas, tende a sentir-se mais
confortável se já leu uma resenha a respeito de tal ou tal livro. Resenhas ajudam na
seleção bibliográfica para trabalhos acadêmicos ou científicos, evitando perda de tempo
com leitura de livros e mais livros e funcionam para a atualização de estudiosos.
A resenha oscila da síntese para a análise e vice-versa. Será bem-sucedida a
resenha que equilibrar essas duas vertentes. Pois, sendo um gênero necessariamente
breve, é perigoso o caminho do resenhador parar no buraco negro da superficialidade.
Mas, a brevidade do texto, assim como no conto, é o segredo de um estilo que pode ser
sedutor, elegante e incisivo.
Há vários nomes para a resenha: resumo crítico, recensão e outros que sempre
remetem à idéia de exame abreviado, verificação minimizada de um texto. E resenhar tem
tudo a ver com um texto argumentativo, que visa a expressar a opinião do seu autor,
supostamente alguém com um referencial de conhecimento capaz de avaliar o que está
sob sua visão e possuidor de argumentos que convençam que essa avaliação é correta
ou, pelo menos, flua na direção exata. A resenha parece, para o leigo, algo fácil de fazer
e, por isso, nos jornais e revistas - onde a pressa é amiga do patrão - há tantas resenhas
arrogantes, ruins e levianas.
Como evitar uma, digamos, pisada na bola ao fazer uma resenha? Há várias
recomendações dos especialistas, mas talvez a mais importante seja a da humildade.
Quem escreve uma resenha é um tipo de filtro entre o fato cultural e o leitor. Estes dois
20
últimos é que importam. Sobretudo para o resenhista-jornalista, é preciso não colocar os
seus interesses ou uma visão totalmente subjetiva à frente de tudo. Como dizia o tio do
Homem-Aranha, grandes poderes trazem grandes responsabilidades. E, conforme o
lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou uma peça ser encenada
para poltronas vazias.

Usar uma lista de verificação


Para ajudar na síntese do conteúdo da obra, uma lista de checagem da avaliação
pode incluir o "assunto", ou seja, do que a obra trata e seu desenvolvimento, os objetivos
do autor com seu texto, como evolui o raciocínio do autor, o que geralmente é explicitado
capítulo a capítulo.
Se você ainda quiser fazer uma verificação final, após ter escrito a resenha, uma
lista de check-in como a dos pilotos que vão fazer um avião decolar, há algumas
perguntas que você deve responder:
Seu texto está adequado ao público para que você está escrevendo?
Sua resenha mostra que você é uma pessoa que refletiu sobre o texto e tem
um repertório suficiente para avaliá-lo?
Está na resenha o que o autor destacou como importante na sua obra?
Aqueles elementos essenciais da estrutura da resenha estão todos ali?
Suas opiniões estão equilibradas e fundamentadas? Você não cometeu
excessos de avaliação?
Releia para conferir se adjetivos, verbos estão corretos e se não há
problemas de correção gramatical no texto.

Respeitar o leitor
O resenhista tem de saber exatamente a que público se destina seu trabalho. Uma
resenha acadêmica exige um determinado tipo de texto mais culto e permite citações
mais complexas. A jornalística requer um texto mais acessível e o cuidado de situar fatos
e pessoas com as devidas explicações para um público não tão enfronhado no assunto.
Como a resenha é um texto breve, uma boa dica é capturar o leitor desde o
primeiro parágrafo (ou da primeira frase). O melhor é descobrir algo provocativo,
intrigante, que agarre o leitor de cara. As resenhas acadêmicas, contudo, seguem um
modelo quase padronizado, de ter um cabeçalho informativo sobre os dados bibliográficos
da obra resenhada, depois passam para os dados do autor, seu currículo acadêmico, por
exemplo.
Para a resenha não-acadêmica, não há tais limites. Identificar algo insólito sobre o
texto ou o autor pode ser um modo interessante de começar. Ou falar de um aspecto
muito recorrente, como o texto em forma de diário, o filme que conta a história em flash-
back, o CD que revive standards de uma década afastada...

Equilibrar a síntese
Por ser texto breve, é recomendável usar frases curtas e diretas. Fazer o contrário
é dar pijama e travesseiro para o leitor. Não se perca em detalhes demais, porque o
espaço é curto. Pense na condição básica: resenha é síntese.
Na estrutura essencial da resenha há certos elementos que não devem faltar.
Aonde você irá colocá-los, é questão de gosto e estilo. Sem desprezar o bom senso. Uma
menção ao nome da obra e do autor, a descrição do conteúdo da obra, a avaliação, a
comparação com outras obras do mesmo autor, tema ou contexto histórico-artístico e uma
conclusão que sintetize a opinião de quem escreve. Comparar um livro ou um filme com
outros semelhantes - ou diferentes - pode ser esclarecedor na busca de aspectos
originais ou vigorosos daquilo que se resenha.
21
O estilo do autor é outra pista a ser seguida. Da mesma forma que a maneira de
construção dos personagens, a avaliação de que eles serão lembrados ou esquecidos em
pouco tempo.
EXEMPLO

