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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


BACHARELADO EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA: GESTÃO DO CONHECIMENTO
PROFESSOR: Atevaldo

RESUMO DE GESTÃO DO CONHECIMENTO

Ítalo Mendes
Cledjan Torres Costa
Celso Brauna

Teresina, 20 de Junho de 2006


MODELO PARTICIPATIVO

São raras as empresas que utilizam este modelo, por isso é difícil analisar e
identificar suas praticas. O modelo participativo é mais um estilo de gestão do que um
conjunto de praticas, dessa forma sua analise se voltou mais para as formas como se
operacionaliza.

Segundo Maranaldo a Administração Participativa é o conjunto harmônico de


sistemas, condições organizacionais e comportamentos gerenciais que provocam e
incentivam a participação de todos no processo de administrar. Com este conceito deve-se
harmonizar os seguintes aspectos:

• Sistema para evitar conflito de gestões diferentes.


• Condições organizacionais flexibilizando a estrutura organizacional, menos níveis
hierárquicos e normas flexíveis.
• Comportamentos gerenciais mais importante pois serão os gerentes que irão
incentivar os funcionários no processo participativo.

Depois de organizar essas partes deve se por em pratica dois conceitos “Participação
de todos”, onde nenhum membro da empresa deve ficar fora do processo de administração,
o que pode trazer como problema a transformação da empresa em uma grande assembléia,
em que apenas se tomam decisões e não se faz quase nada. Então o segundo conceito é
muito importante que seja posto em pratica "Comprometimento total com os resultados",
em que cada um é responsável pelo alcance de algum objetivo na empresa.

Dessa maneira é fundamental que a empresa defina bem os objetivos que devem ser
alcançados com o modelo participativo antes dele ser implantado, com isso facilitará uma
definição de como esses objetivos vão ser alcançados.

Algumas condições devem ser seguidas para uma boa implantação da gestão
participativa:

• Deve-se ter consciência da perda parcial de poder dos níveis hierárquicos


superiores, pois este poder será equilibradamente distribuído entre os níveis
hierárquicos inferiores, para que os objetivos possam ser alcançados mais
rapidamente.
• A equipe deve ter autoridade para tomar decisões, mas o responsável que delegou a
atividade é o responsável formal pela equipe e pelos resultados das atividades.
• Os membros da empresa devem atuar dentro de uma área limitada a qual foi
designado para evitar invasão em outras e conflitos.
• Não se deve delegar 100% de poder para um grupo, essa passagem deve ser feita de
forma moderada e gradual, de acordo com o grau de eficiência da equipe essa
passagem é feita de forma mais rápida.
• Antes da implantação do modelo participativo os dirigentes da empresa devem estar
conscientes de que o processo é irreversível, pois caso a implantação seja
interrompida os membros não irão dar muito credito a empresa caso ela queira
realizar algum projeto em grupo.

ADMINISTRAÇÃO HOLÍSTICA

O movimento holístico vem crescendo muito nos últimos anos nas mais diversas
áreas da ciência humana. A palavra holos vem do grego e significa todo, e hoje busca-se
uma abordagem de forma mais geral, do todo de cada uma das ciências, onde desde muito
tempo o estudo é baseado na divisão do todo em pequenas partes, com base em paradigmas
mecanicistas, suportados numa visão cartesiana-newtoniana do mundo. Por exemplo na
“administração cientifica” de Taylor e Fayol em que reduziu o trabalho humano ao nível de
tarefa.

Capra é um autor que esta influenciando muito o estudo holístico, ele mostra as
mudanças na mais variadas ciências da humanidade que ocorreram nos últimos tempos e a
mudança de valores que estão afetando por exemplo a individualização e a criatividade que
esta afetando a organização das pessoas. O autor procura explicar como o paradigma
cartesiano-newtoniano afetou a pratica econômica contemporânea, a desvinculação dos
valores superiores e o esgotamento progressivo dos recursos naturais alem de outras
mudanças.

Como a visão holística é uma nova abordagem que esta sendo utilizada em muitas
ciências alguns autores já desenvolveram uma "abordagem holística da administração", em
que algumas praticas são;

• Quanto aos objetivos: integração dos objetivos organizacionais com os objetivos


individuais de auto-realização pessoal e profissional.
• Quanto à estrutura: a organização passa a não depender de uma estrutura formal.
• Quanto ao comportamento individual e grupal: o grupo procura realizar uma tafera
como um todo, para um melhor resultado
• Rodízio de funções: ("job rotation"): não há especialistas e nem cargos formais.

