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los _areige red 0/3/08 aaas mage 23 oO CARCULAGOES, DRAMATICAS, EFICACIAS DAATIVIDADEINDUSTRIOSA. ‘CIRCULATIONS,“DRAMATICS" EFFICACIES ‘OF THE INDUSTRIOUS ACTIVITY ‘Yves Schwartz Resume Oartigo tata da raga entre uma cer ‘aabordagem do trabalho (coma “atividade in ustiosa”) eo mando dos coeiclentes essen- Clals da gestioecondimicae socal sogerida a necessidade de os epreblematizar profunda- vente a parr das dicaldades sosctadan de ‘anelea crescente no set dito de “servigns” Deste posto de visa, oerscmento da servos podera sr a opotunidade de vepesar, em ge Fal. 0 modo de abricaglo dos corSicfentes es. Uonsros. A utilizagto da nogao de atvidade cexigla, maturalments, uma breve lavestigagio sobrea histra deste conceit, essencialmente a partic da sua utiieago ambivalent por Mar. Enfim, desevolvese no texto a dia de "alo- ‘som dimenstes” ma meiida ea que arcs lagio ~ sempre a tenegoclar e de maneira alta mente problemitca~ entre valores quantiick= ‘cise tais valores (que operam inicilmente mam _univeroextrangelr aos lnsteamentos demedi- a) nos parece i pono xtcoessencial da ma- tra da historicidade do erpago social. Ends e- ‘eacontramnos alos desafosdietameate operat Fos de tals nterogagesconeetaas: qual im- pacto na gestio que experimentam fonmasreno- vadas de construgio de coeFicintes econémi- os, 20 consderar esas “nogolaéescomplesas de etichcalcinda"? Patavaschave atvidade de trabalho; setor de servigos gesto do trabalho, mG RaTiCLE ‘Abstract This article deals with the relationship between a certain approach to work (as “indus _rousaetivity”} and the manipulation ofthe es- sential coefficients of economic and social man ‘agement. We suggest that there 1s 2 need to ‘equate these two tings more deeply because of the difficulties that are increasingly appeating in the so-called “service sector”. From this palnt of view, the growth of services could be an opportunity to generally rethink the way management eoefficents are designed. Cleary, ‘in order to make use of the notion of activity it ‘will be necessary to carry out a brief investiga ‘ton ofthe history ofthis concept, particularly after its ambivalent use by Marx. Finally, in the text, we expand the idea of "values without di ‘mensione” in so far as the articulation ~ always able to be renegotiated and in a very problem- atic way — between quantifiable values and the ‘socalled values without dimensions {that oper- ‘ate initially ina universe alien to measurement ‘ustruments) seems to us an essential and eit ‘al point in Ube matrix of historicity im the so- cla space. And there we find once more the op- rational challenges of these conceptual ques- ‘ons: what impact will hey have on the type of management that experiments with new ways ‘of bullding economic coefficients, as it consid- ers these “complex negotiations of eficacy-eff- ciency”? Key words work sctvity; service séctor; work ‘management. “bah ecg eS 20555. 208 Jofareigo_yvee 30/3/08 33:09 Yage 36 — vise sehvarat E possivel mensurar-o trabalho sem defini-o? ‘A conjuntura obriga, © que é positivo, a que nos interroguemos sobre a con= sisténcia e os limites do conceito de trabalho, Existem varias vias de acesso essa questio, dentre as quais a mais critica hoje € aquela pressuposta pela Aistingdo entre ‘trabalho’ vs ‘nfo trabalho’. Mas, seja qual for a via de aces- s0, no escapamos a um vaivém entre preocupagdes muito concretas € &re- descoberta das dimensbes enigmaiticas, que suprimem as divisBes, da ativi- dade industriosa. Queremos aqui indicar como a necessidade de reflexio so- bre a questio da eficicdcia nos servigos &uma via de acesso bem pertinen- te, na exigencia desse vaivém?. 0 crescimento dos ‘servigos’ na populacio ativa, as politicas puiblicas ‘em busca de racionalizaslo das escolbas orcamentérias, 25 pesquisas de ‘st a de crise’ e de setores econdmicos beneficlirios conduziram a delimitar mais de pertoo problema da mensurasio dos meios e recursos investides nesses campos de atividade. Ora, para além da dificuldade de definit os, “servigos', essa preocupasio de dispor de instrumentos de mensuragio, de “coeficientes’, vé-se confrontada com a exirema dificuldade de aprender 0 .préprio conteido do que é preciso medir ou avaliar (acot, 1990)2 {0s inputs ‘cos outputs, dizer os economistas) Através da questio da eficécla dos ser- ‘vigos, voltamos a uma questo, jé aventada hi uma década, sobre a dificul- dade