H O M O L O Q U E N S:
O homem como animal falante
Resenha

Dennis Fry, catedrático da University College, de Londres, nesta obra traz


minuciosa análise das várias fases pelas quais passa o ser humano no desenvolvimento do
processo da fala, em texto dirigido a interessados em especializar-se nesta área de estudos,
porém, com muita propriedade, oriunda de um vocabulário acessível, pode-se direcionar o texto a
qualquer pessoa, mesmo que leiga no assunto.
No desenvolvimento do texto, percebem-se alguns detalhes que chamam a
atenção do leitor mais minucioso.
Inicialmente, levantam-se questões acerca do processo inicial da
comunicação, dando-se como espantosas as fases de desenvolvimento, desconsiderando aí,
como em todo o desenrolar do texto e do contexto, a condição naturalista, ou seja, os elementos
genéticos e hereditários que compõem o intrincado complexo do corpo humano, que tudo permite
desde que se tenham antecedentes, e a fala nada é de diferente neste sistema.
A criança é provém, obviamente, das suas heranças genéticas e
hereditárias, aliadas ao processo de desenvolvimento que o ser humano tem sofrido ao longo dos
séculos e milênios em que domina o planeta.
O autor de Homo Loquens - O Homem como Animal Falante constrói seu
texto numa seqüência bastante lógica e esclarecedora capaz de aprender a falar por puro instinto,
outro aspecto desconsiderado pelo autor, e este instinto, obedecendo à ordem cronológica dos
fatos, o que propicia uma melhor assimilação das informações.
Assim, podem-se observar menções detalhadas e analisadas
coerentemente sobre o processo da comunicação do bebê desde a mais tenra idade, valendo-se
do recurso do choro e vagidos, progredindo gradativamente até o balbuciar dos primeiros
fonemas, sons ainda ininteligíveis que o aparelho fonador produz já na tentativa instintiva de
exercer a sua função.
Também, em ponto específico do texto, Dennis Fry analisa a linguagem
como sistema complexo e expõe as dificuldades de assimilação dos milhares de vocábulos
existentes, levantando, veladamente, a hipótese da impossibilidade de assimilação e utilização de
grande parte deste grande aglomerado de sintagmas que qualquer idioma possui, o que é
bastante racional de parte do autor, recaindo absolutamente dentro de uma lógica compreensível
pelos ditames das leis biológicas que regem os seres humanos.
Caminhando pela trilha do autor, pode-se ver o desenvolvimento da
linguagem infantil seguindo partes compatíveis com o desenvolvimento de sua capacidade de
raciocínio, ao ponto de estabelecer analogia de sons para formar outras palavras, ou sons com
que julga estabelecer comunicação, dando a noção da progressão da fala pueril por aquisição de
novos fonemas, cada vez mais complexos, resultante da convivência com outras pessoas que lhe
passam informações, dados e hábitos.
Em que pese todo o domínio teórico que o autor inspira, há uma ruptura no
desenvolvimento do texto que deixa lacuna na análise de seu conteúdo. Trata-se da impressão
que Fry dá que o desenvolvimento da fala pela criança é fruto de um raciocínio lógico, e não
processo instintivo do desenvolvimento natural do ser humano. Este procedimento é resultante de
linhas contraditórias em um próprio contexto, pois, pouco depois da afirmação de que há um
espaço de tempo entre a recepção e a produção de um fonema ou seqüência deles, o autor
menciona a existência provável de uma gramática ou sintaxe exclusivamente infantil, de origem
não assimilada, mas sim deduzida.
Finalmente, Dennis Fry transcreve idéia de “conhecido psicólogo” que o
processo de desenvolvimento da fala explica-se pela teoria do milagre e, estranhamente, em que
22
se considere todo o desenvolver científico do autor, este se expressa conivente com tal idéia, o
que resulta em conclusão pouco aclaratória acerca da análise do texto proposto.

PROJETO
Planejamento para execução de trabalho

1 - APRESENTAÇÃO
1.1 - capa
 entidade
 título (e subtítulo)
 elaborador
 local e data

2 - OBJETIVOS
2.1 - tema
2.2 - delimitação do tema
2.3 - objetivos gerais e específicos

3 - JUSTIFICATIVA

4 - METODOLOGIA
4.1 procedimentos
4.2 técnicas
 descrição
 aplicação

5 - EMBASAMENTO TEÓRICO
bases de teoria bibliográfica e conceitos

6 - CRONOGRAMA

7 - ORÇAMENTO

8 - REFERÊNCIAS
23

TÉCNICAS DE
ORA TÓRIA
24

MEDO

A) CAUSAS:
- não conhecer o assunto;
- esquecer dados importantes;
- raciocínio desorganizado;
- não se conhecer;
- perder-se;
- ser ridicularizado;
- imprevistos;
- atrapalhar-se.

B) COMO DOMINÁ-LO:
- Analisar as causas do medo;
- estudar profundamente o assunto;
- anotar pontos importantes;
- organizar idéias;
- treinar (falar em voz alta para si mesmo, espelho, gravador, pessoa);
- modular voz e gestos;
- prever uso de recursos audiovisuais;
- ter sempre uma cópia a mais do texto;
- procurar conhecer antecipadamente o local e os recursos que utilizará;
- não encarar diretamente a platéia;
- controle pela respiração.

C) SUA IMPORTÂNCIA:
- faz com que haja maior empenho e dedicação;
- obriga a preparo e treinamento;
- exige concentração.

ATRIBUTOS DO ORADOR

1 – credibilidade:
a) naturalidade;
b) conhecimento;
c) controle de emoções;

2 – a voz:
a) respiração;
b) volume;
c) projeção;
d) pausas;
e) ênfase;
f) sotaque;
g) dicção;
h) pronúncias (prosódia, ortoépia e velocidade);
i) tom;
25

O TEXTO
Como preparar uma palestra – esquema de procedimentos

1º - registre tudo o que sabe sobre o tema a ser exposto, sem se preocupar com a ordem
das idéias. Não se preocupe com a seqüência. A ordem ficará para depois.

2º - leia e coloque as idéias em ordem lógica. Feito isto o esboço estará pronto.

3º - Ao analisar seu esboço procure responder, para si mesmo, as seguintes perguntas:


- O que a platéia sabe sobre o assunto?
- Qual a atitude dela em relação ao assunto?
- Qual a atitude dela em relação a você?
- Qual é o nível cultural da platéia?
- Qual é a finalidade da palestra?

