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Montagem de PCs
Montando PCs novos e antigos
Todo técnico de hardware tem que ser especialista em montagem de PCs.
Primeiro porque ele pode fazer serviços de montagem, passando a ser um
pequeno produtor de computadores. Segundo porque para fazer instalações
e manutenção em PCs, é preciso saber desmontar a máquina, e montá-la
novamente de forma correta.
A configuração de um PC novo
Se você vai montar um PC novo, identifique para que ele vai ser utilizado.
Dependendo da aplicação, poderá ser necessária uma configuração mais
avançada. PCs para aplicações simples como processamento de texto e
acesso à Internet podem utilizar vídeo onboard, terem processadores mais
simples, uma modesta quantidade de memória e um disco rígido de
capacidade média. PCs utilizados para aplicações profissionais devem ter
uma placa de vídeo melhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso
sejam usados para aplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em
geral. Esses PCs também precisam de processadores velozes e generosas
quantidades de memória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É
fundamental o uso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação
profissional, dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs
para serem utilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma
configuração também avançada, parecida com a dos PCs para uso
profissional, e preferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio
3D.
Dificuldades mecânicas
Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existem
pequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramos
gabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre,
respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa de
CPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetes
não resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dos
montadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. De
qualquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos uma
apresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagem
ainda mais fácil.
As etapas da montagem
Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:
6) CMOS Setup
Aqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e várias
opções de funcionamento do hardware.
8) Ajustes finais
Esta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar se
tudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação do
sistema operacional.
Os fabricantes avisam
Todos os chips, placas e discos rígidos possuem avisos dos seus fabricantes,
alertando sobre os perigos da eletricidade estática. Todos os fabricantes, sem
exceção, dão este aviso.
Figura 22.1
Etiquetas com advertências sobre a eletricidade
estática.
Figura 22.2
Pulseira anti-estática e sua utilização.
Figura 22.4
Forma certa e errada de segurar uma
placa.
Figura 22.5
Forma certa e errada de segurar um
disco rígido.
Placa de CPU
Este é o módulo que possui o maior número de acompanhantes. São eles:
Placas de CPU ATX com vídeo onboard possuem um conector VGA (DB-
15) localizado na sua parte traseira. Já as placas AT com vídeo onboard
utilizam uma extensão VGA. Da mesma forma, placas ATX com som
onboard possuem na sua parte traseira as conexões de áudio e do joystick.
As placas de CPU AT, quando possuem som onboard, são acompanhadas
de um conector de som, como o mostrado na figura 6.
Figura 22.6
Conectores para som, que
acompanham placas de CPU AT com
som onboard.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-9
Figura 22.7
Conectores das interfaces seriais e
paralelas que acompanham as placas
padrão AT.
Assim como ocorre com qualquer placa de vídeo e placa de som, as placas
de CPU que englobam circuitos de vídeo e som necessitam de drivers
apropriados para que esses circuitos funcionem.
As placas de CPU cujas interfaces IDE são capazes de operar nos modos
ATA-33, ATA-66 e ATA-100 são acompanhadas de um driver que ativa
esses modos de operação. As versões mais recentes do Windows possuem
drivers similares, mas quando a placa de CPU possui um chipset mais novo,
não suportado pelo Windows, é preciso utilizar o driver que o fabricante
fornece neste CD.
