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SISTEMA EXCRETÓRIO - RENAL

-EXCRETAR A MAIOR PARTE DOS PRODUTOS FINAIS


DO METABOLISMO ORGÂNICO
FUNÇÃO RENAL
-CONTROLAR AS CONCENTRAÇÕES DA MAIORIA DOS
CONSTITUINTES DOS LÍQUIDOS CORPORAIS

- VOLUME
CONTROLE FLUIDO EXTRACELULAR
- COMPOSIÇÃO

FORMAÇÃO DA URINA
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REGULAÇÃO DOS VOLUMES DE LÍQUIDOS CORPORAIS

mL/dia NORMAL EXERCÍCIO


GANHO
INGESTÃO 2100 ?
Metabolismo 200 200
Total ganho 2300 ?
- - -
PERDA
Não percebida 350 350
– pele
Não percebida 350 650
– pulmões
Suor 100 5000
Fezes 100 100
Urina 1400 500
Total perdas 2300 6600

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Principais Cátions e ânions do LEC e LIC e não-eletrólitos do plasma

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OSMOSE E PRESSÃO OSMÓTICA

OSMOSE  é a difusão de água através de uma membrana seletiva permeável, de uma


região de maior concentração de água para uma outra região de menor concentração de
água.

O que determina a concentração de água?

Moles e Osmóis
- Mol  concentração de determinada substância em uma solução
- Osmol  número de partículas osmoticamente ativas em uma solução

Solução 1 mol/L de NaCl  2 p. ativa o Na e o Cl  2 osm/L

Osmolalidade e Osmolaridade

Ambos representam a concentração osmolar em uma solução.

Osmolalidade  osm/kg de água


Osmolaridade  osm/L de solução

Pressão Osmótica  força necesária para impedir a osmose, e pode ser utilizado para a
medida indireta da concentração de água e solutos de uma solução.

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SUBSTÂNCIAS OSMOLARES NOS LEC E LIC

SUBSTÂNCIA Plasma (mOsm/L H2O) LEC (mOsm/L H2O) LIC (mOsm/L H2O)
Na+ 142 139 14
K+ 4,2 4,0 140
Ca++ 1,3 1,2 0
Mg+ 0,8 0,7 20
Cl- 108 108 4
Outros X X X
Total mOsm/L 301,8 281,0 281,0
Ativ. Osmolar corrigida 282,0 281,0 281,0
Posm (37oC – mmHg) 5443 5423 5423

Intracelular  mais importante é o K+


Extracelular  mais importantes são o Na+ e Cl-

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OSMOSE E PRESSÃO OSMÓTICA

Pressão Osmótica  força necesária para impedir a osmose, e pode ser utilizado para a
medida indireta da concentração de água e solutos de uma solução.

Posm é diretamente proporcional à


Posm quantidade de partículas
osmoticamente ativas.

1 mOsm/L = 19,3 mmHg

Cálculo da Posm de uma sol. Salina 0,9%


- 0,9 g NaCl por 100 mL de solução (9 g/L)
- PM = 58,5 g/mol
- molaridade = 9/58,5 = 0,154 mol/L
- NaCl (2 osmois)  0,154 x 2 = 0,308 osm/L
- Osmolaridade = 308 mOsm/L
- Posm = 308 x 19,3 = 5944 mmHg
- Coeficiente osmótico = 0,93 e
- 308 x 0,93 = 286 mOsm/L

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EQUILÍBRIO OSMÓTICO - Isotônicos, Hipertônicos e
Hipotônicos (soluto impermeante)
- Isosmóticos, Hiperosmóticos e
Hiposmóticos (soluto permeante)

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Volume do LIC e LEC em situações anormais

- Ingestão de água
- desidratação
- infusão venosa de soluções
- perda de líquidos pelo TGI
- perda pelo suor ou rins

Princípios para cálculo das alterações

1. A água se move rapidamente através da


membrana celular, mantendo o LIC e LEC iguais
entre si
2. As membranas celulares são quase impremeáveis
a muitos solutos, então o número de osmois do
LEC e LIC geralmente são constantes.