4º - Ao estabelecer o tema e a seqüência que dará, decida exatamente o que quer que a
sua palestra faça à platéia.

1 - Introdução
É a conquista da platéia. Deve ser objetiva e realçar a importância do que
vai ser dito.
- Anunciar um fato surpreendente;
- fazer uma pergunta;
- contar um fato pitoresco;
- apresentar uma citação (e o autor);
- referir-se à ocasião, ao momento;
- apresentar um fato histórico.

2 - Desenvolvimento
O conteúdo do corpo da palestra é o motivo pelo qual a assistência vem
ouvir o orador.
Não há desculpa aceitável para quem não prepara convenientemente a
parte principal de sua exposição de idéias.
Características de uma boa palestra:
clareza
conveniência
vocabulário adequado
Aumente o interesse da platéia

Se puder “enriquecer” a sua palestra com algum ou alguns dos recursos


abaixo você aumentará e muito a qualidade dela e o interesse da platéia:
exemplos
citações
estatísticas
histórias
definições
comparações
26

3 – Encerramento

A conclusão é a afirmação final de suas idéias. Deve ser um momento forte


de sua exposição. Para ser forte precisa ter clareza, objetividade e ser breve.
Pode-se usar: citação
reflexão
fato histórico
frase bem humorada
o que sugerir sua criatividade

Lembretes
- Se você causou uma boa impressão, não a perca com uma conclusão
prolongada.
- Uma conclusão fraca pode destruir grande parte do que você construiu ao
longo da explanação.
- De nada servirá uma conclusão brilhante, se seu discurso não tiver
substância.

QUESTÕES DE LINGUAGEM

Vocabulário - a quem se destina a palestra;


- concordância;
- chavões.

IMPORTANTE CONSIDERAR
- tempo disponível
- conveniência
- material de apoio disponível
- manuseio adequado do material de apoio

POSTURA, EXPRESSÃO CORPORAL E APARÊNCIA

SEMPRE EM PÉ:
- segurar os papéis com ambas as mãos;
- apoio sobre os dois pés;
- corpo ereto (queixo paralelo ao solo).

ERROS MAIS COMUNS:


- MOVIMENTAÇÃO DESORDENADA;
- APOIO INCORRETO;
- ANIMAL ENJAULADO;
- PÊNDULO;
- RIGIDEZ;
-
EXPRESSÃO CORPORAL:
a) não se mover em demasia nem bruscamente;
27
b) sincronia entre o gesto, a voz e a mensagem;
c) gesticule com os braços acima da linha da cintura e não levante as mãos
acima dos ombros;
d) varie os gestos;
e) use o jogo fisionômico;
f) fale de frente para a platéia;

ERROS MAIS COMUNS:


- MÃOS ATRÁS DAS COSTAS;
- NOS BOLSOS;
- BRAÇOS CRUZADOS;
- APOIAR-SE NA MESA;
- GESTOS ABAIXO DA CINTURA OU ACIMA DO OMBRO;
- COÇAR A CABEÇA, SEGURAR GOLA, CANETA;
- POSTURA NEGLIGENTE (DERROTA);
- POSTURA PREPOTENTE(ARROGÂNCIA).
- FUGIR COM OS OLHOS;
- OLHAR FIXAMENTE PARA UM ÚNICO PONTO;

APARÊNCIA:
a) roupas adequadas à ocasião, confortáveis, e sóbrias;
b) cabelos, barba, colarinho, punhos, paletó, óculos, gravata etc.

O QUE NÃO FAZER E O QUE FAZER – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A – O QUE NÃO SE DEVE FAZER:


- pedir desculpas (problemas físicos, particulares, falta de tempo ou preparo);
- contar piadas;
- começar com palavras vazias (bem, bom etc.);
- apoios lingüísticos (né, tá, entende etc.);
- fazer perguntas à platéia;
- firmar posição sobre assunto polêmico;
- usar chavões, gírias, frases vulgares, linguagem chula, ou inadequada;

B – O QUE SE DEVE OU PODE FAZER:


- citação;
- informação de impacto;
- procurar ser admirável, mas com sobriedade;
- ser breve;
- levantar reflexões;
- demonstrar neutralidade sobre assuntos polêmicos;
- valorizar o conteúdo do texto;
- usar argumentos lógicos e eloqüentes.
28

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


CÂMPUS PONTA GROSSA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO LINGÜÍSTICA

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE PALESTRAS TÉCNICAS

PALESTRITA: _______________________________________________________
PALESTRANTE: _____________________________________________________
DATA:_______________ ASSUNTO: ___________________________________

RESUM0
______________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________

PERGUNTAS:
1ª____________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
__

2ª____________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
__
29

3ª____________________________________________________________________
__
______________________________________________________________________
__

ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA CRÍTICA:


Sumário, domínio, conteúdo, linguagem, dicção, material de apoio, movimento,
visualização, postura, aspecto geral, tempo.

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


CÂMPUS PONTA GROSSA
CURSO: ______________________________________________________________________

DISCIPLINA DE COMUNICAÇÃO LINGÜÍSTICA

SUMÁRIO
PALESTRANTE:____________________________________________________________
DATA:_______________ ASSUNTO: ___________________________________________

INTRODUÇÃO:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________
DESENVOLVIMENTO:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________
CONCLUSÃO:
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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__________
30

REFERÊNCIAS:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________

ACENTUAÇÃO
1 – OXÍTONAS:
São acentuadas as palavras terminadas em:
- a(s) > sofá, atrás
- e(s) > café, vocês
- o(s) > avó, repôs
- em(ns), desde que tenham mais de uma sílaba
- > vintém, parabéns
OS MONOSSÍLABOS TÔNICOS SEGUEM ESTA MESMA REGRA.
 lá, dá(verbo), dê(verbo), pás;
 pé, vês;
 nó, pôs.

