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1. PADRONIZAÇÃO
"A padronização é conhecida pelos compradores como a melhor base para a eficiência das
compras, pois tende a obter para todas as necessidades similares o artigo que a necessidade indica
ser o melhor. Permite ao comprador adquirir em grandes quantidades, o que é possível somente
quando o item deve ser adquirido para todas as unidades de serviço; facilita a permuta de artigos
entre as mesmas, a manutenção de estoques pela eliminação de variedades desnecessárias e a
concentração de atenção, fazendo, portanto, que os itens de estoques estejam prontos para uso;
evita a necessidade de compras de emergência, eliminando desperdícios e sobras, e reduz
automaticamente o número de itens a ser adquirido." A. G. THOMAZ
Uma especificação perfeita de cada material pode dar origem a uma boa padronização. Não
existindo padrão a ser visto, examinado, estudado e confrontado, há naturalmente discussões
estéreis entre compradores, vendedores e requisitantes dos itens, além dos problemas decorrentes
de compra e/ou material diferente do exigido. No Brasil já começamos a avaliar as vantagens da
organização de padrões: as obrigatórias especificações para leilões nos setores públicos (pregões),
são uma amostra do absoluto sucesso de como pode-se obter economia com diversos materiais de
uso genérico nas repartições públicas. Ex.
http://www.centraldecompras.ms.gov.br/termos.asp
https://ww1.centraldecompras.ms.gov.br/appls/central/editais.nsf
http://www.plannernet.com.br/bbrasil.asp (padronização de etiquetas com CB)
2. IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAL
A obtenção destes dados é feita através de consultas a catálogos ou listas de peças dos
fabricantes e as normas técnicas ou, até mesmo, pela visualização do material.
Este método é utilizado para especificar os materiais que, para sua identificação,
necessitam ou de particularizações descritivas ou não apresentam referências comerciais que, de
modo geral, por si só, caracterizam e individualizam determinados tipos de material.
Exemplo: Especificação de dois tipos de lápis para escritório:
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Na aplicação do método, deve-se evitar, tanto quanto possível, certa tendência para o
exagero de pormenores descritivos, que só contribuem para tornar mais volumoso e cansativo um
catalogo de material. Se a omissão de certos dados de especificação em nada prejudica a
identificação de qualquer item similar a outro, poderão então ser omitidos. Ex.:
- LAPIS, ESCRITÓRIO - ref. 1205; preto, graduação 2.
- LAPIS, ESCRITÓRIO - ref. 1205; preto, graduação 3.
Dentro deste raciocínio pode-se dizer que as características idênticas entre dois ou mais itens
podem, conforme o critério, ser omitidas na descrição, sem prejuízo de sua identificação.
Arruela Pressão
Arruela Côncava
arruela Lisa
Papel Almaço
Papel Correspondência
Papel Embalagem
Bobina Ignição
Bobina Indução
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Não se trata de exagero técnico: uma lata de 125 cm 3 de Kaol tem consumo e preço
diferentes, bem como estatística distinta, por exemplo, do polidor adquirido e fornecido em lata de
500 cm3. Da mesma forma e pelas mesmas razões, a cor estabelece a mesma distinção. Ex.:
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Esta forma de especificar um material atribui uma descrição ou uma nomenclatura mais
simplificada a cada item, apoiada basicamente na própria referência do fabricante.
Para obter-se, portanto, uma identificação referencial basta associar-se ao nome básico
do material o código a ele atribuído por seu fabricante. Alguns sistemas mantém o nome básico do
material na sua grafia original e outros traduzem para o português. Exemplo:
Por outro lado, a identificação mal feita, devido à especificação incorreta ou incompleta,
possibilita a ocorrência de: duplicidade de números de estoque, divergências de saldos físicos,
sobrecarga nas áreas de estocagem, controles duplos, estatísticas de consumo falhas e aumento
de trabalho.
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3. CODIFICAÇÃO DE MATERIAL
3.1. INTRODUÇÃO
3.1.1. Conceituação
A atribuição do código visa simplificar as operações na empresa, uma vez que todo um
conjunto de dados descritivos e individualizadores do material é substituído por um único símbolo
representativo. O código torna-se tanto mais necessário quanto maior for o universo e a
diversificação dos itens existentes transacionados na empresa. O registro e o controle
principalmente das transações do material, com base apenas na nomenclatura do item, tornam-se
impraticáveis e perigosos.
3.1.2. OBJETIVO
3.2.1. Sistema Alfabético: esta codificação tem por constituição somente letras. Sua característica
principal é a fixação através de processo mnemônico mediante a associação e combinação de
letras com as características do material. Exemplo:
P - Pregos
P/AA - Pregos 14 x 18 - 1 1/2" x 14
P/AB - Pregos 16 x 24 - 2 1/4" x 12
P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4" x 8
3.2.3. Sistema Numérico (ou decimal): é o de uso mais generalizado, em boa parte das
empresas, tendo em vista a sua forma simples e a sua maior assimilação, bem como a facilidade e
flexibilidade que oferece na ordenação seqüencial dos diversos itens e na adoção do
processamento de dados. Exemplo:
XX XXX XXXXX
--- ---- ---------
AGLUTINANTE
INDIVIDUALIZADORA
DESCRITIVA
Exemplo
1ª chave 2ª chave 3ª chave
CHAVE INDIVIDUALIZADORA: Identifica cada material que constam do primeiro grupo (aglutinante).