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Efeito da Adição de Salina ao LEC
A. Isotônica
- Osmolaridade do
LEC não se altera
- Volume LEC
aumenta
B. Hipertônica
- Osmolaridade do
LEC aumenta
- Aumenta osmose
do LIC  LEC
- NaCl fica no LEC
- Volume LEC
aumenta
- Volume LIC
diminui
- Osmolaridade do
LIC aumenta

C. Hipotônica
- Osmolaridade do
LEC diminui
- Aumenta osmose
do LEC  LIC
- Volume LEC e LIC
aumenta 9
FORMAÇÃO DE URINA PELOS RINS
FUNÇÕES RENAIS
- EXCREÇÃO DE PRODUTOS INDESEJÁVEIS DO METABOLISMO, SUBSTÂNCIAS
ESTRANHAS, DROGAS E METABÓLITOS HORMONAIS
- REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS
- REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
- REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
- REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ERITRÓCITOS
- REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DA 1,25-DIIDROXIVITAMINA D3
- SÍNTESE DE GLICOSE

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ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS RINS

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SISTEMA EXCRETÓRIO - RENAL

- FORMAÇÃO DA URINA  CONSEQÜÊNCIA DO PAPEL REGULADOR

- 3 MECANISMOS RENAIS DE MANIPULAÇÃO DO PLASMA


- FILTRAÇÃO GLOMERULAR  PROCESSO DE FILTRAÇÃO DA
PARTE LÍQUIDA DO PLASMA (íons e produtos metabólicos)

- REABSORÇÃO TUBULAR  PROCESSO DE TRANSPORTE DE


UMA SUBSTÂNCIA DO INTERIOR TUBULAR PARA O SANGUE
PERITUBULAR (QUE ENVOLVE O TÚBULO)

-SECREÇÃO TUBULAR  PROCESSO DE TRANSPORTE DE UMA


SUBSTÂNCIA DO SANGUE PERITUBULAR PARA O INTERIOR DO
TÚBULO RENAL

EXCREÇÃO RENAL  REFERE-SE À ELIMINAÇÃO DA URINA PELO INDIVÍDUO

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Mecanismos renais de manipulação do plasma

18
Mecanismos renais de manipulação do
plasma
Filtração Glomerular

180 litros de
plasma são
filtrados por dia

Homem normal de 70 Kg:


3 litros de plasma
O quê acontece
com os
Todo o plasma é filtrado
178,5 litros Excreção diária
60 vezes por dia
filtrados por dia? (média): 1,5 litros de
urina
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PARÂMETROS DA FUNÇÃO RENAL
HOMEM ADULTO NORMAL

• Fluxo sanguíneo renal: 1200 mL/min


(~1.700 L/dia)
• Filtração glomerular: 120 mL/min (~180 L/dia)
• Volume urinário: 1000 a 2000 mL/dia
(~1% da filtracao glomerular)

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Mecanismos renais de manipulação do plasma

Reabsorção tubular
Filtração
178,5 litros /dia

Reabsorção

Reabsorção

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Manipulação renal de
substâncias

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Determinantes da TFG
• Características anatômicas do capilar
glomerular;
• Fatores hemodinâmicos;
• Tamanho da substância a ser filtrada;
• Forma da substância a ser filtrada;
• Carga da substância a ser filtrada.