2 – PAROXÍTONAS:
São acentuadas as terminadas em:
- ã(s) > órfã, órfãs;
- ão(s) > órgão, bênçãos;
- i(s) > táxi, lápis;
- us > Vênus, vírus;
- um, uns > álbum, médiuns;
- ps > bíceps;
- l > dócil, sofrível;
- n > hífen;
- r > mártir, repórter;
- x > tórax;
- ôo(s) > magôo, vôo;
- ditongos > séria, fáceis;
- on(s) > íon, nêutrons.

3 – PROPAROXÍTONAS:
Todas são acentuadas, sem exceção.
 lâmpada, médico, protótipo.

4 – DITONGOS ABERTOS:
São acentuados os ditongos abertos formados por:
- éi(s) > geléia, anéis;
- éu(s) > véu, chapéus;
- ói(s) > heróico, lençóis.

5 – HIATO:
Acentua-se o i ou u:
- sozinho na sílaba ou seguida de S:
> saí, baú, caíste;
- não seguidas de NH:
31
 rainha, raiz, sair, ainda.

6 – MONOSSÍLABOS VERBAIS:
- terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR:
 tem(sing.) / têm(plural)
 vem(sing.) / vêm(plural)

7 – ACENTOS DIFERENCIAIS:
- pára (v) / para (prep)
- pôr (v) / por (prep)
- pêlo (subs) / pélo (v) / pelo (prep)
- pólo (jogo ou extremidade) / pôlo (falcão)
- pôde (perf.ind.) / pode (pres.ind)
OBS: Os nomes próprios seguem as mesmas regras gramaticais dos nomes comuns.
 Nélson, Flávio, Júlio, Aurélio, Lúcia, Célia.

8 – TREMA:
Usa-se o trema sobre o u átono, pronunciado, precedido de
G ou Q e seguido de e ou i:
 tranqüilo, freqüente, eqüino,

CRASE
É a contração do A preposição com o A artigo.
 Fui à feira.
 Fui a + a feira
 refiro-me àquela moça.
 Refiro-me a + aquela moça.

1 - Usa-se crase:
- antes de palavras femininas, desde que individualizadas.
> Fui à cidade
> Respondi à acusação

- antes de nomes de localidades, desde que admitam o artigo “a”.


> Vou à Ásia
> A turista foi à Europa

- antes da palavra “HORA”


> Chegamos às seis horas
> sairemos às onze.

- antes da palavra “MODA” (ou maneira), mesmo quando subentendida.


> festa à caipira
> bife à cavalo

- Nas locuções
a - adverbiais: andava às escondidas;
b - prepositivas: Vivia à procura de ocupação;
c - conjuntivas: Aprendemos à proporção que estudamos;
d - com a letra “A” dos demonstrativos:
- aquele > reportou-se àquele caso
- aquela > Dei a flor àquela garota
- aquilo > Refere-se àquilo?

2 - Não se usa crase:


- antes de palavras masculinas
> não assisto a filmes de guerra.
32
- antes de verbos
> Estava disposto a lutar.

- antes de artigos indefinidos


> Levou a namorada a uma festa.

- antes de expressões de tratamento


> Trarei a resposta a Vossa Excelência.

- antes de pronomes:
- pessoais:
> Dei o presente a ela.
- demonstrativos:
> Falei a esta senhora.
- indefinidos:
> Não obedecia a ninguém.
- Quando o “A” estiver no singular e a palavra que o segue estiver no plural.
> Não vou a festas suspeitas.
- Após preposição:
 Compareceu perante a banca.

3 - USO FACULTATIVO DA CRASE:


- diante de nomes próprios femininos.
> Dei um presente à Ana.

- antes de pronomes possessivos.


> Falei à tua irmã.

4 - CRASE COM PRONOMES RELATIVOS:


Se a palavra a que se refere o pronome for
feminina e houver um “A” antes do pronome.
- QUEM:
> A dificuldade em que me encontro é semelhante à que você enfrentou.
- QUAL:
> A carreira à qual aspiro.

5 - CASOS PARTICULARES:
- CASA
a - quando tem o significado de lar, não admite o artigo, portanto não há crase;
> Vou a casa.
b - se vier determinada, exige crase.
> Vou à casa de meu pai.

- TERRA
a - quando oposta a bordo, não exige crase.
> Os marujos desceram a terra.
b - Se não dá idéia de oposição a bordo, exige crase.
 Voltou à terra natal.

ORTOGRAFIA
USO DE LETRAS
1 - A LETRA “X”:
1.1 - após ditongo:
> peixe, deixa, faixa, caixa.
1.2 - após a sílaba inicial “ME”:
> mexer, mexerica, mexa.
obs: mecha.
1.3 - após a sílaba inicial “EN”:
> enxada, enxame, enxurrada,
33
obs: encher, enchente
1.4 - em aportuguesamento de palavras de origem
inglesa:
> xampu, xerife.
1.5 - em palavras de origem tupi, africana ou exótica:
> xaxim, xingar, xucro.

