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JURISDIÇÃO

VOLUNTÁRIA

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I - Jurisdição Contenciosa
&
Jurisdição Voluntária

» CPC1º, idéia de Jurisdição contenciosa e


voluntária.

» A jurisdição contenciosa é a jurisdição


propriamente dita, isto é, aquela função
que o Estado desempenha na pacificação
ou composição dos litigios. Pressupõe
controvérsia entre as partes (lide), a ser
solucionada pelo juiz.

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» Jurisdição voluntária ou graciosa, é
aquele em que não há lide, somente a
administração pública de interesses
privados. Função eminentemente
administrativa confiada ao Poder Judiciário
em virtude da independência, idoneidade e
responsabilidade dos magistrados perante
a sociedade.

Todavia, a natureza da jurisdição


voluntária também está longe de uma
solução pacífica, pois em oposição à
esta natureza administrativa, existem
doutrinadores que defendem a
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II - Natureza Administrativa

» A doutrina majoritária entende que


trata-se de natureza administrativa,
já que não há conflito de interesses
não haveria necessidade de ser
resolvida pelo Poder Judiciário,
bastaria, à Administração Pública,
verificar a existência dos
pressupostos legais para autorizar a
prática de determinados atos
privados, como ocorre na concessão
de licença para dirigir, na
autorização para taxistas, entre4
» Caracteres da jurisidição voluntária
segundo José Frederico Marques:

a) como função estatal, ela tem natureza


administrativa, sob o aspecto material, e
é ato judiciário, no plano subjetivo-
orgânico;

b) em relação às suas finalidades, é função


preventiva e também constitutiva;

c) o pressuposto da jurisdição voluntária é


“um negócio ou ato jurídico, e não, como
acontece na jurisdição contenciosa, uma
lide ou situação litigiosa.
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» Para Cintra, Grinover e Dinamarco:

a) não se visa, com eles, à atuação do direito,


mas à constituição de situações jurídicas
novas;

b) não há o caráter substitutivo, pois o que


acontece é que o juiz se insere entre os
participantes do negócio jurídico,

numa intervenção necessária para a


consecução dos objetivos desejados,
mas sem exclusão das atividades das
partes;

c) não há conflito de interesses ente duas


pessoas, mas apenas um negócio, com 6a
participação do magistrado, daí falar em
III - Natureza Jurisdicional

» O CPC 1º inclui a jurisdição


voluntária como tal, além da busca
pela pacificação social mediante a
eliminação de situações incertas ou
conflituosas.

» Adoção de formas processuais, como


petição inicial, citação dos
interessados, resposta, entre outros
7
» A prestação jurisdicional, ao buscar a
pacificação social, o faz através da
solução de conflitos bem como na
prevenção deles, fazendo atuar a
vontade concreta da lei
preventivamente. É justamente esta
uma das características da jurisdição
voluntária (José Frederico Marques).

» Presente o exercício do direito de


ação, pois há a provocação do
Estado-Juiz por meio de ação para a
prestação jurisdicional. 8
» Características da jurisdição voluntária a
luz dos poderes processuais do
magistrado:

a) INQUISITORIEDADE: O Juiz pode tomar


decisões contra a vontade dos
interessados, vide CPC 1.1129, 1.142,
1.160, 1.171, 1.190;

b) POSSIBILIDADE DE DECISÃO FUNDADA


EM EQUIDADE: É permitido ao Juiz
(CPC1109) não observar a legalidade
estrita na apreciação do pedido,
facultado assim o JUÍZO DE EQUIDADE9
Mostram-se mais consistentes os
argumentos daqueles que defendem
a natureza jurisdicional, pois há ação,
processo e jurisdição.

A função do magistrado não se


restringe somente a verificar os
pressupostos legais para a concessão
do ato ou celebração do negócio
jurídico. O próprio Código, no Art.
1109, prevê a possibilidade de o juiz
não ficar adstrito ao princípio da
legalidade, podendo adotar em cada
caso solução que entender mais
conveniente ou oportuna. 10

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