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Determinantes da TFG

TGF = Kf x P filtração

Bowman’s
+ Oncotic
Pressure
(0 mmHg)

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PUF – balanço de ultrafiltração
PGC – pressão hidrostática do capilar glomerular
PBS – pressão hidrostática da cápsula de Bowman
πGC- pressão oncótica do capilar glomerular
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πBS – pressão oncótica da cápsula de Bowman
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27
Fatores que Diminuem a TFG
Det. Físicos Causa Fisiológica/Patológica

Kf  TGF Doença renal, diabetes melito, hipertensão

Phb  TGF Obstrução do trato urinário

Pog  TGF Dim. Fluxo sangüíneo renal, proteínas plasmáticas


aumentadas
Phg  TGF

PA  Phg Diminuição da pressão arterial (pequeno efeito devido à


auto-regulação renal)
Re  Phg Diminuição da AII (drogas bloqueadoras)

Ra  Phg Aumento da ativ. Simpática, hormônios vasoconstritores

Kf  coeficiente de filtração capilar glomerular


TGF taxa de filtração glomerular
Phb  pressão hidrostática na cápsula de Bowman
Pog  pressão oncótica glomerular
Phg  pressão hidrostática glomerular
PA  pressão arterial sstêmica
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Re  resistência na arteríola eferente
Ra  resistência na arteríola aferente
CONTROLE FISIOLÓGICO DA FSR E TGF
- Determinantes da TFG
– Pressão hidrostática glomerular
– Pressão coloidosmótica capilar glomerular
- Influência
• SNA simpático
– Vasoconstrição das arteríolas renais, diminuindo FSR e a TGF
– Importante em mecanismos de defesa, isquemia cerebral e hemorragia grave
• Hormonal e Autacóide (subst. Vasoativa)
– Norepinefrina, Epinefrina e Endotelina  vasoconstrição de vasos renais e
diminuição da TGF
– Angiotensina II  vasoconstrição das arteríolas eferentes, elevando a pressão
hidrostática capilar glomerular e reduz o FSR. Normalmente está associado à
diminuição da PA ou depleção volumétrica. Na dieta hipossódica e depleção de
volume ajuda a preservar a TFG
– Óxido Nítrico  autacóide que diminui a resistência vascular renal e aumenta a
TGF. Permite a excreção de níveis normais de sódio e água
– Prostaglandinas e Bradicininas  causam vasodilatação e aumentam o FSR e da
TGF. Agem amenizando os efeitos vasoconstritores do SNA simpático ou da
Angiotensina II.
- Auto-regulação
• Mecanismo de feedback intrínseco do rim
– Manutenção da FSR e TFG com alterações da PA, dentro de determinado
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intervalo (75 a 160 mmHg)
AUTO-REGULAÇÃO DO FSR E TFG
Importância
- Manter a TFG impedindo alterações
extremas na excreção renal (na
ausência deste mecanismo poderia se
aumentar em 30 vezes o volume de
excreção, com depleção do volume
sangüíneo
Mecanismos:
2. auto-regulação evita grandes
alterações da TGF
3. Mecanismo adaptativo de aumento da
reabsorção quando a TGF se eleva,
denominado balanço glomerolotubular

Auto-regulação:
• Feedback tubuloglomerular 
associado às alterações de NaCl que
chega à mácula densa no complexo
justaglomerular (céls. mácula densa e
justaglomerulares)
• Feedback a. aferente
• Feedback a. eferente
2. Miogênica  aumento do cálcio
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intracelular do m. liso, início de
contração
AUTO-REGULAÇÃO DO FSR E TFG
Diminuição de NaCl na Mácula densa
- TGF diminuido, o fluxo do filtrado é
menor na AH asc
- Maior reabsorção de íons Na e Cl
- Menor quantidade de NaCl que chega
à mácula densa, que sinaliza:
a. Reduz resistência AA, que eleva a
Phg, normalizando a TGF
b. Aumenta a liberação de renina pelas
céls. Justaglomerulares
Aumenta a produção de AII, que
causa vasoconstrição da AE

Outros fatores influenciam o FSR e a TFG


- Alta ingestão proteíca
- Glicemia aumentada

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MECANISMO DE FEEDBACK DA MÁCULA DENSA

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PRÓXIMA AULA

PROCESSAMENTO TUBULAR
FILTRADO GLOMERULAR
REGULAÇÃO DA OSMOLARIDADE
REGULAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO DO LEC
REGULAÇÃO DE K, Ca, PO4,Mg
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
DOENÇAS RENAIS E DIURÉTICOS

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