2 - a letra “S” com som de Z:


2.1 - em sufixos, quando o radical é substantivo:
> maresia, poetisa, burguesia.
2.2 - em títulos de nobreza:
> marquesa, duquesa, baronesa.
2.3 - correlação D -- S:
> aludir/alusão, defender/defesa.
2.4 - nos adjetivos pátrios:
> português, inglesa, francesa.
2.5 - nas formas dos verbos PÔR e QUERER:
> pusesse, quisesse, quis, pôs.
2.6 - após ditongo:
> coisa, maisena, Neusa, Cleusa, Sousa.
2.7 - em diminutivos cujos radicais terminam em S:
> Luisinho, lapisinho, Rosinha.
2.8 – em diminutivos de radicais que não têm “Z”:
> Luisinho, Rosinha, Teresinha

3 - A LETRA “Z”:
3.1 - nos sufixos, quando o radical é adjetivo.
> riqueza, limpeza, surdez, maciez.
3.2 - correlação C — Z:
> ácido/azedo, décimo/dezena.
3.3 - consoante de ligação (quando não há S ou Z no radical)
> cafezal, pezinho.

4 - A LETRA “C (Ç)”:
4.1 - correlação T—C:
> ato/ação, infrator/infração.
4.2 - palavras de origem tupi, africana ou exótica:
> muçum, Juçara, araçá, miçanga, Iguaçu.
4.3 - após ditongo:
> feição, foice.

5 - A LETRA “S”:
5.1 - correlação ND — NS:
> pretender/pretensioso/pretensão, tender/tensão,
>suspender/suspensão, compreender/compreensão.
5.2 - correlações RG — RS/RT — RS:
> aspergir/aspersão, inverter/inversão.

6 – A LETRA “J”
6.1 – palavras de origem latina:
> jeito, majestade, cerejeira, hoje.
6.2- palavras de origem árabe, tupi ou africana:
> alforje, jibóia, pajé, manjericão, berinjela, Moji, Bajé, Jeni, jinjibirra, Lajes, pajem, ojeriza.
6.3 – palavras derivadas de outras grafadas com J:
> sarja>sarjeta; encorajar>encorajem.
6.4 – substantivos de verbos terminados em JAR:
> despeje, arranje, esbanje, viaje,viajem*.
6.5 – terminação AJE:
> laje, traje, ultraje.

7 – A LETRA “G”:
7.1 – procedência árabe:
> álgebra, ginete, giz.
34
7.2 – procedência latina ou grega:
>falange, agir, tigela, gesto.
7.3 – estrangeirismos:
> agiota, geléia, herege, sargento, gim.
7.4 – em geral, após R (há exceções):
> aspergir, divergir, submergir
7.5 – após o “A” inicial:
> agir, agitar.

PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS


1 - HOMÔNIMAS:
A) homófonas = escrita e pronúncia iguais.
> cedo (advérbio) / cedo (verbo)
B) heterófonas = escrita igual e som diferente.
> colher (substantivo) / colher (verbo)
C) heterógrafas = som igual e escrita diferente.
> serrar (cortar) / cerrar (fechar)
2 - PARÔNIMAS:
grafia e pronúncia parecidas, semelhantes.
> emigrar (sair) / imigrar (chegar)
> espiar (sondar) / expiar (pagar)
> tráfego (movimento) / tráfico(comércio)

2.1 - P O R Q U Ê S

POR QUE:
a) em perguntas diretas ou indiretas.
> Por que não veio ontem?
> Quero saber por que não veio ontem.

b) quando corresponder a “PELO QUAL” e variações.


ex: Esta é a porta por que passamos.

POR QUÊ:
Em final de frase ou isolado.
> Você não veio por quê?
> Você não veio. Por quê?

PORQUE:
Introduz explicação, resposta.
> Não estuda porque não quer.

PORQUÊ:
é substantivo, sempre precedido de artigo ou numeral.
> Eis o porquê de estudarmos.
> Dê-me um porquê da briga.

2.2 - MAL / MAU


a) MAL: antônimo de BEM.
>Foram mal no teste.
b) MAU: antônimo de BOM.
> O teste foi mau.

2.3 - ONDE:
a) onde = em que lugar / no lugar em que
> Onde está a caneta?
b) aonde = indica direção, destino (a/ para + onde).
> aonde iremos?
c) donde = indica origem (de + onde).
> Donde vens?
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2.4 - HÁ / A
a) HÁ = tempo passado.
> Há tempos não nos vemos.
b) A = tempo futuro.
> Daqui a dez minutos poderemos sair.

05 - SEÇÃO, SESSÃO, SECÇÃO. CESSÃO.


a) SEÇÃO = divisão, departamento.
> Seção de Contabilidade.
b) SESSÃO = reunião.
> sessão das dez.
c) SECÇÃO = corte.
> secção dos troncos.
d) CESSÃO = flexão do verbo ceder.
> Faremos a cessão do terreno.

USO DO HÍFEN
P R E F I X O S VOGAL H R S
AUTO CONTRA INTRA NEO SEMI SUPRA
EXTRA INFRA PROTO PSEUDO ULTRA
ANTE ANTI ARQUI MINI SOBRE
HIPER INTER SUPER
AB AD OB SOB SUB
CIRCUM MAL PAN
ENTRE

COM HÍFEN SEM HÍFEN


EXEMPLOS:
auto-escola, extra-oficial, contra-ataque, infra-estrutura, intra-hepático, proto-animal, neo-americanismo,
pseudo-animal, semi-extensivo, ultra-romântico, supra-renal, ante-sala, anti-higiênico, arqui-sacerdote, mini-
saia, sobre-saia, hiper-humano, inter-racial, super-relação, ab-reptício, ad-rogar, ob-repção, sub-região,
circum-ambiente, mal-acostumado, pan-americano, entre-hostil.