Placa de vídeo
Esta placa em geral é acompanhada do seguinte material:
Manual da placa
CD-ROM com drivers SVGA e utilitários
Algumas são acompanhadas de jogos e outros softwares
Manual
Disquete com driver LBA
Depois que a função LBA foi implantada, os BIOS dos PCs passaram a
permitir acessos a discos rígidos de até 2 GB. Logo surgiram discos com
capacidades acima de 1 GB, e a nova barreira ficou próxima. Novas
alterações na função LBA tornaram o BIOS capaz de acessar discos com
capacidades maiores que 2 GB, podendo chegar até 8,4 GB. Surgiram então
discos com 2,5 GB, 3 GB, 4 GB. Já no início de 1998, discos de 4 GB eram
comuns, e começavam a chegar ao mercado, modelos de 6 GB e 8 GB,
aproximando-se então da barreira dos 8 GB. Os BIOS das placas de CPU
desta época já incluíam suporte para discos rígidos com capacidades acima
de 8 GB. Por outro lado, se for necessário utilizar um disco com capacidade
maior que esta, em PCs com BIOS que só permitem chegar a 8 GB, será
preciso instalar um software de apoio que acompanha o disco rígido. São
programas como o Disk Manager e o EZ Drive, os mesmos que no final de
1994 permitiam aos PCs com BIOS antigos, ultrapassar a barreira dos 504
MB. Se a sua placa de CPU é nova (posterior a jan/1998), certamente o seu
BIOS já permite acessar discos com mais de 8 GB, e você não precisará
utilizar o disquete que o acompanha, ou então fazer uma atualização de
BIOS.
Drive de CD-ROM
Praticamente todos os drives de CD-ROM são acompanhados de um
manual, além de um disquete com drivers que permitem o seu
funcionamento no modo MS-DOS. Este é um erro freqüentemente cometido
por quem instala um drive de CD-ROM pela primeira vez. Não é preciso, e
nem é recomendável utilizar o driver existente neste disquete, pois o
Windows já possui seus drivers nativos para controlar o drive de CD-ROM.
Confira então o material que acompanha o seu drive:
Manual
Disquete com driver para MS-DOS
Cabo de áudio
22-12 Hardware Total
Monitor
Junto com o monitor é fornecido um manual com características técnicas.
Em geral o monitor não requer nenhum tipo especial de configuração. Basta
conectá-lo à placa SVGA e estará pronto para funcionar. Entretanto, as
informações do seu manual são extremamente úteis. Por exemplo, existem
indicações sobre as suas freqüências horizontais e verticais de funcionamento,
o que facilita a regulagem da placa SVGA para obter a melhor imagem
possível no monitor.
Mouse
Para funcionar em ambiente Windows, o mouse não requer, em geral, ne-
nhum software especial. Mesmo assim, algumas vezes o mouse é acom-
panhado de um disquete com um software que permite o uso de seus três
botões, já que os drivers para Windows em geral dão acesso a apenas dois
botões. Também é fornecido neste disquete um “driver de mouse para
DOS”. Ele é necessário para fazer com que possa ser usado sob o MS-DOS,
sem a presença do Windows, como por exemplo, em jogos antigos. Se você
não tiver um driver de mouse para o modo MS-DOS, pode utilizar o que
acompanha outro mouse, pois esses softwares em geral são compatíveis entre
si.
Gabinete
Muitos gabinetes possuem na sua parte frontal, um display digital para
indicar o clock do processador. O valor mostrado neste display deve ser
programado pelo próprio usuário, através de instruções existentes no manual
do gabinete. Normalmente este manual consiste em uma única folha com as
instruções para a ligação do display na fonte de alimentação, na placa de
CPU, e para a programação de seus números. Gabinetes sem display em
geral não possuem manual.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-13
Drive de disquete
Drivers de disquete não são acompanhados de manual algum. Não
necessitam de configurações especiais, nem drivers.
Teclado
Teclados também não são acompanhados de manuais ou drivers, mas
existem algumas exceções. Os chamados teclados multimídia são fornecidos
com um CD-ROM contendo um software que habilita o funcionamento dos
seus botões especiais (Play, Stop, Volume, etc.).
Teclado
Mouse - na interface COM1
Impressora - na interface paralela
Drive de disquetes
Disco rígido
Drive de CD-ROM
Painel frontal do gabinete
22-14 Hardware Total
Fonte de alimentação
*** 75%
***
Figura
22.8
Ligações em uma
placa de CPU AT
No centro de tudo está a placa de CPU. Nela estão ligados diversos dispo-
sitivos:
Teclado
Mouse
Impressora
Drive de disquetes
Disco rígido
Painel frontal do gabinete
Fonte de alimentação
*** 100%
***
Figura
22.9
Ligações em uma
placa de CPU ATX.
