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modelo de gestão.
Para a certificação da OHSAS-18001, a empresa deve prover recursos
para o desenvolvimento dos programas de saúde e segurança, dentre eles, o PCA.
Via de regra, o PCA aparece como um dos objetivos e metas da alta
administração. A OHSAS 18.001 exige o atendimento de todos os requisitos legais e
requer que o PCA seja desmembrado em Programa de Gestão. Há a exigência de uma
definição clara de responsabilidades para o desenvolvimento do PCA. Treinamento,
conscientização e competência são ítens fortes na norma 1.
2. Identificar empregados com patologias de orelhas e audição não relacionadas ao
trabalho, encaminhando-os para tratamento adequado.
O estabelecimento de diagnósticos diferenciais é a primeira etapa
fundamental para o desenvolvimento das ações do PCA. Algumas perdas auditivas
passíveis de tratamento, quando devidamente encaminhadas para o
otorrinolaringologista podem ser solucionadas melhorando as condições de saúde
auditiva do trabalhador.
3. Diagnosticar precocemente os casos de Perdas Auditivas Ocupacionais, estabelecendo
medidas eficazes, preservando a saúde dos trabalhadores.
Atualmente, como já foi abordado no capítulo I, não é mais suficiente o
simples rastreamento audiológico para acompanhamento auditivo da população. A
existência de um PCA na empresa pressupõe o diagnóstico nosológico e o
estabelecimento ou não do nexo com a função desempenhada, ambos de competência
médica.
4. Adequar a empresa às exigências legais.
De acordo com o histórico já abordado no capítulo 1 deste livro, as
principais exigências legais que a empresa deve se adequar em relação aos riscos para a
audição são:
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INTRODUÇÃO
Recentemente, o termo perda auditiva induzida por ruído (PAIR) tem
sido melhor substituído por perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados
(PAINPSE). A justificativa para a utilização dessa nova terminologia é o fato de que
independentemente da exposição estar relacionada a ruído ou a música, o que vai definir
a ocorrência de lesão auditiva é o nível de pressão sonora elevado. Dessa forma, o anexo
1 da NR-7– Portaria nº 19 de 09 de abril de 1998 utiliza essa terminologia para incluir
também os trabalhadores expostos a música elevada na metodologia de controle
audiométrico.
Entretanto, esse ainda não é o termo mais abrangente se levarmos em
consideração que existem uma série de outros agentes, como inúmeros produtos
químicos, que podem produzir alterações auditivas isoladamente, ou na presença
simultânea com ruído.
Dessa forma, Morata e Lemasters (1995) sugerem o termo perda audi-
tiva ocupacional como um termo mais abrangente como referência aos agravos que o
ambiente de trabalho pode gerar na audição independente da exposição a ruído.
No Brasil, como em vários outros países, não existem normas que exijam
o monitoramento auditivo de trabalhadores expostos a médias de ruído inferiores a
85 deciBel com curva de ponderação A (dB A) por oito horas.
Conseqüentemente, apesar de existir uma numerosa população de
trabalhadores exposta a produtos químicos ototóxicos na presença de ruído de fundo,
apenas uma parcela, cuja exposição a ruído for considerada excessiva, terá sua audição
testada regularmente.
Durante a redação da Portaria nº 19 de 1998, a inclusão de trabalhado-
res expostos a agentes químicos na ausência de ruído acima dos limites de tolerância
no Programa de Conservação Auditiva foi um dos itens polêmicos discutido durante
os quase 2 anos de trabalhos do grupo redator da Comissão Tripartite. Entretanto os
representantes dos diversos segmentos da sociedade julgaram ser ainda precoce no Brasil
a inclusão dessa população, visto que a Portaria nº 19 já representava um grande avanço
para o momento, e as empresas já teriam inúmeras modificações e adequações a realizar
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INTRODUÇÃO
Atualmente, sabe-se que a audição dos trabalhadores não é afetada
somente pela exposição a níveis de pressão sonora elevados. Segundo Morata e col.
(1993)1, a exposição a solventes durante o processo produtivo tem sido considerada
como desencadeante de perda auditiva. Existem evidências que a interação sinérgica
entre ruído e produtos químicos aumentam a incidência de perdas auditivas sensório-
neurais.
No estudo de Souza (1994) 2 observou-se que a população exposta
somente a solventes apresentou perdas auditivas mais significativas quando comparadas
ao grupo de expostos a ruído e solventes.
Bertoncello (1999, p. 24)3 afirma que estudos comprovam que na exposição
a ruído e mistura de solventes, mesmo não excedendo os limites internacionais de tolerância,
a prevalência de perdas auditivas excede significativamente a prevalência observada no
grupo não exposto. O que comprova que os efeitos dos agentes combinados não podem
ser previstos, uma vez que, mesmo sem exceder os limites de tolerância, as perdas auditivas
acontecem.
Bernardi (2000)4 relata que os efeitos ototóxicos gerados pelos solventes
podem variar de lesões das células ciliadas externas a lesões do VIII par craniano,
alterações no sistema vestibular e no sistema nervoso central, podendo afetar a audição
e o equilíbrio no tronco cerebral e vias auditivas centrais.
Nos casos em que os trabalhadores estão expostos a ruído e agentes
ototóxicos, torna-se necessária a avaliação audiológica mais detalhada, envolvendo o
sistema auditivo central, já que a configuração audiométrica de ambas exposições
caracteriza-se por perda auditiva irreversível, neurossensorial, em altas freqüências,
com ordem característica de 3 a 6KHz. (Morata & Lemasters, 2001)5
Estas autoras ainda referem que a comparação entre as características gerais das
perdas auditivas causadas por ruído ou por processo de ototoxicidade revela o quão difíceis
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O que é Marketing?
O conceito de Marketing tem evoluído tão rapidamente que chega a
passar desapercebido para a maior parte das pessoas.
Em um passado não muito distante seu foco estava centrado na venda
de produtos e respectiva distribuição e nada mais. Gradativamente foram surgindo
outras correntes com concentração em outras áreas. Olhando para sua origem até os
dias de hoje, percebemos que sua evolução foi patrocinada por muitas empresas que
tinham que atender as necessidades de seus clientes cada vez mais, sob pena de perdê-
los.
Recentemente a visão do conceito se tornou mais abrangente e determina
como uma empresa deve se relacionar com seu mercado e clientes.
Segundo Philip Kotler, o mais famoso guru americano, marketing é um
processo social por meio do qual pessoas e grupo de pessoas obtêm aquilo que
necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e
serviços de valor com outros.
De forma mais simples Kotler define marketing como a atividade humana
dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca.
Recentemente ampliou seu conceito ao afirmar que o produto não deveria
ficar mais restrito a bens e serviços comerciais, mas também a organizações, pessoas e
idéias.
Em resumo, marketing é uma estratégia empresarial dinâmica e
integrada, quer dizer, esforços planejados e preparados para enfrentar as mudanças do
mercado, com o intuito de atender as necessidades, desejos e anseios de seus clientes.
Qual a importância do Marketing para a fonoaudiologia?
O Brasil tem passado por muitas mudanças nos últimos anos, inserido
em um mundo globalizado, com ambiente turbulento e de baixa previsibilidade.
Dentro deste contexto não é mais possível adotar soluções clássicas ou tradicionais
para a resolução de problemas. É necessário trocar de óculos e mudar a forma de fazer
coisas e dirigir negócios, sob pena de rápida extinção. De fato os profissionais e as
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