OBS: 1 - O prefixo SUB exige hífen também diante de palavras


Iniciadas por B (sub-base);
2 - EXTRAORDINÁRIO (A) é exceção à regra;
3 - EXCEÇÕES: sobressaltar, sobressalente,
4 - Os prefixos do quadro, quando diante de palavras
iniciadas por quaisquer outras letras, não admitem o hífen;
5 – AD = aproximação; AB = afastamento;
ANTE = anterioridade; ANTI = contra;

Exemplos:
autodidata, extraterrestre, contrapartida, infravermelho, intramuscular, protomédico, neonazista,
pseudônimo, semicírculo ultravioleta, suprapartidário, anteprojeto, anticorrosivo, antiinflamatório,
arquiinimigo, minicurso, sobrefaturar, hipertensão, internacional, supermercado, abrupto, adjunto, oblongo,
sobposto, subcomissão, circunvizinho, malcriado, pancontinental, entressafra.
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PREFIXOS QUE EXIGEM HÍFEN DIANTE DE QUALQUER LETRA
- além (além-mar); aquém (aquém-fronteiras); bem(*1) (bem-vindo); co(*2) (co-seno); ex (ex-aluno);
nuper (nuper-nascido); pára (pára-raios); recém (recém-chegado); sem (sem-vergonha); soto/sota (soto-
almirante)
- vice (vice-diretor).
*1 - bendizer, Benvindo (nome próprio);
*2 - coadquirir, coexistir, coirmã, colateral, correligionário, correlativo.

PREFIXOS-RADICAIS QUE NÃO ADMITEM HÍFEN:


Aero (aerodinâmico), agro (agroindústria), ambi (ambidestro), audio (audiovisual), bi (bicampeão), eletro
(eletroeletrônico), hexa (hexacampeão), macro (macroeconomia), mega (megassena), micro (microônibus),
multi (multidisciplinar), neuro (neurocirurgião), para (paradidático), penta (pentacampeão), pluri
(pluripartidário), poli (poliesportiva), psico (psicoterapia), radio (radiojornalismo), socio (socioeconômico),
tele (telerrecado), termo (termodinâmico), tetra (tetracampeão), tri (tricampeão).
ORTOFONIA
é a parte da gramática que trata da pronúncia correta das palavras, dividindo-se em PROSÓDIA E
ORTOEPIA.

ORTOEPIA > trata da pronúncia correta das palavras.


infrações mais freqüentes:

1 - VOGAL TÔNICA E:
O timbre do E é fechado nas seguintes palavras:
acervo, ambidestro, almeja, alveja, alvejo, aparelha, aparelho(v), apedreja, apedrejo, badejo, bafeja, boceja,
bocejo(v), caleja, caminhoneta, cerda, cerebelo, escaravelho, espelha, espelho(v), fareja, fecha, fecho(v),
festeja, maneja, manejo(v), omelete.

O timbre do E é aberto nas seguintes palavras:


acerbo, cetro, coeso, coleta, flecho(v), grelha, obeso, obsoleto servo.

2 - VOGAL TÔNICA O:

O timbre do O é fechado nas seguintes palavras:


alcova, algoz, bodas, controle, corça, crosta, desporto, fome, homem, poça, retoma, toma.

O timbre do O é aberto nas seguintes palavras:


coldre, dolo, inodoro, molho(coletivo de chaves), probo.

3 - SUPRESSÃO DE FONEMAS:
CORRETO INFRAÇÃO
CORRETO INFRAÇÃO
aleijar alejar arroz arroiz
abóbora abóbra absoluto abisoluto
aboborinha abobrinha advogado adevogado
apropriado apropiado afear afeiar
bebedouro bebedor bandeja bandeija
cabeleireiro cabelereiro beneficente beneficiente
cavoucar cavocar digno diguino
colégio coléjo frear freiar
entretenimento entretimento má-criação malcriação
etimologia etmologia opta opita
feijão fejão pneu peneu
problema poblema/pobrema prazerosamente prazeirosamente
reivindicar revindicar
raios X raio X
superstição supertição 5 - SUBSTITUIÇÃO DE FONEMAS:

4 - ACRÉSCIMO DE FONEMAS: CORRETO INFRAÇÃO


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abóbada abóboda engajamento enganjamento
aborígine aborígene mendigo mendingo/mindingo
antediluviano antidiluviano mortadela mortandela
astigmatismo estigmatismo sobrancelha sombrancelha
bueiro boeiro traslado translado
cataclismo cataclisma
curinga coringa
curtume cortume PROSÓDIA > Trata da acentuação vocálica correta
cutia cotia das palavras.
eletricista eletrecista
empecilho impecilho 1 - São PROPAROXÍTONAS as seguintes palavras:
irrequieto irriquieto álibi, aríete, bávaro, bímano, bólido, brâmane,
jabuticaba jaboticaba cômputo (s), édito, égide, elétrodo, ínterim.
meritíssimo meretíssimo
privilégio previlégio 2 - São PAROXÍTONAS as seguintes palavras:
salsicha salchicha avaro, austero, barbárie, boêmia, caracteres,
supetão sopetão ciclope, cível, circuito, dúplex, edito, fluido, fortuito,
surripiar surrupiar gratuito, ibero, látex, necropsia, Normandia,
tóxico(ks) tóchico policromo, pudico, recorde, rubrica, sinonímia,
tríplex.
OBS: coringa = trabalhador braçal
cotia = tipo de embarcação
3 - São OXÍTONAS as seguintes palavras.
6 - TROCA DE POSIÇÃO DOS FONEMAS NA Cateter, condor, mister, Nobel, hangar, ruim, sutil,
PALAVRA: ureter.

