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Anual da
Paulo Modesto
Prof. de Direito Administrativo da UFBA. Presidente do
IDPB. Ex-Assessor Especial do Ministro da Administração
Federal e Reforma do Estado do Brasil.
http://www.direitodoestado.com.br
Posturas possíveis diante do tema:
papel dos juristas
Juristas com olhar retrospectivo:
Análise do sistema vigente
Solução de conflitos concretos decorrente do sistema vigente
“Art. 37......................
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre seus administradores e o poder público, que
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.”
Contrato de Gestão: técnica de programação
premial do controle administrativo: ato-
condição para ampliação da autonomia
fixação parâmetros para o exercício da supervisão administrativa:
objetivos, metas e indicadores de desempenho
estabilidade do controle administrativo: prazos, periodicidade do
controle
redução da discricionariedade do controle administrativo
reforço do controle de resultados, sem prejuízo do controle de
legalidade (ampliação de controles a posteriori)
reforço da adesão do órgão ou entidade para o cumprimento do plano
de atividades estabelecido no contrato (consensualidade)
técnica de controle premial: cumprimento do contrato assegura, no
período de sua vigência, a incidência de uma regime legal
diferenciado e mais flexível
determinação de responsabilidades
celebração facultativa
pequena utilidade para as entidades reguladoras, pois autonomias
especiais já lhes são reconhecidas pela lei de origem
Contrato de Gestão com Agência
Reguladora: diretrizes gerais
Somente possível para ampliar autonomia
gerencial, orçamentária e financeira (art. 37, § 8º,
CF)
Descumprimento do contrato não pode importar em
perda de autonomias não vinculadas com a
celebração do contrato de gestão
O contrato somente pode estabelecer critérios de
avaliação do desempenho administrativo da
agência na persecução de seus fins
O contrato de gestão não pode ser obrigatório
Avaliação do Quadro Normativo da
Administração Federal no Brasil
Ausência real de uma lei orgânica da administração
pública federal (multiplicidade de normas, casuísmos e
ausência de marco legal geral atualizado)
Grupos normativos especiais discrepantes da norma
geral defasada (decreto-lei 200): ex. normas instituidoras
das agências reguladoras
Incertezas quanto ao funcionamento do sistema de
controle interno e sua extensão, quanto aos limites de
autonomia financeira dos entes independentes, quanto ao
modo de integração das políticas públicas ao cotidiano de
atuação dos entes reguladores
Necessidade de redefinir/refundar uma lei orgânica da
administração pública federal: sua utilidade para as
agências reguladoras: tarefa para o novo Governo (2007).