Indústria: Supermercado:
00 - Material de Escritório: 00 - Material de limpeza
000 - Apagadores 000 - Amaciantes
001 - Borrachas 001 - Detergentes
002 - Canetas
003 - Envelopes
00 00 0000000
Código de Grupo
Código de Classe
Número de Identificação
FSN
Sendo:
4. CADASTRAMENTO DE MATERIAL
Após a identificação, seja pelo método descritivo,seja pelo método referencial, e, em seguida à
atribuição do código, o material é cadastrado. Ele visa o registro (em sistema) dos dados identificadores do
material e do código por que será conhecido o item na empresa, além evidentemente de outras informações
referentes ao material, como a unidade de fornecimento, por exemplo.
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É o passo necessário à emissão das listagens de material, e que serve de base para a confecção e
distribuição de catálogos para consulta e referências dos órgãos envolvidos, direta ou indiretamente, com o
Sistema de Material da empresa.
a)o mesmo item foi cadastrado mais de uma vez, sob códigos diferentes. Geralmente, este fato ocorre em
decorrência de identificação incompleta ou incorreta;
b) dois ou mais itens, de fabricantes diferentes, cadastrados sob códigos diferentes, apresentam caracterís-
ticas de permutabilidade, isto é, podem ser aplicados indistintamente, no mesmo equipamento, sem prejuízo de seu
funcionamento. É o caso, principalmente, dos materiais sujeitos, em sua fabricação, a normas técnicas oficiais. Alguns
sistemas de classificação, porém, preferem mantê-los como itens diferentes;
c) ocorrem alienações de materiais, sem mais serventia, para a empresa, seja porque os equipamentos em
que eram utilizados foram desativados por obsolescência, seja devido ao desinteresse por parte da empresa em mantê-
los em estoque, por qualquer motivo;
d) em decorrência de padronização de material, é reduzida a variedade de itens que apresentam a mesma
característica de utilização;
e) em decorrência de cancelamentos de pedidos de compra de itens novos, já cadastrados, antes da
efetivação da compra, por exigência da sistemática de codificação estabelecida.
5. CATALOGAÇÃO DE MATERIAL
a) Fazer com que o usuário saiba com certeza o item que deseja requisitar, a fim de que não lhe seja fornecido um
material diferente por não ter sido suficientemente claro no que especificou. A função do Almoxarifado e do órgão de
compras não é advinhar o que o órgão ou usuário pretende;
b) Facilitar aos órgãos de compra a obtenção correta do material;
c) Evitar que itens já cadastrados sejam novamente incluídos no catalogo com outros códigos.
d) Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados nos documentos e formulários do
Sistema de Material.
Uma listagem alfabética, organizada em ordem crescente por nome básico, já é suficiente para
conhecer-se a nomenclatura oficial do material, o seu número de estoque e/ou referência do fabricante.
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A BC DEFGH X
Dígito de Controle
Classe ou Dígito Diferenciador
Sub-Grupo
Grupo
1º Grupo - 1º Dígito (A) - Representa o Grupo ao qual pertence o material, obedecendo a seguinte ordem
1. Materiais de consumo (produção)
2. Materiais de consumo (manutenção)
3. Materiais de consumo (padronizado para todas as unidades)
4. Materiais imobilizados
9. Materiais de débito direto
Os dígitos faltantes são opções que poderão ser utilizadas por conveniência de implantação de novos grupos.
4. Dígitos Diferenciadores - 6º a 8º Dígitos - Representam a numeração seqüencial de 000 a 999 em ordem crescente de materiais.
Exemplo:
Retentor Dicetti n.º 912743 - 2 . 40 . 18149
Retentor Dicetti n.º 912744 - 2 . 40 . 18150
Retentor Dicetti n.º 912745 - 2 . 40 . 18151
5. Dígito de Controle - É o dígito CHECK no código de material, sendo sempre usado na implantação, ou seja, na inclusão de um
novo código. Metodologia:
A B C D E F G H = Y
H X2 = H*
G X3 = G*
F X4 = F*
E X5 = E*
D X6 = D*
C X7 = C*
B X8 = B*
A X9 = A*
S*
Código 2.41.20.003 Calculando: (3x2 + 0x3 + 0x4 + 0x5 + 2x6 + 1x7 + 4x8 + 2x9) = 75
S = 75 10 x 75 / 11 750 / 11 = 68, com resto = 02. Então: 241200003 - 2
Exemplo: Arroz / Marca: Tio João / Tipo: 1 / Pacote / 5kg / Unidade / R$ 11,98
Macarrão com ovos / Marca: Adria / Tipo: Espaguete / Pacote / 500 g / Unidade / R$ 2,39
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