CORRETO INFRAÇÃO 4 - PALAVRAS QUE ADMITEM DUPLA


aeroporto areoporto PRONÚNCIA:
barganha braganha acróbata / acrobata ambrósia /
bicarbonato bicabornato ambrosia
espontaneidade espontaniedade anídrido / anidrido crisântemo /
meteorologia metereologia crisantemo
muçulmano mulçumano geodésia / geodesia Oceânia /
xifópago xipófago Oceania
7 - NASALIZAÇÃO DE VOGAIS: projétil / projetil réptil / reptil
sóror / soror xérox /
CORRETO INFRAÇÃO xerox
catorze/quatorze
bugiganga bungiganga
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PRONOMES DE TRATAMENTO
DESTINATÁRIO VOCATIVO TRATAMENTO ABREVIATURA
Presidente da Senhor Presidente Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
República
Senadores Senhor Senador Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Ministro Senhor Ministro Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Governador Senhor Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Governador
Deputados Senhor Deputado Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Prefeito Senhor Prefeito Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Embaixador Senhor Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Embaixador
Vereadores Senhor Vereador Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Cônsul Senhor Cônsul Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
Reitor Magnífico Reitor Vossa V. Magfª. / Ilmº. Sr.
Magnificência
Diretores Senhor Diretor Vossa Senhoria V. Sª. / Ilmº. Sr.
Juiz Meritíssimo Juiz Meritíssimo Juiz MM. / Exmº. Sr.
Militares (de Co- Senhor General Vossa Excelência V. Exª. / Exmº. Sr.
ronel a General)
Outros militares Senhor Capitão Vossa Senhoria V. Sª. / Ilmº. Sr.
outros Senhor ... Vossa Senhoria V. Sª. / Ilmº. Sr.
Cardeais Eminentíssimo Vossa Excelência V. Emª. Revmª. /
Senhor Reverendíssimo Exmº. Sr.
Arcebispos e Reverendíssimo Vossa Excelência V. Exª. Revmª. /
Bispos Senhor Reverendíssima Exmº. Sr.
Outros religiosos Reverendíssimo Vossa V. Revmª. / Ilmº. Sr.
Senhor Reverendíssima
Reis e Sua Majestade Vossa Majestade V. M.
Imperadores Real
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Príncipes Sua Alteza Vossa Alteza V. A.

OBS:
1 – Não se usa Ilmª. para mulheres;
2 – DD. ( Digníssimo ) > tratamento para nomeados;
MD. ( Mui Digno ) > tratamento para eleitos;
3 – trato direto > usa-se “Vossa” / ao se referir > usa-se “Sua

COESÃO TEXTUAL
Um texto bem redigido apresenta perfeita articulação de idéias, obtida por meio do
encadeamento semântico (relacionado ao significado, ao sentido) e do encadeamento sintático
(mecanismos que ligam uma oração a outra). A coesão é produto da conexão estabelecida entre
as partes do discurso. Existem diversos recursos lingüísticos que podem ser utilizados para
integrar orações e parágrafos, resultando em unidade textual. As palavras cuja função é
estabelecer conexões são os conectivos: conjunções, preposições pronomes e até mesmo
advérbios. Então, é preciso conhecer a função que tais elementos exercem no texto.
Com base em um levantamento elaborado por Othon Moacyr Garcia (Comunicação em
prosa moderna), relacionamos os elementos de coesão mais usuais, agrupados pelo sentido.

SENTIDO ELEMENTOS DE COESÃO

prioridade, em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo,


relevância precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo.

tempo então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco
(freqüência, antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim,
duração, finalmente, agora, atualmente, hoje, freqüentemente, constantemente, às vezes,
ordem, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao
sucessão, mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto,
anterioridade, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, desde que, todas as
posterioridade vezes que, cada vez que, apenas, já, mal.

semelhança, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente,


comparação, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de
conformidade conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de
vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se.

condição, se, caso, eventualmente.


hipótese

adição, além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado,
continuação também, e, nem, não só ... mas também, não apenas ,,, como também, não só ...
bem como.

dúvida talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo,
se é que.

certeza, ênfase decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem


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dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.

surpresa, inesperadamente, inopinadamente, de súbito, subitamente, de repente,


imprevisto imprevistamente, surpreendentemente.

ilustração, por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou
esclarecimento seja.

propósito,
intenção, com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que.
finalidade

lugar, perto de, próximo a/de, junto a/de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá,
proximidade, lá, ali.
distância

resumo, em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa


recapitulação, forma, dessa maneira, logo, pois.
conclusão

causa e por conseqüência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em
conseqüência, virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque,
explicação porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (=porque), portanto, logo,
que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que.

contraste, pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia,
oposição, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que,
restrição, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que.
ressalva

alternativa Ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, já ... já, nem ... nem.

SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto-e-vírgula, o


ponto) ou a melodia da frase (o ponto de exclamação, o ponto de interrogação
etc.). Geralmente, estão ligados à organização sintática dos termos na frase, eles
são regidos por regras.

Vírgula
Ela marca uma pausa de curta duração e serve para separar os termos de uma
oração ou orações de um período. A ordem normal dos termos na frase é: sujeito,
verbo,complemento. Quando temos uma frase nessa ordem, não separamos seus
termos imediatos. Assim, não pode haver vírgula entre o sujeito e o verbo e seu
complemento.

Quando, na ordem direta, houver um termo com vários núcleos a vírgula será
utilizada para separá-los.
Na fala de Madonna, a vírgula está separando vários núcleos do predicado na
segunda oração. Ex.:

" A obscenidade existe e está bem diante de nossas caras. É o racismo, a


41
discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a miséria. Tem coisa mais obscena do
que a guerra?"

Utilizamos a vírgula quando a ordem direta é rompida. Isso ocorre basicamente em


dois casos:
- quando intercalamos alguma palavra ou expressão entre os termos imediatos,
quebrando a seqüência natural da frase.

Ex: Os filhos, muitas vezes, mostraram suas razões para seus pais com muita
sabedoria.

"O que o galhofista queria é que eu, coronel de ânimo desenfreado, fosse para o
barro denegrir a farda e deslustrar a patente".