Deve-se ter todo uma cuidado quando se pretende implantar a administração


holística pois é um modelo novo, e possui grandes dificuldades principalmente ao nível de
pessoas, pois as mudanças comportamentais são muito grandes e o comprometimento com
a equipe também exige mudanças de comportamento pessoal.

ADMINISTRAÇÃO JAPONESA
O Japão tem atraído muita atenção devido a sua força na economia, sua cultura forte
(ao lado da sofisticada tecnologia) e o sucesso das indústrias japonesas que se tornaram
muito competitivas.
Essa cultura forte e milenar teve uma grande influência na situação atual desse país,
pois “possibilitou o surgimento e sustentação das várias práticas da administração japonesa,
bem como a evolução histórica e cultural que antecede a origem deste modelo”.
Foram 3 os valores mais importantes dessa cultura: a pátria (cada cidadão é parte de
um povo e de uma nação), a família (cada membro da família tem um papel a cumprir), que
vem do 1º, e o trabalho (sustentará economicamente a família), que é a união da pátria e
família.
Após a II Guerra Mundial, o Japão teve que reconstruir sua economia tendo esses
três conceitos como base (pátria, família e trabalho).
Depois de um longo período sobre a “tutela” dos Estados Unidos, o Japão consegue
retomar sua autonomia assinando com os EUA dois tratados. Como os produtos japoneses
não eram de boa qualidade, os americanos chamaram E.Edwards DEMING, especialista em
estatística do Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos, mas desconheciam a
suas qualificações em gestão empresarial. A partir daquele momento, a gestão japonesa
começava a dar os primeiros passos.
Antes de 1950 os produtos japoneses tinham fama de produtos mal feitos e baratos.
Assim sendo, a direção se conscientizou que a qualidade era fundamental para exportação e
que poderiam empreender a mudança.
A partir deste momento, “as empresas japonesas começam a praticar um conjunto de
idéias inovadoras de gestão que passarão a revolucionar o modo de administrar uma
empresa”. Algumas das principais práticas são:

• Qualidade Total sobre o processo de produção, visando satisfazer a expectativa do


cliente;
• Círculos de Controle de Qualidade: grupos informais de trabalhadores que
espontaneamente passam a buscar soluções criativas para os problemas da área ou
da empresa;
• Just-in-Time: integração da empresa com seus fornecedores, permitindo a
eliminação de estoques com o suprimento atendido no momento da utilização dos
componentes na produção;
• Manufatura Flexível: sistema de produção que permite a fabricação simultânea de
vários modelos e especificações de produtos, atendendo demandas individualizadas
dos nichos de mercado;

Uma comparação feita por OUCHI (1985) das empresas americanas e japonesas
mostra que as características gerenciais são quase sempre oponentes. Com suas
comparações OUCHI são “suficientes para demonstrar as razões que levaram ao sucesso da
empresa japonesa, sobretudo a partir dos anos 70, e às crescentes dificuldades da empresa
americana para competir naquele mesmo período”.
A partir deste período, as empresas americanas começaram a reagir, buscando novos
mecanismos de gestão.

CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS NOVOS MODELOS DE GESTÃO


Há algumas características em comum dos novos modelos de administração. Dois
deles são: “uma forte orientação para o cliente e um estilo mais participativo de gestão”.
Essas características procuram substituir a estrutura verticalizada pela horizontalizada e a
visão da estrutura funcional pela orientada a resultados.
Há a evolução em três estágios dos modelos em termos do desenho organizacional:
1º a estrutura é hierarquizada verticalmente; 2º a estrutura continua hierarquizada, porém
em menor números de níveis (passa a ter um desenho mais horizontal); 3º as organizações
tendem a se tornar uma rede de pequenas organizações, interligadas por interesses em
comum.
”As empresas que adotam, por exemplo, práticas empreendedoras de gestão, não
estão utilizando seus instrumentos como um modelo definitivo e sim como ferramentas de
transição na busca de um modelo que permita sua sobrevivência e competitividade”. Não
quer dizer que a corporação virtual será o modelo final de administração. Dependendo das
mudanças ambientais, novos modelos podem surgir.
Uma característica comum aos novos modelos de gestão é que cada um teve sua
importância em algumas práticas administrativas que, de alguma forma, já representavam
os esforços das empresas em gerenciar o conhecimento organizacional (Gestão do
Conhecimento).

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