Etapa 1: Preparativos
Começamos agora a montagem propriamente dita. Esta é uma etapa mais de
preparação do que de montagem. Mãos à obra!
Figura 22.10
Abrindo o gabinete.
Figura 22.12
Ligação do display na fonte de
alimentação.
Figura 22.14
Instruções para conectar o painel do
gabinete na placa de CPU.
Figura 22.16
Furos do gabinete.
12) Com a ajuda de uma chave de fenda, abra as fendas localizadas na parte
traseira do gabinete, próprias para a fixação dos conectores das interfaces
seriais e da paralela (nos gabinetes AT).
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-21
*** 35% ***
Figura 22.19
Fendas para os conectores das portas seriais e paralelas.
*** 75%
***
Figura
22.20
Configure os jumpers
da placa de CPU.
Figura 22.22
Instalando o processador.
Figura 22.24
Instale as memórias.
19) Identifique os cabos flat que você irá usar: o da interface IDE, o da inter-
face de drives, das seriais e da paralela. Observe o fio vermelho de cada um
desses cabos, que deverão corresponder ao pino 1 dos respectivos
conectores.
Figura 22.26
Cabos flat IDE.
21) Teste os parafusos que serão usados para fixar o drive de disquetes, o
disco rígido e o drive de CD-ROM. Basta colocar os parafusos nas suas
partes laterais. Feito isto, separe esses parafusos para que sejam usados no
momento da fixação.
Figura 22.28
Teste os parafusos.
22) Teste os parafusos que serão usados para fixar as placas de expansão.
Basta colocá-los nos seus locais e depois retirá-los. Separe-os para que sejam
usados no momento oportuno.
22-26 Hardware Total
Figura 22.29
Teste os parafusos para fixar as placas de
expansão.
Figura 22.30
Conectores da fonte de alimentação.
24) Cuidado para não cortar as mãos nas arestas metálicas do interior do
gabinete.
25) Muitas fontes de alimentação possuem na sua parte traseira uma chave
seletora 110 volts / 220 volts. Posicione esta chave de acordo com a voltagem
da sua rede elétrica. Se você esquecer este detalhe poderá perder muito
tempo quebrando a cabeça, ou na pior das hipóteses pode queimar a fonte e
as placas do computador.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-27
26) Em muitos gabinetes existe um display digital que serve para indicar o
clock do processador. Entretanto, este display não é um medidor de clock,
ou seja, não mostra de forma automática o clock. Programe o display de
acordo com as instruções do seu manual.
27) Será preciso abrir caminho para introduzir a placa de CPU. Em gabinetes
horizontais, podemos em geral colocá-la no lugar sem obstrução de partes do
gabinete. Em gabinetes tipo mini-torre, em geral será preciso retirar uma das
tampas da sua parte inferior, através da remoção de parafusos (figura 32). Em
certos modelos de gabinete, a tampa inferior é fixa, mas a peça onde são
alojados o disco rígido e o drive de disquetes é removível, através de um
parafuso (figura 33). Finalmente, existem gabinetes torre que possuem uma
tampa lateral removível. Esta tampa é removida para permitir a fixação da
placa de CPU (figura 34). Uma vez fixada a placa de CPU, esta tampa é
aparafusada novamente ao gabinete. Existem ainda casos de gabinetes muito
espaçosos que não requerem nenhum tipo de remoção para dar passagem à
placa de CPU. Você deverá observar o seu gabinete e verificar se a placa de
CPU pode ser introduzida diretamente ou se é preciso abrir caminho através
de um dos métodos mostrados aqui.
22-28 Hardware Total
Figura 22.32
Retirando a tampa inferior do gabinete
torre para dar espaço à introdução da
placa de CPU.
Figura 22.33
Removendo o painel interno dos drives
de 3½” para dar espaço à introdução
da placa de CPU.
Figura 22.34
Gabinete torre com tampa lateral
removível.
