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COMPETÊNCIA

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COMPETÊNCIA
ASPECTOS INICIAIS

→Pressupostos SUBJETIVOS (Juiz):


jurisdição, imparcialidade e
competência.

→A competência é a quantidade de
jurisdição atribuída a um órgão, ou, a
“medida de Jurisdição”.

→Divisão da Competência do Poder


Judiciário a luz da CF/88:
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Poder Judiciário Federal

Superior Tribunal de Justiça (julga


questões referentes à legislação em
geral), Supremo Tribunal Federal
(julga questões referentes às leis
constitucionais) e as Justiças
Federais (militar, trabalhista,
eleitoral e justiça federal comum).

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Poder Judiciário Estadual

Possui competência residual.

O juiz que atuar fora de sua


competência legalmente
determinada, e proferir uma
“sentença”, tal questão prescindiria
de uma declaração de nulidade (não
sentença, que não seria válida). ADA
GRINOVER e J.J. CALMON DE
PASSOS
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Princípios:

 Princípio da Tipicidade: A competência


deve ser determinada por norma legal
para que seja válida. Evita o juiz ad hoc
(nomeado).

 Princípio da Indisponibilidade: As
partes só poderão dispor sobre a
competência se for legalmente permitido,
como nos casos de competência relativa.

 Princípio do Perpetuatio Jurisditionis:


CPC87. A competência é estabelecida no
momento da propositura da demanda, ou
seja, na distribuição ou no despacho
inicial. 5
EXCEÇÕES

a) Supressão de órgão de poder judiciário:


altera-se a competência;

b) Alteração posterior da competência no que se


refere a matéria e hierarquia ou a
competência territorial se for absoluta:
modifica-se a competência.

Criação de nova comarca. Não se quebra o


princípio se as demandas puderem continuar
tramitando na comarca em que estavam.

No caso de competência territorial absoluta, se a


demanda tiver que ser remetida à nova comarca,
devido a localização do imóvel, ocorre a quebra do6
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS

 Competência originária: É aquela competência


para analisar a demanda em um primeiro
momento, geralmente atribuída ao juiz singular.

 Competência derivada: Aquela competência


para analisar a demanda em grau.

 Competência Absoluta: Vige o interesse


público, refere-se à matéria, valor da causa, à
parte funcional, hierarquia e em alguns
casos à competência territorial. Trata de
questões indisponíveis (não pode ser alterada
pelas partes). Todos os atos praticados serão
nulos. A incompetência pode ser decretada em
qualquer tempo, a requerimento da parte ou ex7
officio
 Competência Relativa: Vige o interesse
privado, refere-se à questão territorial (em
regra) e a questões em o valor da causa
fica aquém ao limite. Trata de questões
disponíveis, e por isso pode ser alterada
pelas partes, por conexão/continência.
Assim, os atos praticados não serão nulos.
Vide SÚMULA 33 STJ.

Processo não é extinto, remessa ao Juízo


competente. EXCEÇÃO: Art. 51, inciso III,
da Lei 9099/95.

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 Cláusula do foro de eleição: O juiz
pode decretar ex officio nula tal
cláusula, por considerá-la abusiva.
Questões entre
consumidor/fornecedor (ordem
pública), permitida essa intervenção
judicial. O juiz poderá remeter a
demanda para o foro do domicílio do
consumidor (hipossuficiente), CPC
112, parágrafo único.
Inaplicabilidade da Súmula 33 STJ.
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Critérios determinativos
da competência

 I) Critério Objetivo:

Elementos identificados da ação. Pressupostos


subjetivos e objetivos.

 a) partes: A competência não pode ser


determinada de acordo com as partes.
Exceção: UNIÃO como parte, em que o
processo deverá tramitar, obrigatoriamente,
na Justiça Federal. Ocorre a mitigação do
Princípio da Isonomia.
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b) causa de pedir: Será a matéria,
na qual a competência é
determinada de acordo com as leis
de organização do judiciário, como a
divisão em varas cíveis, criminais, de
família etc..

c) pedido: será o objeto, ou seja, o


valor da causa. Existe uma regra
prática que determina que se o valor
for para mais, será competência
absoluta e se for para menos, será
competência relativa. 11
II - Critério Territorial

 Em regra, de competência relativa, cabendo a regra


geral de que o foro competente será o do domicílio do
réu (CPC94). Casos de competência absoluta.
 CPC 95: COMPETÊNCIA ABSOLUTA.

 Entrementes, no caso de ação fundada no usufruto, a


competência ficará à opção do autor. Essa questão é
muito importante e exige atenção redobrada de quem
for analisá-la.

 Existe um outro caso importante em relação à


competência territorial, no que se refere à
responsabilidade civil

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Danos contratuais

 a) cumprimento de obrigações: o foro


competente será no lugar onde a
obrigação deveria ter sido cumprida, como
consta no art. 100, IV, d, CPC.

 b) rescisão do contrato: o foro competente


será no lugar de domicílio do réu, como
afirma o art. 100, IV, a CPC. Competência
relativa

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Danos extracontratuais

 a) reparação do dano: de acordo com o art.


100, V, CPC.

 b) delito ou acidente de veiculo: o art. 100,


parágrafo único, CPC..

Essa é uma regra bastante importante

III - Critério funcional (absoluta)


É caso de competência absoluta em razão da
atribuição, da atividade que será exercida na
causa proposta 14

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