de reencontear uma unidade, uma consistencia nas formas atuais do ‘tabalho humano; como se a anélise dos servigos aumentasse uma incapaci- dade crescente de ligar nossas manipulagies intelectuais do conceito € sua(s) realidade(s) concreta(s). im face do declinfo das formas de trabalho Imediato, da diversificagio das situagées ¢ dos estatutos de atividade, das novas geografias territoriais e institucionais das empresas, da proliferasio os procestos e procedimentos ditos ‘imateriais’, da proliferagdo das lingua- ‘gens e obrigagSes de comunicagio, a expressdo dominante poderia ser que ‘© trabalho como forma tradicional de uso da forga de trabalho (inchuindo macigamente 0 corpo, a execuglo, a Sujeigio aos horizontes limitados }‘de- saparece’. Por um lado, o crescimento do desemprego estreltaria, dentro da oposi- ‘fo "trabalho us nfo-trabalho’, os vinculos de definigao entre trabalho e em- ‘prego; mas, por outro lado, esse trabalho se tornaria uma concha vazia do pponto de vista da atividade, configurando-se como significagio — para -aquele que ‘trabalha’ — unicamente o fato de estar inscrito em umn lugar, num sistema de empregados. Isto, a nosso ver, é um ponto de partida pobre demais, portador de efeitos eventualmente negativos, em toda iniciativa po- liticae civil contra as partithas e exclustes ligadas a0 desemprego. Parado~ xo do pensamento atual acerca do trabalho: polarizado, ‘por um lado, e en- tendemos bem por qué, sobre aquilo que faz a ligacdo todas as suas ooorrén~ ‘tb vated. 20053 55.206 —- | ertige_yves ap/afes 3109 mage 35 _ $ clas concretas, mas que é exterior sua esfera (a contrapartida monetaia, 0 acesso a esfera do consumo autdnomo e, por meio desses dois elementos, a superagio do limite em direslo a uma 'verdadeira cidadania’) mas essa po- lavizagio € contemporinea a outro polo — sem verdadeiro processo disléti- contre eles — 0 de uma incapacidade de definit 0 que pode fazer ligagbes, do ponto de vista dos usos industriosos, entre os diversos ‘emapregados’. ‘Assim, entendemos que a maneira como vamos tentar responder & in- terrogagio — se existe comensurabilidade ou no entre o trabalho na pro- ducio de bens eo trabalho no fornecimento dos servigos — reencontra es- ssa perplexidade historica, epistemolégica, filosdfica: existem ‘mutagbes’ ma esfera do trabalho, deslocamentos fundamentais, um esvaecimento mesino ‘do trabalho? Ou, mais precisamente, reencontramos essa perplexidade a partir da questio dos ‘coeficientes’ nesses campos profissionais em que é di- ficil definir no numerador ‘produtos’s (ao contririo dos setores dizetamente ‘produtores de bens tangiveis, como parece & primeira vista), em relacio as ‘entidades humanas e sociais bem cizcunscritas no denominador, em limites ‘temporais mais ou menos limitados. ‘O wabatho, entre o antropoligicoe ohistérico A probleindtica que estamos desenvolvendo agut sempre fot particularmen- ‘te sensivel s caracteristicas gerais da atividade humana. Ao mesmo tempo, a nfo ser caindo na plor abstragdo, uma iniciativa como essa deve interto- gar-se sobre as dimensGes histéricas e sociais que sobredeterminam, recon- figuram, essas caracteristicas gerais. Da mesma forma, ela deve tentar apre- ender de que maneira as formas especificas de atividade — aqui, por exem- plo, produgio/servigos — levam a ponderar,alterar, transformar em tal di- ‘rego esses elementos de relativa generalidade. Dizendo de outra forma, nao ‘hd interrogagio antropoldgica sobre a questo que no sea, 20 mesmo tem- ‘po, uma pesquisa sobre os processos histéricos — o histérico sendo aqui pprocesso de diferenciasio, de singularizagio. Parece-nos que & no contexto esse tipo de abordagem da atividade industriosa que podemos apreciar me- Thor o que hi de tendenciosamente novo, no que se pode chamar de ‘muta- ‘gées do trabalho’, que ha uns 15 anos vém afetando o modo capitalista de ‘produzir, reconfigurando exigéncias ou caracteristicas que Ihe sio proprias ‘ou de natureza mais profunda ainda; e apreciar, jgualmente, em que senti- do, produgio e servicos, desenvolvem caracteristicas especificas Parece-nos que € com a mesma preocupasio de comensurabilidade e in- comensurabilidade relativas que devem ser pensadas as oposigées clissicas entre ‘trabalho’ ¢‘extra-trabalho' e, € claro, ‘trabalho! e ‘ndo-trabalho’. Sem essa preocupagdo corre-se um forte risco de mutilar as dois termos da opo- ‘abate cea 283855.2006

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