29) É muito importante lembrar que a montagem deve ser feita com o
computador desligado da tomada. A tomada deve ser ligada na rede elétrica
apenas ao término da montagem. Se for necessário alterar alguma conexão,
devemos, antes de mais nada, desligar o computador através da chave liga-
desliga. Para uma segurança ainda maior, podemos desligar a tomada da
rede elétrica. Qualquer conexão ou remoção de placas, cabos e chips deve
ser realizada com o computador desligado.
AT horizontal
AT mini-torre
AT midi-torre
AT torre grande
ATX horizontal
ATX mini-torre
ATX midi-torre
ATX torre grande
*** 75%
***
Figura
22.36
Diferenças entre
modelos AT e ATX
Figura 22.37
Conectores de alimentação AT e ATX na
mesma placa de CPU.
Figura 22.38
Neste gabinete é preciso retirar a fonte
de alimentação para ter acesos ao
processador.
22-32 Hardware Total
Gabinetes verticais são produzidos com diversas alturas. A diferença entre
eles é bastante sutil. O compartimento para a instalação das placas é o
mesmo. O que varia é o número de locais para a instalação de drives. Nos
gabinetes maiores, os drives e a fonte de alimentação podem ficar mais
afastados da placa de CPU. A figura 39 mostra um gabinete torre tamanho
grande (full tower). Além de apresentar maior espaço interno, este gabinete
possui locais para instalação de vários drives, além de locais para instalação
de ventiladores adicionais.
*** 75%
***
Figura
22.39
Gabinete torre
grande.
Como vemos, existem muito mais semelhanças que diferenças entre os vários
modelos de gabinetes. Por isso quem está acostumado a montar PCs com um
tipo de gabinete, certamente terá facilidade para fazer o mesmo com outros
tipos de gabinetes. Mesmo assim, não se preocupe. Neste capítulo
mostraremos as etapas da montagem ilustrando as diversas situações, em
função das pequenas diferenças entre os gabinetes.
*** 75%
***
Figura
22.40
Abrindo caminho
para a placa de CPU.
O processo a ser
usado depende do
tipo e do tamanho
do gabinete.
Existem gabinetes que são tão espaçosos que não precisam de providências
especiais para a colocação da placa de CPU. É o caso dos gabinetes torre
tamanho grande (full tower ou “torrão”), de alguns gabinetes torre tamanho
médio, e alguns gabinetes horizontais.
Figura 22.42
Espaçadores plásticos devem ser
encaixados na placa de CPU e depois
introduzidos nas fendas do gabinete.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-35
*** 100%
***
Figura
22.43
Parafusos com
arruelas isolantes
devem ser fixados
sobre os parafusos
hexagonais.
Ao fixar a placa de CPU no gabinete, temos antes que verificar como este
painel será montado. Em alguns casos, o painel deve ser colocado no
gabinete pela sua parte interna, antes de ser instalada a placa de CPU. Em
outros casos o painel é montado e aparafusado pela parte traseira externa do
gabinete, o que deve ser feito depois que a placa de CPU já está montada.
Fixação do Pentium 4
O processador Pentium 4, seu mecanismo de retenção e seu cooler devem
ser instaldos depois que a placa de CPU está fixada no gabinete. Antes da
placa ser instalada, devem ser colocados os 4 parafusos hexagonais
mostrados na figura 46.
Figura 22.48
Conectando a fonte de alimentação na
placa de CPU.
Ligue o cooler frontal do gabinete. Este é um cooler adicional que deve ser
usado com os processadores que esquentam muito, tipicamente aqueles que
dissipam mais de 30 watts. Todas as placas de CPU modernas possuem uma
conexão Chassis FAN, que deve ser usada para este propósito. Não
confunda com o conector CPU FAN, que deve ser usado para o cooler do
processador.
Figura 22.50
Ligação do cooler frontal do gabinete.
*** 75%
***
Figura
22.52
Fixando o drive de
CD-ROM em um
gabinete torre.
*** 75%
***
Figura
22.54
Montando o disco
rígido em um
gabinete torre.
*** 75%
***
Figura
22.56
Montando o drive de
CD-ROM em um
gabinete horizontal.