- quando algum termo (sobretudo o complemento) vier deslocado de seu lugar


natural na frase. Ex.:
Para os pais, os filhos mostraram suas razões com muita sabedoria.

Com muita sabedoria, os filhos mostraram suas razões para os pais.

Ponto-E-Vírgula

O ponto-e-vírgula marca uma pausa maior que a vírgula, porém menor que a do
ponto. Por ser intermediário entre a vírgula e o ponto, fica difícil sistematizar seu
emprego. Entretanto, há algumas normas para sua utilização.

- usamos ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas que já apresentem


vírgula em seu interior;
- nunca use ponto-e-vírgula dentro de uma oração. Lembre-se ele só pode separar
uma oração de outra.

Com razão, aquelas pessoas reivindicavam seus direitos; os insensíveis


burocratas, porém, em tempo algum, deram atenção a elas.

"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte, para ver a alma." Bernard Shaw

- o ponto-e-vírgula também é utilizado para separar vários incisos de um artigo de


lei ou itens de uma lista. Ex:
[...] Considerando:
A) a alta taxa de juros;
B) a carência de mão-de-obra;
C) o alto valor de matéria-prima; [...]

Dois Pontos

Os dois-pontos marcam uma sensível suspensão da melodia da frase. São


utilizados quando se vai iniciar uma seqüência que explica, identifica, discrimina ou
desenvolve uma idéia anterior, ou quando se quer dar início à fala ou citação de
outrem.
Observe: (Percebeu? Vamos iniciar uma seqüência de exemplos, daí os dois
pontos)
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Descobri a grande razão da minha vida: você
Já dizia o poeta: "Deus dá o frio conforme o cobertor".
"Por descargo de consciência, do que não carecia, chamei os santos de que sou
devocioneiro:
- "São Jorge, Santo Onofre, São José!"

Aspas

As aspas devem ser utilizadas para isolar citação textual colhida a outrem, falas ou
pensamentos de personagens em textos narrativos, ou palavras ou expressões que
não pertençam à língua culta (gírias, estrangeirismos, neologismos, etc)

O rapaz ficou "grilado" com o resultado da prova.


Morava em um "flat" onde havia "playground".

Travessão

O travessão serve para indicar que alguém fala de viva voz (discurso direto). Seu
emprego é constante em textos narrativos em que personagens dialogam. Leia o
texto abaixo:

-Salve!
- Como é que vai?
- Amigo, há quanto tempo...
- Um ano, ou mais.

Podem se usar dois travessões para substituir duas vírgulas que separam termos
intercalados, sobretudo quando se quer dar-lhes ênfase.
Pelé - o maior jogador de futebol de todos os tempos - hoje é um bem-sucedido
empresário.

Reticências

As reticências marcam uma interrupção da seqüência lógica do enunciado, com a


conseqüente suspensão da melodia da frase. São utilizadas para permitir que o
leitor complemente o pensamento que ficou suspenso.
Nas dissertações objetivas, evite reticências.
Ex: Eu não vou dizer mais nada. Você já deve ter percebido que...
"Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem - era sexta-feira..."

Parênteses

Os parênteses servem para isolar explicações, indicações ou comentários


acessórios. No caso de citações é referências bibliográficas, o nome do autor e as
informações referentes à fonte também aparecem isolados por parênteses.

"Aborrecido, aporrinhado, recorri a um bacharel (trezentos mil-réis, fora despesas


miúdas com automóveis, gorjetas, etc.) e embarquei vinte e quatro horas depois..."
Graciliano Ramos

"Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa..." Lima Barreto.


43
O ponto

É usado para marcar o término das orações declarativas. O ponto usado para marcar o
final do texto é conhecido como ponto final.
Exemplo: Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, Pero Vaz de Caminha
escreveu uma carta ao rei D. Manuel na qual informava sobre o descobrimento.

Exclamação

É usado no final dos enunciados exclamativos, que denotam espanto, surpresa,


admiração.
Exemplo: Atenção!, Alô!, Bom dia!.

Interrogação

É usado ao final dos enunciados interrogativos.


Exemplo:
- Tudo bem com você?
- Tudo. E você?
- Tudo bem!

Colocação pronominal

É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na
frase.
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida,
algumas normas devem ser observadas sobretudo na linguagem escrita.

DICAS
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois
mesóclise e e em último caso ênclise.

Próclise: É a colocação pronominal antes do verbo.A próclise é usada:

1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do
verbo. São elas:

a) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.Ex.: Não se esqueça de
mim.

b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor.

c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam.

d) Pronomes relativos. Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam


desaparecidas.
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e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.

2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda?

3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude.

Mesóclise: É a colocação pronominal no meio do verbo.A mesóclise é usada:


1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses
verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

Ênclise: É a colocação pronominal depois do verbo.A ênclise é usada quando a próclise e


a mesóclise não forem possíveis:
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se
todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-
te.
3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo.
4) Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje
mesmo.
5- Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de
desentendida.

DICAS
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou
palavra atrativa.
Ex.: É preciso encontrar um meio de não o magoar./ É preciso encontrar um meio de não
magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais


1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam-me convidado para a
festa.

b) Se, antes do locução verbal, houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do
verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

DICAS
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a
mesóclise, desde que não haja antes dele palavra atrativa.
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.
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Ex.: Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.
Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.

Observações importantes
Emprego de o, a, os, as
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral os pronomes o,a,os,as não se alteram.
Ex.: Chame-o agora. Deixei-a mais tranqüila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los,
las. Ex.: (Encontrar)Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha
alternativa.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os,
as alteram-se para no, na, nos, nas.
Ex.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa.

4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em
desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o
livro)

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