*** 75%
***
Figura
22.57
Montando o drive de
disquetes em um
gabinete horizontal.
*** 75%
***
Figura
22.58
Montando o disco
rígido sob a fonte de
alimentação.
Figura 22.59
Disco rígido montado em adaptador para
5 ¼”.
Placa de vídeo
Placa de som
Placa de interface de rede
Placa fax/modem
Placa controladora SCSI
No caso das placas de CPU padrão AT, instale ainda os conectores das
interfaces seriais e paralelas. Esses conectores podem ser aparafusados
diretamente ao gabinete, nos pontos onde se fixam placas de expansão, ou
então podem ser desmontados e instalados em fendas existentes na parte
traseira do gabinete.
Figura 22.64
Instale os conectores das interfaces
seriais e paralela, se estiver usando uma
placa de CPU AT.
Figura 22.65
Use as tampas metálicas para fechar as
fendas sem uso no gabinete.
Figura 22.66
As placas de expansão estão instaladas
nos seus slots.
IDE LED
Power LED
Keylock, se existir
Figura 22.68
Ligando o disco rígido na fonte de
alimentação.
Figura 22.69
Ligando o drive de CD-ROM na fonte de
alimentação.
Figura 22.70
Ligando o drive de disquetes na fonte de
alimentação.
Figura 22.71
Ligando a saída de áudio do drive de CD-
ROM na entrada correspondente da placa
de som.
No caso de placas de CPU com som onboard, o cabo de áudio que parte do
drive de CD-ROM deve ser ligado na entrada CD-IN da placa de CPU.
Cabos flat
Uma vez tendo identificado a interface IDE primária, ligue-a ao disco rígido,
utilizando o cago IDE apropriado. Para o funcionamento nos modos
superiores ao ATA-33, deve ser usado o cabo flat IDE de 80 vias. Para
operar em ATA-33, o cabo IDE de 40 fias pode ser usado, mas ele deve ter
no máximo 45 centímetros. Se esta regra não for observada, poderão ocorrer
erros de acesso ao disco rígido, e mesmo ao drive de CD-ROM. O cabo flat
IDE do disco rígido deve ser ligado no conector apropriado do próprio
disco, e também na interface IDE primária da placa de CPU.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-51
Figura 22.72
Conectando o disco rígido na sua
interface.
Figura 22.73
Conectando o drive de CD-ROM na sua
interface.
Lembre-se que cada interface IDE pode ser conectada a dois dispositivos.
Quando apenas um dispositivo é usado, devemos utilizar o conector
existente na extremidade do cabo. Se a extremidade de um cabo IDE ficar
sem conexão, poderão ocorrer erros no seu funcionamento. Quando dois
dispositivos IDE são ligados na mesma interface, utilizaremos os dois
conectores do cabo. O que definirá qual deles é o primeiro e qual deles é o
segundo (por exemplo, entre dois discos rígidos, qual será C e qual será D)
são os jumpers Master/Slave. A posição de cada disco no cabo não tem
influência sobre a letra ocupada.
22-52 Hardware Total
Figura 22.74
Conectando o drive de disquetes na sua
interface.
Figura 22.75
Ligação do monitor na placa de vídeo.
Figura 22.76
Ligação do teclado.
O mouse que possui conector DB-9 pode ser ligado em uma das duas
interfaces seriais da placa de CPU (COM1 ou COM2). Quanto ao teclado,
dependendo do tipo do seu conector e do tipo do conector existente na
placa de CPU (DIN ou PS/2), pode ser necessário usar um adaptador para
esta conexão.
Figura 22.77
Ligação do mouse.
Figura 22.78
Exemplo de tela apresentada ao fazer um
boot por um disquete.
k) Serial Port(s)
São indicados os endereços das portas seriais existentes na placa de CPU.
Normalmente essas portas são configuradas como COM1 e COM2, ocu-
pando respectivamente os endereços 3F8 e 2F8.
l) Parallel Port(s)
Aqui é indicado o endereço da porta paralela existente na placa de CPU.
Normalmente ocupa o endereço 378, mas podemos através do Setup alterar
este endereço para 278 ou 3BC.
m) SDRAM at Bank: 0
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-57
Aqui são indicados os bancos de memória nos quais foi detectada a presença
de módulos. A placa do nosso exemplo opera com memória SDRAM,
existem também placas que operam com DDR SDRAM, RDRAM (modelos
novos), e ainda os tipos EDO e FPM (modelos antigos).
o) BIOS DATE
No nosso exemplo este item não aparece, mas ele é bastante comum na
maioria das placas e CPU. Aqui é informada a data do BIOS, o que é uma
forma de indicar a sua versão. BIOS mais recentes estarão em geral
preparados para controlar os dispositivos mais modernos. Por exemplo, as
placas de CPU produzidas até meados de 1994 não eram capazes de acessar
diretamente discos rígidos com mais de 504 MB. As placas mais recentes
possuem em seu BIOS a função LBA, capaz de dar acesso a discos IDE com
até 8 GB. Placas ainda mais recentes permitem acessar discos IDE acima de
8 GB. Em geral, uma placa de CPU recém-adquirida possui um BIOS
atualizado. De qualquer forma, a maioria dos fabricantes oferece atualizações
de BIOS, através da Internet.
Um relógio permanente
Uma pequena quantidade de memória RAM
Figura 22.79
Contagem de memória e entrada para o
CMOS Setup.
Fazendo o Setup
Ao ser ativado, o Setup entra em operação e apresenta a sua tela de aber-
tura. Esta tela pode ter uma apresentação na forma de texto, como vemos na
figura 80, ou uma apresentação gráfica, como a da figura 81. O Setup na
forma de texto é comandado através do teclado, e o Setup gráfico aceita
comandos pelo teclado e pelo mouse. Não importa qual seja o caso, as
opções existentes no Setup são muito parecidas.
Figura 22.80
Setup com apresentação em modo
texto.
Figura 22.81
Setup com apresentação gráfica.
Neste ponto, o Setup estará quase pronto, com a maior parte das suas opções
devidamente preenchidas. A figura 82 mostra um exemplo de uso da auto
configuração.
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-61
Figura 22.82
Usando a auto configuração.
Figura 22.83
Standard CMOS Setup da Award.
Figura 22.84
Standard CMOS Setup da AMI, em modo
gráfico.
22-62 Hardware Total
O Standard CMOS Setup possui ainda outros comandos, como aquele que
define o tipo dos drives de disquete instalados. As opções oferecidas são:
None
360 kB, 5 1/4”
1.2 MB, 5 1/4”
720 kB, 3½”
1.44 MB, 3½”
2.88 MB, 3½”
Número de cilindros
Número de cabeças
Número de setores
LBA (Logical Block Addressing)
Figura 22.85
Usando o comando Auto Detect IDE em
um Setup Award.
OBS.: Em alguns Setups, certos itens poderão atrapalhar ou confundir o usuário durante o processo
de instalação do disco rígido. Um deles é a Seqüência de Boot (Boot Sequence). Normalmente é usado
como default, a seqüência A: C:, ou seja, é tentado o boot pelo drive A, e caso este não possua disquete
inserido, é tentado o boot pelo drive C. No processo de inicialização do disco rígido (explicado a seguir),
será preciso executar um boot pelo drive A. O problema é que, caso a seqüência de boot esteja
configurada como C: A:, o computador tentará executar o boot pelo drive C, o que ainda não será
possível. Dependendo da situação, a impossibilidade do boot pelo drive C fará com que seja
automaticamente executado um boot pelo drive A. Em certos casos, o BIOS pode continuar tentando o
boot pelo drive C, recusando-se a usar a segunda opção (A:). Para evitar este problema, devemos procurar
no CMOS Setup um item chamado “Boot Sequence”, e programá-lo como A: C:. Isto fará com que o
boot seja executado pelo drive A, conforme precisamos que seja feito.
OBS.: Outro item que pode causar confusão durante a inicialização do disco rígido é a proteção
contra vírus (Virus Protection). Muitos Setups possuem este comando, que faz simplesmente a monitoração
das operações de gravação no setor de boot e na tabela de partições, áreas visadas pela maioria dos vírus.
Ao detectar que um programa requisitou uma gravação em uma dessas áreas, o BIOS apresenta na tela
uma mensagem alertando o usuário sobre um possível ataque por vírus. Ocorre que os programas FDISK
e FORMAT (usados na inicialização do disco rígido), bem como o programa instalador do sistema
operacional, também fazem gravações nessas áreas, sendo portanto, confundidos com vírus. Para evitar
problemas, podemos desabilitar a proteção contra vírus no Setup, habilitando-a apenas depois da
instalação completa do sistema operacional. Devemos então procurar este comando e desabilitá-lo.
Normalmente aparece com nomes como “Virus Protection”, ou “Hard Disk Virus Protection”.
22-64 Hardware Total
ou então
ou ainda
Boot Failure
Insert BOOT diskette in A:
Press any key when ready
FORMAT A: /U /S
COPY C:\WINDOWS\COMMAND\FDISK.EXE A: /V
COPY C:\WINDOWS\COMMAND\FORMAT.COM A: /V
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-65
Windows 95 OSR2
Windows 98
Windows 98SE
Windows ME
Windows XP
Com a FAT32 podemos criar drives lógicos com mais de 2 GB, coisa que
não era possível no antigo sistema de arquivos, a FAT16.
OBS.: Se para inicializar o seu disco rígido você usar o disquete de inicialização que é fornecido junto
com o Windows, pressione a tecla SHIFT no início do boot, antes de aparecer a mensagem “Iniciando o
Windows...”. Isto fará com que sejam ignorados os arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Será
apresentada a mensagem “O Windows está ignorando seus arquivos de inicialização”
OBS.: Pelo menos para usar o FDISK e o FORMAT, não instale neste disquete, outros programas
através do CONFIG.SYS e do AUTOEXEC.BAT. Se isto for feito, existirá menos memória convencional
disponível, e você poderá não conseguir usar o FORMAT.COM, por memória insuficiente.
Isto significa que o disco rígido ainda não é reconhecido pelo sistema ope-
racional. O reconhecimento só será feito após o uso do programa FDISK.
Figura 22.86
O FDISK pergunta se desejamos usar a
FAT32.
OBS.: Se as mensagens apresentadas na sua tela tiverem alguns caracteres estranhos ao invés de certos
caracteres acentuados da língua portuguesa, não se preocupe. Isto ocorre porque os programas e
mensagens do “modo MS-DOS” usado no Windows e mesmo das versões em português do MS-DOS,
fazem o uso da página de código 850 (internacional), que dá acesso aos caracteres acentuados. Esta página
de código é ativada por comandos apropriados nos arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Como
nosso disquete não possui esses comandos, esses caracteres não aparecerão corretamente. O disco de
inicialização do Windows possui esses comandos, por isso os caracteres aparecem corretamente. Não se
preocupe, pois isto é apenas um detalhe na exibição das mensagens, e não altera em nada a inicialização
que estamos realizando.
Figura 22.87
Tela principal do FDISK.
Figura 22.88
Comandando a criação de uma partição
primária.
Figura 22.89
Criando uma partição primária
ocupando todo o disco rígido.
Figura 22.91
O drive C ainda não pode ser acessado.
A mensagem de erro deve-se ao fato do drive C ainda não ter passado pela
formatação lógica. Para formatar o drive C, usamos o comando:
FORMAT C:
AVISO:
TODOS OS DADOS NA UNIDADE NÃO-REMOVÍVEL C: SERÃO PERDIDOS!
Continuar com a formatação (S/N)?s
Depois desta etapa, o disco rígido estará pronto para uso. Você já poderá
fazer a instalação do sistema operacional.
Quase sempre temos uma pista que nos permite encontrar onde está a
conexão errada, ou qual a peça defeituosa. Por exemplo, suponha que
tenhamos encontrado, ao ligar o computador, a seguinte mensagem:
O pior tipo de erro é aquele em que não aparece imagem alguma no moni-
tor (supondo que o monitor esteja corretamente ligado), e nenhum som é
emitido pelo alto-falante. Quando este problema acontece, devemos des-
montar totalmente o computador e iniciar a montagem, passo a passo:
3) Todos os defeitos cuja causa suspeita seja a placa de CPU e seus compo-
nentes devem ser solucionados através da substituição da placa de CPU. A
substituição da memória pode solucionar erros relativos a esta memória.
Existem casos em que a memória não está defeituosa, e sim, mal encaixada,
ou apresentando mau contato. Uma limpeza com uma borracha nos contatos
do módulo de memória pode solucionar o problema.
11) Se o disco rígido estiver em perfeitas condições, pode ainda ser exibida
alguma mensagem de erro, não causada por defeito, mas pelo fato do disco
rígido não estar instalado a nível de software. Por exemplo, erros como
DRIVE NOT READY e NO ROM BASIC são normais quando o disco
rígido ainda não está totalmente instalado. Use os programas FDISK e
FORMAT para realizar a sua instalação.
O BIOS Award não opera com tantos códigos de erro. Utiliza apenas os
mostrados na tabela abaixo:
Código Significado
1 beep curto Sistema normal, sem erros.
Beeps longos e repetidos Memória RAM não foi detectada, pode estar
defeituosa ou mal encaixada
1 beep longo e 3 curtos Placa de vídeo não detectada, ou memória de vídeo
ruim.
Beeps agudos e irregulares Processador apresenta aquecimento excessivo. A
durante o uso normal do placa de CPU reduz a sua velocidade para reduzir
computador o aquecimento.
Por mais que se esforcem, essas tabelas de códigos de erros não informam
com precisão a causa do erro. Devem ser consideradas apenas como pistas
Capítulo 22 – Montagem de PCs 22-75
para o solucionamento de problemas. Na prática, o troca-troca de peças é o
que mais ajuda a detectar um defeito.
Placa de diagnóstico
Para quem trabalha com montagem e manutenção de PCs, vale a pena
adquirir uma placa de diagnóstico. Esta placa é conectada a um slot da placa
de CPU, e informa em um display, um código de dois dígitos. Este código
indica qual é a operação que o BIOS está prestes a realizar. Quando o PC
trava no início do boot, antes mesmo de apresentar mensagens no monitor
ou na impossibilidade de emitir beeps, o código apresentado neste display
dá uma idéia da operação na qual ocorreu o erro. Por exemplo, se o display
indica “vou testar a memória” e a seguir trava, significa que o problema está
provavelmente na memória. Não é justificável comprar uma placa de
diagnóstico se você pretende montar apenas o seu próprio PC. Mas vale
muito a pena para quem trabalha com manutenção e para quem vai
produzir muitos PCs.
Figura 22.93
Uma placa de diagnóstico para teste de fonte de
alimentação.
Check-up de hardware
Se você acaba de montar o computador e não encontrou problemas,
provavelmente todo o seu hardware está em perfeitas condições. Mais certo
ainda deste perfeito funcionamento você estará se instalar o sistema
operacional e tudo continuar normal, sem defeitos aparentes. A chance de
ocorrer algum problema é muito remota. Se o computador é para seu uso
pessoal, você pode começar a instalar programas e usá-los, ou seja, o
computador estará liberado para uso normal. Se um dia ocorrer algum
problema você poderá investigar, mas não vale a pena perder muito tempo,
depois da montagem e da instalação do sistema operacional, testando
exaustivamente um computador que aparentemente funciona bem.
O mesmo não podemos dizer se este computador vai ser vendido. Aquele
que monta um computador para uso próprio está preparado para resolver
eventuais futuros problemas, afinal ele é o “pai da criança”. Já o usuário que
compra um computador pronto não quer saber de problemas. Ele quer um
computador infalível, e ficará muito decepcionado se ocorrerem problemas.
Por isso, aqueles que montam computadores para vender devem testá-lo
exaustivamente antes que sejam entregues ao seu cliente.